No quinto ano seguido de recessão, a economia da Grécia encolheu 6,5% no primeiro trimestre de 2012 em relação ao mesmo período no ano passado, dificultando ainda mais a operação de resgate negociada com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A primeira estimativa registrara queda de 6,2%. No quarto trimestre de 2011, a queda tinha sido de 7,5%.
Depois de uma baixa de 6,9% no produto interno bruto no ano passado, o Banco da Grécia espera uma contração de 4,5% em 2012, o que acumularia uma queda de mais de 20% em cinco anos. O crescimento só voltaria em 2014, prevê a Comissão Europeia.
Primeira economia da UE a naufragar na crise das dívidas públicas, a Grécia recebeu uma ajuda de emergência da UE e do FMI em troca de um rigoroso plano de ajuste fiscal que até agora só aprofundou a recessão, com cortes de gastos públicos, salários e aposentadorias, jogando a opinião pública contra o acordo.
A vitória de partidos extremistas nas eleições parlamentares de 6 de maio impediu a formação de um governo. Aumenta o risco de que a Grécia não receba novas parcelas dos empréstimos, deixe de pagar suas dívidas e seja forçada a sair da união monetária europeia, abandonar o euro e recriar sua própria moeda.
Se as eleições de 17 de junho não levaram à formação de um governo a favor do ajuste, um grande calote pode ser inevitável, com um prejuízo à economia internacional estimado em até US$ 1 trilhão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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