Até o fim do ano, o vice-presidente Xi Jinping deve ser elevado ao cargo de líder do Partido Comunista e proclamado futuro presidente da China. Durante uma conferência contra a corrupção em 2004, ele alertou altos funcionários do regime para "controlar esposas, filhos, parentes, amigos e assessores". Mas não conseguiu segurar sua própria família.
A exemplo de Bo Xilai, o dirigente afastado por abuso de poder e corrupção em março, Xi também é filho de um herói da revolução. Ambos são dos chamados principezinhos. Sofreram com a Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76), o período de maior turbulência da história recente da China. Depois, com seus pais reabilitados, tiveram uma ascensão protegida por privilégios e favoritismos assegurados pelas relações familiares.
Agora, a agência de notícias Bloomberg revela que a grande família de Xi tem negócios no valor de US$ 376 milhões, inclusive 18% de uma empresa que trabalha com os elementos químicos conhecidos como terras raras com valor total de US$ 1,73 bilhão e US$ 20,2 milhões de uma empresa de alta tecnologia cotada em bolsa de valores.
O que mais revoltou a opinião pública chinesa no escândalo político que derrubou Bo foi a vida de luxo e riqueza que seus altos dirigentes e suas famílias levam.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário