No primeiro dia de sua reunião de cúpula, a União Europeia aprovou hoje um plano para estimular o crescimento econômico e a geração de empregos no valor de 120 bilhões de euros (R$ 312 bilhões), anunciou o presidente executivo do bloco, Herman van Rompuy.
Em uma medida para acalmar o mercado, os líderes europeus decidiram que o dinheiro dos fundos europeus de estabilidade financeira poderá ser usado para recapitalizar os bancos, um dos problemas centrais da crise. Os bancos já enfrentavam o peso de dívidas incobráveis da crise de 2008-9 e são grandes detentores de bônus das dívidas públicas em crise.
A Itália e a Espanha se recusam a assinar o acordo se não foram incluídas medidas específicas para estabilizar os mercados financeiros, onde são obrigadas a pagar cada vez mais pelos títulos de suas dívidas públicas. Van Rompuy declarou que as medidas de curto prazo exigidas pela Espanha e a Itália serão discutidas apenas pelos 17 países da Zona do Euro.
O dinheiro para incentivar a economia virá do Banco Europeu de Investimento e do Fundo Europeu de Investimento.
Os presidentes da UE e da Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, José Manuel Durão Barroso, propuseram a criação de um Tesouro comum da Eurozona que emitiria eurobônus de médio prazo, além de uma união bancária com fiscalização centralizada e garantia conjunta dos depósitos. Mas a Alemanha insiste em só tomar as medidas para dividir o ônus das dívidas quando uma política fiscal comum estiver consolidada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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