Um antigo defensor do poder dissuasório das armas nucleares, o cientista político americano Kenneth Waltz acredita que um Irã com bombas atômicas ajudaria a aumentar o equilíbrio de forças no Oriente Médio.
Waltz, autor de Homem, Estado e Guerra, um clássico da literatura de relações internacionais, admite que a diplomacia apoiada em fortes sanções poderia convencer o Irã a desistir de fabricar armas nucleares. Mas considera isso altamente improvável: "A História indica que um país inclinado a adquirir armas atômicas raramente é dissuadido de fazer isso".
Por mais duras que sejam as sanções econômicas, o país pode continuar desenvolvendo a bomba atômica, como mostra o exemplo da Coreia do Norte, acrescenta o professor. Ele argumenta há vários anos que foi a bomba atômica que acabou com as guerras entre as grandes potências mundiais.
Em artigo publicado na última edição da revista Foreign Affairs, Waltz cita o exemplo da Índia e do Paquistão, duas potências nucleares que nunca mais entraram em guerra entre si, apesar da rivalidade, dizendo que o Irã e Israel deveriam fazer o mesmo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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