sábado, 23 de junho de 2012

Irã nuclear aumenta equilíbrio de forças no Oriente Médio

Um antigo defensor do poder dissuasório das armas nucleares, o cientista político americano Kenneth Waltz acredita que um Irã com bombas atômicas ajudaria a aumentar o equilíbrio de forças no Oriente Médio.

Waltz, autor de Homem, Estado e Guerra, um clássico da literatura de relações internacionais, admite que a diplomacia apoiada em fortes sanções poderia convencer o Irã a desistir de fabricar armas nucleares. Mas considera isso altamente improvável: "A História indica que um país inclinado a adquirir armas atômicas raramente é dissuadido de fazer isso".

Por mais duras que sejam as sanções econômicas, o país pode continuar desenvolvendo a bomba atômica, como mostra o exemplo da Coreia do Norte, acrescenta o professor. Ele argumenta há vários anos que foi a bomba atômica que acabou com as guerras entre as grandes potências mundiais.

Em artigo publicado na última edição da revista Foreign Affairs, Waltz cita o exemplo da Índia e do Paquistão, duas potências nucleares que nunca mais entraram em guerra entre si, apesar da rivalidade, dizendo que o Irã e Israel deveriam fazer o mesmo.

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