Horas depois que a Irmandade Muçulmana cantou a vitória de seu candidato, Mohamed Mursi, na eleição presidencial no Egito, o Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, prometeu transferir todo o poder executivo até o fim do mês.
Depois que o Supremo Tribunal declarou ilegal as eleições de um terço da Assembleia Nacional, os militares dissolveram o parlamento e avocaram para si todos os poderes legislativos, inclusive de redigir a nova Constituição do Egito. É um sinal de que não pretendem largar o poder, que dominam desde que a Revolução dos Coronéis derrubou a monarquia, em 1952.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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