A Espanha admitiu que não tem condições de recapitalizar seus bancos levantando os bilhões de euros necessários no mercado de títulos de dívidas públicas e fez um apelo a seus parceiros da União Europeia para que ajudem o país a sair de uma situação definida pelo primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy como de "extrema dificuldade".
Por causa da crise das dívidas públicas na Zona do Euro, o mercado "não está aberto" para a Espanha, considerada um alto risco, reconheceu o ministro do Orçamento, Cristóbal Montoro. Essa declaração estarreceu os analistas porque o Tesouro espanhol lança bônus no valor de 2 bilhões de euros nesta quinta-feira.
Rajoy pediu provas de que "o euro é irreversível", com a formação de uma união bancária e o lançamento de eurobônus, títulos de dívida lastreados por todos os 17 países que usam o euro como moeda, informa hoje o jornal inglês Financial Times. Seria uma marcha para o federalismo na União Europeia.
A Alemanha, única grande economia em condições de liderar essa transformação nas regras da união monetária e econômica, vai exigir maior transferência de poderes para as instituições europeias, de modo a não premiar o que os alemães consideram indisciplina e irresponsabilidade fiscais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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