É uma revolução. Num avanço sem precedentes, cientistas conseguiram religar a medula espinhal de ratos paraplégicos, permitindo que eles recuperassem os movimentos das pernas, podendo caminhar, correr e até saltar obstáculos.
Na pesquisa iniciada há cinco anos na Universidade de Zurique, na Suíça, a parte da medula isolada pela lesão foi nutrida e estimulada eletricamente, e depois com exercícios controlados por um robô, fazendo as células nervosas da medula crescer e refazer as conexões com a parte sadia, ligada ao cérebro.
Até agora, sabia-se que o cérebro e a medula conseguem se recuperar de lesões moderadas, o que se chama de neuroplasticidade. A conclusão é que a regeneração é possível mesmo em casos graves, se capacidades "dormentes" da medula forem atividadas.
"É a Copa do Mundo da neurorreabilitação", festejou o Dr. Grégoire Courtine, da Escola Politécnica de Lausanne, na Suíça, principal autor de um artigo relatando a experiência publicado ontem na revista Science, porta-voz da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
"Depois de algumas semanas de neurorreabilitação, com o apoio de um robô e estímulos eletroquímicos, nossas cobaias começaram não só a andar voluntariamente. Logo estavam correndo, subindo escadas e desviando-se de obstáculos", acrescentou.
O sucesso com os animais de laboratório dá esperanças de que o mesmo tratamento possa ser usado em seres humanos. Dentro de um a dois anos, começam as experiências com humanos, com uma verba de pesquisa de 9 milhões de euros, cerca de R$ 22,745 milhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 2 de junho de 2012
Cientistas conseguem recuperar ratos paraplégicos
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