O Movimento Hassam, um grupo extremista nascido da Irmandade Muçulmana, reivindicou hoje a autoria de um atentado contra o subprocurador-geral do Egito, Zakaria Abdul Aziz. Nem o governo egípcio nem analistas internacionais acreditaram.
Um carro-bomba explodiu ontem quando a comitiva do subprocurador-geral passava pela Rua Ahmed Chawki, no Leste do Cairo. Pouco depois, o Movimento Hassam alegou na Internet ter sido responsável pelo ataque a Aziz, descrito como um dos capangas do ditador do Egito, marechal Abdel Fattah al-Sissi.
Aziz havia sido indicado para o Tribunal de Recursos do Cairo. Foi a segunda tentativa de assassinato de altas figuras públicas no Egito. O primeiro foi um ataque ao Grande Múfti Ali Goma, também reivindicado pelo Movimento Hassam.
Desde o início do ano, o movimento reivindicou cinco ataques contra autoridades próximas ao marechal Al-Sissi, no poder desde um golpe de Estado contra o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, depois do qual mais de mil ativistas islamistas foram mortos e outros tantos presos e condenados sob acusação de terrorismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Duterte se compara a Hitler e fala em exterminar drogados nas Filipinas
Em mais atitude arrogante, prepotente e ditatorial, o presidente Rodrigo Duterte se comparou ao ditador alemão Adolf Hitler e declarou que gostaria de exterminar os usuários de drogas nas Filipinas.
"Hitler massacrou 3 milhões de judeus. As Filipinas têm 3 milhões de drogados. Eu ficaria feliz em massacrá-los", afirmou o boquirroto presidente filipino, ultrajando os judeus do mundo inteiro, observou o televisão pública britânica BBC.
Na verdade, cerca de 6 milhões de judeus foram mortos no Holocausto cometido pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. O Centro Simon Wiesenthal, que até hoje caça os criminosos nazistas, exigiu "um pedido de desculpas para as vítimas por esta retórica nojenta."
O presidente do Conselho Mundial Judaico, Ronald Lauder, ficou assombrado: "O que o presidente Duterte disse é não apenas profundamente desumano, mostra um desrespeito assustador pela vida humana de um líder democraticamente eleito de um grande país, o que parte o coração."
Para a Liga Antidifamação, com sede nos Estados Unidos, o comentário foi "inapropriado e profundamente ofensivo". Seu porta-voz, Todd Gutnick, considerou "desconcertante que qualquer líder use tamanho monstro como modelo".
Duterte foi eleito em 9 de maio de 2016 prometendo acabar com as drogas e a criminalidade. Desde sua posse, em 30 de junho, cerca de 4 mil pessoas foram mortas na guerra contra as drogas. Seu chefe de polícia incitou os usuários de drogas a atacar os traficantes como "vingança". O resultado é uma violenta guerra de quadrilhas.
Diante das críticas de governos ocidentais, instituições internacionais e organizações de defesa dos direitos humanos, Duterte respondeu acusando: "Vocês, União Europeia e EUA, vocês podem me chamar de qualquer coisa. Mas eu não sou hipócrita como vocês. Há migrantes fugindo do Oriente Médio. Vocês os deixam apodrecer e estão preocupados com a morte de mil, 2 mil, 3 mil?"
"Hitler massacrou 3 milhões de judeus. As Filipinas têm 3 milhões de drogados. Eu ficaria feliz em massacrá-los", afirmou o boquirroto presidente filipino, ultrajando os judeus do mundo inteiro, observou o televisão pública britânica BBC.
Na verdade, cerca de 6 milhões de judeus foram mortos no Holocausto cometido pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. O Centro Simon Wiesenthal, que até hoje caça os criminosos nazistas, exigiu "um pedido de desculpas para as vítimas por esta retórica nojenta."
O presidente do Conselho Mundial Judaico, Ronald Lauder, ficou assombrado: "O que o presidente Duterte disse é não apenas profundamente desumano, mostra um desrespeito assustador pela vida humana de um líder democraticamente eleito de um grande país, o que parte o coração."
Para a Liga Antidifamação, com sede nos Estados Unidos, o comentário foi "inapropriado e profundamente ofensivo". Seu porta-voz, Todd Gutnick, considerou "desconcertante que qualquer líder use tamanho monstro como modelo".
Duterte foi eleito em 9 de maio de 2016 prometendo acabar com as drogas e a criminalidade. Desde sua posse, em 30 de junho, cerca de 4 mil pessoas foram mortas na guerra contra as drogas. Seu chefe de polícia incitou os usuários de drogas a atacar os traficantes como "vingança". O resultado é uma violenta guerra de quadrilhas.
Diante das críticas de governos ocidentais, instituições internacionais e organizações de defesa dos direitos humanos, Duterte respondeu acusando: "Vocês, União Europeia e EUA, vocês podem me chamar de qualquer coisa. Mas eu não sou hipócrita como vocês. Há migrantes fugindo do Oriente Médio. Vocês os deixam apodrecer e estão preocupados com a morte de mil, 2 mil, 3 mil?"
Anistia acusa Sudão de usar armas químicas em Darfur
O governo islamista do Sudão usou armas químicas dezenas de vezes desde o início de 2016 em ataques contra os rebeldes da província de Darfur, matando centenas de civis, denunciou ontem a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, citada pela televisão pública britânica BBC.
Num relatório que inclui imagens de satélites, fotografias e depoimentos de vítimas, especialistas em armas químicas confirmaram os ataques. Com base nos relatos dos sobreviventes, a Anistia estima que entre 200 e 250 pessoas foram mortas em mais de 30 ataques.
Em Cartum, o governo do ditador Omar Bachir negou tudo. Os ataques podem minar as tentativas do Sudão de se reaproximar do Ocidente, especialmente dos Estados Unidos.
Pela estimativa das Nações Unidas, desde 2003, pelo menos 300 mil pessoas foram mortas na província sudanesa de Darfur, no foi descrito como um genocídio, a tentativa de exterminar todo um povo. Para o movimento Mundo sem Genocídio, o total de mortos já passa de 480 mil.
Num relatório que inclui imagens de satélites, fotografias e depoimentos de vítimas, especialistas em armas químicas confirmaram os ataques. Com base nos relatos dos sobreviventes, a Anistia estima que entre 200 e 250 pessoas foram mortas em mais de 30 ataques.
Em Cartum, o governo do ditador Omar Bachir negou tudo. Os ataques podem minar as tentativas do Sudão de se reaproximar do Ocidente, especialmente dos Estados Unidos.
Pela estimativa das Nações Unidas, desde 2003, pelo menos 300 mil pessoas foram mortas na província sudanesa de Darfur, no foi descrito como um genocídio, a tentativa de exterminar todo um povo. Para o movimento Mundo sem Genocídio, o total de mortos já passa de 480 mil.
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Segundo maior grupo rebelde da Colômbia quer negociar a paz
Três dias depois do acordo histórico entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), o Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo guerrilheiro do país, declarou estar preparado para negociar a paz, informou hoje a televisão pública britânica BBC.
Em março de 2016, o governo e o ELN, outro grupo guerrilheiro marxista, anunciaram o início de negociações formais no Equador, mas os rebeldes não cumpriram uma exigência do presidente Juan Manuel Santos, acabar com os sequestros, usados pela guerrilha para financiar a luta armada.
A era da luta armada na América Latina acabou. O ELN foi fundado em 1964, sob a inspiração da Revolução Cubana de 1959, depois de um período conhecido na história da Colômbia como La Violencia em que cerca de 200 mil pessoas foram mortas.
Pela primeira vez desde o assassinato do candidato liberal Jorge Eliécer Gaitán, em 9 de abril de 1948, ou talvez pela primeira em sua história, a Colômbia tem uma expectativa de paz.
Mesmo assim, como aconteceu na América Central, há um sério risco de que ex-guerrilheiros endurecidos pela luta armada não se integrem plenamente à vida civil e entrem para o crime organizado, continuando vidas violentas.
Em março de 2016, o governo e o ELN, outro grupo guerrilheiro marxista, anunciaram o início de negociações formais no Equador, mas os rebeldes não cumpriram uma exigência do presidente Juan Manuel Santos, acabar com os sequestros, usados pela guerrilha para financiar a luta armada.
A era da luta armada na América Latina acabou. O ELN foi fundado em 1964, sob a inspiração da Revolução Cubana de 1959, depois de um período conhecido na história da Colômbia como La Violencia em que cerca de 200 mil pessoas foram mortas.
Pela primeira vez desde o assassinato do candidato liberal Jorge Eliécer Gaitán, em 9 de abril de 1948, ou talvez pela primeira em sua história, a Colômbia tem uma expectativa de paz.
Mesmo assim, como aconteceu na América Central, há um sério risco de que ex-guerrilheiros endurecidos pela luta armada não se integrem plenamente à vida civil e entrem para o crime organizado, continuando vidas violentas.
Acidente de trem deixa uma morta e 108 feridos nos EUA
Um trem de passageiros em excesso de velocidade não parou na barreira de segurança e causou um acidente hoje ao entrar na estação da cidade de Hoboken, no estado de Nova Jérsei, nos Estados Unidos.
Pelo menos uma pessoa morreu e 108 saíram feridas, das quais 74 foram hospitalizadas, noticia a rede de televisão americana CNN. Quem morreu foi a advogada brasileira Fabíola Bittar de Kroon, de 34 anos.
Parte do teto desabou numa hora em que a estação estava cheia de passageiros que esperavam o trem para Nova York. A pessoa que morreu estava na plataforma da estação. Todas as pessoas que ficaram no trem foram resgatadas.
Centenas de milhares de pessoas viajam diariamente entre os dois estados. O governador de Nova Jérsei, Chris Christie, declarou não ter até agora nenhuma indicação de que possa ter sido um ato criminoso.
Pelo menos uma pessoa morreu e 108 saíram feridas, das quais 74 foram hospitalizadas, noticia a rede de televisão americana CNN. Quem morreu foi a advogada brasileira Fabíola Bittar de Kroon, de 34 anos.
Parte do teto desabou numa hora em que a estação estava cheia de passageiros que esperavam o trem para Nova York. A pessoa que morreu estava na plataforma da estação. Todas as pessoas que ficaram no trem foram resgatadas.
Centenas de milhares de pessoas viajam diariamente entre os dois estados. O governador de Nova Jérsei, Chris Christie, declarou não ter até agora nenhuma indicação de que possa ter sido um ato criminoso.
Itália fará referendo sobre reforma constitucional em 4 de dezembro
A Itália convocou para 4 de dezembro de 2016 um referendo para aprovar uma reforma constitucional destinada a facilitar a formação de governos e reduzir os custos da máquina do Estado.
Uma derrota provavelmente levará à queda do primeiro-ministro esquerdista Matteo Renzi, que chegou ao poder em fevereiro de 2014 sem vencer uma eleição como líder do Partido Democrático.
Se aprovada, a reforma vai diminuir o número de cadeira no Senado e reduzir o papel da câmara alta no processo legislativo, aumentando o poder da Câmara dos Deputados, e transferir mais poderes das regiões para o governo central.
Renzi não teve alternativas. A reforma não obteve os dois terços de votos do Congresso necessários à mudança na Constituição sem uma consulta popular.
Da maneira como a questão foi apresentada, a votação será também um plebiscito sobre seu governo, que não conseguiu recuperar a economia da Itália, a quarta maior da Europa e oitava do mundo, à frente do Brasil, com produto interno bruto de US$ 1,85 trilhão, que atualmente está estagnada.
Em pesquisa recente 35,5% declararam a intenção de votar contra e 29,6% a favor da reforma, com 35% de indecisos.
O governo conta com a divisão interna no Movimento 5 Estrelas, do humorista Beppe Grillo, de oposição aos partidos políticos tradicionais, o partido mais votado individualmente nas últimas eleições nacionais na Itália.
Virginia Raggi, do Movimento 5 Estrelas, foi eleita prefeita de Roma em junho, batendo o candidato do Partido Democrático, de Renzi. Até agora, não conseguiu articular uma maioria para governar.
Mesmo se a reforma constitucional for rejeitada, os deputados podem tentar formar um novo governo sem a realização de novas eleições. No momento, as pesquisas dão 31,2% de preferências para o PD, de Renzi, e 29,5% para o M5E. Para Renzi, a aposta é vencer o referendo.
Uma derrota provavelmente levará à queda do primeiro-ministro esquerdista Matteo Renzi, que chegou ao poder em fevereiro de 2014 sem vencer uma eleição como líder do Partido Democrático.
Se aprovada, a reforma vai diminuir o número de cadeira no Senado e reduzir o papel da câmara alta no processo legislativo, aumentando o poder da Câmara dos Deputados, e transferir mais poderes das regiões para o governo central.
Renzi não teve alternativas. A reforma não obteve os dois terços de votos do Congresso necessários à mudança na Constituição sem uma consulta popular.
Da maneira como a questão foi apresentada, a votação será também um plebiscito sobre seu governo, que não conseguiu recuperar a economia da Itália, a quarta maior da Europa e oitava do mundo, à frente do Brasil, com produto interno bruto de US$ 1,85 trilhão, que atualmente está estagnada.
Em pesquisa recente 35,5% declararam a intenção de votar contra e 29,6% a favor da reforma, com 35% de indecisos.
O governo conta com a divisão interna no Movimento 5 Estrelas, do humorista Beppe Grillo, de oposição aos partidos políticos tradicionais, o partido mais votado individualmente nas últimas eleições nacionais na Itália.
Virginia Raggi, do Movimento 5 Estrelas, foi eleita prefeita de Roma em junho, batendo o candidato do Partido Democrático, de Renzi. Até agora, não conseguiu articular uma maioria para governar.
Mesmo se a reforma constitucional for rejeitada, os deputados podem tentar formar um novo governo sem a realização de novas eleições. No momento, as pesquisas dão 31,2% de preferências para o PD, de Renzi, e 29,5% para o M5E. Para Renzi, a aposta é vencer o referendo.
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
OPEP anuncia acordo para limitar sua produção
Apesar das divergências entre a Arábia Saudita e o Irã, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou hoje na Argélia um acordo para limitar sua produção para pressionar os preços internacionais do produto para cima.
A partir de 30 de novembro de 2016, a produção da OPEP será limitada a um teto de 32,5 a 33 milhões barris de petróleo por dia, um pouco abaixo da média atual, de 33,2 milhões de barris. Os detalhes serão discutidos até lá na sede da entidade, em Viena, na Áustria. A meta é fixar o texto em 32,5 milhões/dia em 2017.
Segunda maior exportadora mundial depois da Arábia Saudita, a Rússia não faz parte da OPEP, mas participou da reunião de Argel e ficou de anunciar sua posição oficial no futuro.
O acordo inesperado provocou uma alta nos preços do petróleo de 5,3% em Nova York para US$ 47,05 em Nova York e de 5,9% em Londres em US$ 48,69.
A partir de 30 de novembro de 2016, a produção da OPEP será limitada a um teto de 32,5 a 33 milhões barris de petróleo por dia, um pouco abaixo da média atual, de 33,2 milhões de barris. Os detalhes serão discutidos até lá na sede da entidade, em Viena, na Áustria. A meta é fixar o texto em 32,5 milhões/dia em 2017.
Segunda maior exportadora mundial depois da Arábia Saudita, a Rússia não faz parte da OPEP, mas participou da reunião de Argel e ficou de anunciar sua posição oficial no futuro.
O acordo inesperado provocou uma alta nos preços do petróleo de 5,3% em Nova York para US$ 47,05 em Nova York e de 5,9% em Londres em US$ 48,69.
Ban Ki Moon chama ataques a hospitais na Síria de crimes de guerra
Ao reagir ao bombardeio dos dois maiores hospitais na área controlada por rebeldes em Alepo, a maior cidade da Síria, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, afirmou que foram crimes de guerra.
"É pior do que num abatedouro", declarou Ban ao Conselho de Segurança da ONU.
Desde o início da guerra, há cinco anos e meio, mais de 600 clínicas, centros médicos e hospitais foram bombardeados na Síria, principalmente pela ditadura de Bachar Assad. Os ataques recentes são atribuídos ao regime sírio e à Força Aérea da Rússia, que há um ano intervém na guerra civil da Síria.
Só no fim de semana, os bombardeios mataram mais de 250 pessoas em Alepo.
"É pior do que num abatedouro", declarou Ban ao Conselho de Segurança da ONU.
Desde o início da guerra, há cinco anos e meio, mais de 600 clínicas, centros médicos e hospitais foram bombardeados na Síria, principalmente pela ditadura de Bachar Assad. Os ataques recentes são atribuídos ao regime sírio e à Força Aérea da Rússia, que há um ano intervém na guerra civil da Síria.
Só no fim de semana, os bombardeios mataram mais de 250 pessoas em Alepo.
Míssil da Rússia derrubou avião da Malásia na Ucrânia em 2014
Um inquérito internacional concluiu que um míssil da Rússia derrubou o voo MH17 da companhia aérea Malaysia Airlines em território da Ucrânia em julho de 2014, anunciaram os investigadores hoje na Holanda. Todas as 298 pessoas a bordo morreram.
O sistema de lançamento de mísseis BUK foi levado da Rússia para o Leste da Ucrânia e devolvido à Rússia pouco depois da tragédia. Cem suspeitos foram identificados. A Rússia reagiu denunciando a politização do inquérito.
As companhias europeias haviam suspendido seus voos no espaço aéreo ucraniano depois da intervenção militar da Rússia para anexar a península da Crimeia e fomentar uma rebelião de russos étnicos no Leste da Ucrânia.
Quando o avião caiu, foi gravado um diálogo entre rebeldes que foram examinar os destroços e um oficial russo que os orientava. Para sua decepção, não era um avião militar. O chão estava cheio de malas e restos humanos de crianças e civis que voavam de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, a capital da Malásia.
"O que um avião comercial estava fazendo numa zona de guerra?", protestou o oficial russo.
Três horas antes da tragédia, jornalistas da agência de notícias Associated Press (AP) viram um lançador de mísseis BUK M1 na cidade de Snijne com quatro mísseis de 5,5 metros de comprimento.
Na época, o Kremlin alegou que o avião fora abatido pela Força Aérea da Ucrânia ou por mísseis antiaéreos do Exército ucraniano. Como os rebeldes não têm Força Aérea, os mísseis antiaéreos iraquianos só poderiam derrubar aviões russos, o que daria uma chance para a Rússia entrar diretamente na guerra e acabar com a independência da Ucrânia.
O sistema de lançamento de mísseis BUK foi levado da Rússia para o Leste da Ucrânia e devolvido à Rússia pouco depois da tragédia. Cem suspeitos foram identificados. A Rússia reagiu denunciando a politização do inquérito.
As companhias europeias haviam suspendido seus voos no espaço aéreo ucraniano depois da intervenção militar da Rússia para anexar a península da Crimeia e fomentar uma rebelião de russos étnicos no Leste da Ucrânia.
Quando o avião caiu, foi gravado um diálogo entre rebeldes que foram examinar os destroços e um oficial russo que os orientava. Para sua decepção, não era um avião militar. O chão estava cheio de malas e restos humanos de crianças e civis que voavam de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, a capital da Malásia.
"O que um avião comercial estava fazendo numa zona de guerra?", protestou o oficial russo.
Três horas antes da tragédia, jornalistas da agência de notícias Associated Press (AP) viram um lançador de mísseis BUK M1 na cidade de Snijne com quatro mísseis de 5,5 metros de comprimento.
Na época, o Kremlin alegou que o avião fora abatido pela Força Aérea da Ucrânia ou por mísseis antiaéreos do Exército ucraniano. Como os rebeldes não têm Força Aérea, os mísseis antiaéreos iraquianos só poderiam derrubar aviões russos, o que daria uma chance para a Rússia entrar diretamente na guerra e acabar com a independência da Ucrânia.
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Ex-presidente de Israel Shimon Peres morre aos 93 anos
O ex-presidente e ex-primeiro-ministro de Israel Shimon Peres morreu hoje aos 93 anos. Era o último líder da geração que fundou o Estado de Israel, em 1948. Foi um dos principais defensores das negociações de paz com os palestinos. Peres ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1994, mas jamais venceu uma eleição, talvez por nunca ter sido militar e não ser considerado suficientemente linha dura.
Shimon Peres nasceu em Wiszniew, na Polônia, hoje parte da Bielorrússia, em 2 de agosto de 1923. Sua pai era comerciante de madeira e a mãe, bibliotecária. A família falava hebreu, iídiche e russo em casa. Na escola, aprendeu polonês e mais tarde inglês e francês.
Em 1932, o pai de Peres emigrou para a Palestina e se instalou em Telavive. O resto da família se juntou a ele em 1934. Os parentes que ficaram na Polônia foram mortos no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.
Na juventude, Peres aderiu ao movimento trabalhista, decisivo na criação de Israel, em 1948. Aos 29 anos, foi nomeado ministro da Defesa pelo fundador e primeiro primeiro-ministro israelense, David ben Gurion. Ele negociou a compra de aviões de guerra franceses e instalou a central atômica de Dimona, essencial para o desenvolvimento das armas nucleares de Israel.
Como diplomata, Peres negociou o apoio do Reino Unido e da França a Israel na Guerra de Suez, em 1956, tornando a França na principal aliada de Israel. Na Guerra dos Seis Dias, quando a Força Aérea de Israel destruiu as aviações inimigas em terra, os bombardeios foram realizados por jatos Mirage franceses.
Só a partir da Guerra do Yom Kippur, em 1973, sob a influência de Henry Kissinger, os Estados Unidos se tornaram o principal aliado de Israel.
Em 1977, o partido conservador Likud derrotou o Partido Trabalhista, que voltaria ao poder com Peres por dois anos (1984-86) numa grande aliança e como partido dominante em 1992 sob a liderança de Yitzhak Rabin, que junto com Peres resolveu negociar a paz com os palestinos nos Acordos de Oslo, que criaram a Autoridade Nacional Palestina (ANP) em 1994.
Peres, Rabin e o líder palestinos Yasser Arafat foram agraciados com o Prêmio Nobel da Paz em 1994. Quando um terrorista israelense de extrema direita matou o primeiro-ministro Rabin, em novembro de 1995, Peres voltou à chefia do governo, mas perdeu as eleições do ano seguinte para o atual primeiro-ministro, o linha dura Benjamin Netanyahu, que paralisou o proceso de paz.
A próxima tentativa de negociar a paz coube ao primeiro-ministro trabalhista Ehud Barak (1999-2001), em 2000, no fim do governo Bill Clinton. Sua queda levou ao poder o arquilinha dura Ariel Sharon, que decidiu abandonar o Likud e criar um partido mais ao centro chamado Kadima (Avante) para negociar a paz, com o apoio de Peres, que aderiu ao novo partido.
Vítima de um acidente vascular cerebral, Sharon ficou inconsciente em 4 de janeiro de 2006. Seus sucessores no Kadima, Ehud Olmert e Tzipi Livni, não conseguiram apoio eleitoral para levar a frente o plano de paz de Sharon. O atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seus atuais aliados não mostram interesse real em negociar a paz com os palestinos.
Em 2007, Peres foi eleito presidente de Israel, um cargo decorativo de chefe de Estado que ocupou até 2014. Ele sofreu um acidente vascular cerebral em 13 de setembro de 2016, dia do histórico aperto de mão entre Rabin e Arafat no jardim da Casa Branca, em Washington, em 1993, e não se recuperou.
Shimon Peres nasceu em Wiszniew, na Polônia, hoje parte da Bielorrússia, em 2 de agosto de 1923. Sua pai era comerciante de madeira e a mãe, bibliotecária. A família falava hebreu, iídiche e russo em casa. Na escola, aprendeu polonês e mais tarde inglês e francês.
Em 1932, o pai de Peres emigrou para a Palestina e se instalou em Telavive. O resto da família se juntou a ele em 1934. Os parentes que ficaram na Polônia foram mortos no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.
Na juventude, Peres aderiu ao movimento trabalhista, decisivo na criação de Israel, em 1948. Aos 29 anos, foi nomeado ministro da Defesa pelo fundador e primeiro primeiro-ministro israelense, David ben Gurion. Ele negociou a compra de aviões de guerra franceses e instalou a central atômica de Dimona, essencial para o desenvolvimento das armas nucleares de Israel.
Como diplomata, Peres negociou o apoio do Reino Unido e da França a Israel na Guerra de Suez, em 1956, tornando a França na principal aliada de Israel. Na Guerra dos Seis Dias, quando a Força Aérea de Israel destruiu as aviações inimigas em terra, os bombardeios foram realizados por jatos Mirage franceses.
Só a partir da Guerra do Yom Kippur, em 1973, sob a influência de Henry Kissinger, os Estados Unidos se tornaram o principal aliado de Israel.
Em 1977, o partido conservador Likud derrotou o Partido Trabalhista, que voltaria ao poder com Peres por dois anos (1984-86) numa grande aliança e como partido dominante em 1992 sob a liderança de Yitzhak Rabin, que junto com Peres resolveu negociar a paz com os palestinos nos Acordos de Oslo, que criaram a Autoridade Nacional Palestina (ANP) em 1994.
Peres, Rabin e o líder palestinos Yasser Arafat foram agraciados com o Prêmio Nobel da Paz em 1994. Quando um terrorista israelense de extrema direita matou o primeiro-ministro Rabin, em novembro de 1995, Peres voltou à chefia do governo, mas perdeu as eleições do ano seguinte para o atual primeiro-ministro, o linha dura Benjamin Netanyahu, que paralisou o proceso de paz.
A próxima tentativa de negociar a paz coube ao primeiro-ministro trabalhista Ehud Barak (1999-2001), em 2000, no fim do governo Bill Clinton. Sua queda levou ao poder o arquilinha dura Ariel Sharon, que decidiu abandonar o Likud e criar um partido mais ao centro chamado Kadima (Avante) para negociar a paz, com o apoio de Peres, que aderiu ao novo partido.
Vítima de um acidente vascular cerebral, Sharon ficou inconsciente em 4 de janeiro de 2006. Seus sucessores no Kadima, Ehud Olmert e Tzipi Livni, não conseguiram apoio eleitoral para levar a frente o plano de paz de Sharon. O atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seus atuais aliados não mostram interesse real em negociar a paz com os palestinos.
Em 2007, Peres foi eleito presidente de Israel, um cargo decorativo de chefe de Estado que ocupou até 2014. Ele sofreu um acidente vascular cerebral em 13 de setembro de 2016, dia do histórico aperto de mão entre Rabin e Arafat no jardim da Casa Branca, em Washington, em 1993, e não se recuperou.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Jihadista pega 9 anos de prisão por destruir mausoléus no Mali
Em decisão histórica, o Tribunal Penal Internacional (TPI) condenou hoje pela primeira vez um acusado de crimes contra o patrimônio histórico, artístico e cultural da humanidade.
O jihadista arrependido Ahmad al-Faki al-Mahdi foi condenado a nove anos de prisão por destruir mausoléus e a porta de uma mesquita do século 14 no Mali, um país do Leste da África.
"Considerando especialmente sua participação direta em numerosos incidentes e seu papel de porta-voz" de grupos extremistas muçulmanos que ocuparam o Norte do Mali em 2012, o júri presidido pelo juiz Raul Pangalangan o declarou culpado.
De 30 de junho a 11 de julho de 2012, Al-Mahdi liderou ataques contra nove mausoléus e contra a porta da mesquita de Sidi Yahia. O salafismo, a base ideológica da "guerra santa islâmica", considera idolatria qualquer obra de arte que tenha imagens de homens e animais, assim como a veneração de mortos, daí a destruição dos túmulos sufistas.
Timbuktu era um importante centro comercial na rota das caravanas que circulavam entre o Egito e o Golfo da Guiné. Tem uma das mais importantes bibliotecas da Idade Média, manuscritos que foram ameaçados pelos jihadistas que dominaram o Norte do Mali até uma intervenção militar da França no início de 2013.
O jihadista arrependido Ahmad al-Faki al-Mahdi foi condenado a nove anos de prisão por destruir mausoléus e a porta de uma mesquita do século 14 no Mali, um país do Leste da África.
"Considerando especialmente sua participação direta em numerosos incidentes e seu papel de porta-voz" de grupos extremistas muçulmanos que ocuparam o Norte do Mali em 2012, o júri presidido pelo juiz Raul Pangalangan o declarou culpado.
De 30 de junho a 11 de julho de 2012, Al-Mahdi liderou ataques contra nove mausoléus e contra a porta da mesquita de Sidi Yahia. O salafismo, a base ideológica da "guerra santa islâmica", considera idolatria qualquer obra de arte que tenha imagens de homens e animais, assim como a veneração de mortos, daí a destruição dos túmulos sufistas.
Timbuktu era um importante centro comercial na rota das caravanas que circulavam entre o Egito e o Golfo da Guiné. Tem uma das mais importantes bibliotecas da Idade Média, manuscritos que foram ameaçados pelos jihadistas que dominaram o Norte do Mali até uma intervenção militar da França no início de 2013.
Até republicanos admitem vitória de Hillary no primeiro debate
Depois de avançar nas pesquisas nas últimas seis semanas, o bilionário Donald Trump tinha a chance de virar o jogo ontem à noite, mas foi amplamente derrotado pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton no primeiro debate dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos. Até os republicanos reconhecem a vitória de Hillary, como indicam pesquisas e grupos de eleitores indecisos.
Em pesquisa da rede de televisão CNN, 62% deram a vitória a Hillary e 27% a Trump. De acordo com o instituto de pesquisas Public Policy Polling, a democrata venceu por 50% a 41%.
Em um painel de especialistas da revista Politico.com, 99% dos democratas e 57% dos republicanos viram vantagem para a ex-secretária de Estado.
Na Flórida, de um grupo de 20 indecisos convidados pela CNN, 18 gostaram mais da democrata.
O pesquisador republicano Frank Luntz reuniu um grupo de indecisos em outro estado decisivo na eleição presidencial de 8 de novembro, a Pensilvânia. Só cinco preferiram Trump contra 15 para Hillary.
Em Ohio, de um grupo de 29 indecisos, 11 declararam uma tendência de votar em Hillary em 8 de novembro e o resto continua sem saber. Ninguém decidiu votar em Trump. Há décadas, nenhum republicano chega à Casa Branca sem vencer em Ohio.
O Partido Republicano espera que a vitória da democrata no primeiro debate não tenha grande impacto nas pesquisas e que seu candidato se recupere nos outros dois.
Em pesquisa da rede de televisão CNN, 62% deram a vitória a Hillary e 27% a Trump. De acordo com o instituto de pesquisas Public Policy Polling, a democrata venceu por 50% a 41%.
Em um painel de especialistas da revista Politico.com, 99% dos democratas e 57% dos republicanos viram vantagem para a ex-secretária de Estado.
Na Flórida, de um grupo de 20 indecisos convidados pela CNN, 18 gostaram mais da democrata.
O pesquisador republicano Frank Luntz reuniu um grupo de indecisos em outro estado decisivo na eleição presidencial de 8 de novembro, a Pensilvânia. Só cinco preferiram Trump contra 15 para Hillary.
Em Ohio, de um grupo de 29 indecisos, 11 declararam uma tendência de votar em Hillary em 8 de novembro e o resto continua sem saber. Ninguém decidiu votar em Trump. Há décadas, nenhum republicano chega à Casa Branca sem vencer em Ohio.
O Partido Republicano espera que a vitória da democrata no primeiro debate não tenha grande impacto nas pesquisas e que seu candidato se recupere nos outros dois.
Hillary tem ampla vitória no primeiro debate com Trump
Com firmeza, segurança, bom humor e domínio dos fatos, evitando um tom professoral, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, do Partido Democrata, teve nítida superioridade sobre o bilionário Donald Trump, do Partido Republicano, no primeiro debate dos principais candidatos eleição presidencial de 8 de novembro de 2016 nos Estados Unidos, realizado ontem à noite.
Trump não começou mal. No início, se controlou e parecia presidenciável. Atacou Hillary por acordos comerciais que acusou de destruir empregos nos EUA e tentou caracterizá-la como uma política tradicional distante do dia a dia do cidadão comum. Mas mentiu ao dizer que a Ford está se mudando para o México. A empresa vai produzir carros compactos no México, mas promete não reduzir nem um emprego nos EUA.
Logo a candidata democrata conseguiu explorar as vulnerabilidades de Trump, sua recusa em divulgar sua declaração de renda, perguntando "o que ele tem a esconder?" Numa de suas tiradas que funcionaram nos debates da eleição primária do Partido Republicano, ele afirmou que apresentaria sua declaração se Hillary revelasse as 33 mil mensagens de correio eletrônico do tempo em que era secretária de Estado que foram apagados.
Numa irresponsabilidade capaz de comprometer segredos da segurança nacional dos EUA, Hillary usou uma conta pessoal de e-mail quando chefiava a diploma americana. Ela admitiu o erro e pediu desculpas.
O republicano não insistiu no assunto, uma das grandes vulnerabilidades da adversária. Também não explorou o financiamento da Fundação Clinton, que recebeu doações de monarquias petroleiras nada democráticas do Oriente Médio.
Hillary atacou-o na questão da declaração de renda, lembrando que em alguns anos Trump não pagou impostos ao governo federal. Ele foi obrigado a revelar isso quando tentava conseguir licença para um cassino em Atlantic City, observou a democrata.
Ao não revelar sua declaração de renda, Trump esconde sua participação em empresas e negócios capazes de criar conflitos de interesses com a Presidência dos EUA. Em uma das muitas interrupções indevidas, ele atropelou a fala de Hillary dizendo que é "esperto".
Depois do debate, em entrevista, Trump alegou que não gosta da "maneira como o governo gasta nossos impostos" para justificar suas manobras de evasão fiscal na esperança de sensibilizar o eleitor conservador que acha excessiva o peso da máquina do Estado sobre o cidadão comum. Mas esse é um eleitor que provavelmente já votaria nele. O resto deve ter se indignado com a "esperteza" de um bilionário para não pagar impostos.
Em segurança nacional e defesa, a ex-secretária de Estado também ganhou pontos, lembrando que os acordos internacionais assinados pelos EUA precisam ser mantidos, especialmente na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental, base da política externa americana no pós-guerra.
Entre suas tiradas irresponsáveis, Trump ameaçou não defender os aliados, rompendo a regra básica da aliança atlântico de que "um ataque contra um é um ataque contra todos". Hillary lembrou que este princípio só foi invocado uma vez, depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.
Hillary também cutucou Trump na questão nuclear. Ela destacou que a não proliferação nuclear é política dos EUA há décadas para tentar reduzir o número de armas atômicas e evitar que mais países tenham acesso à bomba. Em declaração recente, o republicano disse que não teria problemas com uma guerra nuclear na Ásia.
Quando o republicano criticou o acordo nuclear com o Irã, a democrata perguntou: "Qual a alternativa? Iniciar uma nova guerra."
O apelo de Trump à Rússia para que pirateasse o correio eletrônico da secretária de Estado foi apresentado por ela como uma traição aos interesses dos EUA e uma aproximação com o presidente russo, Vladimir Putin, que tomou várias medidas para prejudicar os interesses americanos.
Entre outras mentiras, o republicano afirmou que Hillary passou a vida inteira combatendo o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que existe desde 2013. Trump argumentou que o Estado Islâmico está mais forte do que nunca. Ela não explorou o fato de que a organização terrorista está perdendo territórios na Síria e no Iraque.
Tanto Hillary quanto o mediador desmentiram Trump quando ele alegou que ter sido contra a invasão do Iraque em 2003. Ela também lembrou que o republicano atribuiu a tese de que o homem é responsável pelo aquecimento global a uma "fraude" criada pela China para minar a economia dos EUA.
No debate econômico, a democrata ironizou a proposta de Trump de corte de impostos no valor de US$ 10 trilhões, alegando que seria uma repetição das políticas neoliberais que levaram à Grande Recessão de 2008-9. Sua proposta é aumentar impostos para os ricos e lançar um grande programa de obras de infraestrutura para preparar um país para novo ciclo de crescimento. Ela não se esqueceu de elogiar a recuperação econômica e a geração de empregos no governo Barack Obama.
Favorito dos brancos sem curso superior abalados diretamente pela globalização da economia, Trump também fracassou em sensibilizar os eleitores de minorias raciais. Sobre a violência de polícia contra negros, revelada em várias mortes filmadas por telefones celulares, limitou-se a dizer que é um problema de "segurança pública".
Para Hillary, há um "racismo institucional" que torna os negros suspeitos. Foi a primeira vez que um candidato usou a expressão num debate nacional. Isso foi muito elogiado por entidades que lutam pelos direitos da minoria negra. Ela defendeu a criação de uma polícia comunitária, que estabeleça uma relação direta com o cidadão para evitar mortes de negros inocentes.
A imigração e a situação dos latino-americanos praticamente ficaram fora do debate. Hillary não defendeu o México, mas admitiu renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), negociado por seu marido, o então presidente Bill Clinton, descrito por Trump como "um dos piores acordos comerciais da história".
Em outro duro golpe, Hillary acusou Trump de chamar uma vencedora de um concurso de beleza que ele patrocinou de Miss Porquinha porque ela engordou e Miss Empregada Doméstica porque a então Miss Universo Alicia Machado é venezuelana, tem origem latino-americana. No seu estilo rasteiro, ele respondeu hoje que "ela foi a pior de todas as misses" que conheceu.
Por fim, a candidata também o atacou por ter chamado mulheres de "cachorras" e "porcas", tentando sedimentar sua ampla vantagem no eleitorado feminino. Sem argumentos, o magnata imobiliário alegou que Hillary não tem a energia necessária para ser presidente.
"Viaje para mais de cem países, negocie acordos de paz e libertação de reféns, e enfrente um depoimento de 11 horas no Congresso antes de dizer que não energia", reagiu Hillary.
Foi uma ampla vitória. Não deve mudar a opinião do eleitor decidido a votar em Trump, mas certamente deve pesar na decisão dos indecisos.
Trump não começou mal. No início, se controlou e parecia presidenciável. Atacou Hillary por acordos comerciais que acusou de destruir empregos nos EUA e tentou caracterizá-la como uma política tradicional distante do dia a dia do cidadão comum. Mas mentiu ao dizer que a Ford está se mudando para o México. A empresa vai produzir carros compactos no México, mas promete não reduzir nem um emprego nos EUA.
Logo a candidata democrata conseguiu explorar as vulnerabilidades de Trump, sua recusa em divulgar sua declaração de renda, perguntando "o que ele tem a esconder?" Numa de suas tiradas que funcionaram nos debates da eleição primária do Partido Republicano, ele afirmou que apresentaria sua declaração se Hillary revelasse as 33 mil mensagens de correio eletrônico do tempo em que era secretária de Estado que foram apagados.
Numa irresponsabilidade capaz de comprometer segredos da segurança nacional dos EUA, Hillary usou uma conta pessoal de e-mail quando chefiava a diploma americana. Ela admitiu o erro e pediu desculpas.
O republicano não insistiu no assunto, uma das grandes vulnerabilidades da adversária. Também não explorou o financiamento da Fundação Clinton, que recebeu doações de monarquias petroleiras nada democráticas do Oriente Médio.
Hillary atacou-o na questão da declaração de renda, lembrando que em alguns anos Trump não pagou impostos ao governo federal. Ele foi obrigado a revelar isso quando tentava conseguir licença para um cassino em Atlantic City, observou a democrata.
Ao não revelar sua declaração de renda, Trump esconde sua participação em empresas e negócios capazes de criar conflitos de interesses com a Presidência dos EUA. Em uma das muitas interrupções indevidas, ele atropelou a fala de Hillary dizendo que é "esperto".
Depois do debate, em entrevista, Trump alegou que não gosta da "maneira como o governo gasta nossos impostos" para justificar suas manobras de evasão fiscal na esperança de sensibilizar o eleitor conservador que acha excessiva o peso da máquina do Estado sobre o cidadão comum. Mas esse é um eleitor que provavelmente já votaria nele. O resto deve ter se indignado com a "esperteza" de um bilionário para não pagar impostos.
Em segurança nacional e defesa, a ex-secretária de Estado também ganhou pontos, lembrando que os acordos internacionais assinados pelos EUA precisam ser mantidos, especialmente na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental, base da política externa americana no pós-guerra.
Entre suas tiradas irresponsáveis, Trump ameaçou não defender os aliados, rompendo a regra básica da aliança atlântico de que "um ataque contra um é um ataque contra todos". Hillary lembrou que este princípio só foi invocado uma vez, depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.
Hillary também cutucou Trump na questão nuclear. Ela destacou que a não proliferação nuclear é política dos EUA há décadas para tentar reduzir o número de armas atômicas e evitar que mais países tenham acesso à bomba. Em declaração recente, o republicano disse que não teria problemas com uma guerra nuclear na Ásia.
Quando o republicano criticou o acordo nuclear com o Irã, a democrata perguntou: "Qual a alternativa? Iniciar uma nova guerra."
O apelo de Trump à Rússia para que pirateasse o correio eletrônico da secretária de Estado foi apresentado por ela como uma traição aos interesses dos EUA e uma aproximação com o presidente russo, Vladimir Putin, que tomou várias medidas para prejudicar os interesses americanos.
Entre outras mentiras, o republicano afirmou que Hillary passou a vida inteira combatendo o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que existe desde 2013. Trump argumentou que o Estado Islâmico está mais forte do que nunca. Ela não explorou o fato de que a organização terrorista está perdendo territórios na Síria e no Iraque.
Tanto Hillary quanto o mediador desmentiram Trump quando ele alegou que ter sido contra a invasão do Iraque em 2003. Ela também lembrou que o republicano atribuiu a tese de que o homem é responsável pelo aquecimento global a uma "fraude" criada pela China para minar a economia dos EUA.
No debate econômico, a democrata ironizou a proposta de Trump de corte de impostos no valor de US$ 10 trilhões, alegando que seria uma repetição das políticas neoliberais que levaram à Grande Recessão de 2008-9. Sua proposta é aumentar impostos para os ricos e lançar um grande programa de obras de infraestrutura para preparar um país para novo ciclo de crescimento. Ela não se esqueceu de elogiar a recuperação econômica e a geração de empregos no governo Barack Obama.
Favorito dos brancos sem curso superior abalados diretamente pela globalização da economia, Trump também fracassou em sensibilizar os eleitores de minorias raciais. Sobre a violência de polícia contra negros, revelada em várias mortes filmadas por telefones celulares, limitou-se a dizer que é um problema de "segurança pública".
Para Hillary, há um "racismo institucional" que torna os negros suspeitos. Foi a primeira vez que um candidato usou a expressão num debate nacional. Isso foi muito elogiado por entidades que lutam pelos direitos da minoria negra. Ela defendeu a criação de uma polícia comunitária, que estabeleça uma relação direta com o cidadão para evitar mortes de negros inocentes.
A imigração e a situação dos latino-americanos praticamente ficaram fora do debate. Hillary não defendeu o México, mas admitiu renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), negociado por seu marido, o então presidente Bill Clinton, descrito por Trump como "um dos piores acordos comerciais da história".
Em outro duro golpe, Hillary acusou Trump de chamar uma vencedora de um concurso de beleza que ele patrocinou de Miss Porquinha porque ela engordou e Miss Empregada Doméstica porque a então Miss Universo Alicia Machado é venezuelana, tem origem latino-americana. No seu estilo rasteiro, ele respondeu hoje que "ela foi a pior de todas as misses" que conheceu.
Por fim, a candidata também o atacou por ter chamado mulheres de "cachorras" e "porcas", tentando sedimentar sua ampla vantagem no eleitorado feminino. Sem argumentos, o magnata imobiliário alegou que Hillary não tem a energia necessária para ser presidente.
"Viaje para mais de cem países, negocie acordos de paz e libertação de reféns, e enfrente um depoimento de 11 horas no Congresso antes de dizer que não energia", reagiu Hillary.
Foi uma ampla vitória. Não deve mudar a opinião do eleitor decidido a votar em Trump, mas certamente deve pesar na decisão dos indecisos.
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Colômbia e FARC assinam acordo de paz histórico
Depois de 52 anos de guerra civil e quatro de negociações, o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) assinaram hoje à noite na cidade de Cartagena um acordo de paz histórico, pondo fim a um conflito que matou cerca de 300 mil pessoas.
"Sejam bem-vindos à democracia", declarou o presidente Juan Manuel Santos depois de assinar o acordo juntamente com o líder das FARC, Rodrigo Londoño Echeverri, mais conhecido pelos nomes de guerra de Timoleón Jiménez ou Timochenko, diante de 15 presidentes latino-americanos e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon.
O acordo precisa agora ser referendado nas urnas numa consulta popular convocada para o próximo domingo, 2 de outubro de 2016.
Bogotá está em festa. Pelo menos 13 mil pessoas se reuniram na Praça de Bolívar, no centro da capital colombiana, para acompanhar a assinatura do acordo de paz e festejar ao som de rock, rap, reggae e música caribenha.
O acordo prevê a concentração dos cerca de 8 mil guerrilheiros das FARC em zonas determinadas para entrega das armas, sua desmobilização e integração à vida civil. Quem cometeu crimes contra a humanidade não terá direito a anistia. Terá de responder a processo em tribunais especiais.
Para a Colômbia chegar à paz depois de décadas de guerra civil, falta agora o Exército de Libertação Nacional (ELN), outro grupo guerrilheiro marxista. Como o ELN reluta em negociar, há o temor de que alguns rebeldes das FARC simplesmente mudem para outro grupo.
A guerra civil colombiana começou em 9 de abril de 1948, com o assassinato do advogado Jorge Eliécer Gaitán, candidato do Partido Liberal à Presidência. Sua morte deflagrou uma explosão de violência, o Bogotaço. Mais de 2 mil pessoas foram mortas em 24 horas.
Era o início de um período de uma década conhecido na história da Colômbia como La Violencia, em que 200 mil pessoas foram mortas em conflitos políticos entre o Partido Conservador e o Partido Liberal que reviveram o conflito social histórico da Colômbia, que inclui a Guerra dos Mil Dias. Naquela década, liberais e esquerdistas foram para a clandestinidade.
As FARC nasceram em 1964 como braço armado do Partido Comunista Colombiano, de orientação soviética. Com o declínio do comunismo e o fim da União Soviética, a guerrilha passou a recorrer a sequestros, extorsão e tráfico de drogas para se financiar.
"Sejam bem-vindos à democracia", declarou o presidente Juan Manuel Santos depois de assinar o acordo juntamente com o líder das FARC, Rodrigo Londoño Echeverri, mais conhecido pelos nomes de guerra de Timoleón Jiménez ou Timochenko, diante de 15 presidentes latino-americanos e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon.
O acordo precisa agora ser referendado nas urnas numa consulta popular convocada para o próximo domingo, 2 de outubro de 2016.
Bogotá está em festa. Pelo menos 13 mil pessoas se reuniram na Praça de Bolívar, no centro da capital colombiana, para acompanhar a assinatura do acordo de paz e festejar ao som de rock, rap, reggae e música caribenha.
O acordo prevê a concentração dos cerca de 8 mil guerrilheiros das FARC em zonas determinadas para entrega das armas, sua desmobilização e integração à vida civil. Quem cometeu crimes contra a humanidade não terá direito a anistia. Terá de responder a processo em tribunais especiais.
Para a Colômbia chegar à paz depois de décadas de guerra civil, falta agora o Exército de Libertação Nacional (ELN), outro grupo guerrilheiro marxista. Como o ELN reluta em negociar, há o temor de que alguns rebeldes das FARC simplesmente mudem para outro grupo.
A guerra civil colombiana começou em 9 de abril de 1948, com o assassinato do advogado Jorge Eliécer Gaitán, candidato do Partido Liberal à Presidência. Sua morte deflagrou uma explosão de violência, o Bogotaço. Mais de 2 mil pessoas foram mortas em 24 horas.
Era o início de um período de uma década conhecido na história da Colômbia como La Violencia, em que 200 mil pessoas foram mortas em conflitos políticos entre o Partido Conservador e o Partido Liberal que reviveram o conflito social histórico da Colômbia, que inclui a Guerra dos Mil Dias. Naquela década, liberais e esquerdistas foram para a clandestinidade.
As FARC nasceram em 1964 como braço armado do Partido Comunista Colombiano, de orientação soviética. Com o declínio do comunismo e o fim da União Soviética, a guerrilha passou a recorrer a sequestros, extorsão e tráfico de drogas para se financiar.
Diretores-gerais cogitam tirar sede de empresas do Reino Unido
Em consequência do plebiscito que decidiu retirar o Reino Unido da União Europeia, cerca de 76% de 100 diretores-gerais consideram a possibilidade de mudar a sede das companhias para outro país, indica uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria e auditoria KPMG, citada pelo jornal Financial Times.
"Os diretores-gerais estão reagindo à incerteza com planos de contingência", observou Simon Collins, presidente da KPMG, lembrando que as empresas querem certezas.
A pesquisa mostra que, de modo geral, os dirigentes empresariais são otimistas quanto ao crescimento futuro de suas empresas, para o Reino Unido e para a economia global em 2017. Mas mais da metade pensa que o ambiente de negócios no país será prejudicado pela saída da UE.
De acordo com a pesquisa, 72% dos diretores-gerais entrevistados votaram a favor da permanência na UE. Foram ouvidos 100 CEOs de grandes empresas dos setores industrial, comercial e de telecomunicações com faturamento anual entre 100 milhões e 1 bilhão de libras.
"Os diretores-gerais estão reagindo à incerteza com planos de contingência", observou Simon Collins, presidente da KPMG, lembrando que as empresas querem certezas.
A pesquisa mostra que, de modo geral, os dirigentes empresariais são otimistas quanto ao crescimento futuro de suas empresas, para o Reino Unido e para a economia global em 2017. Mas mais da metade pensa que o ambiente de negócios no país será prejudicado pela saída da UE.
De acordo com a pesquisa, 72% dos diretores-gerais entrevistados votaram a favor da permanência na UE. Foram ouvidos 100 CEOs de grandes empresas dos setores industrial, comercial e de telecomunicações com faturamento anual entre 100 milhões e 1 bilhão de libras.
Hillary chega ao primeiro debate com pequena vantagem
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, chega hoje ao primeiro debate com o bilionário republicano Donald Trump com uma vantagem de 2,1 pontos percentuais na média das pesquisas calculada pelo sítio RealClear Politics. Um mês atrás, tinha oito pontos de frente.
Na média, a democrata tem 45,9% das preferências contra 43,9% para o republicano. Desde que recebeu um impulso ao ser oficializada como candidata, Hillary perdeu a vantagem que tinha nos estados da Flórida, Carolina do Norte e Ohio.
Se a eleição presidencial fosse hoje, Hillary teria uma vantagem de 21 votos no Colégio Eleitoral que escolhe o presidente dos EUA com base no voto popular de cada estado. Suas chances de vitória caíram de 80% para 57%. Nos últimos dias, recuperou-se um pouco e hoje está em torno de 60%.
Nas bolsas de apostas, Hillary tem 70% de chances. Já teve 81%. Os candidatos fazem hoje à noite na televisão americana CNN o primeiro de três debates antes da eleição de 8 de novembro.
Na média, a democrata tem 45,9% das preferências contra 43,9% para o republicano. Desde que recebeu um impulso ao ser oficializada como candidata, Hillary perdeu a vantagem que tinha nos estados da Flórida, Carolina do Norte e Ohio.
Se a eleição presidencial fosse hoje, Hillary teria uma vantagem de 21 votos no Colégio Eleitoral que escolhe o presidente dos EUA com base no voto popular de cada estado. Suas chances de vitória caíram de 80% para 57%. Nos últimos dias, recuperou-se um pouco e hoje está em torno de 60%.
Nas bolsas de apostas, Hillary tem 70% de chances. Já teve 81%. Os candidatos fazem hoje à noite na televisão americana CNN o primeiro de três debates antes da eleição de 8 de novembro.
domingo, 25 de setembro de 2016
Trump é o pior candidato da história dos EUA, adverte NY Times
Depois de apoiar a candidata democrata Hillary Clinton, seguindo sua tradição liberal, o jornal The New York Times, um dos mais influentes do mundo, acusou, em editorial intitulado Por que Donald Trump não deve ser presidente, o bilionário de ser o pior candidato de um grande partido à Presidência dos Estados Unidos na história moderna.
Quando lançou sua candidatura à Casa Branca há um ano e três meses, Trump, um magnata imobiliário, se apresentou como um empresário bem-sucedido e um apresentador de televisão conhecido, e atacou os mexicanos como contrabandistas, assassinos e estupradores. Desde aquele momento, ficou claro que as visões de Trump estão mais para impulsos perigosos e tiradas cínicas para agradar à plateia do que políticas coerentes, alerta o editorial.
No momento em que a campanha eleitoral entra na fase decisiva, com o primeiro debate entre os candidatos marcado para amanhã na rede de televisão CNN às 22h, o New York Times entende que chegou a hora, especialmente para os indecisos, de examinar as ideias e propostas de Trump.
"Apesar de suas propriedades em forma de torres, o Sr. Trump tem um histórico de falências e apostas arriscadas como a Universidade Trump, que está sendo investigada depois de inúmeras reclamações de fraude", lembra o jornal.
Trump se recusa a divulgar suas declarações de renda, uma tradição entre candidatos à Casa Branca. Apesar de bilionário, em alguns anos ele declarou prejuízos e aproveitou furos na lei para não pagar impostos. Ele usou US$ 258 mil da Fundação Trump para pagar dívidas de suas empresas e despesas pessoais.
Sem experiência em questões de segurança nacional, Trump afirma que sabe mais sobre a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante do que os generais do Pentágono. Ele também propôs proibir "total e completamente" a entrada da muçulmanos nos EUA e deportar 11 milhões de imigrantes ilegais.
"Por mais reviravoltas que dê, o Sr. Trump sempre deixa claro onde está seu coração - com os signos racistas, nativistas e anti-imigrantes que empregou grosseiramente para construir sua base", acusou o New York Times.
O jornal lembra que Trump esteve a frente do movimento que levantou dúvidas sobre a nacionalidade do presidente Barack Obama, alegando que ele nasceu na África ou na Indonésia, numa jogada para negar legitimidade ao primeiro presidente negro da história do país.
De acordo com levantamento da rede de televisão NBC, Trump mudou de políticas 117 vezes em 20 questões importantes, do aborto à imigração. Quando os repórteres apontam suas contradições, ele ameaça afrouxar as leis para processar organizações jornalísticas que o desagradem.
Seus planos econômicos são igualmente catastróficos, alerta o New York Times, do repúdio a acordos comerciais a cortes de de impostos de US$ 10 trilhões. A conta não fecha.
Além de flertar perigosamente com o presidente autoritário da Rússia Donald Trump, ao ameaçar não socorrer países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Trump coloca em risco a aliança atlântica, base da política de defesa e segurança externa dos EUA no pós-guerra, criando um grande problema diplomático e de segurança.
O candidato republicano, jogando para o eleitorado mais conservadores e as empresas mais poluentes, nega que a atividade industrial humana seja responsável pelo aumento da temperatura média do planeta, agravando o efeito estufa e provocando o aquecimento global, embora um campo de golpe que ele tem na Irlanda queira fazer uma muralha para conter a elevação do nível do mar. Trump quer "cancelar o Acordo de Paris".
Quando lançou sua candidatura à Casa Branca há um ano e três meses, Trump, um magnata imobiliário, se apresentou como um empresário bem-sucedido e um apresentador de televisão conhecido, e atacou os mexicanos como contrabandistas, assassinos e estupradores. Desde aquele momento, ficou claro que as visões de Trump estão mais para impulsos perigosos e tiradas cínicas para agradar à plateia do que políticas coerentes, alerta o editorial.
No momento em que a campanha eleitoral entra na fase decisiva, com o primeiro debate entre os candidatos marcado para amanhã na rede de televisão CNN às 22h, o New York Times entende que chegou a hora, especialmente para os indecisos, de examinar as ideias e propostas de Trump.
"Apesar de suas propriedades em forma de torres, o Sr. Trump tem um histórico de falências e apostas arriscadas como a Universidade Trump, que está sendo investigada depois de inúmeras reclamações de fraude", lembra o jornal.
Trump se recusa a divulgar suas declarações de renda, uma tradição entre candidatos à Casa Branca. Apesar de bilionário, em alguns anos ele declarou prejuízos e aproveitou furos na lei para não pagar impostos. Ele usou US$ 258 mil da Fundação Trump para pagar dívidas de suas empresas e despesas pessoais.
Sem experiência em questões de segurança nacional, Trump afirma que sabe mais sobre a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante do que os generais do Pentágono. Ele também propôs proibir "total e completamente" a entrada da muçulmanos nos EUA e deportar 11 milhões de imigrantes ilegais.
"Por mais reviravoltas que dê, o Sr. Trump sempre deixa claro onde está seu coração - com os signos racistas, nativistas e anti-imigrantes que empregou grosseiramente para construir sua base", acusou o New York Times.
O jornal lembra que Trump esteve a frente do movimento que levantou dúvidas sobre a nacionalidade do presidente Barack Obama, alegando que ele nasceu na África ou na Indonésia, numa jogada para negar legitimidade ao primeiro presidente negro da história do país.
De acordo com levantamento da rede de televisão NBC, Trump mudou de políticas 117 vezes em 20 questões importantes, do aborto à imigração. Quando os repórteres apontam suas contradições, ele ameaça afrouxar as leis para processar organizações jornalísticas que o desagradem.
Seus planos econômicos são igualmente catastróficos, alerta o New York Times, do repúdio a acordos comerciais a cortes de de impostos de US$ 10 trilhões. A conta não fecha.
Além de flertar perigosamente com o presidente autoritário da Rússia Donald Trump, ao ameaçar não socorrer países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Trump coloca em risco a aliança atlântica, base da política de defesa e segurança externa dos EUA no pós-guerra, criando um grande problema diplomático e de segurança.
O candidato republicano, jogando para o eleitorado mais conservadores e as empresas mais poluentes, nega que a atividade industrial humana seja responsável pelo aumento da temperatura média do planeta, agravando o efeito estufa e provocando o aquecimento global, embora um campo de golpe que ele tem na Irlanda queira fazer uma muralha para conter a elevação do nível do mar. Trump quer "cancelar o Acordo de Paris".
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New York Times apoia Hillary Clinton
Além de descrever o magnata imobiliário Donald Trump como o pior candidato de um grande partido na história moderna dos Estados Unidos, o jornal The New York Times, um dos mais influentes do mundo, anunciou em editorial publicado hoje apoio à ex-secretária de Estado Hillary Clinton por seu "intelecto, experiência e coragem".
O editorial explica que seu objetivo é "persuadir aqueles que estão hesitando em votar na Sra. Clinton - porque vocês estão relutando em votar numa democrata, ou noutro Clinton, ou numa candidata que pode parecer, na superfície, não oferecer uma mudança em relação a um estabelecimento que parece indiferente e a um sistema político que parece quebrado."
Na opinião do New York Times, "o melhor argumento em defesa de Hillary Clinton não pode ser, e não é, que ela não é Donald Trump. O melhor argumento é falar dos desafios que este país enfrenta e a capacidade da Sra. Clinton de enfrentá-los.
"O próximo presidente vai assumir o cargo numa era de movimentos tribais e intolerantes e seus líderes em marcha. No Oriente Médio e através da Ásia, na Rússia e na Europa Oriental, mesmo no Reino Unido e nos EUA, a guerra, o terrorismo e as pressões da globalização estão erodindo os valores democráticos, enfraquecendo alianças e desafiando ideias de tolerância e caridade", observa o editorial.
Esta campanha, admite o editorial, "trouxe para a superfície o desespero e a raiva das classes média e baixa que dizem que seu governo tem feito pouco para aliviar o peso da recessão, da mudança tecnológica, da competição externa e da guerra".
Em 40 anos de vida pública, Hillary se preparou para responder a esses problemas, num trabalho mais caracterizado por avanços incrementais do que por grandes mudanças. Seus erros ocasionais e ataques em sua falta de confiabilidade "distorcem as percepções sobre seu caráter. Ela é uma das políticas mais tenazes da sua geração, com uma vontade de estudar e corrigir o curso rara numa época de um radicalismo bipartidário que não cede."
O editorial explica que seu objetivo é "persuadir aqueles que estão hesitando em votar na Sra. Clinton - porque vocês estão relutando em votar numa democrata, ou noutro Clinton, ou numa candidata que pode parecer, na superfície, não oferecer uma mudança em relação a um estabelecimento que parece indiferente e a um sistema político que parece quebrado."
Na opinião do New York Times, "o melhor argumento em defesa de Hillary Clinton não pode ser, e não é, que ela não é Donald Trump. O melhor argumento é falar dos desafios que este país enfrenta e a capacidade da Sra. Clinton de enfrentá-los.
"O próximo presidente vai assumir o cargo numa era de movimentos tribais e intolerantes e seus líderes em marcha. No Oriente Médio e através da Ásia, na Rússia e na Europa Oriental, mesmo no Reino Unido e nos EUA, a guerra, o terrorismo e as pressões da globalização estão erodindo os valores democráticos, enfraquecendo alianças e desafiando ideias de tolerância e caridade", observa o editorial.
Esta campanha, admite o editorial, "trouxe para a superfície o desespero e a raiva das classes média e baixa que dizem que seu governo tem feito pouco para aliviar o peso da recessão, da mudança tecnológica, da competição externa e da guerra".
Em 40 anos de vida pública, Hillary se preparou para responder a esses problemas, num trabalho mais caracterizado por avanços incrementais do que por grandes mudanças. Seus erros ocasionais e ataques em sua falta de confiabilidade "distorcem as percepções sobre seu caráter. Ela é uma das políticas mais tenazes da sua geração, com uma vontade de estudar e corrigir o curso rara numa época de um radicalismo bipartidário que não cede."
Presidente do Peru critica inação da Unasul na crise da Venezuela
O novo presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, criticou ontem a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) por sua incapacidade de negociar uma solução para a "crise humanitária" na Venezuela.
Durante uma parada militar comemorativa do Dia das Forças Armadas do Peru, Kuczynski anunciou que vai tratar do assunto quando se encontrar com outros presidentes da região amanhã em Cartagena, na Colômbia, durante a assinatura de um acordo de paz histórico entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano.
Kuczynski vai falar sobre a crise venezuelana com os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos; do México, Enrique Peña Nieto; e do Chile, Michelle Bachelet; entre outros líderes: "Temos uma crise na região com a situação na Venezuela. Espero que possamos promover uma transição ordeira nos próximos meses ou pelo menos até 2019, com a colaboração destes chefes de Estado."
Com as crises política e econômica, acrescentou o presidente peruano, "há também uma crise humanitária a ser resolvida porque não há nem comida nem medicamentos".
A oposição venezuela apostou no referendo revogatório para tirar o poder legalmente o catastrófico presidente Nicolás Maduro, mas, na semana passada, o Conselho Nacional Eleitoral, dominado pelo regime chavista, indicou que a consulta popular só poderá ser efetuada "em meados do primeiro trimestre de 2017". Se o referendo for realizado depois de 10 de janeiro, não haverá eleição presidencial; assume o vice-presidente, nomeado por Maduro.
No poder desde 28 de julho de 2016, Kuczynski confirmou as presenças dos presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Barack Obama, na 24ª reunião de cúpula do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífica (APEC), a ser realizada em Lima em 19 e 20 de dezembro.
Obama quer visitar as ruínas de Machu Picchu, a cidade inca mais preserva, nos Andes peruanos.
Durante uma parada militar comemorativa do Dia das Forças Armadas do Peru, Kuczynski anunciou que vai tratar do assunto quando se encontrar com outros presidentes da região amanhã em Cartagena, na Colômbia, durante a assinatura de um acordo de paz histórico entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano.
Kuczynski vai falar sobre a crise venezuelana com os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos; do México, Enrique Peña Nieto; e do Chile, Michelle Bachelet; entre outros líderes: "Temos uma crise na região com a situação na Venezuela. Espero que possamos promover uma transição ordeira nos próximos meses ou pelo menos até 2019, com a colaboração destes chefes de Estado."
Com as crises política e econômica, acrescentou o presidente peruano, "há também uma crise humanitária a ser resolvida porque não há nem comida nem medicamentos".
A oposição venezuela apostou no referendo revogatório para tirar o poder legalmente o catastrófico presidente Nicolás Maduro, mas, na semana passada, o Conselho Nacional Eleitoral, dominado pelo regime chavista, indicou que a consulta popular só poderá ser efetuada "em meados do primeiro trimestre de 2017". Se o referendo for realizado depois de 10 de janeiro, não haverá eleição presidencial; assume o vice-presidente, nomeado por Maduro.
No poder desde 28 de julho de 2016, Kuczynski confirmou as presenças dos presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Barack Obama, na 24ª reunião de cúpula do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífica (APEC), a ser realizada em Lima em 19 e 20 de dezembro.
Obama quer visitar as ruínas de Machu Picchu, a cidade inca mais preserva, nos Andes peruanos.
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sábado, 24 de setembro de 2016
Mujica: se disser não à paz, Colômbia será país esquizofrênico
Em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo, o ex-presidente do Uruguai José Mujica afirmou que, "se a Colômbia disser não ao acordo de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), dará a impressão de ser um povo esquizofrênico que se aferra à guerra como forma de vida."
Mujica fará parte da comissão de fiscalização do cumprimento do acordo de paz, que será assinado em 26 de setembro na cidade histórica de Cartagena. Ele lamentou que mais de 3 mil dirigentes sindicais tenham sido mortos na guerra civil colombiana: "Em direitos trabalhistas, a Colômbia parece um país primitivo. É um país riquíssimo e está entre os mais desiguais do mundo."
O ex-presidente uruguaio, hoje senador, um dos ídolos da esquerda latino-americana, convocou os jovens a votar sim no referendo sobre o acordo de paz, marcado para 2 de outubro de 2016. Ele também aconselhou o segundo maior grupo guerrilheiro colombiano, o Exército de Libertação Nacional e abandonar a luta armada e negociar a paz.
"A guerra não pode ser objetivo da vida", raciocinou Mujica. "Nas velhas definições acadêmicas de guerra, esta se faz por uma paz melhor, mas o objetivo não é a guerra, é a paz. Se vamos viver em guerra permanente, estamos locos."
Daqui para a frente, acrescentou, a luta deve ser civil, pacífica e democrática: "Que se insiram na sociedade, que trabalhem, que usem a experiência que tem no campo a favor do desenvolvimento agrário, do campesinato, da inclusão, das escolas, da infraestrutura e muitas coisas mais - e lutem por tudo isso."
Até abril de 2017, Mujica vai fazer parte da comissão que vai acompanhar o desarmento, a reintegração dos guerrilheiros e a instalação do tribunal especial de crimes de guerra para quem não for beneficiado pela anistia por ter cometido crimes contra a humanidade.
"Farei tudo pela construção da paz por três razões: pela Colômbia, pela América e pelo mundo", declarou Pepe Mujica. "O ser humano chegou a um estágio em que precisa se propor a sair da pré-história. Temos de arquivar as armas como recurso para resolver nossas diferenças. Temos de sair disto. Por quê? Porque o homem nunca teve tanta força como hoje em dia.
"Se seguimos nesta lógica de guerra, estaremos expostos a que um dia apareça um louco de merda com possibilidade de apertar o botão e armar um desastre", concluiu Mujica, numa referência ao candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump.
Mujica fará parte da comissão de fiscalização do cumprimento do acordo de paz, que será assinado em 26 de setembro na cidade histórica de Cartagena. Ele lamentou que mais de 3 mil dirigentes sindicais tenham sido mortos na guerra civil colombiana: "Em direitos trabalhistas, a Colômbia parece um país primitivo. É um país riquíssimo e está entre os mais desiguais do mundo."
O ex-presidente uruguaio, hoje senador, um dos ídolos da esquerda latino-americana, convocou os jovens a votar sim no referendo sobre o acordo de paz, marcado para 2 de outubro de 2016. Ele também aconselhou o segundo maior grupo guerrilheiro colombiano, o Exército de Libertação Nacional e abandonar a luta armada e negociar a paz.
"A guerra não pode ser objetivo da vida", raciocinou Mujica. "Nas velhas definições acadêmicas de guerra, esta se faz por uma paz melhor, mas o objetivo não é a guerra, é a paz. Se vamos viver em guerra permanente, estamos locos."
Daqui para a frente, acrescentou, a luta deve ser civil, pacífica e democrática: "Que se insiram na sociedade, que trabalhem, que usem a experiência que tem no campo a favor do desenvolvimento agrário, do campesinato, da inclusão, das escolas, da infraestrutura e muitas coisas mais - e lutem por tudo isso."
Até abril de 2017, Mujica vai fazer parte da comissão que vai acompanhar o desarmento, a reintegração dos guerrilheiros e a instalação do tribunal especial de crimes de guerra para quem não for beneficiado pela anistia por ter cometido crimes contra a humanidade.
"Farei tudo pela construção da paz por três razões: pela Colômbia, pela América e pelo mundo", declarou Pepe Mujica. "O ser humano chegou a um estágio em que precisa se propor a sair da pré-história. Temos de arquivar as armas como recurso para resolver nossas diferenças. Temos de sair disto. Por quê? Porque o homem nunca teve tanta força como hoje em dia.
"Se seguimos nesta lógica de guerra, estaremos expostos a que um dia apareça um louco de merda com possibilidade de apertar o botão e armar um desastre", concluiu Mujica, numa referência ao candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump.
Conferência das FARC aprova acordo de paz com governo
A 10ª Conferência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) aprovou ontem à noite o acordo de paz negociado nos últimos quatro anos com o governo colombiano para pôr fim a mais de 50 anos de guerra civil.
A decisão unânime foi tomada no fim da conferência convocada para preparar os guerrilheiros das FARC para entregar as armas e se reintegrar à vida civil como um partido político de esquerda com uma anistia parcial que levará alguns a tribunais especiais e à prisão. O encontro foi realizado na planície de Yari, um dos redutos dos guerrilheiros no Sul da Colômbia.
O acordo de paz será assinado em 26 de setembro de 2016 na cidade histórica de Cartagena pelo presidente Juan Manuel Santos e o líder das FARC, Rodrigo Londoño Echeverri, mais conhecido pelo nomes de guerra de Timoleón Jiménez e Timochenko.
Em 2 de outubro, o acordo será submetido a um referendo popular. O governo Santos e a oposição de esquerda apoiam o voto sim, enquanto a oposição conservadora linha-dura liderada pelo ex-presidente Álvaro Uribe defende a rejeição ao acordo, alegando que faz concessões demais aos guerrilheiros.
As pesquisas dão mais de 60% para o sim. Se o não ganhar, o governo adverte que o conflito armado pode se arrastar por mais uma década.
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Jeremy Corbyn é releeito líder do Partido Trabalhista britânico
Com 62% dos votos dos filiados, o deputado Jeremy Corbyn foi reeleito ontem líder do Partido Trabalhista do Reino Unido com amplo apoio nas bases sindicais e na ala jovem. Como 75% dos deputados trabalhistas rejeitam sua liderança, é provável uma divisão no partido, que não tem a menor chance de vencer eleições gerais com o atual líder, um esquerdista radical com ideias atrasadas dos anos 1960s.
Corbyn convocou hoje os deputados descontentes a se unirem sob a liderança dele. No discurso da vitória, afirmou que é sua responsabilidade unir o partido, mas é dever dos deputados aceitar o resultado da votação e concentrar energias na oposição governo da primeira-ministra conservadora Theresa May.
"Eleições são passionais e com frequência são ditas coisas no calor do debate que às vezes mais tarde lamentamos, mas temos de lembrar sempre que em nosso partido temos muito mais em comum do que o que nos divide", declarou o líder reeleito.
O desafiante, Owen Smith, era um dos membros do governo paralelo da oposição que se demitiram no fim de junho de 2016 para pressionar Corbyn a renunciar depois da derrota do partido no plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.
O líder trabalhista é um eurocético. Em 1975, votou contra a adesão à então Comunidade Econômica Europeia, que considerava um clube de países capitalistas. Desta vez, não teria se empenhado suficientemente, facilitando a vitória dos conservadores mais à direita e de grupos neofascistas como o Partido da Independência do Reino Unido.
Do ponto de vista eleitoral, o Partido Trabalhista perdeu quase todas as cadeiras da Escócia na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico nas eleições de 2015 depois de fazer campanha contra a independência da Escócia no plebiscito realizado em 2014. Sem uma bancada escocesa forte, fica difícil para os trabalhistas conseguirem maioria.
Uma das razões do repúdio da maioria dos deputados a Corbyn é a expectativa de perda de cem cadeiras nas próximas eleições. Neste caso, haveria um sério risco de que o Reino Unido se torne um país com um partido dominante, o Partido Conservador.
Assim, há uma grande possibilidade de que deputados descontentes deixem o Partido Trabalhista e se aproximem do Partido Liberal-Democrata, arrasado nas últimas eleições depois de ser o sócio menor no governo de coalizão do primeiro-ministro conservador David Cameron, para formar um novo partido.
Corbyn convocou hoje os deputados descontentes a se unirem sob a liderança dele. No discurso da vitória, afirmou que é sua responsabilidade unir o partido, mas é dever dos deputados aceitar o resultado da votação e concentrar energias na oposição governo da primeira-ministra conservadora Theresa May.
"Eleições são passionais e com frequência são ditas coisas no calor do debate que às vezes mais tarde lamentamos, mas temos de lembrar sempre que em nosso partido temos muito mais em comum do que o que nos divide", declarou o líder reeleito.
O desafiante, Owen Smith, era um dos membros do governo paralelo da oposição que se demitiram no fim de junho de 2016 para pressionar Corbyn a renunciar depois da derrota do partido no plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.
O líder trabalhista é um eurocético. Em 1975, votou contra a adesão à então Comunidade Econômica Europeia, que considerava um clube de países capitalistas. Desta vez, não teria se empenhado suficientemente, facilitando a vitória dos conservadores mais à direita e de grupos neofascistas como o Partido da Independência do Reino Unido.
Do ponto de vista eleitoral, o Partido Trabalhista perdeu quase todas as cadeiras da Escócia na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico nas eleições de 2015 depois de fazer campanha contra a independência da Escócia no plebiscito realizado em 2014. Sem uma bancada escocesa forte, fica difícil para os trabalhistas conseguirem maioria.
Uma das razões do repúdio da maioria dos deputados a Corbyn é a expectativa de perda de cem cadeiras nas próximas eleições. Neste caso, haveria um sério risco de que o Reino Unido se torne um país com um partido dominante, o Partido Conservador.
Assim, há uma grande possibilidade de que deputados descontentes deixem o Partido Trabalhista e se aproximem do Partido Liberal-Democrata, arrasado nas últimas eleições depois de ser o sócio menor no governo de coalizão do primeiro-ministro conservador David Cameron, para formar um novo partido.
Supremo Tribunal do Gabão confirma reeleição de Ali Bongo
O Supremo Tribunal do Gabão confirmou o resultado da eleição presidencial, vencida pelo presidente Ali Bongo Ondimba com 50,66% dos votos válidos contra 47,24% para o oposicionista Jean Ping.
Ali Bongo está desde junho de 2009 no poder, que herdou com a morte do pai, Omar Bongo Ondima, ditador desde 1967 deste pequeno país da costa atlântica da África Central, rico em petróleo, com apenas 1,5 milhão de habitantes e a terceira maior renda per capita da África subsaariana.
Depois do anúncio inicial da vitória, a oposição saiu às ruas. Houve tumultos e saques. Agora, a polícia promete dispersar qualquer manifestação.
Ali Bongo está desde junho de 2009 no poder, que herdou com a morte do pai, Omar Bongo Ondima, ditador desde 1967 deste pequeno país da costa atlântica da África Central, rico em petróleo, com apenas 1,5 milhão de habitantes e a terceira maior renda per capita da África subsaariana.
Depois do anúncio inicial da vitória, a oposição saiu às ruas. Houve tumultos e saques. Agora, a polícia promete dispersar qualquer manifestação.
Boko Haram destruiu 910 escolas e matou 611 professores
Pelo menos 611 professores foram mortos e 19 mil obrigados a fugir do Nordeste da Nigéria pela revolta da milícia extremista muçulmana Boko Haram, que significa repúdio à educação ocidental. Desde que o grupo aderiu à luta armada para impor a lei islâmica, em 2009, mais de 910 escolas foram destruídas e 1,5 mil fechadas, indicam dados das Nações Unidas.
"No início de 2016, 952.029 crianças em idade escolar fugiram da violência do Boko Haram", que há um ano e meio se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, declarou Oluseyi Soremekum, assessor do escritório da ONU na Nigéria.
O novo Relatório de Monitoramento da Educação Global da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) adverte que, "ritmo anual, a universalização do ensino básico na África subsaariana só será atingida em 2080. A universalização do ensino secundário será atingida em 2099."
Assim, o subcontinente estará 70 anos atrasado em relação as metas de desenvolvimento sustentável para 2030.
"No início de 2016, 952.029 crianças em idade escolar fugiram da violência do Boko Haram", que há um ano e meio se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, declarou Oluseyi Soremekum, assessor do escritório da ONU na Nigéria.
O novo Relatório de Monitoramento da Educação Global da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) adverte que, "ritmo anual, a universalização do ensino básico na África subsaariana só será atingida em 2080. A universalização do ensino secundário será atingida em 2099."
Assim, o subcontinente estará 70 anos atrasado em relação as metas de desenvolvimento sustentável para 2030.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Indonésia apreende barcos pesqueiros da China
A Guarda Costeira da Indonésia capturou ontem dois barcos pesqueiros chineses perto do Arquipélago de Riau, no Mar do Sul da China, anunciou o ministro do Mar e da Pesca indonésio, Susi Pudjiastuti, citado pela agência de notícias japonesa Kyodo.
Foi o primeiro incidente desde 12 de julho de 2016, quando a Corte Permanente de Arbitragem, um tribunal internacional com sede em Haia, na Holanda, ignorou os "direitos históricos" reivindicados pelo regime comunista chinês sobre 90% do Mar do Sul da China.
No início da semana, a Indonésia revelou a intenção de realizar patrulhas navais conjuntas com os Estados Unidos e o Japão em seu mar territorial para combater ameaças como pirataria e pesca ilegal.
O regime comunista chinês tem disputas territoriais no Mar do Sul da China com Brunei, as Filipinas, a Malásia, Taiwan e o Vietnã. A Indonésia não reivindica a soberania sobre ilhas ou recifes, mas o mapa com a "linha de nove traços" usada pela China invade a zona econômica exclusiva indonésia ao redor das Ilhas Riau.
Foi o primeiro incidente desde 12 de julho de 2016, quando a Corte Permanente de Arbitragem, um tribunal internacional com sede em Haia, na Holanda, ignorou os "direitos históricos" reivindicados pelo regime comunista chinês sobre 90% do Mar do Sul da China.
No início da semana, a Indonésia revelou a intenção de realizar patrulhas navais conjuntas com os Estados Unidos e o Japão em seu mar territorial para combater ameaças como pirataria e pesca ilegal.
O regime comunista chinês tem disputas territoriais no Mar do Sul da China com Brunei, as Filipinas, a Malásia, Taiwan e o Vietnã. A Indonésia não reivindica a soberania sobre ilhas ou recifes, mas o mapa com a "linha de nove traços" usada pela China invade a zona econômica exclusiva indonésia ao redor das Ilhas Riau.
Hillary tem ampla vantagem entre eleitores de origem latino-americana
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, tem ampla vantagem entre o eleitorado de origem latino-americana. É o segmento que mais cresce, onde o magnata imobiliário Donald Trump, candidato do Partido Republicano, sofre forte rejeição por causa de suas políticas anti-imigração.
Na pesquisa da rede de televisão NBC e do jornal The Wall Street Journal, incluindo os outros candidatos, Hillary tem 65% dos votos de latinos que pretendem votar em 8 de novembro, enquanto apenas 17% apoiam Trump - uma diferença de 48 pontos percentuais.
Em 2012, Obama venceu o ex-governador Mitt Romney por 44 pontos entre os latinos.
Entre o eleitorado negro, Trump oscila de 0 a 3% contra mais de 70% para Hillary.
Apesar dos problemas recentes, a pesquisa indica que Hillary mantém forte apoio entre segmentos importantes da coalizão democrata que elegeu Barack Obama nas duas últimas eleições, enquanto luta para conquistar os jovens seduzidos pela campanha do senador socialista Bernie Sanders nas eleições primárias.
Oito em cada dez latinos tem uma impressão negativa de Trump e 70% têm sentimentos "muito negativos". Só 15% tem uma imagem positiva do candidato republicano.
Quando lançou sua campanha, no ano passado, Trump acusou os mexicanos de serem traficantes, estupradores e assassinos. Ele prometeu deportar os imigrantes ilegais e construir um muro na fronteira e mandar a conta para o México pagar.
Na pesquisa da rede de televisão NBC e do jornal The Wall Street Journal, incluindo os outros candidatos, Hillary tem 65% dos votos de latinos que pretendem votar em 8 de novembro, enquanto apenas 17% apoiam Trump - uma diferença de 48 pontos percentuais.
Em 2012, Obama venceu o ex-governador Mitt Romney por 44 pontos entre os latinos.
Entre o eleitorado negro, Trump oscila de 0 a 3% contra mais de 70% para Hillary.
Apesar dos problemas recentes, a pesquisa indica que Hillary mantém forte apoio entre segmentos importantes da coalizão democrata que elegeu Barack Obama nas duas últimas eleições, enquanto luta para conquistar os jovens seduzidos pela campanha do senador socialista Bernie Sanders nas eleições primárias.
Oito em cada dez latinos tem uma impressão negativa de Trump e 70% têm sentimentos "muito negativos". Só 15% tem uma imagem positiva do candidato republicano.
Quando lançou sua campanha, no ano passado, Trump acusou os mexicanos de serem traficantes, estupradores e assassinos. Ele prometeu deportar os imigrantes ilegais e construir um muro na fronteira e mandar a conta para o México pagar.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Palestinos vão ao Conselho de Segurança da ONU contra colônias
Em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou planos para apresentar um projeto de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas contra as colônias israelenses instaladas na Cisjordânia, ocupada na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Abbas manifestou a esperança de que nenhuma potência vete a proposta. Os Estados Unidos costumam vetar resoluções capazes de prejudicar Israel. Diante do péssimo relacionamento entre o presidente Barack Obama e o primeiro-ministro linha-dura israelense Benjamin Netanyahu, depois das eleições de 8 de novembro os EUA poderiam não vetar a resolução.
Netanyahu sabotou todas as tentativas do governo Obama de retomar o processo de paz árabe-israelense, especialmente por ampliar os assentamentos de colonos israelenses na Cisjordânia, contrariando a Carta da ONU e o direito internacional, que proíbem a guerra de conquista e a expansão territorial à força.
Sem sucesso nas negociações diretas, nos últimos anos, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) resolveu apelar às organizações internacionais para obter o pleno reconhecimento de seu Estado Nacional na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Em 2012, a Palestina passou de observadora a "Estado observador não membro" da ONU.
No seu pronunciamento, o primeiro-ministro Netanyahu convidou Abbas para discursar no Parlamento de Israel e se ofereceu para falar no Parlamento palestino em Ramalá, na Cisjordânia.
Abbas manifestou a esperança de que nenhuma potência vete a proposta. Os Estados Unidos costumam vetar resoluções capazes de prejudicar Israel. Diante do péssimo relacionamento entre o presidente Barack Obama e o primeiro-ministro linha-dura israelense Benjamin Netanyahu, depois das eleições de 8 de novembro os EUA poderiam não vetar a resolução.
Netanyahu sabotou todas as tentativas do governo Obama de retomar o processo de paz árabe-israelense, especialmente por ampliar os assentamentos de colonos israelenses na Cisjordânia, contrariando a Carta da ONU e o direito internacional, que proíbem a guerra de conquista e a expansão territorial à força.
Sem sucesso nas negociações diretas, nos últimos anos, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) resolveu apelar às organizações internacionais para obter o pleno reconhecimento de seu Estado Nacional na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Em 2012, a Palestina passou de observadora a "Estado observador não membro" da ONU.
No seu pronunciamento, o primeiro-ministro Netanyahu convidou Abbas para discursar no Parlamento de Israel e se ofereceu para falar no Parlamento palestino em Ramalá, na Cisjordânia.
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Iraque recaptura cidade de Chircate do Estado Islâmico
O Comando Conjunto de Operações do Iraque anunciou hoje a que forças governamentais reconquistaram a cidade de Chircate, que estavam em poder da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, informaram a agência de notícias local Al Iraqia e a televisão pública britânica BBC.
A bandeira do Iraque voltou a ser hasteada nos prédios públicos da cidade, anunciou um porta-voz militar. Dezenas de milicianos do Estado Islâmico teriam morrido em bombardeios da coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos.
Ainda há jihadistas em ação nos arredores da cidade e na província de Saladino, mas a vitória é mais um passo rumo à retomada de Mossul, a segunda maior cidade iraquiana, conquistada pelo Estado Islâmico em 10 de junho de 2014 e virtual capital no Iraque do califado proclamado pelo grupo.
A bandeira do Iraque voltou a ser hasteada nos prédios públicos da cidade, anunciou um porta-voz militar. Dezenas de milicianos do Estado Islâmico teriam morrido em bombardeios da coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos.
Ainda há jihadistas em ação nos arredores da cidade e na província de Saladino, mas a vitória é mais um passo rumo à retomada de Mossul, a segunda maior cidade iraquiana, conquistada pelo Estado Islâmico em 10 de junho de 2014 e virtual capital no Iraque do califado proclamado pelo grupo.
Centenas de migrantes morrem em naufrágio na costa do Egito
Um barco sobrecarregado com 450 a 600 migrantes afundou ontem no Mar Mediterrâneo a 12 quilômetros do litoral do Egito. Centenas de pessoas morreram afogadas. A Guarda Costeira salvou 163 pessoas e recolheu 51 corpos. Quatro tripulantes foram presos sob a acusação de tráfico de seres humanos, noticiou a televisão pública britânica BBC.
Os imigrantes vinham da Síria, do Egito e de outros países africanos. Com o acordo entre a União Europeia e a Turquia para contar a onda de migrantes e refugiados que tentam entrar na Europa, a principal rota terrestre está bloqueada.
Assim, o Mediterrâneo voltou a ser principal toda da onda migratória. A Organização Internacional para Migrações estima que mais de 200 mil migrantes tentaram chegar à Europa pelo mar. Cerca de 3 mil morreram afogadas no primeiro semestre de 2016.
Os imigrantes vinham da Síria, do Egito e de outros países africanos. Com o acordo entre a União Europeia e a Turquia para contar a onda de migrantes e refugiados que tentam entrar na Europa, a principal rota terrestre está bloqueada.
Assim, o Mediterrâneo voltou a ser principal toda da onda migratória. A Organização Internacional para Migrações estima que mais de 200 mil migrantes tentaram chegar à Europa pelo mar. Cerca de 3 mil morreram afogadas no primeiro semestre de 2016.
Áreas rebeldes de Alepo sofrem maior bombardeio em meses
As áreas dominadas por rebeldes no Leste da cidade de Alepo, no Nordeste da Síria, sofreram na noite de ontem e na madrugada de hoje o maior bombardeio em meses. A maior cidade do país, capital econômica até o início da guerra civil, há cinco anos e meio, está em chamas, informou a televisão pública britânica BBC. Pelo menos 13 pessoas morreram.
O regime sírio usou bombas incendiárias de fósforo, denunciou o Centro de Mídia de Alepo. Uma rua inteira do bairro de Bustan al-Kassar está pegando fogo, revelou um repórter da Agência France Presse (AFP).
Cerca de 2 milhões de pessoas tentam sobreviver em Alepo em meio a uma das batalhas mais intensas da guerra civil síria.
Em entrevista à BBC, o enviado especial das Nações Unidas, Staffan de Mistura, anunciou o reinício da ajuda humanitária no bairro de Muadamia, na capital, Damasco, onde 40 mil pessoas estão numa área rebelde cercada pelo regime. Ele espera entregar ajuda humanitária a Alepo "no futuro próximo".
O regime sírio usou bombas incendiárias de fósforo, denunciou o Centro de Mídia de Alepo. Uma rua inteira do bairro de Bustan al-Kassar está pegando fogo, revelou um repórter da Agência France Presse (AFP).
Cerca de 2 milhões de pessoas tentam sobreviver em Alepo em meio a uma das batalhas mais intensas da guerra civil síria.
Em entrevista à BBC, o enviado especial das Nações Unidas, Staffan de Mistura, anunciou o reinício da ajuda humanitária no bairro de Muadamia, na capital, Damasco, onde 40 mil pessoas estão numa área rebelde cercada pelo regime. Ele espera entregar ajuda humanitária a Alepo "no futuro próximo".
Ataque aéreo a clínica mata cinco funcionários da saúde na Síria
Um bombardeio aéreo a uma clínica da cidade de Alepo, no Nordeste da Síria, matou um médico, duas enfermeiras e dois motoristas de ambulância, revelou ontem o Sindicato de Organizações de Assistência Médica e Ajuda Humanitária, citado pela televisão pública britânica BBC.
Nove membros do Jaish al-Fatah (Exército da Conquista), uma aliança de grupos rebeldes, foram mortos no bombardeio, informou Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição que monitora a guerra civil na Síria.
Desde o início da guerra civil, em março de 2011, mais de 600 clínicas, centros médicos e hospitais foram bombardeados na Síria.
As maiores suspeitas recaem sobre as forças aéreas da Rússia e da Síria. O ataque aconteceu um dia depois do bombardeio a um comboio de ajuda humanitária para áreas rebeldes sitiadas pela ditadura de Bachar Assad, horas depois que o regime anunciou o fim de uma trégua frágil. Em resposta, as Nações Unidas suspenderam a ajuda humanitária.
Os Estados Unidos e a Rússia, que negociaram o cessar-fogo, se acusaram mutuamente pelo bombardeio ao comboio. Altos funcionários do Departamento da Defesa americano disseram ter imagens que mostram aviões de guerra russos sobrevoando os caminhões no momento do ataque.
Em reunião no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, responsabilizou aeronaves não tripuladas americanas, denunciou mais de 300 violações do cessar-fogo por grupos rebeldes apoiados pelos EUA, a Europa, a Arábia Saudita e a Turquia, e declarou que "não haverá mais tréguas unilaterais".
Assad defendeu a Rússia em entrevista à agência Associated Press (AP) e acusou os EUA de mentir e não ter credibilidade. O ditador não acredita que o bombardeio americano que matou 90 soldados no fim de semana na cidade de Deir el-Zur tenha sido um erro: "Definitivamente foi intencional. Não foi um erro cometido por um avião isolado. Quatro aviões bombardearam posições do Exército da Síria durante uma hora. Você não comete um erro desses durante uma hora."
A Rússia e Assad apostam numa vitória militar. Nas negociações de paz, o regime e seus aliados russos e iranianos insistem na manutenção do ditador no poder durante um "período de transição" ao fim do qual haveria eleição presidencial com Assad como candidato.
Sem a saída do ditador, não haverá paz na Síria. A guerra civil ainda está longe do fim.
Nove membros do Jaish al-Fatah (Exército da Conquista), uma aliança de grupos rebeldes, foram mortos no bombardeio, informou Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição que monitora a guerra civil na Síria.
Desde o início da guerra civil, em março de 2011, mais de 600 clínicas, centros médicos e hospitais foram bombardeados na Síria.
As maiores suspeitas recaem sobre as forças aéreas da Rússia e da Síria. O ataque aconteceu um dia depois do bombardeio a um comboio de ajuda humanitária para áreas rebeldes sitiadas pela ditadura de Bachar Assad, horas depois que o regime anunciou o fim de uma trégua frágil. Em resposta, as Nações Unidas suspenderam a ajuda humanitária.
Os Estados Unidos e a Rússia, que negociaram o cessar-fogo, se acusaram mutuamente pelo bombardeio ao comboio. Altos funcionários do Departamento da Defesa americano disseram ter imagens que mostram aviões de guerra russos sobrevoando os caminhões no momento do ataque.
Em reunião no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, responsabilizou aeronaves não tripuladas americanas, denunciou mais de 300 violações do cessar-fogo por grupos rebeldes apoiados pelos EUA, a Europa, a Arábia Saudita e a Turquia, e declarou que "não haverá mais tréguas unilaterais".
Assad defendeu a Rússia em entrevista à agência Associated Press (AP) e acusou os EUA de mentir e não ter credibilidade. O ditador não acredita que o bombardeio americano que matou 90 soldados no fim de semana na cidade de Deir el-Zur tenha sido um erro: "Definitivamente foi intencional. Não foi um erro cometido por um avião isolado. Quatro aviões bombardearam posições do Exército da Síria durante uma hora. Você não comete um erro desses durante uma hora."
A Rússia e Assad apostam numa vitória militar. Nas negociações de paz, o regime e seus aliados russos e iranianos insistem na manutenção do ditador no poder durante um "período de transição" ao fim do qual haveria eleição presidencial com Assad como candidato.
Sem a saída do ditador, não haverá paz na Síria. A guerra civil ainda está longe do fim.
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Conselho eleitoral da Venezuela marca referendo revogatório
Em uma decisão que garante a sobrevivência do regime chavista, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela marcou para março de 2016 a realização de um referendo para revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro.
Se a consulta popular fosse realizada até 10 de janeiro, em caso de derrota do presidente, haveria nova eleição. Se for em março e Maduro perder, assume um vice-presidente nomeado por Maduro.
O CNE, dominado pelo regime chavista, afirmou que se forem preenchidos todos os requisitos para a convocação de um referendo revogatório, o que exige a assinatura de um número de eleitores equivalente a 20% dos que votaram na última eleição, cerca de 4 milhões.
Depois de conferir todas as assinaturas, o CNE convocaria o referendo em dezembro e teria 90 dias para organizá-lo. Evidentemente é uma manobra para preservar o regime em meio à pior crise econômica da história recente da Venezuela.
A oposição vai protestar. O referendo revogatório é a única saída democrática para afastar o catastrófico Maduro, mas o chavismo não está disposto a deixar o poder.
Se a consulta popular fosse realizada até 10 de janeiro, em caso de derrota do presidente, haveria nova eleição. Se for em março e Maduro perder, assume um vice-presidente nomeado por Maduro.
O CNE, dominado pelo regime chavista, afirmou que se forem preenchidos todos os requisitos para a convocação de um referendo revogatório, o que exige a assinatura de um número de eleitores equivalente a 20% dos que votaram na última eleição, cerca de 4 milhões.
Depois de conferir todas as assinaturas, o CNE convocaria o referendo em dezembro e teria 90 dias para organizá-lo. Evidentemente é uma manobra para preservar o regime em meio à pior crise econômica da história recente da Venezuela.
A oposição vai protestar. O referendo revogatório é a única saída democrática para afastar o catastrófico Maduro, mas o chavismo não está disposto a deixar o poder.
Hillary tem seis pontos de vantagem em pesquisa
Apesar dos tropeços recentes, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton mantém a liderança sobre o rival na corrida para a Casa Branca, o bilionário republicano Donald Trump, pelo menos na última pesquisa do jornal The Wall Street Journal e da rede de televisão NBC.
Depois de quase desmaiar na solenidade de 11 de setembro em Nova York e de chamar os partidários de Trump de "cesta de deploráveis", Hillary lidera entre os eleitores que devem votar em 8 de novembro por 43% a 37%. Esta vantagem de seis pontos percentuais lhe garantiria uma vitória tranquila.
O libertário Gary Johnson teve 9% e a ecologista Jill Stein, 3%.
Entre todos os eleitores inscritos, a vantagem de Hillary é de cinco pontos, uma queda forte em relação aos nove pontos da sondagem anterior, realizada em agosto. A mesma pesquisa indicou uma aprovação de 52% e uma rejeição de 45% ao governo Barack Obama.
Um ponto fraco de Trump é estar perdendo para Hillary entre os homens brancos com curso superior, um segmento do eleitorado que tradicionalmente vota no Partido Republicano. O ex-governador Mitt Romney venceu o presidente Obama em 2012 por 14 pontos percentuais neste segmento.
Hillary estaria perdendo votos entre os eleitores negros e de origem latino-americana. Sua maior vulnerabilidade talvez seja no eleitorado jovem do Partido Democrata, que se empolgou com a campanha de Bernie Sanders nas eleições primárias
A pesquisa foi realizada antes da explosão de bombas em Nova York e Nova Jérsei, que levaram Trump a explorar o medo e o preconceito contra imigrantes e muçulmanos, temas recorrentes em sua campanha fascistoide.
Para o matemático Nate Silver, do sítio FiveThirtyEight.com, o número de eleitores do Colégio Eleitoral (538), Hillary tem hoje 57,6% de chances de ser eleita presidente dos EUA e Trump, 42,4%. A um mês e meio da eleição, a disputa é mais apertada.
Depois de quase desmaiar na solenidade de 11 de setembro em Nova York e de chamar os partidários de Trump de "cesta de deploráveis", Hillary lidera entre os eleitores que devem votar em 8 de novembro por 43% a 37%. Esta vantagem de seis pontos percentuais lhe garantiria uma vitória tranquila.
O libertário Gary Johnson teve 9% e a ecologista Jill Stein, 3%.
Entre todos os eleitores inscritos, a vantagem de Hillary é de cinco pontos, uma queda forte em relação aos nove pontos da sondagem anterior, realizada em agosto. A mesma pesquisa indicou uma aprovação de 52% e uma rejeição de 45% ao governo Barack Obama.
Um ponto fraco de Trump é estar perdendo para Hillary entre os homens brancos com curso superior, um segmento do eleitorado que tradicionalmente vota no Partido Republicano. O ex-governador Mitt Romney venceu o presidente Obama em 2012 por 14 pontos percentuais neste segmento.
Hillary estaria perdendo votos entre os eleitores negros e de origem latino-americana. Sua maior vulnerabilidade talvez seja no eleitorado jovem do Partido Democrata, que se empolgou com a campanha de Bernie Sanders nas eleições primárias
A pesquisa foi realizada antes da explosão de bombas em Nova York e Nova Jérsei, que levaram Trump a explorar o medo e o preconceito contra imigrantes e muçulmanos, temas recorrentes em sua campanha fascistoide.
Para o matemático Nate Silver, do sítio FiveThirtyEight.com, o número de eleitores do Colégio Eleitoral (538), Hillary tem hoje 57,6% de chances de ser eleita presidente dos EUA e Trump, 42,4%. A um mês e meio da eleição, a disputa é mais apertada.
Partidários de Correa desistem de referendo sobre reeleição
O grupo Rafael Contigo Sempre retirou seu pedido de realização de uma consulta popular para permitir ao presidente Rafael Correa concorrer a mais uma reeleição no Equador, em 2017, noticiou hoje o jornal equatoriano El Universal.
Os partidários do líder equatoriano haviam recolhido 1,2 milhão de assinaturas, 200 mil a mais do que o necessário para convocar um referendo.
Quem quer que sejam os candidatos, a eleição presidencial de 2017 será muito disputada por causa da crise econômica do Equador, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A expectativa para este ano é de uma recessão de 2,5%.
Numa pesquisa realizada em agosto, o empresário oposicionista Guillermo Lasso, derrotado na eleição presidencial de 2013, aparecia em primeiro lugar com 32%, seguido pelo presidente Correa com 29,5%.
Se Correa não concorrer, o candidato do governo pode ser o vice-presidente Jorge Glas ou o ex-vice-presidente Lenin Moreno.
Os partidários do líder equatoriano haviam recolhido 1,2 milhão de assinaturas, 200 mil a mais do que o necessário para convocar um referendo.
Quem quer que sejam os candidatos, a eleição presidencial de 2017 será muito disputada por causa da crise econômica do Equador, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A expectativa para este ano é de uma recessão de 2,5%.
Numa pesquisa realizada em agosto, o empresário oposicionista Guillermo Lasso, derrotado na eleição presidencial de 2013, aparecia em primeiro lugar com 32%, seguido pelo presidente Correa com 29,5%.
Se Correa não concorrer, o candidato do governo pode ser o vice-presidente Jorge Glas ou o ex-vice-presidente Lenin Moreno.
Boko Haram mata seis pessoas em ataque a comboio na Nigéria
Pelo menos seis pessoas foram mortas num ataque da milícia terrorista Boko Haram a um comboio de veículos escoltados pelo Exército da Nigéria com destino a Maiduguri, capital do estado de Borno, no Nordeste da Nigéria.
Em nota, as Forças Armadas nigerianas afirmaram que o grupo de militantes tentou saquear a comida e outras mercadorias transportadas pelos caminhões. Cinco pessoas morreram na hora e uma num hospital próximo. Três soldados saíram feridos, declarou o porta-voz militar, coronel Sani Usman.
O Exército da Nigéria enviou esforços para capturar os terroristas. Depois de várias semanas de pouca atividade, o Boko Haram, que há um ano e meio se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, matou oito pessoas numa igreja no fim de semana e agora atacou um comboio.
As Forças Armadas insistem que o grupo está acuado militarmente, refugiado na Floresta de Sambissa depois de perder os territórios que ocupava, de onde sai para realizar ataques esporádicos, na maioria dos casos em busca de comida.
Em nota, as Forças Armadas nigerianas afirmaram que o grupo de militantes tentou saquear a comida e outras mercadorias transportadas pelos caminhões. Cinco pessoas morreram na hora e uma num hospital próximo. Três soldados saíram feridos, declarou o porta-voz militar, coronel Sani Usman.
O Exército da Nigéria enviou esforços para capturar os terroristas. Depois de várias semanas de pouca atividade, o Boko Haram, que há um ano e meio se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, matou oito pessoas numa igreja no fim de semana e agora atacou um comboio.
As Forças Armadas insistem que o grupo está acuado militarmente, refugiado na Floresta de Sambissa depois de perder os territórios que ocupava, de onde sai para realizar ataques esporádicos, na maioria dos casos em busca de comida.
George Bush sênior vai votar em Hillary, diz uma Kennedy
O ex-presidente George Herbert Walker Bush (1989-93) vai votar na candidata democrata Hillary Clinton na eleição presidencial de 8 de novembro nos Estados Unidos, anunciou a ex-vice-governadora do estado de Maryland, Kathleen Hartington Kennedy Townsend, que vem de outra família coroada da política americana.
"O presidente me disse que vai votar em Hillary", afirmou Kathleen, sobrinha do presidente John Fitzgerald Kennedy (1961-63) no Facebook ao lado de uma foto dos dois juntos no estado do Maine. Um porta-voz da família Bush não confirmou nem desmentiu: "O voto do presidente Bush será um voto privado de um cidadão."
Bush tem motivos de sobra para não votar em Donald Trump, candidato de seu partido. No início das eleições primárias, seu filho Jeb Bush, ex-governador da Flórida, era considerado o favorito entre os republicanos. Foi duramente atacado por Trump. Sua candidatura não decolou. Os Bush jamais perdoarão Trump.
Pela mesma razão, Hillary evita comparar o governo Obama com o último governo republicano, de George Walker Bush (2001-9), responsável pela desastrosa invasão do Iraque e pela crise econômica internacional desde a Grande Depressão (1929-39).
O apoio dos Bush pode ser decisivo na Flórida, um estado-chave onde as últimas pesquisas dão uma pequena vantagem à democrata.
"O presidente me disse que vai votar em Hillary", afirmou Kathleen, sobrinha do presidente John Fitzgerald Kennedy (1961-63) no Facebook ao lado de uma foto dos dois juntos no estado do Maine. Um porta-voz da família Bush não confirmou nem desmentiu: "O voto do presidente Bush será um voto privado de um cidadão."
Bush tem motivos de sobra para não votar em Donald Trump, candidato de seu partido. No início das eleições primárias, seu filho Jeb Bush, ex-governador da Flórida, era considerado o favorito entre os republicanos. Foi duramente atacado por Trump. Sua candidatura não decolou. Os Bush jamais perdoarão Trump.
Pela mesma razão, Hillary evita comparar o governo Obama com o último governo republicano, de George Walker Bush (2001-9), responsável pela desastrosa invasão do Iraque e pela crise econômica internacional desde a Grande Depressão (1929-39).
O apoio dos Bush pode ser decisivo na Flórida, um estado-chave onde as últimas pesquisas dão uma pequena vantagem à democrata.
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Dezenas de pessoas morrem em protestos no Congo
Dezenas de civis foram mortos em dois de choques com as forças de segurança durante protestos contra o ditador Joseph Kabila na República Democrática do Congo, noticiou a agência Reuters citando dados da organização não governamental Human Rights Watch.
O Ministério da Informação admite 17 mortes, enquanto as oposições falam em mais de 50 pessoas. Imagens divulgadas na Internet mostraram a polícia atirando nos manifestantes e corpos estendidos no chão.
As manifestações protestam contra o adiamento das eleições previstas para novembro por suposta falta de dinheiro e um sistema de alistamento de eleitores. O segundo mandato de Joseph Kabila termina no fim deste ano, mas o Supremo Tribunal o autorizou a ficar no poder enquanto não houver uma eleição presidencial.
O Ministério da Informação admite 17 mortes, enquanto as oposições falam em mais de 50 pessoas. Imagens divulgadas na Internet mostraram a polícia atirando nos manifestantes e corpos estendidos no chão.
As manifestações protestam contra o adiamento das eleições previstas para novembro por suposta falta de dinheiro e um sistema de alistamento de eleitores. O segundo mandato de Joseph Kabila termina no fim deste ano, mas o Supremo Tribunal o autorizou a ficar no poder enquanto não houver uma eleição presidencial.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
ONU suspende ajuda humanitária na Síria
As Nações Unidas suspenderam hoje a distribuição de ajuda humanitária na Síria depois que um bombardeio aérea atingiu ontem um comboio de caminhões da própria ONU e do Crescente Vermelho, a Cruz Vermelha dos países muçulmanos, anunciou um porta-voz da organização citado pela Agência France Presse (AFP).
Pelo menos 12 voluntários e motoristas do Crescente Vermelho foram mortos. Dos 31 caminhões, 18 foram destruídos. Os Estados Unidos responsabilizaram a Rússia pelo ataque aéreo e questionaram o compromisso de Moscou com a manutenção da frágil trégua, que as Forças Armadas da Síria deram por encerrada ontem depois que um bombardeio americano matou "por engano" cerca de 90 soldados sírios no fim de semana.
O cessar-fogo entrou em vigor em 12 de setembro. Se durasse uma semana, os EUA e a Rússia passariam a coordenar as ações de combate a grupos terroristas como a rede Al Caeda e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Outra violação do acordo foi a falta de garantias de segurança da ditadura de Bachar Assad para a distribuição de ajuda humanitária. O regime sírio quer controlar o acesso a áreas dominadas por rebeldes para usar a ajuda como arma de guerra, o que levou ao bombardeio do comboio ontem pela Rússia, que intervém há um ano no conflito sírio em apoio a Assad.
Pelo menos 12 voluntários e motoristas do Crescente Vermelho foram mortos. Dos 31 caminhões, 18 foram destruídos. Os Estados Unidos responsabilizaram a Rússia pelo ataque aéreo e questionaram o compromisso de Moscou com a manutenção da frágil trégua, que as Forças Armadas da Síria deram por encerrada ontem depois que um bombardeio americano matou "por engano" cerca de 90 soldados sírios no fim de semana.
O cessar-fogo entrou em vigor em 12 de setembro. Se durasse uma semana, os EUA e a Rússia passariam a coordenar as ações de combate a grupos terroristas como a rede Al Caeda e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Outra violação do acordo foi a falta de garantias de segurança da ditadura de Bachar Assad para a distribuição de ajuda humanitária. O regime sírio quer controlar o acesso a áreas dominadas por rebeldes para usar a ajuda como arma de guerra, o que levou ao bombardeio do comboio ontem pela Rússia, que intervém há um ano no conflito sírio em apoio a Assad.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Boko Haram ataca igreja e mata oito pessoas na Nigéria
Um ataque da milícia terrorista Boko Haram do lado de fora de uma igreja cristã na vila de Kwamjilari, na cidade de Chibok, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria, deixou oito mortos na manhã de ontem, quando os fiéis saíam da missa dominical.
Os terroristas chegaram de bicicleta, contou uma testemunha do local, Luka Damina: "Alguns fiéis ficaram ao redor da igreja. Os pistoleiros abriram fogo e mataram oito."
Damina acrescentou que "eles eram desconhecidos pelos residentes e deixaram alguns camaradas ao longo da estrada para atirar em quem fugia. Muita gente ferida correu para o mato."
Para o coronel Sani Usman, porta-voz do Exército da Nigéria, "o que aconteceu é que remanescentes do Boko Haram que estavam em busca de comida mataram algumas pessoas". O governo nigeriano afirma que a milícia perdeu os territórios que ocupava e seus remanescentes estão refugiados na Floresta de Sambissa, próximo ao local do ataque.
Em março de 2015, o Boko Haram, que significa repúdio à educação ocidental, declarou lealdade à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante e passou a se apresentar como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
Desde que aderiu à luta armada para impor a lei islâmica na região, em 2009, o Boko Haram deflagrou uma guerra civil em que mais de 20 mil pessoas morreram.
Os terroristas chegaram de bicicleta, contou uma testemunha do local, Luka Damina: "Alguns fiéis ficaram ao redor da igreja. Os pistoleiros abriram fogo e mataram oito."
Damina acrescentou que "eles eram desconhecidos pelos residentes e deixaram alguns camaradas ao longo da estrada para atirar em quem fugia. Muita gente ferida correu para o mato."
Para o coronel Sani Usman, porta-voz do Exército da Nigéria, "o que aconteceu é que remanescentes do Boko Haram que estavam em busca de comida mataram algumas pessoas". O governo nigeriano afirma que a milícia perdeu os territórios que ocupava e seus remanescentes estão refugiados na Floresta de Sambissa, próximo ao local do ataque.
Em março de 2015, o Boko Haram, que significa repúdio à educação ocidental, declarou lealdade à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante e passou a se apresentar como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
Desde que aderiu à luta armada para impor a lei islâmica na região, em 2009, o Boko Haram deflagrou uma guerra civil em que mais de 20 mil pessoas morreram.
Síria declara fim do cessar-fogo e volta a bombardear Alepo
A ditadura de Bachar Assad anunciou hoje o fim da trégua negociada pelos Estados Unidos e a Rússia na guerra civil da Síria e voltou a bombardear áreas dominadas por rebeldes na cidade de Alepo, noticiou a agência Associated Press (AP). Um comboio com ajuda humanitária foi atingido. Doze pessoas morreram.
Em declaração oficial, as Forças Armadas da Síria acusaram "grupos terroristas armados" de repetidas violações do cessar-fogo em vigor há uma semana. Os rebeldes denunciaram violações cometidas pelo regime sírio e as Nações Unidas responsabilizaram a ditadura por bloquear a distribuição de ajuda humanitária a áreas sitiadas sob controle rebelde.
Se a trégua durasse uma semana, os EUA e a Rússia levariam adiante a próxima etapa de um plano de paz, passando a coordenar operações militares contra as organizações terroristas Estado Islâmico do Iraque e do Levante e Al Caeda.
O passo seguinte seria negociar um acordo de paz com um período de transição até a realização de eleições. Sob pressão da Rússia, os EUA aceitaram que Assad permaneça no poder durante a transição e se candidate na próxima eleição presidencial, o que é inaceitável para os rebeldes.
Sem a saída do ditador, o maior terrorista na guerra civil, não haverá paz na Síria.
Em declaração oficial, as Forças Armadas da Síria acusaram "grupos terroristas armados" de repetidas violações do cessar-fogo em vigor há uma semana. Os rebeldes denunciaram violações cometidas pelo regime sírio e as Nações Unidas responsabilizaram a ditadura por bloquear a distribuição de ajuda humanitária a áreas sitiadas sob controle rebelde.
Se a trégua durasse uma semana, os EUA e a Rússia levariam adiante a próxima etapa de um plano de paz, passando a coordenar operações militares contra as organizações terroristas Estado Islâmico do Iraque e do Levante e Al Caeda.
O passo seguinte seria negociar um acordo de paz com um período de transição até a realização de eleições. Sob pressão da Rússia, os EUA aceitaram que Assad permaneça no poder durante a transição e se candidate na próxima eleição presidencial, o que é inaceitável para os rebeldes.
Sem a saída do ditador, o maior terrorista na guerra civil, não haverá paz na Síria.
Mais de 160 mortes em 24 horas ameaçam frágil trégua na Síria
Mais de 160 pessoas foram mortas em 24 horas entre sábado e domingo em combates e bombardeios, ameaçando o frágil cessar-fogo em vigor há uma semana na guerra civil da Síria, alertou ontem o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental com sede em Londres que monitora o conflito no país.
Só o ataque aéreo dos Estados Unidos e da Austrália contra Deir el-Zur matou "por erro" cerca de 90 soldados do Exército da Síria. Foi aproveitado pela Rússia e pela ditadura de Bachar Assad para acusar os EUA de fazer o jogo da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Um bombardeio aéreo da Rússia matou pelo menos 38 milicianos do Estado Islâmico perto do aeroporto de Deir el-Zur. O Estado Islâmico está excluído da trégua. Os EUA e a Austrália alegam que estavam atacando os jihadistas quando atingiram por engano os soldados sírios.
A trégua reduziu o nível de violência, mas as violações e a troca de acusações entre EUA e Rússia numa reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas ameaçam o cessar-fogo.
Em outra violação, há uma semana, um comboio de 20 caminhões com ajuda humanitária aguarda na fronteira da Turquia autorização do regime sírio para entrar no país. A ditadura de Assad quer controlar a distribuição de ajuda a áreas dominadas pelos rebeldes como arma de guerra.
Só o ataque aéreo dos Estados Unidos e da Austrália contra Deir el-Zur matou "por erro" cerca de 90 soldados do Exército da Síria. Foi aproveitado pela Rússia e pela ditadura de Bachar Assad para acusar os EUA de fazer o jogo da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Um bombardeio aéreo da Rússia matou pelo menos 38 milicianos do Estado Islâmico perto do aeroporto de Deir el-Zur. O Estado Islâmico está excluído da trégua. Os EUA e a Austrália alegam que estavam atacando os jihadistas quando atingiram por engano os soldados sírios.
A trégua reduziu o nível de violência, mas as violações e a troca de acusações entre EUA e Rússia numa reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas ameaçam o cessar-fogo.
Em outra violação, há uma semana, um comboio de 20 caminhões com ajuda humanitária aguarda na fronteira da Turquia autorização do regime sírio para entrar no país. A ditadura de Assad quer controlar a distribuição de ajuda a áreas dominadas pelos rebeldes como arma de guerra.
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EUA prendem suspeito dos ataques em Nova York e Nova Jérsei
Depois de um tiroteio, a polícia prendeu hoje em Linden, no estado de Nova Jérsei, o principal suspeito pelos ataques a bomba do fim de semana em Nova York e Nova Jérsei, identificado como Ahmad Khan Rahami. O suspeito e dois policiais saíram feridos, mas não estão em estado grave.
Rahami, de 28 anos, é um afegão naturalizado americano. Nos útimos anos, fez várias visitas ao Afeganistão e ao Paquistão, onde pode ter se radicalizado.
Sua família é dona de um restaurante que vende galinha frita e já teve problemas com os vizinhos por causa do barulho e do horário de fechamento. A polícia investiga se ele agiu sozinho ou tem cúmplices.
Houve três ataques terroristas no fim de semana nos EUA. No sábado à tarde, uma bomba caseira foi deixada no caminho de uma corrida de rua em benefício de uma associação de ex-fuzileiros navais, mas a largada atrasou e no momento da explosão não havia ninguém por perto. Rahami seria responsável também por esta bomba.
No sábado à noite, um homem esfaqueou nove pessoas num centro comercial da pequena cidade de Saint Cloud, que fica a cerca de 100 quilômetros de Mineápolis, no estado de Minnesota, aos gritos de "Alá é grande!" Ele perguntou a algumas vítimas se eram muçulmanas. Foi morto a tiros por um policial que estava de folga.
A maior explosão foi na ilha de Manhattan, em Nova York. Por volta das 20h30 de sábado (21h30 em Brasília), uma bomba explodiu na Rua 23 entre a 6ª e a 7ª Avenidas, ferindo 29 pessoas. Todas já receberam alta.
Pouco depois, dois moradores de rua encontraram uma panela de pressão na Rua 27, a abriram e viram explosivos, pedaços de metal e um telefone celular como detonador. Foram correndo avisar a polícia.
Essa bomba que não explodiu levou à prisão do suspeito. No celular, a polícia descobriu o número do telefone de Rahami. A polícia ainda encontrou uma mochila com material explosivo abandonada na estação de trem da cidade de Elizabeth, em Nova Jérsei, onde Rahami morava e sua família tinha o restaurante.
Às 8h, as polícias de Nova York e de Nova Jérsei mandaram um aviso a todos os telefones celulares pedindo a ajuda da população para capturar o suspeito. Sua foto já estava na Internet. Rahami resistiu à prisão, foi baleado na perna e no ombro e não corre risco de vida.
Na campanha eleitoral, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidato do Partido Democrata, reafirmou a determinação de combater o terrorismo e destruir a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Em seu estilo autoritário e fascistoide, o magnata imoliário Donald Trump, do Partido Republicano criticou o excesso de "correção política", que na sua opinião impedem uma vigilância mais rigorosa sobre certas religiões e nacionalidade. Trump está disposto a usar a tortura e a discriminação religiosa na guerra contra o terrorismo.
Rahami, de 28 anos, é um afegão naturalizado americano. Nos útimos anos, fez várias visitas ao Afeganistão e ao Paquistão, onde pode ter se radicalizado.
Sua família é dona de um restaurante que vende galinha frita e já teve problemas com os vizinhos por causa do barulho e do horário de fechamento. A polícia investiga se ele agiu sozinho ou tem cúmplices.
Houve três ataques terroristas no fim de semana nos EUA. No sábado à tarde, uma bomba caseira foi deixada no caminho de uma corrida de rua em benefício de uma associação de ex-fuzileiros navais, mas a largada atrasou e no momento da explosão não havia ninguém por perto. Rahami seria responsável também por esta bomba.
No sábado à noite, um homem esfaqueou nove pessoas num centro comercial da pequena cidade de Saint Cloud, que fica a cerca de 100 quilômetros de Mineápolis, no estado de Minnesota, aos gritos de "Alá é grande!" Ele perguntou a algumas vítimas se eram muçulmanas. Foi morto a tiros por um policial que estava de folga.
A maior explosão foi na ilha de Manhattan, em Nova York. Por volta das 20h30 de sábado (21h30 em Brasília), uma bomba explodiu na Rua 23 entre a 6ª e a 7ª Avenidas, ferindo 29 pessoas. Todas já receberam alta.
Pouco depois, dois moradores de rua encontraram uma panela de pressão na Rua 27, a abriram e viram explosivos, pedaços de metal e um telefone celular como detonador. Foram correndo avisar a polícia.
Essa bomba que não explodiu levou à prisão do suspeito. No celular, a polícia descobriu o número do telefone de Rahami. A polícia ainda encontrou uma mochila com material explosivo abandonada na estação de trem da cidade de Elizabeth, em Nova Jérsei, onde Rahami morava e sua família tinha o restaurante.
Às 8h, as polícias de Nova York e de Nova Jérsei mandaram um aviso a todos os telefones celulares pedindo a ajuda da população para capturar o suspeito. Sua foto já estava na Internet. Rahami resistiu à prisão, foi baleado na perna e no ombro e não corre risco de vida.
Na campanha eleitoral, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidato do Partido Democrata, reafirmou a determinação de combater o terrorismo e destruir a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Em seu estilo autoritário e fascistoide, o magnata imoliário Donald Trump, do Partido Republicano criticou o excesso de "correção política", que na sua opinião impedem uma vigilância mais rigorosa sobre certas religiões e nacionalidade. Trump está disposto a usar a tortura e a discriminação religiosa na guerra contra o terrorismo.
domingo, 18 de setembro de 2016
Partido de Putin vence eleições parlamentares na Rússia
O partido Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin, venceu as eleições legislativas deste domingo com 54,3% dos votos, indicam os resultados de 90% das urnas, garantindo a maioria absoluta e o controle do presidente sobre o Parlamento.
A abstenção de quase 60% favoreceu o partido oficial e indica que as oposições liberais não acreditam no sistema político.
Em segundo lugar, ficou o ultranacionalista Partido Liberal-Democrática da Rússia, liderada por Vladimir Jirinovski, com 15,3%, seguido pelo Partido Comunista com 14,9%. Os partidos de oposição liberais não conseguiram superar o mínimo de 5% dos votos exigido para ter representação na Duma do Estado (Câmara).
Nas eleições anteriores, em dezembro de 2011, a Rússia Unida obteve 49%, mas o resultado foi contestado por uma onda de manifestações de protesto comparada à Primavera Árabe. Isso levou a um endurecimento do regime de Putin, com perseguição a oposicionistas, dissidentes, homossexuais, defensores dos direitos humanos e organizações não governamentais internacionais.
A vitória prepara a reeleição de Putin em 2018 para um quarto mandato. Ele é o dirigente máximo da Rússia desde 1999 e presidente desde 2000, com um intervalo de quatro anos de 2008 a 2012, quando trocou de cargo com o primeiro-ministro Dimitri Medvedev.
Essas eleições também foram um teste para ver se o Kremlin consegue realizar eleições sem contestação.
A abstenção de quase 60% favoreceu o partido oficial e indica que as oposições liberais não acreditam no sistema político.
Em segundo lugar, ficou o ultranacionalista Partido Liberal-Democrática da Rússia, liderada por Vladimir Jirinovski, com 15,3%, seguido pelo Partido Comunista com 14,9%. Os partidos de oposição liberais não conseguiram superar o mínimo de 5% dos votos exigido para ter representação na Duma do Estado (Câmara).
Nas eleições anteriores, em dezembro de 2011, a Rússia Unida obteve 49%, mas o resultado foi contestado por uma onda de manifestações de protesto comparada à Primavera Árabe. Isso levou a um endurecimento do regime de Putin, com perseguição a oposicionistas, dissidentes, homossexuais, defensores dos direitos humanos e organizações não governamentais internacionais.
A vitória prepara a reeleição de Putin em 2018 para um quarto mandato. Ele é o dirigente máximo da Rússia desde 1999 e presidente desde 2000, com um intervalo de quatro anos de 2008 a 2012, quando trocou de cargo com o primeiro-ministro Dimitri Medvedev.
Essas eleições também foram um teste para ver se o Kremlin consegue realizar eleições sem contestação.
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Estado Islâmico reivindica autoria de ataque com faca em Minnesota
A milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou hoje através de sua agência de notícias na Internet a responsabilidade por um ataque a facadas que deixou nove feridos ontem à noite num centro comercial da cidade de Saint Cloud, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos. Uma vítima corre risco de vida.
O terrorista, morto pela polícia, foi identificado como Dahir Adan, um estudante de comunicação de 22 anos e origem somaliana. Seu pai negou qualquer participação do filho em atentados.
"Nós confirmamos que ele perguntou pelo menos a uma pessoa se era muçulmana antes de atacar" e "fez referências a Alá", declarou o chefe de polícia da cidade.
Eram cerca de 20h em Saint Cloud (22h em Brasília) quando o terrorista entrou no centro comercial da cidade, de apenas 70 mil habitantes. O terrorista tinha ficha na polícia por pequenas infrações de trânsito consideradas de menor gravidade.
A reivindicação de autoria mantém um padrão do Estado Islâmico de estimular a ação dos chamados lobos solitários, as células terroristas de um homem só, e de assumir a responsabilidade de todos atos cometidos por simpatizantes do grupo. Não significa que a cúpula da milícia baseada no Iraque e na Síria tenha conseguido organizar um ataque terrorista nos EUA.
O terrorista, morto pela polícia, foi identificado como Dahir Adan, um estudante de comunicação de 22 anos e origem somaliana. Seu pai negou qualquer participação do filho em atentados.
"Nós confirmamos que ele perguntou pelo menos a uma pessoa se era muçulmana antes de atacar" e "fez referências a Alá", declarou o chefe de polícia da cidade.
Eram cerca de 20h em Saint Cloud (22h em Brasília) quando o terrorista entrou no centro comercial da cidade, de apenas 70 mil habitantes. O terrorista tinha ficha na polícia por pequenas infrações de trânsito consideradas de menor gravidade.
A reivindicação de autoria mantém um padrão do Estado Islâmico de estimular a ação dos chamados lobos solitários, as células terroristas de um homem só, e de assumir a responsabilidade de todos atos cometidos por simpatizantes do grupo. Não significa que a cúpula da milícia baseada no Iraque e na Síria tenha conseguido organizar um ataque terrorista nos EUA.
Governador de Nova York chama explosão de "ato terrorista"
O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, descreveu como "terrorista" a explosão de uma bomba ontem à noite na Rua 23 entre a 6ª e a 7ª Avenidas, no bairro de Chelsea, na ilha de Manhattan, mas disse que não há indícios de que se trate de terrorismo internacional.
O prefeito Bill de Blasio e o chefe de polícia foram mais cautelosos. Preferem esperar por indícios mais concretos de autoria. Ninguém reivindicou a responsabilidade pela explosão.
Vinte e nove pessoas saíram feridas da explosão, que aconteceu numa área de bares e restaurantes muito movimentada numa noite de sábado em Nova York, e foram hospitalizadas. Todas receberam alta.
Outra bomba caseira foi encontrada na Rua 27, feita com explosivos, pregos e bolotas de ferro colocados dentro de uma panela de pressão e detonados por telefone celular.
O prefeito Bill de Blasio e o chefe de polícia foram mais cautelosos. Preferem esperar por indícios mais concretos de autoria. Ninguém reivindicou a responsabilidade pela explosão.
Vinte e nove pessoas saíram feridas da explosão, que aconteceu numa área de bares e restaurantes muito movimentada numa noite de sábado em Nova York, e foram hospitalizadas. Todas receberam alta.
Outra bomba caseira foi encontrada na Rua 27, feita com explosivos, pregos e bolotas de ferro colocados dentro de uma panela de pressão e detonados por telefone celular.
sábado, 17 de setembro de 2016
Turquia prende suspeitos do Estado Islâmico em Istambul
A polícia da Turquia prendeu hoje vários suspeitos de pertencer à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, inclusive um sírio que estaria planejando um ataque em Istambul, a maior cidade do país.
Outra operação deteve outros 24 milicianos do Estado Islâmico suspeitos de estar esperando munição e explosivos no distrito de Kucukcekmece, em Istambul. Em outra ação, foram presos 15 acusados de tentar cruzar a fronteira da Turquia em zonas de guerra para aderir ao Estado Islâmico na Síria ou no Iraque.
Desde o ano passado, a Turquia foi alvo de uma série de atentados terroristas atribuídos ao Estado Islâmico depois de ter sido no mínimo conivente durante anos com o trânsito de combatentes, armas e petróleo através de sua fronteira.
Recentemente a Turquia invadiu o Norte da Síria a pretexto de combater o Estado Islâmico, mas talvez sua maior preocupação seja com os curdos, que se aliaram aos Estados Unidos como força terrestre contra a milícia jihadista.
Se os curdos da Síria conseguirem conquistar um território poderia juntá-lo ao governo regional autônomo do Curdistão iraquiano para fundar o Curdistão. Como a maioria dos curdos vive no Sudeste da Turquia, um Curdistão independente certamente reivindicaria uma parte do território turco.
O presidente Recep Tayyip Erdogan gostaria de criar uma zona de proteção ao longo da fronteira do lado sírio para assentar os 2,7 milhões de sírios refugiados na Turquia.
Outra operação deteve outros 24 milicianos do Estado Islâmico suspeitos de estar esperando munição e explosivos no distrito de Kucukcekmece, em Istambul. Em outra ação, foram presos 15 acusados de tentar cruzar a fronteira da Turquia em zonas de guerra para aderir ao Estado Islâmico na Síria ou no Iraque.
Desde o ano passado, a Turquia foi alvo de uma série de atentados terroristas atribuídos ao Estado Islâmico depois de ter sido no mínimo conivente durante anos com o trânsito de combatentes, armas e petróleo através de sua fronteira.
Recentemente a Turquia invadiu o Norte da Síria a pretexto de combater o Estado Islâmico, mas talvez sua maior preocupação seja com os curdos, que se aliaram aos Estados Unidos como força terrestre contra a milícia jihadista.
Se os curdos da Síria conseguirem conquistar um território poderia juntá-lo ao governo regional autônomo do Curdistão iraquiano para fundar o Curdistão. Como a maioria dos curdos vive no Sudeste da Turquia, um Curdistão independente certamente reivindicaria uma parte do território turco.
O presidente Recep Tayyip Erdogan gostaria de criar uma zona de proteção ao longo da fronteira do lado sírio para assentar os 2,7 milhões de sírios refugiados na Turquia.
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Explosão em Nova York deixa 29 feridos
Uma forte explosão atingiu hoje o bairro de Chelsea, na ilha de Manhattan, em Nova York, ferindo 29 pessoas. A unidade antiterrorismo está investigando o caso. A polícia trata como "explosão intencional". Suspeita de uma bomba deixada numa lata de lixo.
A explosão ocorreu às 20h30 na costa leste dos Estados Unidos (21h30 em Brasília) na Rua 23 entre a 6ª e a 7ª Avenidas, numa região cheia de bares e restaurantes, muito movimentada no sábado à noite. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Nova York, há um ferido em estado grave.
A explosão ocorreu às 20h30 na costa leste dos Estados Unidos (21h30 em Brasília) na Rua 23 entre a 6ª e a 7ª Avenidas, numa região cheia de bares e restaurantes, muito movimentada no sábado à noite. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Nova York, há um ferido em estado grave.
Escudo antimísseis de Israel derruba foguete sírio
O Domo de Ferro, o escudo de defesa antimísseis de Israel, abateu hoje um foguete que saiu de rota durante a guerra civil da Síria e invadiu o espaço aéreo israelense na região das Colinas do Golã, ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967, noticiou a agência Reuters.
A Síria nunca assinou um acordo de paz com Israel. Financiava e armava grupos rebeldes palestinos, mas a fronteira entre os dois países permaneceu tranquila desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973.
Houve vários incidentes nos cinco anos e meio de guerra civil na Síria. Agora, pela primeira vez, o Domo de Ferr foi acionado. As Forças de Defesa de Israel estacionaram várias baterias antiaéreas em várias regiões de fronteiras. Seu maior uso costuma ser contra foguetes disparados por militantes palestinos da Faixa de Gaza.
O sistema de defesa antimísseis israelense só é acionado quando há ameaça a regiões povoadas.
A Síria nunca assinou um acordo de paz com Israel. Financiava e armava grupos rebeldes palestinos, mas a fronteira entre os dois países permaneceu tranquila desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973.
Houve vários incidentes nos cinco anos e meio de guerra civil na Síria. Agora, pela primeira vez, o Domo de Ferr foi acionado. As Forças de Defesa de Israel estacionaram várias baterias antiaéreas em várias regiões de fronteiras. Seu maior uso costuma ser contra foguetes disparados por militantes palestinos da Faixa de Gaza.
O sistema de defesa antimísseis israelense só é acionado quando há ameaça a regiões povoadas.
Bombardeio dos EUA mata 90 soldados sírios "por engano"
A coalizão aérea liderada pelos Estados Unidos matou hoje 90 soldados do Exército da Síria em quatro ataques perto da cidade de Deir el-Zur na Síria, anunciou em Moscou o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência de notícias russa Interfax.
Em comunicado, o Comando Militar Central dos EUA alegou que o bombardeio era à milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante e não tinha a intenção de matar os soldados sírios: "O ataque aéreo da coalizão foi suspenso imediatamente quando oficiais da coalizão foram informados por oficiais russos de que é possível que os veículos e soldados alvejados fossem parte das Forças Armadas da Síria."
A Rússia afirmou que os soldados sírios estavam cercados pelo Estado Islâmico, assim, "os bombardeios abriram o caminho para o ataque dos terroristas" a uma colina próxima.
O Ministério da Defesa russo acusou os EUA de se recusarem a coordenar suas operações aéreas com a Rússia e declarou que os ataques são "provas conclusivas do apoio dos EUA e seus aliados ao Estado Islâmico e outras organizações terroristas".
Desde agosto de 2014, os EUA bombardeiam o Estado Islâmico no Iraque e na Síria à frente de uma coalizão que hoje tem mais de 60 países. Em 30 de setembro de 2015, a Força Aérea da Rússia entrou na guerra civil da Síria ao lado da ditadura de Bachar Assad.
Há uma frágil trégua em vigor desde segunda-feira depois de mais de 300 mil mortes na guerra civil síria. O cessar-fogo negociado pelos EUA e a Rússia autoriza o ataque a duas milícias terroristas: o Estado Islâmico e a Frente de Luta do Levante, a antiga Frente al-Nusra, braço da rede terrorista Al Caeda no conflito na Síria.
O problema é que o ditador Bachar Assad, o maior terrorista nesta guerra, chama de terroristas todos os grupos rebeldes numa tentativa de desqualificá-los. Ao se alinhar com o discurso do regime, a Rússia enquadra os rebeldes apoiados pelos EUA, a Europa e outros países muçulmanos como terroristas, o que autoriza a reiniciar os ataques.
Se a trégua se sustentar por uma semana, os EUA e a Rússia prometem retomar as negociações de paz, mas é evidente que Assad não está disposto a fazer qualquer concessão. Os EUA aceitaram que ele fique no poder durante um "período de transição" ao fim do qual haverá uma eleição presidencial em que Assad será candidato.
Em Moscou, o presidente Vladimir Putin disse que os grupos rebeldes aproveitaram o cessar-fogo para se reagrupar. O homem-forte do Kremlin acusou os EUA de estarem mais preocupados em manter a capacidade militar dos rebeldes do que em separar rebeldes moderados de extremistas, um dos objetivos da trégua.
Um objetivo central era permitir o acesso de ajuda humanitária a áreas rebeldes sitiadas por forças leais ao regime. Há um comboio de 20 caminhões parado há dias na fronteira com a Turquia à espera de garantias do governo sírio, que insiste em controlar a distribuição para usar a ajuda humanitária como arma de guerra.
Em comunicado, o Comando Militar Central dos EUA alegou que o bombardeio era à milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante e não tinha a intenção de matar os soldados sírios: "O ataque aéreo da coalizão foi suspenso imediatamente quando oficiais da coalizão foram informados por oficiais russos de que é possível que os veículos e soldados alvejados fossem parte das Forças Armadas da Síria."
A Rússia afirmou que os soldados sírios estavam cercados pelo Estado Islâmico, assim, "os bombardeios abriram o caminho para o ataque dos terroristas" a uma colina próxima.
O Ministério da Defesa russo acusou os EUA de se recusarem a coordenar suas operações aéreas com a Rússia e declarou que os ataques são "provas conclusivas do apoio dos EUA e seus aliados ao Estado Islâmico e outras organizações terroristas".
Desde agosto de 2014, os EUA bombardeiam o Estado Islâmico no Iraque e na Síria à frente de uma coalizão que hoje tem mais de 60 países. Em 30 de setembro de 2015, a Força Aérea da Rússia entrou na guerra civil da Síria ao lado da ditadura de Bachar Assad.
Há uma frágil trégua em vigor desde segunda-feira depois de mais de 300 mil mortes na guerra civil síria. O cessar-fogo negociado pelos EUA e a Rússia autoriza o ataque a duas milícias terroristas: o Estado Islâmico e a Frente de Luta do Levante, a antiga Frente al-Nusra, braço da rede terrorista Al Caeda no conflito na Síria.
O problema é que o ditador Bachar Assad, o maior terrorista nesta guerra, chama de terroristas todos os grupos rebeldes numa tentativa de desqualificá-los. Ao se alinhar com o discurso do regime, a Rússia enquadra os rebeldes apoiados pelos EUA, a Europa e outros países muçulmanos como terroristas, o que autoriza a reiniciar os ataques.
Se a trégua se sustentar por uma semana, os EUA e a Rússia prometem retomar as negociações de paz, mas é evidente que Assad não está disposto a fazer qualquer concessão. Os EUA aceitaram que ele fique no poder durante um "período de transição" ao fim do qual haverá uma eleição presidencial em que Assad será candidato.
Em Moscou, o presidente Vladimir Putin disse que os grupos rebeldes aproveitaram o cessar-fogo para se reagrupar. O homem-forte do Kremlin acusou os EUA de estarem mais preocupados em manter a capacidade militar dos rebeldes do que em separar rebeldes moderados de extremistas, um dos objetivos da trégua.
Um objetivo central era permitir o acesso de ajuda humanitária a áreas rebeldes sitiadas por forças leais ao regime. Há um comboio de 20 caminhões parado há dias na fronteira com a Turquia à espera de garantias do governo sírio, que insiste em controlar a distribuição para usar a ajuda humanitária como arma de guerra.
Exércitos matam 38 milicianos do Boko Haram no Sul do Níger
Uma operação conjunta dos exércitos do Níger e do Chade matou pelo menos 38 rebeldes da milícia extremista muçulmana nigeriana Boko Haram na região de Difa, no Sul do Níger, na África Ocidental. Dois soldados saíram feridos, noticiou o jornal árabe Asharq Al-Awsat.
A operação foi realizada de segunda a quarta-feira nas vilas de Gueskeru e Tumur, situadas a cerca de 30 quilômetros da cidade de Difa. Os dois exércitos também aprenderam grande quantidade de armas e munições, afirmou o porta-voz do Exército do Níger, Moustapha Ledru.
Os terroristas contra-atacaram em Gueskeru na quarta-feira à noite, sem matar ninguém. "O ataque causou uma psicose na população. Os assaltantes incendiaram casas e lojas, rombaram comida e medicamentos, saqueando lojas e farmácias", declarou um funcionário de uma organização não governamental à Agência France Presse (AFP).
Em sete anos desde que aderiu à luta armada, o Boko Haram, que hoje se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, provocou uma guerra civil com total de mortes estimados em pelo menos 20 mil pessoas na Nigéria, no Níger, no Chade e em Camarões.
A operação foi realizada de segunda a quarta-feira nas vilas de Gueskeru e Tumur, situadas a cerca de 30 quilômetros da cidade de Difa. Os dois exércitos também aprenderam grande quantidade de armas e munições, afirmou o porta-voz do Exército do Níger, Moustapha Ledru.
Os terroristas contra-atacaram em Gueskeru na quarta-feira à noite, sem matar ninguém. "O ataque causou uma psicose na população. Os assaltantes incendiaram casas e lojas, rombaram comida e medicamentos, saqueando lojas e farmácias", declarou um funcionário de uma organização não governamental à Agência France Presse (AFP).
Em sete anos desde que aderiu à luta armada, o Boko Haram, que hoje se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, provocou uma guerra civil com total de mortes estimados em pelo menos 20 mil pessoas na Nigéria, no Níger, no Chade e em Camarões.
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Drone dos EUA mata outro comandante do Estado Islâmico
Um ataque de aviões não tripulados dos Estados Unidos contra Rakka, a capital do califado autoproclamado pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, matou outro líder do grupo, Wael Adel Salman, mais conhecido como Abu Muhammaed Furkan, noticiou a televisão americana CNN.
Salman era uma espécie de ministro da Informação do califado e um dos poucos líderes da milícia com acesso direto ao supremo líder Abu Baker al-Baghdadi.
É o segundo alto dirigente da milícia morto recentemente na Síria. O ministro das Comunicações, porta-voz e diretor de operações internacionais do Estado Islâmico, Abu Muhammed al-Adnani, foi morto em 30 de agosto num bombardeio aéreo a Alepo. Na época, tanto os Estados Unidos quanto a Rússia reivindicaram a autoria do ataque.
Foram duros golpes contra o Estado Islâmico, que vive sob a ameaça permanente de grandes ofensivas para retomar Rakka, na Síria, e Mossul, no Iraque, as duas maiores cidades sob seu controle. Mas não diminui a ameaça de ataques terroristas.
Com o colapso do califado e a perda de sua base territorial, o Estado Islâmico regride de protoestado a grupo terrorista e tenta se infiltrar em outros países onde o estado entrou em colapso, como o Afeganistão e a Líbia, em busca de um refúgio.
Salman era uma espécie de ministro da Informação do califado e um dos poucos líderes da milícia com acesso direto ao supremo líder Abu Baker al-Baghdadi.
É o segundo alto dirigente da milícia morto recentemente na Síria. O ministro das Comunicações, porta-voz e diretor de operações internacionais do Estado Islâmico, Abu Muhammed al-Adnani, foi morto em 30 de agosto num bombardeio aéreo a Alepo. Na época, tanto os Estados Unidos quanto a Rússia reivindicaram a autoria do ataque.
Foram duros golpes contra o Estado Islâmico, que vive sob a ameaça permanente de grandes ofensivas para retomar Rakka, na Síria, e Mossul, no Iraque, as duas maiores cidades sob seu controle. Mas não diminui a ameaça de ataques terroristas.
Com o colapso do califado e a perda de sua base territorial, o Estado Islâmico regride de protoestado a grupo terrorista e tenta se infiltrar em outros países onde o estado entrou em colapso, como o Afeganistão e a Líbia, em busca de um refúgio.
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Trump finalmente admite que Obama nasceu nos EUA
Depois de anos questionando se o presidente Barack Obama nasceu realmente nos Estados Unidos, numa declaração de 28 segundos, o candidato do Partido Republicano à Casa Branca, o magnata imobiliário Donald Trump, finalmente reconheceu que Obama é americano.
Obama nasceu em Honolulu, no Havaí, filho de pai queniano e mãe americana. Sua mãe se separou, casou de novo e foi morar na Indonésia, onde o atual presidente foi criado até 11 anos de idade.
Quando ele foi eleito, movimentos radicais de direita levantaram a suspeita de que o primeiro presidente negro, com visões políticas liberais e um nome muçulmano, Barack Hussein Obama, seria na verdade estrangeiro.
Em 2004, quando Obama disputava uma cadeira no Senado pelo estado de Illinois, seu oponente Andy Martin acusou-o de ser um muçulmano educado numa escola religiosa na Indonésia. Nem a apresentação da certidão de nascimento calou o boato, intensificado durante a campanha eleitoral de 2008.
Quando os republicanos conquistaram a maioria na Câmara dos Representantes, deputados de mais de dez estados apresentaram projetos para exigir que candidatos à Presidência dos EUA apresentassem prova de nacionalidade.
Naquela época, Trump alimentou a suspeita afirmando que seus advogados estavam investigando no Havaí a validade da certidão de nascimento do presidente. Ao mesmo tempo, ascendia o movimento radical de direita Festa do Chá, que faz oposição sistemática ao presidente negro, numa atitude racista.
A questão ressurgiu na atual campanha eleitoral. Há poucos dias, em entrevista ao jornal The Washington Post, Trump se negou a responder uma pergunta sobre o nacionalidade de Obama. Ontem à noite, "para evitar o desvio de foco de temas centrais da campanha", partidários de Trump disseram que ele reconhece que o presidente nasceu nos EUA.
Faltava ouvir a declaração pela boca do próprio candidato. Em vários momentos da campanha, Trump deixou claro que só ele é porta-voz de si mesmo. A fala veio lacônica. Em apenas 28 segundos, o bilionário afirmou que o Obama nasceu nos EUA, acusou sua adversária Hillary Clinton de ter levantado a dúvida e disse que ele encerrou o assunto.
Obama nasceu em Honolulu, no Havaí, filho de pai queniano e mãe americana. Sua mãe se separou, casou de novo e foi morar na Indonésia, onde o atual presidente foi criado até 11 anos de idade.
Quando ele foi eleito, movimentos radicais de direita levantaram a suspeita de que o primeiro presidente negro, com visões políticas liberais e um nome muçulmano, Barack Hussein Obama, seria na verdade estrangeiro.
Em 2004, quando Obama disputava uma cadeira no Senado pelo estado de Illinois, seu oponente Andy Martin acusou-o de ser um muçulmano educado numa escola religiosa na Indonésia. Nem a apresentação da certidão de nascimento calou o boato, intensificado durante a campanha eleitoral de 2008.
Quando os republicanos conquistaram a maioria na Câmara dos Representantes, deputados de mais de dez estados apresentaram projetos para exigir que candidatos à Presidência dos EUA apresentassem prova de nacionalidade.
Naquela época, Trump alimentou a suspeita afirmando que seus advogados estavam investigando no Havaí a validade da certidão de nascimento do presidente. Ao mesmo tempo, ascendia o movimento radical de direita Festa do Chá, que faz oposição sistemática ao presidente negro, numa atitude racista.
A questão ressurgiu na atual campanha eleitoral. Há poucos dias, em entrevista ao jornal The Washington Post, Trump se negou a responder uma pergunta sobre o nacionalidade de Obama. Ontem à noite, "para evitar o desvio de foco de temas centrais da campanha", partidários de Trump disseram que ele reconhece que o presidente nasceu nos EUA.
Faltava ouvir a declaração pela boca do próprio candidato. Em vários momentos da campanha, Trump deixou claro que só ele é porta-voz de si mesmo. A fala veio lacônica. Em apenas 28 segundos, o bilionário afirmou que o Obama nasceu nos EUA, acusou sua adversária Hillary Clinton de ter levantado a dúvida e disse que ele encerrou o assunto.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Dois terços dos americanos consideram Hillary preparada
Cerca de 68% dos eleitores americanos consideram a ex-secretária de Estado Hillary Clinton qualificada para ser presidente dos Estados Unidos, enquanto 61% veem seu adversário, o magnata imobiliário Donald Trump, como desqualificado para ocupar o cargo, indica uma pesquisa da Universidade Quinnipiac.
No confronto direto entre os dois principais candidatos à Casa Branca em 8 de novembro de 2016, a mesma sondagem aponta uma vantagem de Hillary por 48% a 43%.
Com os outros candidatos na pesquisa, Hillary tem 41% das preferências, Trump 39%, o candidato libertário Gary Johnson 13% e a candidata verde Jill Stein 4%.
No confronto direto entre os dois principais candidatos à Casa Branca em 8 de novembro de 2016, a mesma sondagem aponta uma vantagem de Hillary por 48% a 43%.
Com os outros candidatos na pesquisa, Hillary tem 41% das preferências, Trump 39%, o candidato libertário Gary Johnson 13% e a candidata verde Jill Stein 4%.
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Sarkozy e Juppé estão empatados na luta pela candidatura republicana na França
O ex-presidente Nicolas Sarkozy e o ex-primeiro-ministro Alain Juppé estão empatados em 37% na disputa pela candidatura à Presidência da França pelo partido de centro-direita Os Republicanos, indica uma pesquisa do instituto Harris Interactive para televisões da França divulgada hoje.
Num terceiro lugar distante, está o ex-primeiro-ministro François Fillon (10%), seguido por Bruno Le Maire (9%), Nathalie Kosciusko-Morizet (3%), Jean-François Copé (2%), Hervé Mariton (1%) e Jean-Frédéric Poisson (1%).
A eleição primária republicana será realizada em 20 e 27 de novembro de 2016. No segundo turno, Juppé lidera por 52% a 48%. O candidato republicano é o favorito para conquistar o Palácio do Eliseu no próximo ano.
Com a impopularidade do presidente socialista François Hollande, que tem aprovação de apenas 12%, é provável que o Partido Socialista seja derrotado no primeiro turno, em 23 de abril. Assim, o candidato de centro-direita enfrentaria no segundo turno, em 7 de maio, a líder da neofascista Frente Nacional, de extrema direita, Marine Le Pen, liderando um grande movimento de união nacional antifascista.
Num terceiro lugar distante, está o ex-primeiro-ministro François Fillon (10%), seguido por Bruno Le Maire (9%), Nathalie Kosciusko-Morizet (3%), Jean-François Copé (2%), Hervé Mariton (1%) e Jean-Frédéric Poisson (1%).
A eleição primária republicana será realizada em 20 e 27 de novembro de 2016. No segundo turno, Juppé lidera por 52% a 48%. O candidato republicano é o favorito para conquistar o Palácio do Eliseu no próximo ano.
Com a impopularidade do presidente socialista François Hollande, que tem aprovação de apenas 12%, é provável que o Partido Socialista seja derrotado no primeiro turno, em 23 de abril. Assim, o candidato de centro-direita enfrentaria no segundo turno, em 7 de maio, a líder da neofascista Frente Nacional, de extrema direita, Marine Le Pen, liderando um grande movimento de união nacional antifascista.
Colin Powell chama Trump de "desgraça nacional"
Em mensagens pessoais que vazaram na Internet, o ex-secretário de Estado americano Colin Powell, ex-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, criticou a arrogância da candidata democrata, Hillary Clinton, e considerou o republicano Donald Trump uma "desgraça nacional" e um "pária internacional".
O vazamento veio de um sítio suspeito de ligações com o serviço secreto da Rússia, que estaria tentando intervir na eleição presidencial americana.
Powell acusou Trump de alimentar um movimento "racista" quando questionou o local de nascimento do presidente Barack Obama. "Todo o movimento em torno do nascimento de Obama era racista. Quando Trump não conseguiu provar o que alegara, disse que queria ver na certidão se ele não é muçulmano."
Sobre Hillary, o ex-secretário comentou que não é uma pessoa "transformadora", é "gananciosa" e "estraga tudo o que toca por arrogância", Ele não gostou de ter sido usado na tentativa de justificar o fato de Hillary ter usado um correio eletrônico privado quando era chefe da diplomacia dos EUA, colocando assim em risco a segurança nacional.
"Eu não disse a Hillary para ter um servidor privado em casa ligado à Fundação Clinton, contratar duas empresas privadas, apagar 60 mil mensagens e ter sua própria domínio", desabafou Powell. Mas ele descreveu a insistência em responsabilizá-lo pelo ataque ao Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012 como uma "caça às bruxas estúpida".
Na opinião de Powell, expressa em e-mail à também ex-secretária de Estado Condoleezza Rice, o maior responsável foi "um corajoso embaixador que acreditou que os líbios o amavam e que estaria bem num lugar extremamente vulnerável".
O embaixador Christopher Stevens e outros três americanos morreram no ataque de uma milícia jihadista ao consulado em Bengázi.
O vazamento veio de um sítio suspeito de ligações com o serviço secreto da Rússia, que estaria tentando intervir na eleição presidencial americana.
Powell acusou Trump de alimentar um movimento "racista" quando questionou o local de nascimento do presidente Barack Obama. "Todo o movimento em torno do nascimento de Obama era racista. Quando Trump não conseguiu provar o que alegara, disse que queria ver na certidão se ele não é muçulmano."
Sobre Hillary, o ex-secretário comentou que não é uma pessoa "transformadora", é "gananciosa" e "estraga tudo o que toca por arrogância", Ele não gostou de ter sido usado na tentativa de justificar o fato de Hillary ter usado um correio eletrônico privado quando era chefe da diplomacia dos EUA, colocando assim em risco a segurança nacional.
"Eu não disse a Hillary para ter um servidor privado em casa ligado à Fundação Clinton, contratar duas empresas privadas, apagar 60 mil mensagens e ter sua própria domínio", desabafou Powell. Mas ele descreveu a insistência em responsabilizá-lo pelo ataque ao Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012 como uma "caça às bruxas estúpida".
Na opinião de Powell, expressa em e-mail à também ex-secretária de Estado Condoleezza Rice, o maior responsável foi "um corajoso embaixador que acreditou que os líbios o amavam e que estaria bem num lugar extremamente vulnerável".
O embaixador Christopher Stevens e outros três americanos morreram no ataque de uma milícia jihadista ao consulado em Bengázi.
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Fundadores do Mercosul afastam Venezuela chavista da presidência
Os países fundadores do Mercado Comum do Sul (Mercosul), Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, decidiram ontem que a Venezuela não vai assumir a presidência rotativa do bloco comercial sem cumprir os compromissos assumidos há quatro anos de adotar todas as regras comuns até 12 de agosto deste ano. A Venezuela tem até 1º de dezembro de 2016 para se adaptar.
Até lá, o Mercosul terá uma presidência colegiada formada por seus membros fundadores. O Uruguai, que havia transferido a presidência à Venezuela no fim de seu mandato, no fim de junho, se absteve. É o único dos fundadores com governo de esquerda hoje.
A oposição à Venezuela não foi apenas por causa das normas técnicas da zona de livre comércio do Mercosul, observou Cloris Rossi hoje na Folha de São Paulo. O Brasil, a Argentina e o Paraguai acusam o regime chavista de desrespeitar a democracia e violar os direitos humanos.
Além de manter presos políticos, o governo Nicolás Maduro tenta bloquear e adiar a convocação de um referendo proposto pela oposição para revogar o mandato do presidente, como prevê a Constituição Bolivarista da Venezuela, que não prevê o julgamento político num processo de impeachment.
Se o referendo for realizado até 10 de janeiro de 2017 e Maduro perder, haverá nova eleição presidencial. Depois desta data, assumiria o vice-presidente, nomeado por Maduro.
Em meio à pior crise econômica de sua história recente, com queda acumulada de 18% do produto interno bruto, desabastecimento generalizado e inflação prevista em 720% neste ano, a Venezuela não vai adotar as regras de abertura comercial de uma zona de livre comércio com pretensões a união aduaneira. Tende a ser cada vez mais marginalizada dentro do Mercosul.
O Mercosul sonha com um acordo de liberalização comercial com a União Europeia que enfrenta forte oposição dos produtores agrícolas europeus. A Venezuela seria um entrave a mais nas negociações.
Até lá, o Mercosul terá uma presidência colegiada formada por seus membros fundadores. O Uruguai, que havia transferido a presidência à Venezuela no fim de seu mandato, no fim de junho, se absteve. É o único dos fundadores com governo de esquerda hoje.
A oposição à Venezuela não foi apenas por causa das normas técnicas da zona de livre comércio do Mercosul, observou Cloris Rossi hoje na Folha de São Paulo. O Brasil, a Argentina e o Paraguai acusam o regime chavista de desrespeitar a democracia e violar os direitos humanos.
Além de manter presos políticos, o governo Nicolás Maduro tenta bloquear e adiar a convocação de um referendo proposto pela oposição para revogar o mandato do presidente, como prevê a Constituição Bolivarista da Venezuela, que não prevê o julgamento político num processo de impeachment.
Se o referendo for realizado até 10 de janeiro de 2017 e Maduro perder, haverá nova eleição presidencial. Depois desta data, assumiria o vice-presidente, nomeado por Maduro.
Em meio à pior crise econômica de sua história recente, com queda acumulada de 18% do produto interno bruto, desabastecimento generalizado e inflação prevista em 720% neste ano, a Venezuela não vai adotar as regras de abertura comercial de uma zona de livre comércio com pretensões a união aduaneira. Tende a ser cada vez mais marginalizada dentro do Mercosul.
O Mercosul sonha com um acordo de liberalização comercial com a União Europeia que enfrenta forte oposição dos produtores agrícolas europeus. A Venezuela seria um entrave a mais nas negociações.
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Satélite identifica posições de mais de um bilhão de estrelas
Graças ao satélite Gaia, lançado em 19 de dezembro de 2013, uma equipe de 450 pesquisadores de 25 países da Agência Especial Europeia catalogou 1,15 bilhão de estrelas. Os primeiros resultados do projeto de 650 milhões de euros foram divulgados hoje no mapa celeste mais preciso e detalhado feito até hoje.
O satélite Gaia gira ao redor de si mesmo e na órbita da Terra enquanto observa o espaço sideral com dois telescópios. Com uma câmera com resolução de um bilhão de pixels, consegue examinar 50 milhões de estrelas por dia tomando dez medidas de cada uma, num total de 500 milhões de dados por dia.
A Missão Espacial Gaia já catalogou 200 milhões de estrelas a mais do que previsto inicialmente, permitindo compilar estatísticas sobre vários tipos de corpos celestes, inclusive 250 mil quasars. Os dados estão sendo cruzados com pesquisas anteriores para calcular velocidades e distância do sistema solar.
O satélite Gaia gira ao redor de si mesmo e na órbita da Terra enquanto observa o espaço sideral com dois telescópios. Com uma câmera com resolução de um bilhão de pixels, consegue examinar 50 milhões de estrelas por dia tomando dez medidas de cada uma, num total de 500 milhões de dados por dia.
A Missão Espacial Gaia já catalogou 200 milhões de estrelas a mais do que previsto inicialmente, permitindo compilar estatísticas sobre vários tipos de corpos celestes, inclusive 250 mil quasars. Os dados estão sendo cruzados com pesquisas anteriores para calcular velocidades e distância do sistema solar.
Trégua se mantém na Síria mas ajuda não chega a áreas rebeladas
Dois grandes comboios de caminhões com ajuda humanitária destinada à cidade de Alepo, no Noroeste da Síria, estão parados na fronteira com a Turquia por causa do desentendimento entre a ditadura de Bachar Assad e os rebeldes. Eles exigem garantias de segurança para realizar a viagem, informou hoje a agência Reuters.
Cada comboio tem cerca de 20 caminhões. Eles cruzaram ontem a fronteira perto da cidade turca de Cilvegozu, mas não se consideram seguros para ir em frente. Representantes das Nações Unidas lamentaram que a ajuda humanitária para populações desesperadas seja objeto de disputa política, mas assim é a brutal guerra civil na Síria.
A ditadura síria exige que ONU precisa de sua aprovação para entregar ajuda humanitária. É uma manobra para tentar tirar os rebeldes de áreas estratégicas, especialmente do Leste da cidade de Alepo.
Com o cessar-fogo em vigor desde o pôr do sol de 12 de setembro, o número de novas vítimas caiu drasticamente, mas a ONU estima que centenas de milhares de sírios que vivem em áreas sitiadas precisam com urgência de comida e assistência médica.
Além da ajuda humanitária, a trégua de uma semana anunciada na sexta-feira passada pela Rússia e os Estados Unidos visa a criar as condições mínimas para o reinício das negociações de paz, mas analistas internacionais observam que Washington se rendeu à exigência de Moscou de que o ditador continue no poder indefinidamente durante um mal definido "período de transição". Dificilmente os rebeldes vão aceitar isso.
O cessar-fogo pode ser apenas uma oportunidade para cada lado reagrupar suas forças.
Cada comboio tem cerca de 20 caminhões. Eles cruzaram ontem a fronteira perto da cidade turca de Cilvegozu, mas não se consideram seguros para ir em frente. Representantes das Nações Unidas lamentaram que a ajuda humanitária para populações desesperadas seja objeto de disputa política, mas assim é a brutal guerra civil na Síria.
A ditadura síria exige que ONU precisa de sua aprovação para entregar ajuda humanitária. É uma manobra para tentar tirar os rebeldes de áreas estratégicas, especialmente do Leste da cidade de Alepo.
Com o cessar-fogo em vigor desde o pôr do sol de 12 de setembro, o número de novas vítimas caiu drasticamente, mas a ONU estima que centenas de milhares de sírios que vivem em áreas sitiadas precisam com urgência de comida e assistência médica.
Além da ajuda humanitária, a trégua de uma semana anunciada na sexta-feira passada pela Rússia e os Estados Unidos visa a criar as condições mínimas para o reinício das negociações de paz, mas analistas internacionais observam que Washington se rendeu à exigência de Moscou de que o ditador continue no poder indefinidamente durante um mal definido "período de transição". Dificilmente os rebeldes vão aceitar isso.
O cessar-fogo pode ser apenas uma oportunidade para cada lado reagrupar suas forças.
Bayer compra Monsanto por US$ 66 bilhões no maior negócio do ano
A empresa química e farmacêutica alemã Bayer anunciou hoje a compra por US$ 66 bilhões da americana Monsanto, fabricante de sementes e produtos transgênicos, para formar uma das maiores companhias agroquímicas do mundo. É o maior negócio do ano e a maior compra feita até hoje por uma empresa da Alemanha no exterior.
A Bayer vai pagar US$ 128 por ação da Monsanto em dinheiro, num total de US$ 57 bilhões, 6% acima da oferta inicial apresentada em maio, e assumir dívidas da Monsanto de US$ 9 bilhões.
Daqui a três anos, a Bayer espera que a aquisição gere sinergias de US$ 1,5 bilhão. "A combinação vai criar um líder global no setor agrícola", declarou em Nova York o diretor executivo da Bayer, Werner Baumann.
O negócio ainda depende da aprovação das autoridades reguladoras na União Europeia e nos Estados Unidos. Pelos dados atuais, a nova empresa terá 34% do mercado mundial de herbicidas e 23% do mercado de inseticidas.
A divisão de agroquímica da Bayer faturou no ano passado 10,37 bilhões de euros (US$ 11,64 bilhões) e a empresa como um todo 46,3 bilhões de euros, enquanto a Monsanto registrou um faturamento de US$ 15 bilhões.
A Bayer vai pagar US$ 128 por ação da Monsanto em dinheiro, num total de US$ 57 bilhões, 6% acima da oferta inicial apresentada em maio, e assumir dívidas da Monsanto de US$ 9 bilhões.
Daqui a três anos, a Bayer espera que a aquisição gere sinergias de US$ 1,5 bilhão. "A combinação vai criar um líder global no setor agrícola", declarou em Nova York o diretor executivo da Bayer, Werner Baumann.
O negócio ainda depende da aprovação das autoridades reguladoras na União Europeia e nos Estados Unidos. Pelos dados atuais, a nova empresa terá 34% do mercado mundial de herbicidas e 23% do mercado de inseticidas.
A divisão de agroquímica da Bayer faturou no ano passado 10,37 bilhões de euros (US$ 11,64 bilhões) e a empresa como um todo 46,3 bilhões de euros, enquanto a Monsanto registrou um faturamento de US$ 15 bilhões.
Google entra na guerra contra o Estado Islâmico
Depois de criar um mecanismo de busca que virou uma empresa de meio trilhão de dólares, o Google tenta agora reorientar as mentes de jovens que procuram informações sobre a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, candidatos em potencial a voluntários do martírio, revelou na semana passada a revista de alta tecnologia americana Wired.
Há quase um ano, a empresa Jigsaw (Quebra-Cabeças), a encubadora de ideias e novas tecnologias do Google, a antiga Google Ideas, desenvolve um programa chamada Método de Redireção combinando os algoritmos do mecanismo de busca com a plataforma de vídeo YouTube para tentar entrar na mente dos jovens em processo de radicalização.
O programa oferece uma lista de vídeos em árabe e em inglês que atacam a propaganda do Estado Islâmico e denunciam seus crimes contra a humanidade, tentando evitar a lavagem cerebral de jovens aventureiros. Tem palestras de imãs criticando a interpretação jihadista do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, depoimentos de ex-militantes que escaparam do grupo e cenas da vida cotidiano no Califado, como longas filas para comprar comida, falta de água e de energia.
"Há uma grande demanda na Internet de material sobre o Estado Islâmico, mas também há uma série de vozes com credibilidade desmontando suas narrativas", declarou Yasmin Green, diretora de pesquisa e desenvolvimento da Jigsaw.
"O Método de Redireção é no fundo uma campanha publicitária para um público específico: vamos pegar esses indivíduos vulneráveis às mensagens de recrutamento do EIIL e apresentar a eles informações que as refutam", acrescentou Yasmin.
Em oito semanas, o programa piloto usou 1,7 mil palavras-chave e coletou dados de 320 mil indivíduos que viram mais de 500 mil horas de vídeos contra o Estado Islâmico. A sutileza também é importante. Muitas vezes a mensagem é indireta. Em vez de produzir conteúdo, o projeto pesquisou na rede o material já existente produzido por críticos do extremismo muçulmano. Fica mais autêntico.
As grandes empresas americanas da Internet colaboram há anos no combate ao terrorismo. O Twitter já fechou centenas de milhares de contas para promover a "guerra santa" islâmica. O Facebook e o YouTube também removem material apresentando e exaltando execuções em massa, degolas e outras execuções de vítimas do Estado Islâmico. Os terroristas migraram para sítios que aceitam todo tipo de conteúdo.
Esta é a primeira tentativa de propor uma visão alternativa além das advertências oficiais de governos.
Neste mês, começa uma segunda fase do projeto. Os alvos serão extremistas americanos, tanto jihadistas em potencial quanto supremacistas brancos.
Há quase um ano, a empresa Jigsaw (Quebra-Cabeças), a encubadora de ideias e novas tecnologias do Google, a antiga Google Ideas, desenvolve um programa chamada Método de Redireção combinando os algoritmos do mecanismo de busca com a plataforma de vídeo YouTube para tentar entrar na mente dos jovens em processo de radicalização.
O programa oferece uma lista de vídeos em árabe e em inglês que atacam a propaganda do Estado Islâmico e denunciam seus crimes contra a humanidade, tentando evitar a lavagem cerebral de jovens aventureiros. Tem palestras de imãs criticando a interpretação jihadista do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, depoimentos de ex-militantes que escaparam do grupo e cenas da vida cotidiano no Califado, como longas filas para comprar comida, falta de água e de energia.
"Há uma grande demanda na Internet de material sobre o Estado Islâmico, mas também há uma série de vozes com credibilidade desmontando suas narrativas", declarou Yasmin Green, diretora de pesquisa e desenvolvimento da Jigsaw.
"O Método de Redireção é no fundo uma campanha publicitária para um público específico: vamos pegar esses indivíduos vulneráveis às mensagens de recrutamento do EIIL e apresentar a eles informações que as refutam", acrescentou Yasmin.
Em oito semanas, o programa piloto usou 1,7 mil palavras-chave e coletou dados de 320 mil indivíduos que viram mais de 500 mil horas de vídeos contra o Estado Islâmico. A sutileza também é importante. Muitas vezes a mensagem é indireta. Em vez de produzir conteúdo, o projeto pesquisou na rede o material já existente produzido por críticos do extremismo muçulmano. Fica mais autêntico.
As grandes empresas americanas da Internet colaboram há anos no combate ao terrorismo. O Twitter já fechou centenas de milhares de contas para promover a "guerra santa" islâmica. O Facebook e o YouTube também removem material apresentando e exaltando execuções em massa, degolas e outras execuções de vítimas do Estado Islâmico. Os terroristas migraram para sítios que aceitam todo tipo de conteúdo.
Esta é a primeira tentativa de propor uma visão alternativa além das advertências oficiais de governos.
Neste mês, começa uma segunda fase do projeto. Os alvos serão extremistas americanos, tanto jihadistas em potencial quanto supremacistas brancos.
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