Além de descrever o magnata imobiliário Donald Trump como o pior candidato de um grande partido na história moderna dos Estados Unidos, o jornal The New York Times, um dos mais influentes do mundo, anunciou em editorial publicado hoje apoio à ex-secretária de Estado Hillary Clinton por seu "intelecto, experiência e coragem".
O editorial explica que seu objetivo é "persuadir aqueles que estão hesitando em votar na Sra. Clinton - porque vocês estão relutando em votar numa democrata, ou noutro Clinton, ou numa candidata que pode parecer, na superfície, não oferecer uma mudança em relação a um estabelecimento que parece indiferente e a um sistema político que parece quebrado."
Na opinião do New York Times, "o melhor argumento em defesa de Hillary Clinton não pode ser, e não é, que ela não é Donald Trump. O melhor argumento é falar dos desafios que este país enfrenta e a capacidade da Sra. Clinton de enfrentá-los.
"O próximo presidente vai assumir o cargo numa era de movimentos tribais e intolerantes e seus líderes em marcha. No Oriente Médio e através da Ásia, na Rússia e na Europa Oriental, mesmo no Reino Unido e nos EUA, a guerra, o terrorismo e as pressões da globalização estão erodindo os valores democráticos, enfraquecendo alianças e desafiando ideias de tolerância e caridade", observa o editorial.
Esta campanha, admite o editorial, "trouxe para a superfície o desespero e a raiva das classes média e baixa que dizem que seu governo tem feito pouco para aliviar o peso da recessão, da mudança tecnológica, da competição externa e da guerra".
Em 40 anos de vida pública, Hillary se preparou para responder a esses problemas, num trabalho mais caracterizado por avanços incrementais do que por grandes mudanças. Seus erros ocasionais e ataques em sua falta de confiabilidade "distorcem as percepções sobre seu caráter. Ela é uma das políticas mais tenazes da sua geração, com uma vontade de estudar e corrigir o curso rara numa época de um radicalismo bipartidário que não cede."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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