Apesar dos tropeços recentes, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton mantém a liderança sobre o rival na corrida para a Casa Branca, o bilionário republicano Donald Trump, pelo menos na última pesquisa do jornal The Wall Street Journal e da rede de televisão NBC.
Depois de quase desmaiar na solenidade de 11 de setembro em Nova York e de chamar os partidários de Trump de "cesta de deploráveis", Hillary lidera entre os eleitores que devem votar em 8 de novembro por 43% a 37%. Esta vantagem de seis pontos percentuais lhe garantiria uma vitória tranquila.
O libertário Gary Johnson teve 9% e a ecologista Jill Stein, 3%.
Entre todos os eleitores inscritos, a vantagem de Hillary é de cinco pontos, uma queda forte em relação aos nove pontos da sondagem anterior, realizada em agosto. A mesma pesquisa indicou uma aprovação de 52% e uma rejeição de 45% ao governo Barack Obama.
Um ponto fraco de Trump é estar perdendo para Hillary entre os homens brancos com curso superior, um segmento do eleitorado que tradicionalmente vota no Partido Republicano. O ex-governador Mitt Romney venceu o presidente Obama em 2012 por 14 pontos percentuais neste segmento.
Hillary estaria perdendo votos entre os eleitores negros e de origem latino-americana. Sua maior vulnerabilidade talvez seja no eleitorado jovem do Partido Democrata, que se empolgou com a campanha de Bernie Sanders nas eleições primárias
A pesquisa foi realizada antes da explosão de bombas em Nova York e Nova Jérsei, que levaram Trump a explorar o medo e o preconceito contra imigrantes e muçulmanos, temas recorrentes em sua campanha fascistoide.
Para o matemático Nate Silver, do sítio FiveThirtyEight.com, o número de eleitores do Colégio Eleitoral (538), Hillary tem hoje 57,6% de chances de ser eleita presidente dos EUA e Trump, 42,4%. A um mês e meio da eleição, a disputa é mais apertada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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