O presidente Barack Obama desistiu de encontrar o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que o chamou de filho de puta numa língua local depois de críticas a uma guerra contra as drogas que causou mais de 2 mil mortes em dois meses.
A Casa Branca revelou na semana passada que Obama planejava um encontro com o novo líder filipino durante a reunião de cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), realizada em Vientiane, a capital do Laos, um dos países mais fechados do mundo. Grandes potências como EUA, China, Índia, Japão e a União Europeia participam como observadores.
É a primeira participação de Duterte numa reunião de cúpula. Ele chega no estilo caubói que o levou à Presidência prometendo linha dura contra o crime e a violência. Seu chefe de polícia chegou a incitar usuários de drogas e incendiar casas de traficantes porque seria vítimas.
Obama começou a desistir do encontro ontem ao saber que o presidente filipino queria excluir a questão dos direitos humanos da conversa entre os dois, referindo-se a Obama com uma expressão em tatalog traduzida como "filho da puta".
Em seu discurso populista, Duterte disparou: "As Filipinas não são um Estado vassalo. Há muito [1946] deixamos de ser colônia dos EUA", rejeitando as críticas à sua guerra contra as drogas. Aí falou em tatalog.
"Instruí minha equipe a falar com seus colegas filipinos para descobrir se neste momento é possível uma conversa construtiva e produtiva", declarou Obama.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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