O partido Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin, venceu as eleições legislativas deste domingo com 54,3% dos votos, indicam os resultados de 90% das urnas, garantindo a maioria absoluta e o controle do presidente sobre o Parlamento.
A abstenção de quase 60% favoreceu o partido oficial e indica que as oposições liberais não acreditam no sistema político.
Em segundo lugar, ficou o ultranacionalista Partido Liberal-Democrática da Rússia, liderada por Vladimir Jirinovski, com 15,3%, seguido pelo Partido Comunista com 14,9%. Os partidos de oposição liberais não conseguiram superar o mínimo de 5% dos votos exigido para ter representação na Duma do Estado (Câmara).
Nas eleições anteriores, em dezembro de 2011, a Rússia Unida obteve 49%, mas o resultado foi contestado por uma onda de manifestações de protesto comparada à Primavera Árabe. Isso levou a um endurecimento do regime de Putin, com perseguição a oposicionistas, dissidentes, homossexuais, defensores dos direitos humanos e organizações não governamentais internacionais.
A vitória prepara a reeleição de Putin em 2018 para um quarto mandato. Ele é o dirigente máximo da Rússia desde 1999 e presidente desde 2000, com um intervalo de quatro anos de 2008 a 2012, quando trocou de cargo com o primeiro-ministro Dimitri Medvedev.
Essas eleições também foram um teste para ver se o Kremlin consegue realizar eleições sem contestação.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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