O governo da ex-república soviética do Usbequistão confirmou hoje a morte do ditador Islam Karimov, um antigo líder comunista que mandou no país durante quase 27 anos com um regime totalitário e brutal.
Em 29 de agosto, sua filha havia anunciado que o pai sofrera uma hemorragia cerebral. Desde então, há boatos de que teria morrido. Hoje de manhã, o governo admitiu que Karimov estava em "estado crítico".
Horas depois, foi confirmada morte, que gera um período de incerteza neste país neutro da Ásia Central, que tenta se equilibrar entre a Rússia, a China e os EUA.
Há uma luta pelo poder entre os clãs de Tachkent, a capital, e Samarcanda, uma cidade histórica que fica na Rota da Seda, que a China pretende modernizar como via para seu comércio com a União Europeia.
O adiamento do anúncio da morte de líderes supremos era comum na antiga União Soviética enquanto era trava uma luta interna pela sucessão. Quem presidisse o funeral seria o novo líder. O favorito é o primeiro-ministro Chavkat Mirziyoyev.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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