Em mais um sinal de aproximação com a China, o presidente Rodrigo Duterte avisou os Estados Unidos que devem retirar suas forças especiais da ilha de Mindanao, no Sul das Filipinas, onde assessoram o Exército do país na luta contra separatistas muçulmanos, noticiou a Agência France Presse (AFP).
Duterte está empenhado em negociar a paz tanto com os rebeldes comunistas como com os muçulmanos que há décadas lutam contra o governo central das Filipinas. Um porta-voz da Presidência confirmou que a decisão reflete uma mudança na política externa e um afastamento dos EUA, a antiga potência colonial.
Na semana passada, Duterte chegou a chamar o presidente Barack Obama de "filho da puta" numa língua nativa de seu país, repudiando críticas às violações dos direitos humanos na sua guerra contra as drogas, que em dois meses matou mais de 2,4 mil pessoas.
As Filipinas têm uma disputa territorial com a China no Mar do Sul da China. Em 12 de julho, receberam uma decisão favorável da Corte Permanente de Arbitragem, um tribunal internacional com sede em Haia, na Holanda, que desconheceu os "direitos históricos" da China sobre 90% do Mar do Sul da China. A China ignorou o resultado do julgamento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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