Em mensagens pessoais que vazaram na Internet, o ex-secretário de Estado americano Colin Powell, ex-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, criticou a arrogância da candidata democrata, Hillary Clinton, e considerou o republicano Donald Trump uma "desgraça nacional" e um "pária internacional".
O vazamento veio de um sítio suspeito de ligações com o serviço secreto da Rússia, que estaria tentando intervir na eleição presidencial americana.
Powell acusou Trump de alimentar um movimento "racista" quando questionou o local de nascimento do presidente Barack Obama. "Todo o movimento em torno do nascimento de Obama era racista. Quando Trump não conseguiu provar o que alegara, disse que queria ver na certidão se ele não é muçulmano."
Sobre Hillary, o ex-secretário comentou que não é uma pessoa "transformadora", é "gananciosa" e "estraga tudo o que toca por arrogância", Ele não gostou de ter sido usado na tentativa de justificar o fato de Hillary ter usado um correio eletrônico privado quando era chefe da diplomacia dos EUA, colocando assim em risco a segurança nacional.
"Eu não disse a Hillary para ter um servidor privado em casa ligado à Fundação Clinton, contratar duas empresas privadas, apagar 60 mil mensagens e ter sua própria domínio", desabafou Powell. Mas ele descreveu a insistência em responsabilizá-lo pelo ataque ao Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012 como uma "caça às bruxas estúpida".
Na opinião de Powell, expressa em e-mail à também ex-secretária de Estado Condoleezza Rice, o maior responsável foi "um corajoso embaixador que acreditou que os líbios o amavam e que estaria bem num lugar extremamente vulnerável".
O embaixador Christopher Stevens e outros três americanos morreram no ataque de uma milícia jihadista ao consulado em Bengázi.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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