Em mais atitude arrogante, prepotente e ditatorial, o presidente Rodrigo Duterte se comparou ao ditador alemão Adolf Hitler e declarou que gostaria de exterminar os usuários de drogas nas Filipinas.
"Hitler massacrou 3 milhões de judeus. As Filipinas têm 3 milhões de drogados. Eu ficaria feliz em massacrá-los", afirmou o boquirroto presidente filipino, ultrajando os judeus do mundo inteiro, observou o televisão pública britânica BBC.
Na verdade, cerca de 6 milhões de judeus foram mortos no Holocausto cometido pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. O Centro Simon Wiesenthal, que até hoje caça os criminosos nazistas, exigiu "um pedido de desculpas para as vítimas por esta retórica nojenta."
O presidente do Conselho Mundial Judaico, Ronald Lauder, ficou assombrado: "O que o presidente Duterte disse é não apenas profundamente desumano, mostra um desrespeito assustador pela vida humana de um líder democraticamente eleito de um grande país, o que parte o coração."
Para a Liga Antidifamação, com sede nos Estados Unidos, o comentário foi "inapropriado e profundamente ofensivo". Seu porta-voz, Todd Gutnick, considerou "desconcertante que qualquer líder use tamanho monstro como modelo".
Duterte foi eleito em 9 de maio de 2016 prometendo acabar com as drogas e a criminalidade. Desde sua posse, em 30 de junho, cerca de 4 mil pessoas foram mortas na guerra contra as drogas. Seu chefe de polícia incitou os usuários de drogas a atacar os traficantes como "vingança". O resultado é uma violenta guerra de quadrilhas.
Diante das críticas de governos ocidentais, instituições internacionais e organizações de defesa dos direitos humanos, Duterte respondeu acusando: "Vocês, União Europeia e EUA, vocês podem me chamar de qualquer coisa. Mas eu não sou hipócrita como vocês. Há migrantes fugindo do Oriente Médio. Vocês os deixam apodrecer e estão preocupados com a morte de mil, 2 mil, 3 mil?"
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Duerte, Maduro, Assad, Morales, Trump... cada país com sua sua figura e que figura!!!
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