Em uma decisão que garante a sobrevivência do regime chavista, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela marcou para março de 2016 a realização de um referendo para revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro.
Se a consulta popular fosse realizada até 10 de janeiro, em caso de derrota do presidente, haveria nova eleição. Se for em março e Maduro perder, assume um vice-presidente nomeado por Maduro.
O CNE, dominado pelo regime chavista, afirmou que se forem preenchidos todos os requisitos para a convocação de um referendo revogatório, o que exige a assinatura de um número de eleitores equivalente a 20% dos que votaram na última eleição, cerca de 4 milhões.
Depois de conferir todas as assinaturas, o CNE convocaria o referendo em dezembro e teria 90 dias para organizá-lo. Evidentemente é uma manobra para preservar o regime em meio à pior crise econômica da história recente da Venezuela.
A oposição vai protestar. O referendo revogatório é a única saída democrática para afastar o catastrófico Maduro, mas o chavismo não está disposto a deixar o poder.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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