Uma menina de 15 anos que participou da cerimônia de posse do segundo mandato do presidente Barack Obama, em 21 de janeiro de 2013, foi morta por uma bala perdida provavelmente numa briga de gangues em Chicago, a terceira maior cidade dos Estados Unidos, onde o presidente iniciou sua carreira política.
Hadiya Pendleton conversava com colegas depois de fazer uma prova na escola quando foi atingida, ao meio-dia de terça-feira, num parque próximo. Um garoto foi atingido na perna. Eles não tinham nada a ver com a suposta guerra de gangues.
Aluna laureda da escola de segundo grau Martin Luther King Jr., além de ser figura de destaque da banda, Hadiya estava se preparando para participar de um programa de intercâmbio em Paris.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
EUA bloqueiam compra de cervejaria pela AB InBev
Em nome da defesa da concorrência, o governo dos Estados Unidos acionou a Justiça hoje para impedir que a Anheuser-Busch InBev compre por US$ 20 bilhões o grupo Modelo SAB, alegando que o consumidor americano será prejudicado se os fabricantes da Budweiser e da Corona se fundirem numa única empresa.
Com o negócio fechado no ano passado, a AB InBev, maior cervejaria do mundo, queria aumentar sua participação no crescente mercado do México. Já é dona de 50% das ações do grupo Modelo, fabricante da Corona Extra, a cerveja importada mais vendida nos EUA, mas só tem 43% do capital votante. Queria comprar o resto para ter o controle da empresa.
Numa queixa de 27 páginas, o Departamento da Justiça alega que juntas a AB InBev e a Modelo têm 46% do mercado de cerveja nos EUA. Acusa ainda a AB InBev e a MillerCoors, as duas maiores fabricantes de cerveja do país, de "com frequência considerar mais lucrativo seguir os preços do concorrente" do que competir por uma fatia maior de mercado baixando preços.
Para fugir da alegação de prática monopolista a Modelo iria vender sua participação de 50% na empresa Crown Imports, uma parceria com a Constellation Brands, que importa a Corona nos EUA.
Assim, argumentou a AB InBev, a Constellation, controlando a importação e a venda da Corona nos EUA, seria responsável pelo seu preço no mercado americano, e não a própria AB InBev, que fixa o preço da Bud Light.
Com o negócio fechado no ano passado, a AB InBev, maior cervejaria do mundo, queria aumentar sua participação no crescente mercado do México. Já é dona de 50% das ações do grupo Modelo, fabricante da Corona Extra, a cerveja importada mais vendida nos EUA, mas só tem 43% do capital votante. Queria comprar o resto para ter o controle da empresa.
Numa queixa de 27 páginas, o Departamento da Justiça alega que juntas a AB InBev e a Modelo têm 46% do mercado de cerveja nos EUA. Acusa ainda a AB InBev e a MillerCoors, as duas maiores fabricantes de cerveja do país, de "com frequência considerar mais lucrativo seguir os preços do concorrente" do que competir por uma fatia maior de mercado baixando preços.
Para fugir da alegação de prática monopolista a Modelo iria vender sua participação de 50% na empresa Crown Imports, uma parceria com a Constellation Brands, que importa a Corona nos EUA.
Assim, argumentou a AB InBev, a Constellation, controlando a importação e a venda da Corona nos EUA, seria responsável pelo seu preço no mercado americano, e não a própria AB InBev, que fixa o preço da Bud Light.
Irã adverte Israel por ataque à Síria
A República Islâmica do Irã advertiu hoje que o ataque aéreo de Israel contra a Síria "terá consequências". Israel bombardeou na madrugada de ontem um comboio que supostamente levaria armas, inclusive mísseis antiaéreos de fabricação russa, para o Líbano.
Em carta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, a Síria acusou "Israel e aqueles que o protegem no Conselho de Segurança são totalmente responsáveis pelas repercussões desta agressão". A ditadura de Bachar Assad defendeu seu direito de responder a um ataque contra seu território, mas não fez isso há cinco anos, quando Israel destruiu uma usina nuclear em construção.
O governo israelense não confirmou o ataque, mas um deputado próximo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu indicou que o país está pronto para realizar novas ações desta natureza. O bombardeio aumentou ainda mais a tensão no Oriente Médio, abalado pela violenta guerra civil na Síria, que já dura um ano e dez meses.
Em carta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, a Síria acusou "Israel e aqueles que o protegem no Conselho de Segurança são totalmente responsáveis pelas repercussões desta agressão". A ditadura de Bachar Assad defendeu seu direito de responder a um ataque contra seu território, mas não fez isso há cinco anos, quando Israel destruiu uma usina nuclear em construção.
O governo israelense não confirmou o ataque, mas um deputado próximo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu indicou que o país está pronto para realizar novas ações desta natureza. O bombardeio aumentou ainda mais a tensão no Oriente Médio, abalado pela violenta guerra civil na Síria, que já dura um ano e dez meses.
Ciberpiratas chineses também atacaram Wall St. Journal
Depois do jornal The New York Times, The Wall St. Journal também acusou hoje piratas cibernéticos chineses de invadir seus sistemas de computador para espionar a cobertura jornalística do jornal na China.
Há um ano, o FBI (Birô Federal de Investigações), a polícia federal dos Estados Unidos, investiga vários incidentes suspeitos envolvendo meios de comunicação americanos e os considera ameaças à segurança nacional do país.
A invasão do Journal era feita sobretudo através do escritório em Beijim.
Há um ano, o FBI (Birô Federal de Investigações), a polícia federal dos Estados Unidos, investiga vários incidentes suspeitos envolvendo meios de comunicação americanos e os considera ameaças à segurança nacional do país.
A invasão do Journal era feita sobretudo através do escritório em Beijim.
Cuba dá passaporte a blogueira dissidente
Depois de ter cerca de 20 pedidos de visto de saída negados pela ditadura comunista de Cuba, a blogueira dissidente Yoani Sánchez finalmente recebeu seu passaporte com a mudança das leis para sair do país. Mas outro dissidente, Ángel Moya, que acaba de sair da prisão, continua proibido de deixar a ilha governada há 54 anos pelos irmãos Castro.
"Eles me ligaram em casa para dizer que meu passaporte está pronto! Acabam de entregá-lo!", festejou Sánchez, colocando uma foto do documento no Twitter. "Agora só falta entrar no avião".
No pior estilo dos regimes comunistas, a revolução cubana proibiu os cidadãos de sair da ilha, transformando-a num país-prisão no modelo da Alemanha Oriental e de outras ditaduras marxistas, sob o pretexto de evitar uma fuga de cérebros.
A nova lei, em vigor desde 14 de janeiro de 2013, acaba com a exigência do visto de saída. Mesmo assim, Moya, um dos 75 presos em 2003, na chamada Primavera Negra, continua impedido de deixar Cuba.
Depois de preencher os formulários e pagar US$ 50, o dissidente ficou sabendo que "seu pedido não poderia ser processado por razões de interesse público". Ele conta que a funcionária lhe mostrou o computador, onde não havia uma razão específica para justificar a negativa.
Desde o fim da União Soviética, em 1991, o regime comunista cubano foi reformas para não mudar muito e se manter no poder. Esta é uma mudança significativa.
"Eles me ligaram em casa para dizer que meu passaporte está pronto! Acabam de entregá-lo!", festejou Sánchez, colocando uma foto do documento no Twitter. "Agora só falta entrar no avião".
No pior estilo dos regimes comunistas, a revolução cubana proibiu os cidadãos de sair da ilha, transformando-a num país-prisão no modelo da Alemanha Oriental e de outras ditaduras marxistas, sob o pretexto de evitar uma fuga de cérebros.
A nova lei, em vigor desde 14 de janeiro de 2013, acaba com a exigência do visto de saída. Mesmo assim, Moya, um dos 75 presos em 2003, na chamada Primavera Negra, continua impedido de deixar Cuba.
Depois de preencher os formulários e pagar US$ 50, o dissidente ficou sabendo que "seu pedido não poderia ser processado por razões de interesse público". Ele conta que a funcionária lhe mostrou o computador, onde não havia uma razão específica para justificar a negativa.
Desde o fim da União Soviética, em 1991, o regime comunista cubano foi reformas para não mudar muito e se manter no poder. Esta é uma mudança significativa.
Mursi rejeita formação de governo de união nacional
Durante visita à Alemanha, o presidente Mohamed Mursi rejeitou a proposta da oposição de formar um governo de união nacional para resolver a crise política no Egito. A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, insistiu para que o país não abandone o processo de democratização, noticia o jornal The New York Times.
"No Egito, há um governo estável trabalhando dia e noite no interesse de todos os egípcios", reagiu o presidente, eleito em maio de 2012 como representante da Irmandade Muçulmana, a maior e mais antiga entidade fundamentalista islâmica. Um novo governo, acrescentou, só depois das próximas eleições parlamentares, a serem realizadas com base na nova Constituição, repudiada pela oposição.
Merkel condicionou a ajuda alemã ao respeito a princípios democráticos: "É importante para todos nós que os canais de diálogo estejam sempre abertos para todas as forças políticas do Egito". No ano passado, o país recebeu US$ 130 milhões da Alemanha.
A proposta de formação de um governo de união nacional foi feita pelo ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica Mohamed ElBaradei, um dos líderes da oposicionista Frente de Salvação Nacional, através do Twitter. Ao propor um encontro com o presidente, os ministros da Defesa e do Interior, a Irmandade Muçulmana e os salafistas, ElBaradei sugere que Mursi não controla todos os pilares do Estado egípcio.
"Acabar com a violência é a prioridade", explicou o ex-diplomata. A frente exige ainda a formação de um novo governo e a criação de uma comissão para emendar a recém-aprovada Constituição. Mas Mursi se nega a abrir mão de seu poder, mantendo o impasse que, na advertência do ministro da Defesa e comandante do Exército, pode levar ao "colapso do Estado". Insiste em esperar pelas eleições, na expectativa de consolidar o poder da Irmandade Muçulmana.
"No Egito, há um governo estável trabalhando dia e noite no interesse de todos os egípcios", reagiu o presidente, eleito em maio de 2012 como representante da Irmandade Muçulmana, a maior e mais antiga entidade fundamentalista islâmica. Um novo governo, acrescentou, só depois das próximas eleições parlamentares, a serem realizadas com base na nova Constituição, repudiada pela oposição.
Merkel condicionou a ajuda alemã ao respeito a princípios democráticos: "É importante para todos nós que os canais de diálogo estejam sempre abertos para todas as forças políticas do Egito". No ano passado, o país recebeu US$ 130 milhões da Alemanha.
A proposta de formação de um governo de união nacional foi feita pelo ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica Mohamed ElBaradei, um dos líderes da oposicionista Frente de Salvação Nacional, através do Twitter. Ao propor um encontro com o presidente, os ministros da Defesa e do Interior, a Irmandade Muçulmana e os salafistas, ElBaradei sugere que Mursi não controla todos os pilares do Estado egípcio.
"Acabar com a violência é a prioridade", explicou o ex-diplomata. A frente exige ainda a formação de um novo governo e a criação de uma comissão para emendar a recém-aprovada Constituição. Mas Mursi se nega a abrir mão de seu poder, mantendo o impasse que, na advertência do ministro da Defesa e comandante do Exército, pode levar ao "colapso do Estado". Insiste em esperar pelas eleições, na expectativa de consolidar o poder da Irmandade Muçulmana.
China invade computadores do New York Times
Nos últimos quatro meses, desde que denunciou o enriquecimento ilícito de parentes de altos dirigentes do regime comunista da China, o jornal The New York Times é alvo de ataques de piratas cibernéticos que tentam roubar senhas de seus repórteres e outros funcionários. O principal jornal dos Estados Unidos afirma que conseguiu repelir o ataque depois de contratar os serviços de uma empresa de segurança cibernética.
Os métodos usados foram semelhantes aos utilizados no passado por militares chineses para espionar os EUA. O principal alvo foi o chefe do escritório do NY Times em Xangai, a maior cidade e principal centro econômico da China, David Barboza. Ele assinou a reportagem revelando o enriquecimento ilícito de familiares do primeiro-ministro Wen Jiabao, que acumularam uma fortuna de US$ 2,7 bilhões.
"Especialistas em segurança cibernética não encontraram provas de que mensagens de correio eletrônico ou arquivos sensíveis relativos às reportagens sobre a família de Wen foram acessados, baixados ou copiados", declarou Jill Abramson, editora executiva do jornal.
Para tentar encobrir a origem do ataque, os ciberpiratas chineses entraram no sistema de computadores do NY Times através de universidades americanas.
Primeiro, para ter acesso, eles introduziram um vírus semelhante ao usado por hackers chineses no passado. Conseguiram invadir o correio de 53 empregados do jornal. A maioria não trabalha na redação do jornal em Nova York.
Não foram encontradas provas de que os chineses tenham procurado informações não relacionadas com as denúncias contra parentes do primeiro-ministro. Provavelmente quisessem apenas descobrir as fontes chinesas das denúncias contra a família de Wen Jiabao.
Os métodos usados foram semelhantes aos utilizados no passado por militares chineses para espionar os EUA. O principal alvo foi o chefe do escritório do NY Times em Xangai, a maior cidade e principal centro econômico da China, David Barboza. Ele assinou a reportagem revelando o enriquecimento ilícito de familiares do primeiro-ministro Wen Jiabao, que acumularam uma fortuna de US$ 2,7 bilhões.
"Especialistas em segurança cibernética não encontraram provas de que mensagens de correio eletrônico ou arquivos sensíveis relativos às reportagens sobre a família de Wen foram acessados, baixados ou copiados", declarou Jill Abramson, editora executiva do jornal.
Para tentar encobrir a origem do ataque, os ciberpiratas chineses entraram no sistema de computadores do NY Times através de universidades americanas.
Primeiro, para ter acesso, eles introduziram um vírus semelhante ao usado por hackers chineses no passado. Conseguiram invadir o correio de 53 empregados do jornal. A maioria não trabalha na redação do jornal em Nova York.
Não foram encontradas provas de que os chineses tenham procurado informações não relacionadas com as denúncias contra parentes do primeiro-ministro. Provavelmente quisessem apenas descobrir as fontes chinesas das denúncias contra a família de Wen Jiabao.
EUA ampliam presença militar na África
Os Estados Unidos assinaram na segunda-feira, 28 de janeiro de 2013, um acordo com o Níger para estabelecer uma presença militar permanente no Deserto do Saara e na região do Sahel, onde é cada vez maior a atividade de extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda.
Assim, os americanos estarão perto do Norte do Máli, no momento alvo de uma intervenção militar francesa para combater jihadistas, e das jazidas de urânio do Níger.
O maior temor dos EUA hoje é que armas de destruição em massa caiam em poder de terroristas. O urânio, carga da bomba atômica, é um desses materiais sensíveis. As usinas nucleares da França, responsáveis por 80% da geração de energia elétrica no país, se abastecem com urânio do Níger.
Depois da intervenção no Máli, os EUA e a França devem criar um centro de informações no Níger, talvez com uma base de onde aeronaves americanas não tripuladas possam patrulhar o Saara e o Sahel.
Com a fuga dos extremistas muçulmanos, a França espera que uma força de países da Comunidade Econômica da África Ocidental (Ecowas, do inglês), uma organização regional liderada pela Nigéria, ajude o Exército do Máli a manter a integridade territorial do país.
Mas o objetivo maior da intervenção francesa é evitar que Al Caeda tenha bases e centros de treinamento na vastidão do deserto do Norte da África, de onde poderia lançar ataques contra a Europa e os EUA.
Depois da morte de Ossama ben Laden, seu sucessor, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri teria reorientado Al Caeda para a África, onde haveria mais chance de penetração do extremismo muçulmano, especialmente em Estados em colapso como a Somália ou o Máli depois do golpe militar de março de 2012.
Não está claro quanto militares americanos serão baseados no Níger. No momento, há mais de 50. Algumas pistas de pouso próximas à fronteira com o Máli já foram escolhidas para operações com drones, as aeronaves não tripuladas, ou mesmo de comandos de elite. Estão mais perto da região que tinha sido tomada pelos salafistas do que o aeroporto da capital, Bamako.
Os EUA também querem a ajuda da Argélia, que enfrentou uma violenta guerra civil contra os islamistas com mais de 100 mil mortes, para combater Al Caeda no Magreb Islâmico. Seu governo costuma ser implacável com os rebeldes muçulmanos.
O comando militar americano para a África fica na Alemanha. A maior concentração de equipamento militar americano na África neste momento está em Camp Lemonnier, uma base militar francesa no Djibuti usada para lançar ataques de drones no Iêmen.
Além do pessoal que está no Níger, o governo Barack Obama enviou um batalhão com uns 100 homens para ajudar a combater o Exército de Libertação do Senhor, um grupo guerrilheiro acusado de graves violações dos direitos humanos.
Assim, os americanos estarão perto do Norte do Máli, no momento alvo de uma intervenção militar francesa para combater jihadistas, e das jazidas de urânio do Níger.
O maior temor dos EUA hoje é que armas de destruição em massa caiam em poder de terroristas. O urânio, carga da bomba atômica, é um desses materiais sensíveis. As usinas nucleares da França, responsáveis por 80% da geração de energia elétrica no país, se abastecem com urânio do Níger.
Depois da intervenção no Máli, os EUA e a França devem criar um centro de informações no Níger, talvez com uma base de onde aeronaves americanas não tripuladas possam patrulhar o Saara e o Sahel.
Com a fuga dos extremistas muçulmanos, a França espera que uma força de países da Comunidade Econômica da África Ocidental (Ecowas, do inglês), uma organização regional liderada pela Nigéria, ajude o Exército do Máli a manter a integridade territorial do país.
Mas o objetivo maior da intervenção francesa é evitar que Al Caeda tenha bases e centros de treinamento na vastidão do deserto do Norte da África, de onde poderia lançar ataques contra a Europa e os EUA.
Depois da morte de Ossama ben Laden, seu sucessor, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri teria reorientado Al Caeda para a África, onde haveria mais chance de penetração do extremismo muçulmano, especialmente em Estados em colapso como a Somália ou o Máli depois do golpe militar de março de 2012.
Não está claro quanto militares americanos serão baseados no Níger. No momento, há mais de 50. Algumas pistas de pouso próximas à fronteira com o Máli já foram escolhidas para operações com drones, as aeronaves não tripuladas, ou mesmo de comandos de elite. Estão mais perto da região que tinha sido tomada pelos salafistas do que o aeroporto da capital, Bamako.
Os EUA também querem a ajuda da Argélia, que enfrentou uma violenta guerra civil contra os islamistas com mais de 100 mil mortes, para combater Al Caeda no Magreb Islâmico. Seu governo costuma ser implacável com os rebeldes muçulmanos.
O comando militar americano para a África fica na Alemanha. A maior concentração de equipamento militar americano na África neste momento está em Camp Lemonnier, uma base militar francesa no Djibuti usada para lançar ataques de drones no Iêmen.
Além do pessoal que está no Níger, o governo Barack Obama enviou um batalhão com uns 100 homens para ajudar a combater o Exército de Libertação do Senhor, um grupo guerrilheiro acusado de graves violações dos direitos humanos.
Israel bombardeia comboio da Síria que ia para o Líbano
A Força Aérea de Israel atacou na madrugada de ontem um comboio que ia da Síria com destino ao Líbano supostamente levando armas sofisticadas, inclusive mísseis antiaéreos e talvez armas químicas, para a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus).
A Síria denunciou a ação como "arrogante e agressiva". Não admitiu que um comboio tenha sido o alvo. A ditadura de Bachar Assad declarou que foi atingido um centro de inteligência militar.
Foi o primeiro bombardeio de Israel à Síria em mais de cinco anos. Em 6 de setembro de 2007, a Força Aérea israelense destruiu uma usina nuclear em construção com tecnologia da Coreia do Norte.
Depois de uma advertência do governo linha-dura israelense, o ataque de hoje é um sinal claro de que Israel não vai permitir que o Hesbolá aproveite a guerra civil na Síria para reforçar seu arsenal, observam analistas citados pelo jornal The New York Times. A milícia xiita é aliada ao Irã e poderia ser usada num contra-ataque caso Israel bombardeie as instalações nucleares iranianas.
A Síria denunciou a ação como "arrogante e agressiva". Não admitiu que um comboio tenha sido o alvo. A ditadura de Bachar Assad declarou que foi atingido um centro de inteligência militar.
Foi o primeiro bombardeio de Israel à Síria em mais de cinco anos. Em 6 de setembro de 2007, a Força Aérea israelense destruiu uma usina nuclear em construção com tecnologia da Coreia do Norte.
Depois de uma advertência do governo linha-dura israelense, o ataque de hoje é um sinal claro de que Israel não vai permitir que o Hesbolá aproveite a guerra civil na Síria para reforçar seu arsenal, observam analistas citados pelo jornal The New York Times. A milícia xiita é aliada ao Irã e poderia ser usada num contra-ataque caso Israel bombardeie as instalações nucleares iranianas.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Coreia do Sul testa foguete
Em meio ao aumento da tensão com a Coreia do Norte, que testou um míssil de longo alcance há poucas semanas, a Coreia do Sul lançou hoje pela primeira vez um satélite espacial de seu território.
O foguete foi disparado da base de Goheung. Amanhã, será possível saber se o lançamento foi bem-sucedido. Duas tentativas anteriores, em 2009 e 2010, fracassaram.
Enquanto a Coreia do Sul quer entrar no mercado de lançamento de satélites, depois de assumir posição de destaque como fabricantes de semicondutores, aparelhos eletroeletrônicos e automóveis, a Coreia do Norte faz uma chantagem nuclear para obter alimentos e energia que garantam a sobrevivência de seu regime comunista.
A Coreia do Norte não noticiou o teste sul-coreano. Meia hora depois, divulgou imagens do lançamento de seu foguete de três estágios, informa o jornal digital americano The Huffington Post. Foi um teste para fabricação de mísseis de longo alcance, capazes de atingir os Estados Unidos.
O foguete foi disparado da base de Goheung. Amanhã, será possível saber se o lançamento foi bem-sucedido. Duas tentativas anteriores, em 2009 e 2010, fracassaram.
Enquanto a Coreia do Sul quer entrar no mercado de lançamento de satélites, depois de assumir posição de destaque como fabricantes de semicondutores, aparelhos eletroeletrônicos e automóveis, a Coreia do Norte faz uma chantagem nuclear para obter alimentos e energia que garantam a sobrevivência de seu regime comunista.
A Coreia do Norte não noticiou o teste sul-coreano. Meia hora depois, divulgou imagens do lançamento de seu foguete de três estágios, informa o jornal digital americano The Huffington Post. Foi um teste para fabricação de mísseis de longo alcance, capazes de atingir os Estados Unidos.
Setor privado cria mais 192 mil empregos nos EUA
As empresas privadas dos Estados Unidos abriram 192 mil novos postos de trabalho a mais do que fecharam em janeiro de 2013, num sinal de que a lenta recuperação do mercado de trabalho se mantém, apesar da queda inesperada no produto interno bruto, estimou hoje a empresa de recursos humanos ADP, maior processadora de folhas de pagamento do país.
O relatório oficial de emprego do Departamento do Trabalho será divulgado daqui a dois dias. A expectativa é de um saldo positivo de 180 mil vagas.
No relatório da ADP, os números de dezembro foram revisados para baixo, de 215 mil para 185 mil. A maior parte dos novos empregos foi gerado por pequenas empresas com até 50 funcionários: 115 mil. As grandes empresas, com mais de 500 empregados, fecharam 2 mil vagas, informa a agência de notícias Reuters.
O relatório oficial de emprego do Departamento do Trabalho será divulgado daqui a dois dias. A expectativa é de um saldo positivo de 180 mil vagas.
No relatório da ADP, os números de dezembro foram revisados para baixo, de 215 mil para 185 mil. A maior parte dos novos empregos foi gerado por pequenas empresas com até 50 funcionários: 115 mil. As grandes empresas, com mais de 500 empregados, fecharam 2 mil vagas, informa a agência de notícias Reuters.
PIB dos EUA recua pela primeira vez em três anos e meio
Numa supresa para o mercado, onde as bolsas voltavam aos niveis pré-crise, a economia dos Estados Unidos se contraiu num ritmo de 0,1% ao ano no último trimestre de 2012. Os economistas esperavam crescimento de 1% ao ano.
Foi a primeira queda depois de 13 meses consecutivos de alta, três anos e meio. No ano como um todo, a maior economia do mundo avançou 2,2%, um pouco acima do 1,8% de 2011.
Diante da ameaça de que o país caísse no chamado "abismo fiscal" por causa do desacordo entre a Casa Branca e o Congresso para reduzir o déficit público, o governo reduziu os gastos em 15%, a maior queda desde 1973. As empresas aproveitaram para esvaziar seus estoques no fim do ano passado. A economia americana saiu de alta de 3,1% no terceiro trimestre para esta baixa de 0,1% no quarto trimestre de 2012.
Foi a primeira queda depois de 13 meses consecutivos de alta, três anos e meio. No ano como um todo, a maior economia do mundo avançou 2,2%, um pouco acima do 1,8% de 2011.
Diante da ameaça de que o país caísse no chamado "abismo fiscal" por causa do desacordo entre a Casa Branca e o Congresso para reduzir o déficit público, o governo reduziu os gastos em 15%, a maior queda desde 1973. As empresas aproveitaram para esvaziar seus estoques no fim do ano passado. A economia americana saiu de alta de 3,1% no terceiro trimestre para esta baixa de 0,1% no quarto trimestre de 2012.
Espanha perdeu 1,4% do PIB em 2012
A recessão da economia da Espanha, a quarta maior da Zona do Euro, se agravou no último trimestre de 2012, quando registrou uma contração de 0,7%. No ano como um todo, a queda foi de 1,4% e a previsão para 2013 é de um recuo de 0,4%.
O país tem o maior índice de desemprego da União Europeia, 26%. Mais da metade dos jovens de 18 a 24 anos está desempregada.
O país tem o maior índice de desemprego da União Europeia, 26%. Mais da metade dos jovens de 18 a 24 anos está desempregada.
Pelo menos 81 morrem em novo massacre na Síria
Pelo menos 81 corpos de pessoas torturadas e executadas brutalmente foram retirados de um rio próximo da cidade de Alepo, na Síria. Grupos de defesa dos direitos humanos acusam a ditadura de Bachar Assad, que por sua vez responsabiliza "terroristas", palavra que emprega para descrever os rebeldes que lutam há um ano e dez meses contra o regime sírio.
Mais de 60 mil pessoas foram mortas desde o começo da revolta popular inicialmente pacífica contra a ditadura síria, em 15 de março de 2011. A violenta repressão do governo desencadeou uma guerra civil.
Desde então, mais de 700 mil pessoas fugiram do país, estimou ontem o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, alertando que a sobrecarga sobre os países vizinhos é enorme, reporta a agência de notícias Reuters.
Em depoimento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, advertiu que a Síria está sendo destruída.
Mais de 60 mil pessoas foram mortas desde o começo da revolta popular inicialmente pacífica contra a ditadura síria, em 15 de março de 2011. A violenta repressão do governo desencadeou uma guerra civil.
Desde então, mais de 700 mil pessoas fugiram do país, estimou ontem o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, alertando que a sobrecarga sobre os países vizinhos é enorme, reporta a agência de notícias Reuters.
Em depoimento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, advertiu que a Síria está sendo destruída.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Obama anuncia reforma na lei de imigração dos EUA
Onde os presidentes Ronald Reagan, Bill Clinton e George W. Bush fracassaram, Barack Obama tem uma grande chance de sucesso, na reforma da lei de imigração para dar uma oportunidade a 11 milhões de pessoas que vivem ilegalmente nos Estados Unidos de regularizar sua situação, inclusive cerca de 150 mil brasileiros.
No passado, qualquer proposta de legalizar os imigrantes ilegais enfrentava feroz resistência dos setores mais conservadores da sociedade americana. Embora os EUA sejam um país de imigrantes, a maioria branca falava mais alto.
Mas, na reeleição de Obama, em 6 de novembro de 2012, o voto latino foi decisivo. Cerca de 71% dos latinos votaram no presidente. É a parcela do eleitorado que mais cresce. Já passa de 10%. O Partido Republicano finalmente entendeu que não terá condições de ganhar eleições no futuro confiando na sua base do passado. Precisa conquistar uma fatia maior do voto latino.
Assim, pela primeira vez, há um consenso bipartidário de que chegou a hora de mudar as regras da imigração. Ontem, uma comissão do Senado chegou a um acordo e as duas casas do Congresso estão empanhadas na reforma.
Em discurso em Las Vegas, o presidente acaba de destacar a importância econômica dos imigrantes na História dos EUA. Ao mesmo tempo, lembrou que seu governo reforçou a fronteira com o México para conter a imigração ilegal e aumentou o número de deportações de criminosos.
"Os princípios são claros", afirmou Obama. "Primeiro, precisamos manter a segurança das fronteiras e fiscalizar as empresas que empregam ilegais, punindo-as se não se enquadrarem. Em segundo lugar, precisamos lidar com os 11 milhões de ilegais. Eles têm de conquistar o direito de residência, mas precisa haver um caminho legal para a cidadania".
Esse processo deve incluir a "verificação dos antecedentes, o pagamento de impostos, o pagamento de uma multa e aprender inglês. Precisa haver um caminho para o green card", acrescentou Obama.
"Em terceiro, precisamos de um sistema que reflita a realidade do nosso tempo", prosseguiu. "Se você é um cidadão, não precisa de anos para poder trazer a família. Se você é um estudante ou empresário e quer abrir uma empresa, devemos ajudá-lo a fazer sucesso aqui".
Para Obama, o que torna uma pessoa um cidadão dos EUA "não é o sangue ou o nascimento, é a adesão a uma série de princípios", continuou, citando até o cientista judeu alemão Albert Einstein como um dos imigrantes que ajudou a construir a grandeza do país.
No passado, qualquer proposta de legalizar os imigrantes ilegais enfrentava feroz resistência dos setores mais conservadores da sociedade americana. Embora os EUA sejam um país de imigrantes, a maioria branca falava mais alto.
Mas, na reeleição de Obama, em 6 de novembro de 2012, o voto latino foi decisivo. Cerca de 71% dos latinos votaram no presidente. É a parcela do eleitorado que mais cresce. Já passa de 10%. O Partido Republicano finalmente entendeu que não terá condições de ganhar eleições no futuro confiando na sua base do passado. Precisa conquistar uma fatia maior do voto latino.
Assim, pela primeira vez, há um consenso bipartidário de que chegou a hora de mudar as regras da imigração. Ontem, uma comissão do Senado chegou a um acordo e as duas casas do Congresso estão empanhadas na reforma.
Em discurso em Las Vegas, o presidente acaba de destacar a importância econômica dos imigrantes na História dos EUA. Ao mesmo tempo, lembrou que seu governo reforçou a fronteira com o México para conter a imigração ilegal e aumentou o número de deportações de criminosos.
"Os princípios são claros", afirmou Obama. "Primeiro, precisamos manter a segurança das fronteiras e fiscalizar as empresas que empregam ilegais, punindo-as se não se enquadrarem. Em segundo lugar, precisamos lidar com os 11 milhões de ilegais. Eles têm de conquistar o direito de residência, mas precisa haver um caminho legal para a cidadania".
Esse processo deve incluir a "verificação dos antecedentes, o pagamento de impostos, o pagamento de uma multa e aprender inglês. Precisa haver um caminho para o green card", acrescentou Obama.
"Em terceiro, precisamos de um sistema que reflita a realidade do nosso tempo", prosseguiu. "Se você é um cidadão, não precisa de anos para poder trazer a família. Se você é um estudante ou empresário e quer abrir uma empresa, devemos ajudá-lo a fazer sucesso aqui".
Para Obama, o que torna uma pessoa um cidadão dos EUA "não é o sangue ou o nascimento, é a adesão a uma série de princípios", continuou, citando até o cientista judeu alemão Albert Einstein como um dos imigrantes que ajudou a construir a grandeza do país.
Ex-ditador da Guatemala vai a julgamento
Em uma vitória na luta pela defesa dos direitos humanos na América Latina, um juiz da Guatemala rejeitou 13 recursos que tentavam impedir o julgamento do ex-ditador Efraín Ríos Montt por genocídio e crimes contra a humanidade no período mais duro da pior guerra civil do continente durante a Guerra Fria.
Da queda do presidente Jacobo Árbenz, em 1954, no primeiro golpe de Estado patrocinado pela CIA na região durante a Guerra Fria, até o acordo de paz de 1996, estima-se que mais de 200 mil pessoas foram mortas na Guatemala.
O general Ríos Montt governou o país num dos períodos mais sangrentos, em 1982 e 1983. Por causa da Guerra das Malvinas, a ditadura guatemalteca perdera a ajuda militar dos Estados Unidos, enviada ilegalmente pelo governo Ronald Reagan através da Argentina.
A morte de um jornalista americano executado friamente pelas forças do ditador Anastasio Somoza no fim da revolução sandinista na Nicarágua levara o Congresso dos EUA a proibir a ajuda do governo a ditaduras latino-americanas. Para driblar a lei, o governo Reagan contava com a ajuda das sanguinárias juntas militares da Argentina, que faziam o jogo sujo para Washington na América Central.
Como os EUA apoiaram o Reino Unido na Guerra das Malvinas, a Argentina suspendeu a ajuda em 1982. A ditadura da Guatemala, que tinha uma disputa histórica com o Império Britânico em torno de Belize, a antiga Honduras Britânica, chegou a oferecer ajuda militar a Buenos Aires. Acabou lutando com ferocidade ainda maior contra seu próprio povo.
Neste processo, Ríos Montt é acusado pela morte de mais de 1,7 mil índios de origem maia, herdeiros de uma das três grandes civilizações pré-colombianas da América.
Há um ano, a promotoria denunciou o general, que governou a Guatemala por um ano e cinco meses, de permitir o uso de tortura, violência sexual e incêndios criminosos numa campanha de "terra arrasada" contra rebeldes esquerdistas e aldeias indígenas de regiões sublevadas. Sua defesa conseguiu retardar o julgamento alegando que nunca houve genocídio na Guatemala e que o ditador não tinha controle sobre o que acontecia no "campo de batalha".
Agora, o juiz Miguel Ángel Galvez conclui que "há indícios graves suficientes para submeter as partes envolvidas a um julgamento público". Além do general, é réu o chefe da inteligência militar na época, José Mauricio Rodríguez, reporta a agência de notícias Reuters.
Da queda do presidente Jacobo Árbenz, em 1954, no primeiro golpe de Estado patrocinado pela CIA na região durante a Guerra Fria, até o acordo de paz de 1996, estima-se que mais de 200 mil pessoas foram mortas na Guatemala.
O general Ríos Montt governou o país num dos períodos mais sangrentos, em 1982 e 1983. Por causa da Guerra das Malvinas, a ditadura guatemalteca perdera a ajuda militar dos Estados Unidos, enviada ilegalmente pelo governo Ronald Reagan através da Argentina.
A morte de um jornalista americano executado friamente pelas forças do ditador Anastasio Somoza no fim da revolução sandinista na Nicarágua levara o Congresso dos EUA a proibir a ajuda do governo a ditaduras latino-americanas. Para driblar a lei, o governo Reagan contava com a ajuda das sanguinárias juntas militares da Argentina, que faziam o jogo sujo para Washington na América Central.
Como os EUA apoiaram o Reino Unido na Guerra das Malvinas, a Argentina suspendeu a ajuda em 1982. A ditadura da Guatemala, que tinha uma disputa histórica com o Império Britânico em torno de Belize, a antiga Honduras Britânica, chegou a oferecer ajuda militar a Buenos Aires. Acabou lutando com ferocidade ainda maior contra seu próprio povo.
Neste processo, Ríos Montt é acusado pela morte de mais de 1,7 mil índios de origem maia, herdeiros de uma das três grandes civilizações pré-colombianas da América.
Há um ano, a promotoria denunciou o general, que governou a Guatemala por um ano e cinco meses, de permitir o uso de tortura, violência sexual e incêndios criminosos numa campanha de "terra arrasada" contra rebeldes esquerdistas e aldeias indígenas de regiões sublevadas. Sua defesa conseguiu retardar o julgamento alegando que nunca houve genocídio na Guatemala e que o ditador não tinha controle sobre o que acontecia no "campo de batalha".
Agora, o juiz Miguel Ángel Galvez conclui que "há indícios graves suficientes para submeter as partes envolvidas a um julgamento público". Além do general, é réu o chefe da inteligência militar na época, José Mauricio Rodríguez, reporta a agência de notícias Reuters.
Polônia cresceu 2% em 2012
A Polônia, um dos poucos países europeus que escapou da recessão durante a crise econômica mundial, registrou um crescimento de 2% no ano passado, bem abaixo dos 4,3% de 2011, num sinal de que sofreu o impacto da crise das dívidas públicas da Zona do Euro. No setor industrial, a alta foi de 1,2%.
Um dos dados mais impressionantes foi o investimento na formação de capital bruto, aquele que vai diretamente para ampliar o aparelho produtivo. Depois de uma expansão de 9% em 2011, cresceu só 0,6% no ano passado.
O consumo privado subiu 0,5%, informa a primeira estimativa do produto interno bruto de 2012, divulgada hoje pelo Escritório Central de Estatísticas do governo polonês.
Um dos dados mais impressionantes foi o investimento na formação de capital bruto, aquele que vai diretamente para ampliar o aparelho produtivo. Depois de uma expansão de 9% em 2011, cresceu só 0,6% no ano passado.
O consumo privado subiu 0,5%, informa a primeira estimativa do produto interno bruto de 2012, divulgada hoje pelo Escritório Central de Estatísticas do governo polonês.
Manchester United é clube mais valioso do mundo
O Manchester United, atual líder do Campeonato da Inglaterra, é o primeiro clube esportivo a superar os US$ 3 bilhões em valor de mercado, anunciou ontem a revista americana Forbes. Seu valor está em US$ 3,3 bilhões.
As ações do ManU, lançadas em agosto a US$ 14, chegaram na sexta-feira a US$ 17, aumentando a fortuna de seus maiores investidores, a família americana Glazer e o megaespeculador George Soros.
O segundo clube mais rico é o Dallas Cowboys, de futebol americano, avaliado em US$ 2,1 bilhões. Entre os clubes de futebol, depois do Manchester United, os mais ricos são o Real Madrid, o Barcelona, o Arsenal e o Bayern de Munique.
As ações do ManU, lançadas em agosto a US$ 14, chegaram na sexta-feira a US$ 17, aumentando a fortuna de seus maiores investidores, a família americana Glazer e o megaespeculador George Soros.
O segundo clube mais rico é o Dallas Cowboys, de futebol americano, avaliado em US$ 2,1 bilhões. Entre os clubes de futebol, depois do Manchester United, os mais ricos são o Real Madrid, o Barcelona, o Arsenal e o Bayern de Munique.
Ministro da Defesa do Egito alerta para colapso do Estado
Depois de seis dias de violência em que mais de 50 pessoas foram mortas, o ministro da Defesa do Egito, general Abdel Fattah al-Sissi, advertiu que o conflito político contínuo pode levar ao "colapso do Estado", numa crítica aparentemente dirigida tanto ao presidente Mohamed Mursi e seus partidários da Irmandade Muçulmana quanto à oposição liberal.
Para o general, se os atuais desafios políticos, econômicos e sociais não forem tratados por "todas as partes", serão uma ameaça "à segurança e à coesão do Estado egípcio" e "às gerações futuras", noticia a televisão pública britânica BBC.
A declaração, publicada numa página do Exército no Facebook, é uma ameaça velada de intervenção militar, caso as autoridades civis não consigam controlar a situação. A nota acrescenta que o Exército "é um bloco sólido e coeso e um forte pilar de sustentação do Estado" e será "o Exército de todos os egípcios, quaisquer que sejam filiações".
Ontem à noite, comerciantes e populares desafiaram o toque de recolher noturno e o estado de emergência decretados pelo presidente Mursi nas cidades de Porto Said, Ismaília e Suez.
Para o general, se os atuais desafios políticos, econômicos e sociais não forem tratados por "todas as partes", serão uma ameaça "à segurança e à coesão do Estado egípcio" e "às gerações futuras", noticia a televisão pública britânica BBC.
A declaração, publicada numa página do Exército no Facebook, é uma ameaça velada de intervenção militar, caso as autoridades civis não consigam controlar a situação. A nota acrescenta que o Exército "é um bloco sólido e coeso e um forte pilar de sustentação do Estado" e será "o Exército de todos os egípcios, quaisquer que sejam filiações".
Ontem à noite, comerciantes e populares desafiaram o toque de recolher noturno e o estado de emergência decretados pelo presidente Mursi nas cidades de Porto Said, Ismaília e Suez.
Índia reduz taxa básica de juros para 7,75% ao ano
O Banco da Reserva da Índia reduziu hoje sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, de 8% para 7,75% ao ano. Foi o primeiro corte em nove meses. O objetivo é estimular a economia indiana, cuja taxa de crescimento caiu de 8% para pouco menos de 6% no no passado.
"É o momento crítico agora para conter a queda no crescimento sem prejudicar a estabilidade", declarou o presidente do banco central indiano, Duvvuri Subbarao. "A inflação moderada dá oportunidade para a política monetária agir em conjunto com medidas fiscais e outras para diminuir os riscos para o crescimento".
A inflação chegou a 10,6% em dezembro, mas o índice de preços no atacado caiu de 8,1% em setembro para 7,2% no mês passado. O banco central também reduziu em 0,25 ponto percentual para 4% a porcentagem dos depósitos populares que os bancos devem guardar como reserva no próprio banco central. Isso vai liberar mais US$ 3,4 bilhões para empréstimos, informa o jornal inglês Financial Times.
O BC indiano diminuiu de 5,8% para 5,5% a previsão de crescimento para o ano fiscal que termina em 31 de março de 2013. A maioria dos economistas entende que a Índia precisa retomar as reformas estruturais para retomar os índices de expansão anteriores à crise econômica mundial.
"É o momento crítico agora para conter a queda no crescimento sem prejudicar a estabilidade", declarou o presidente do banco central indiano, Duvvuri Subbarao. "A inflação moderada dá oportunidade para a política monetária agir em conjunto com medidas fiscais e outras para diminuir os riscos para o crescimento".
A inflação chegou a 10,6% em dezembro, mas o índice de preços no atacado caiu de 8,1% em setembro para 7,2% no mês passado. O banco central também reduziu em 0,25 ponto percentual para 4% a porcentagem dos depósitos populares que os bancos devem guardar como reserva no próprio banco central. Isso vai liberar mais US$ 3,4 bilhões para empréstimos, informa o jornal inglês Financial Times.
O BC indiano diminuiu de 5,8% para 5,5% a previsão de crescimento para o ano fiscal que termina em 31 de março de 2013. A maioria dos economistas entende que a Índia precisa retomar as reformas estruturais para retomar os índices de expansão anteriores à crise econômica mundial.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Moradores do Canal de Suez desafiam toque de recolher
As três cidades do Canal de Suez onde foi decretado estado de emergência desafiam nesta noite o toque de recolher noturno decretado pelo presidente Mohamed Mursi para tentar conter a violência dos últimos dias.
Os bares, as lojas e os restaurantes de Porto Said, Ismaília e Suez ficaram abertos além das 21h e multidões saíram às ruas para gritar contra Mursi e a Irmandade Muçulmana, acusando-os de sequestrar a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak há dois anos. Os manifestantes denunciam "medidas antidemocráticas"e responsabilizam Mursi pelas mais de 50 mortes ocorridas desde sexta-feira, segundo aniversário do início da revolta popular, informa o jornal egípcio Al-Ahram.
Em pronunciamento ontem na televisão, o presidente prometeu abrir um diálogo nacional, mas a Frente de Salvação Nacional, que reúne vários grupos liberais, se negou a participar de um encontro sem uma agenda clara, a começar por mudanças na Constituição aprovada às pressas pelos partidos islamitas que dominam a Assembleia Nacional.
Os bares, as lojas e os restaurantes de Porto Said, Ismaília e Suez ficaram abertos além das 21h e multidões saíram às ruas para gritar contra Mursi e a Irmandade Muçulmana, acusando-os de sequestrar a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak há dois anos. Os manifestantes denunciam "medidas antidemocráticas"e responsabilizam Mursi pelas mais de 50 mortes ocorridas desde sexta-feira, segundo aniversário do início da revolta popular, informa o jornal egípcio Al-Ahram.
Em pronunciamento ontem na televisão, o presidente prometeu abrir um diálogo nacional, mas a Frente de Salvação Nacional, que reúne vários grupos liberais, se negou a participar de um encontro sem uma agenda clara, a começar por mudanças na Constituição aprovada às pressas pelos partidos islamitas que dominam a Assembleia Nacional.
Toyota volta a ser maior fábrica de automóveis
Com um crescimento de 23% nas vendas, que chegaram a 9,75 milhões de veículos, a companhia japonesa Toyota voltou a ser o maior fabricante mundial de automóveis em 2012, superando mais uma vez a americana General Motors, líder do mercado por 77 anos.
Depois de recolher milhões de veículos com defeitos de fábrica, o que abalou a imagem de qualidade total de seus produtos, a Toyota sofreu com o impacto do terremoto e do maremoto que atingiram o Nordeste do Japão em 11 de março de 2011.
2012 foi um ano de recuperação, com crescimento de 35% das vendas no Japão.
Depois de recolher milhões de veículos com defeitos de fábrica, o que abalou a imagem de qualidade total de seus produtos, a Toyota sofreu com o impacto do terremoto e do maremoto que atingiram o Nordeste do Japão em 11 de março de 2011.
2012 foi um ano de recuperação, com crescimento de 35% das vendas no Japão.
França e Máli retomam Timbuktu sem resistência
Sem encontrar resistência dos extremistas muçulmanos que tomaram Timbuktu há nove meses, os Exércitos da França e do Máli entraram hoje na cidade histórica, uma encruzilhada do Deserto do Saara. Timbuctu abriga uma das mais importantes bibliotecas medievais do mundo, além de mesquitas e outras relíquias consideradas patrimônio cultural da humanidade. Na fuga, os jihadistas tocaram fogo em vários prédios, inclusive na biblioteca, informa a agência Reuters.
Só os danos irreparáveis ao patrimônio histórico, artístico e cultural de Timbuktu seria suficiente para justificar uma intervenção militar. Mas o resto do mundo preferiu ignorar os gestos de intolerância religiosa. Aliás, tinha feito o mesmo quando a milícia fundamentalista dos Talebã destruiu os Budas de Bamiã, no Afeganistão, meses antes dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
Depois de tomar Gao, outra cidade importante do Norte do Máli que estava dominada pelos aliados da rede terrorista Al Caeda, mil soldados franceses e 200 malineses tomaram o aeroporto de Timbuktu e cercaram a cidade histórica situada à margem do Rio Níger. Não foram alvo de nenhum tiro.
Em Paris, o presidente francês, François Hollande, proclamou o sucesso da intervenção iniciada em 11 de janeiro de 2013 para parar uma ofensiva rebelde rumo à Bamako, a capital do Máli, a um custo de 2,7 milhões de euros por dia. Mas o presidente da vizinha Guiné, Alpha Condé, adverte que a guerra está apenas começando. Os guerrilheiros muçulmanos vão fugir para o vasto Deserto do Saara e se reagrupar para lançar novos ataques.
Só os danos irreparáveis ao patrimônio histórico, artístico e cultural de Timbuktu seria suficiente para justificar uma intervenção militar. Mas o resto do mundo preferiu ignorar os gestos de intolerância religiosa. Aliás, tinha feito o mesmo quando a milícia fundamentalista dos Talebã destruiu os Budas de Bamiã, no Afeganistão, meses antes dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
Depois de tomar Gao, outra cidade importante do Norte do Máli que estava dominada pelos aliados da rede terrorista Al Caeda, mil soldados franceses e 200 malineses tomaram o aeroporto de Timbuktu e cercaram a cidade histórica situada à margem do Rio Níger. Não foram alvo de nenhum tiro.
Em Paris, o presidente francês, François Hollande, proclamou o sucesso da intervenção iniciada em 11 de janeiro de 2013 para parar uma ofensiva rebelde rumo à Bamako, a capital do Máli, a um custo de 2,7 milhões de euros por dia. Mas o presidente da vizinha Guiné, Alpha Condé, adverte que a guerra está apenas começando. Os guerrilheiros muçulmanos vão fugir para o vasto Deserto do Saara e se reagrupar para lançar novos ataques.
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domingo, 27 de janeiro de 2013
Cartas revelam gênio do outro descobridor da evolução
A Teoria da Evolução das Espécies, do naturalista inglês Charles Darwin, é uma das bases da visão da ciência, mas ele não descobriu sozinho os segredos da natureza e do mundo animal. Agora, as cartas trocadas por Darwin e Alfred Russel Wallace revelam novos detalhes desta fecunda parceria científica, informa a revista Nature.
Desde quinta-feira, as Cartas de Wallace estão à disposição no sítio do Museu de História Natural do Reino Unido, em Londres. Elas contam a história de um naufrágio, em 1852, em que Wallace sobreviveu numa embarcação precária que estava a 1,1 mil quilômetros de terra firme.
Alguns anos depois, em 1858, Darwin e Wallace chegaram ao conceito de seleção natural, a sobrevivência do mais forte, mais apto e mais adaptável às alteracões do meio ambiente, base da teoria exposta no livro A Origem das Espécies, de 1859.
Desde quinta-feira, as Cartas de Wallace estão à disposição no sítio do Museu de História Natural do Reino Unido, em Londres. Elas contam a história de um naufrágio, em 1852, em que Wallace sobreviveu numa embarcação precária que estava a 1,1 mil quilômetros de terra firme.
Alguns anos depois, em 1858, Darwin e Wallace chegaram ao conceito de seleção natural, a sobrevivência do mais forte, mais apto e mais adaptável às alteracões do meio ambiente, base da teoria exposta no livro A Origem das Espécies, de 1859.
Mursi decreta emergência em três cidades do Egito
Depois de mais de 50 mortes nos últimos três dias, o presidente Mohamed Mursi decretou estado de emergência por 30 dias nas três cidades do Egito mais atingidas pela onda de violência: Porto Said, Ismaília e Suez - todas no Canal de Suez. Com o toque de recolher noturno, será proibido circular nas ruas das 21h às 6h.
Em tom exaltado, Mursi prometeu em discurso transmitido pela televisão usar todos os seus poderes para controlar a situação. Mas sua autoridade está sendo contestada pelos liberais que temem ver sua revolução sequestrada por extremistas muçulmanos.
"Não haverá recuo da democracia, da liberdade e da supremacia da lei", advertiu o primeiro presidente eleito da História do Egito, que representa a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico, fundado em 1928 por Hassan al-Bana para se opor à ocidentalização promovida pelo colonialismo europeu.
O maior número de mortos aconteceu em Porto Said, depois de um julgamento em que 21 pessoas foram condenadas à morte por um massacre ocorrido no fim de um jogo de futebol do clube local Al-Masry contra Al-Ahly, do Cairo, cuja torcida teve participação ativa na revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak há dois anos.
Como Al-Ahly representava a revolução da Primavera Árabe, o time de Porto Said foi identificado com a polícia política de Mubarak, que teria aproveitado o jogo para se vingar e criar um clima de violência capaz de justificar o estado de emergência.
Ao comentar o pronunciamento, o professor Fawaz Gerges, especialista em Oriente Médio do Departamento de Relações Internacionais da London School of Economics, observou que Mursi não usou tom conciliatório nem mostrou disposição de fazer acordos com uma oposição cada vez mais estridentes: "Ele parece não entender a dimensão da crise política que está vivendo".
Há também dúvidas sobre quem realmente manda no Egito: Mursi está mesmo no poder ou é apenas um presidente tosco e despreparado, um fantoche da Irmandade Muçulmana.
Além disso, a situação econômica do país é gravíssima. As revoltas da Primavera Árabe foram causadas em grande medida pela Grande Recessão, a crise econômica mundial de 2008-9, que colocou em contraste as difíceis condições de vida da população com as mordomias dos donos do poder.
A revolução e o aumento da insegurança nas ruas afastou os turistas, tirando uma importante fonte de renda do Egito. O clima de incerteza não favorece negócios e investimentos.
Depois do discurso, o palácio presidencial divulgou nota informando ter convidado para um diálogo amanhã o ex-presidente da Liga Árabe e ex-ministro do Exterior Amir Moussa, o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei e Hamdin Sabahi, um esquerdista que ficou em terceiro lugar na eleição presidencial do ano passado, informa o jornal The New York Times.
Os três fazem parte da Frente de Salvação Nacional, uma aliança de partidos e grupos liberais que acusam Mursi e a Irmandade Muçulmana de destruir os ideais e os sonhos da revolução egípcia. Para o porta-voz da frente, Khaled Dawoud, o encontro não fará sentido se não houver uma pauta clara que inclua mudanças na Constituição aprovada às pressas pelos islamitas, sob protesto das oposições.
Em tom exaltado, Mursi prometeu em discurso transmitido pela televisão usar todos os seus poderes para controlar a situação. Mas sua autoridade está sendo contestada pelos liberais que temem ver sua revolução sequestrada por extremistas muçulmanos.
"Não haverá recuo da democracia, da liberdade e da supremacia da lei", advertiu o primeiro presidente eleito da História do Egito, que representa a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico, fundado em 1928 por Hassan al-Bana para se opor à ocidentalização promovida pelo colonialismo europeu.
O maior número de mortos aconteceu em Porto Said, depois de um julgamento em que 21 pessoas foram condenadas à morte por um massacre ocorrido no fim de um jogo de futebol do clube local Al-Masry contra Al-Ahly, do Cairo, cuja torcida teve participação ativa na revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak há dois anos.
Como Al-Ahly representava a revolução da Primavera Árabe, o time de Porto Said foi identificado com a polícia política de Mubarak, que teria aproveitado o jogo para se vingar e criar um clima de violência capaz de justificar o estado de emergência.
Ao comentar o pronunciamento, o professor Fawaz Gerges, especialista em Oriente Médio do Departamento de Relações Internacionais da London School of Economics, observou que Mursi não usou tom conciliatório nem mostrou disposição de fazer acordos com uma oposição cada vez mais estridentes: "Ele parece não entender a dimensão da crise política que está vivendo".
Há também dúvidas sobre quem realmente manda no Egito: Mursi está mesmo no poder ou é apenas um presidente tosco e despreparado, um fantoche da Irmandade Muçulmana.
Além disso, a situação econômica do país é gravíssima. As revoltas da Primavera Árabe foram causadas em grande medida pela Grande Recessão, a crise econômica mundial de 2008-9, que colocou em contraste as difíceis condições de vida da população com as mordomias dos donos do poder.
A revolução e o aumento da insegurança nas ruas afastou os turistas, tirando uma importante fonte de renda do Egito. O clima de incerteza não favorece negócios e investimentos.
Depois do discurso, o palácio presidencial divulgou nota informando ter convidado para um diálogo amanhã o ex-presidente da Liga Árabe e ex-ministro do Exterior Amir Moussa, o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei e Hamdin Sabahi, um esquerdista que ficou em terceiro lugar na eleição presidencial do ano passado, informa o jornal The New York Times.
Os três fazem parte da Frente de Salvação Nacional, uma aliança de partidos e grupos liberais que acusam Mursi e a Irmandade Muçulmana de destruir os ideais e os sonhos da revolução egípcia. Para o porta-voz da frente, Khaled Dawoud, o encontro não fará sentido se não houver uma pauta clara que inclua mudanças na Constituição aprovada às pressas pelos islamitas, sob protesto das oposições.
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sábado, 26 de janeiro de 2013
Conflitos de rua matam pelo menos 30 pessoas no Egito
Violentos confrontos entre manifestantes e a polícia perto da prisão de Porto Said, no Egito, causaram a morte de pelo menos 30 pessoas, durante protestos contra o julgamento de um massacre ocorrido depois de um jogo de futebol realizado na cidade em 1º de fevereiro de 2012. O juiz condenou 21 réus à morte.
O massacre aconteceu depois da vitória do Al-Masry, de Porto Said, sobre o Al-Ahly, do Cairo, por 3-1. Havia 22 mil pessoas no estádio com capacidade para 25 mil, sendo 2 mil torcedores do Al-Ahly.
Como as torcidas de futebol tiveram um papel importante na revolução que derrubara o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, há suspeitas de que a polícia e agentes do serviço secreto do antigo regime tenham estimulado o confronto e deixado os torcedores se mataram. Seu objetivo seria criar um clima de violência para justificar medidas duras e a manutenção do estado de emergência.
Na época, a Irmandade Muçulmana, que hoje tem a Presidência e o controle da Assembleia Nacional, acusou o governo do Conselho Supremo das Forças Armadas pelo massacre. O Ministério do Interior culpou os torcedores, mas havia poucos policiais no estádio, que não fizeram praticamente nada.
Ontem pelo menos quatro pessoas foram mortas em confrontos entre partidários do governo e manifestantes que se concentraram na Praça da Libertação, no centro do Cairo, para lembrar o início há dois anos da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011). Os liberais acusam os islamitas e o presidente Mohamed Mursi de trair os ideais da Primavera Árabe.
O massacre aconteceu depois da vitória do Al-Masry, de Porto Said, sobre o Al-Ahly, do Cairo, por 3-1. Havia 22 mil pessoas no estádio com capacidade para 25 mil, sendo 2 mil torcedores do Al-Ahly.
Como as torcidas de futebol tiveram um papel importante na revolução que derrubara o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, há suspeitas de que a polícia e agentes do serviço secreto do antigo regime tenham estimulado o confronto e deixado os torcedores se mataram. Seu objetivo seria criar um clima de violência para justificar medidas duras e a manutenção do estado de emergência.
Na época, a Irmandade Muçulmana, que hoje tem a Presidência e o controle da Assembleia Nacional, acusou o governo do Conselho Supremo das Forças Armadas pelo massacre. O Ministério do Interior culpou os torcedores, mas havia poucos policiais no estádio, que não fizeram praticamente nada.
Ontem pelo menos quatro pessoas foram mortas em confrontos entre partidários do governo e manifestantes que se concentraram na Praça da Libertação, no centro do Cairo, para lembrar o início há dois anos da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011). Os liberais acusam os islamitas e o presidente Mohamed Mursi de trair os ideais da Primavera Árabe.
Franceses e malineses tomam aeroporto de Gao
Os Exércitos da França e do Máli retomaram o aeroporto de Gao, a seis quilômetros do centro da cidade, e a ponte de Wabary, na entrada da cidade ocupada há nove meses por extremistas muçulmanos, confirmou hoje o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian.
A pedido do governo malinês, a França interveio militarmente no Norte do país em 11 de janeiro de 2013 para impedir uma ofensiva rebelde rumo à capital, Bamako.
Quatro grupos islamitas radicais são alvos da intervenção militar francesa: o Movimento Nacional pela Libertação de Azawade (MNLA), da minoria étnica tuaregue, o braço da rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico (ACMI), o Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO) e o grupo jihadista Ansar Edine, agora dividido entre os que querem negociar a paz e os pretendem continuar a guerra.
O conflito também tem implicações étnicas. Cerca de 90% dos malineses moram no Sul. A população do Norte, formada por tuaregues e outras minoriais, é chamada de árabe ou branca pelos sulistas.
Há denúncias de execuções sumárias nas áreas reconquistadas pelos malineses. Seria a vingança do Exército, humilhado na sua derrota para os jihadistas no ano passado. Se a população aterrorizada pelos fundamentalistas muçulmanos for alvo de represálias do Exército regular, talvez decida ser governada pelos extremistas.
Este é o dilema de mais uma intervenção militar ocidental. Para resolver realmente o problema, serão necessários anos de ajuda ao desenvolvimento e à construção do Estado e da nação. O Máli é uma encruzilhada do atraso e do subdesenvolvimento numa região com reservas importantes de petróleo e gás, na Argélia e na Líbia, e de urânio, no Níger.
A pedido do governo malinês, a França interveio militarmente no Norte do país em 11 de janeiro de 2013 para impedir uma ofensiva rebelde rumo à capital, Bamako.
Quatro grupos islamitas radicais são alvos da intervenção militar francesa: o Movimento Nacional pela Libertação de Azawade (MNLA), da minoria étnica tuaregue, o braço da rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico (ACMI), o Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO) e o grupo jihadista Ansar Edine, agora dividido entre os que querem negociar a paz e os pretendem continuar a guerra.
O conflito também tem implicações étnicas. Cerca de 90% dos malineses moram no Sul. A população do Norte, formada por tuaregues e outras minoriais, é chamada de árabe ou branca pelos sulistas.
Há denúncias de execuções sumárias nas áreas reconquistadas pelos malineses. Seria a vingança do Exército, humilhado na sua derrota para os jihadistas no ano passado. Se a população aterrorizada pelos fundamentalistas muçulmanos for alvo de represálias do Exército regular, talvez decida ser governada pelos extremistas.
Este é o dilema de mais uma intervenção militar ocidental. Para resolver realmente o problema, serão necessários anos de ajuda ao desenvolvimento e à construção do Estado e da nação. O Máli é uma encruzilhada do atraso e do subdesenvolvimento numa região com reservas importantes de petróleo e gás, na Argélia e na Líbia, e de urânio, no Níger.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Twitter já vale US$ 9 bilhões
Um grande investimento do fundo BlackRock no Twitter está avaliando a empresa em US$ 9 bilhões, mais de 10% acima do valor 2011, reporta o jornal inglês Financial Times.
A valorização do Twitter chega num momento de turbulência no Vale do Silício, na Califórnia, principal polo de tecnologia da informação.
Nos últimos quatro meses, a Apple perdeu um terço de seu valor de mercado por causa do aumento da concorrência, e a Intel e a Microsoft ainda lutam para se adaptar à era pós-PC, dominada pelos telefones inteligentes e as tabuletas do tipo do iPad.
Nesta sexta-feira, a companhia de petróleo Exxon superou a Apple em valor de mercado e voltou a ser a maior empresa privada do mundo. A Apple perdeu um terço de seu valor nos últimos meses por causa do aumento da concorrência em setores que dominava amplamente.
A valorização do Twitter chega num momento de turbulência no Vale do Silício, na Califórnia, principal polo de tecnologia da informação.
Nos últimos quatro meses, a Apple perdeu um terço de seu valor de mercado por causa do aumento da concorrência, e a Intel e a Microsoft ainda lutam para se adaptar à era pós-PC, dominada pelos telefones inteligentes e as tabuletas do tipo do iPad.
Nesta sexta-feira, a companhia de petróleo Exxon superou a Apple em valor de mercado e voltou a ser a maior empresa privada do mundo. A Apple perdeu um terço de seu valor nos últimos meses por causa do aumento da concorrência em setores que dominava amplamente.
Economia britânica volta a encolher
Sob o peso dos cortes de gastos públicos de 83 bilhões de libras impostos pelo atual governo, a economia do Reino Unido corre o risco de cair na sua terceira recessão desde a crise mundial de 2008-9. No último trimestre de 2012, recuou 0,3%; no ano, ficou estagnada.
Depois de dois anos e meio de estagnação, a economia britânica escapou de sua segunda recessão com um avanço de 0,9% no terceiro trimestre do ano passado, em parte devido à Olimpíada de Londres e à festa dos 60 anos do reinado de Elizabeth II. Mas voltou a encolher no fim do ano, com queda de 1,8% na produção industrial.
O resultado aumenta a pressão sobre o ministro das Finanças conservador, George Osborne, e seu programa de ajuste fiscal. Para o porta-voz da oposição trabalhista para economia e finanças, Ed Balls, "o primeiro-ministro David Cameron e o ministro George Osborne estão dormindo no volante. Passaram os últimos seis meses obsecados por um referendo a ser realizado daqui a cinco anos [sobre a participação do Reino Unido na União Europeia], sem se concentrar nos problemas econômicos atuais".
A economia britânica é hoje 3,3% menor do que em seu pico, em 2008. Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional diminuiu de 1,1% para 1% sua previsão de crescimento para o país em 2013, reporta a agência Reuters.
Depois de dois anos e meio de estagnação, a economia britânica escapou de sua segunda recessão com um avanço de 0,9% no terceiro trimestre do ano passado, em parte devido à Olimpíada de Londres e à festa dos 60 anos do reinado de Elizabeth II. Mas voltou a encolher no fim do ano, com queda de 1,8% na produção industrial.
O resultado aumenta a pressão sobre o ministro das Finanças conservador, George Osborne, e seu programa de ajuste fiscal. Para o porta-voz da oposição trabalhista para economia e finanças, Ed Balls, "o primeiro-ministro David Cameron e o ministro George Osborne estão dormindo no volante. Passaram os últimos seis meses obsecados por um referendo a ser realizado daqui a cinco anos [sobre a participação do Reino Unido na União Europeia], sem se concentrar nos problemas econômicos atuais".
A economia britânica é hoje 3,3% menor do que em seu pico, em 2008. Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional diminuiu de 1,1% para 1% sua previsão de crescimento para o país em 2013, reporta a agência Reuters.
Cameron enfrenta o risco da "última descolonização"
Em sua tentativa de acalmar os eurocéticos convocando um plebiscito sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, o primeiro-ministro David Cameron corre o risco de deflagrar a "última descolonização", devolvendo à Inglaterra o território que tinha no século 13, antes de anexar o País de Gales.
Em primeiro lugar, cabe observar que a Inglaterra não existe como país independente desde 1707, quando firmou o tratado da união com a Escócia. Por ironia, a principal consequência de uma possível saída do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte da UE pode ser a independência da Escócia.
No momento, a Escócia se beneficia economicamente por pertencer à UE, o que faz com que uma maioria pragmática abandone o sonho de uma Escócia independente. Sem o mercado comum europeu, faria mais sentido pertencer à UE do que ao RU.
O problema de Cameron é o avanço do Partido da Independência, que já começa a ameaçar os candidatos conservadores em alguns distritos, ou seja, Cameron tenta resolver um problema interno de sua bancada jogando o país na incerteza.
Os EUA já advertiram que querem uma UE forte, com um RU firme e atuante em seu seio, ou seja, o país perde prestígio e poder no mundo se optar pelo isolacionismo.
O Japão e outros países da Ásia que usam o Reino como base para investimentos no mercado europeu também devem recuar e fechar fábricas.
Ao convocar um plebiscito para daqui a quatro anos, Cameron aumentou a incerteza que afasta negócios e investimentos. Até o centro financeiro de Londres seria ameaçado, já que o RU não participaria mais da discussão e elaboração das regras do bloco europeu.
Para resolver um problema interno do partido, Cameron pode estar assinando a sentença de morte de seu próprio país. Sem a Escócia, restaria apenas o País da Gales. Seria o que os ingleses chamam de "última descolonização", o último capítulo na transformação de um império que um dia dominou o mundo num país menor e irrelevante.
É evidente que a Europa precisa de reformas para aumentar sua competitividade, mas elas serão discutidas conjuntamente pelos 27 países-membros da UE. Não haverá "Europa à la carte", advertiu o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius. A Grã-Bretanha não pode comer apenas as cerejas do bolo, acrescentou seu colega alemão.
Se a negociação for feita na base de "pegar ou largar", é mais provável que o RU não obtenha uma renegociação nos termos que deseja. Uma população eurocética, inflamada pelos tabloides, pela ressaca imperial e por um nacionalismo rastaquera - o último refúgio dos velhacos, como disse Samuel Johnson -, tenderia a votar pela saída da UE.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Japão tem déficit comercial recorde
O déficit comercial do Japão aumentou três vezes em 2012, chegando a um recorde de US$ 77 bilhões, mostrando que a terceira maior economia do mundo enfrenta uma série de desafios no momento em que seu governo tenta estimular o crescimento com aumento dos gastos públicos e elevação da meta oficial de inflacão de 1% para 2% ao ano.
Desde o estouro de uma bolha especulativa financeira e imobiliária, em 1991, a economia do Japão se arrasta num misto de deflação e estagnação econômica. Com os planos de estímulo, o governo já acumula uma dívida pública equivalente a 230% do produto interno bruto, de cerca de US$ 6 trilhões.
A balança comercial negativa reflete o fortalecimento do iene e a queda nas exportações para os Estados Unidos e a Europa por causa da crise econômica internacional. As exportações para a China caíram 11,5% por causa de um conflito bilaterial em torno de ilhas disputadas pelos dois países.
O Japão também é acusado de deflagrar uma "guerra cambial" ao aumentar gastos e admitir uma inflação maior, mas economistas como Kyohei Morita e Yuichiro Nagai, do banco Barclay's, citados pelo jornal inglês Financial Times, advertem que "a desvalorização do iene sozinha não basta para tornar a balança comercial positiva".
Desde o estouro de uma bolha especulativa financeira e imobiliária, em 1991, a economia do Japão se arrasta num misto de deflação e estagnação econômica. Com os planos de estímulo, o governo já acumula uma dívida pública equivalente a 230% do produto interno bruto, de cerca de US$ 6 trilhões.
A balança comercial negativa reflete o fortalecimento do iene e a queda nas exportações para os Estados Unidos e a Europa por causa da crise econômica internacional. As exportações para a China caíram 11,5% por causa de um conflito bilaterial em torno de ilhas disputadas pelos dois países.
O Japão também é acusado de deflagrar uma "guerra cambial" ao aumentar gastos e admitir uma inflação maior, mas economistas como Kyohei Morita e Yuichiro Nagai, do banco Barclay's, citados pelo jornal inglês Financial Times, advertem que "a desvalorização do iene sozinha não basta para tornar a balança comercial positiva".
Coreia do Norte ameaça testar bomba atômica
Em mais um desafio ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o regime comunista da Coreia do Norte advertiu hoje que vai fazer um terceiro teste nuclear e deixou claro que seus mísseis de longo alcance têm como objetivo atingir o território dos Estados Unidos, descrito como "inimigo jurado" do povo coreano.
O governo stalinista de Pionguiangue foi punido pelas duas explosões atômicas anteriores, realizadas em 2006 e 2009, e submetido a novas sanções pela ONU desde terça-feira por testar um míssil de longo alcance em dezembro de 2012.
A Comissão de Defesa Nacional, presidida pelo jovem ditador Kim Jong Un, prometeu continuar lançando foguetes e mísseis, e realizar novos testes nucleares, como parte de uma "nova fase" na luta contra os EUA, que responsabiliza pelas sanções impostas pelo Conselho de Segurança.
"Não escondemos que uma variedade de satélites e foguetes de longo alcance serão lançados pela República Popular Democrática da Coreia um atrás do outro e que um teste nuclear de alto nível será realizado dentro de uma próxima ação total, uma nova fase da luta contra os EUA, inimigo jurado do povo coreano", alertou a comissão.
Ao falar em teste nuclear de "alto nível", a ditadura norte-coreana deve estar falando de uma arma atômica de urânio. Os testes anteriores foram com bombas de plutônio.
A Península da Coreia, tomada pelo Japão em 1910, foi dividida no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando os Estados Unidos ocuparam o Sul e a União Soviética o Norte. Essa divisão foi oficializada em 1948 pela criação das Coreias do Norte e do Sul.
Em 25 de junho de 1950, uma invasão do Sul pelo Norte, liderado por Kim Il Sung, avô do ditador atual, deu início à Guerra da Coreia, que durou três anos. Até hoje, as duas Coreias não assinaram um tratado de paz. A Coreia do Norte insiste que seu verdadeiro inimigo é os EUA. Chama a Coreia do Sul e o Japão de "fantoches" de Washington.
Até hoje, os EUA mantêm 28 mil soldados na Coreia do Sul com mandato do Conselho de Segurança para reunificar a península coreana, obtido em 1950 porque na época a URSS estava boicotando a ONU em protesto contra a não admissão da China comunista. Esta é uma das razões invocadas pela Coreia do Norte para desenvolver armas atômicas
Como o colapso do comunismo e o fim da URSS, a Coreia do Norte perdeu seu maior patrocinador. Desde os anos 90, faz uma chantagem nuclear com os EUA. Exige ajuda de energia e de alimentos para aplacar a fome de seus 22 milhões de habitantes, que estariam muito melhor se o país não estivesse envolvido numa corrida nuclear inútil.
A China, que lutou ao lado do Norte na Guerra da Coreia e empurrou as forças lideradas pelos EUA para baixo do paralelo 38ºN em determinado momento, é hoje a maior aliada da Coreia do Norte. Usa seu poder e prestígio junto ao vizinho como uma carta em negociações com os EUA, beneficiando-se desse impasse permanente.
Com o regime à beira do abismo, a ditadura norte-coreana quer se dotar de armas capazes de garantir sua sobrevivência.
O governo stalinista de Pionguiangue foi punido pelas duas explosões atômicas anteriores, realizadas em 2006 e 2009, e submetido a novas sanções pela ONU desde terça-feira por testar um míssil de longo alcance em dezembro de 2012.
A Comissão de Defesa Nacional, presidida pelo jovem ditador Kim Jong Un, prometeu continuar lançando foguetes e mísseis, e realizar novos testes nucleares, como parte de uma "nova fase" na luta contra os EUA, que responsabiliza pelas sanções impostas pelo Conselho de Segurança.
"Não escondemos que uma variedade de satélites e foguetes de longo alcance serão lançados pela República Popular Democrática da Coreia um atrás do outro e que um teste nuclear de alto nível será realizado dentro de uma próxima ação total, uma nova fase da luta contra os EUA, inimigo jurado do povo coreano", alertou a comissão.
Ao falar em teste nuclear de "alto nível", a ditadura norte-coreana deve estar falando de uma arma atômica de urânio. Os testes anteriores foram com bombas de plutônio.
A Península da Coreia, tomada pelo Japão em 1910, foi dividida no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando os Estados Unidos ocuparam o Sul e a União Soviética o Norte. Essa divisão foi oficializada em 1948 pela criação das Coreias do Norte e do Sul.
Em 25 de junho de 1950, uma invasão do Sul pelo Norte, liderado por Kim Il Sung, avô do ditador atual, deu início à Guerra da Coreia, que durou três anos. Até hoje, as duas Coreias não assinaram um tratado de paz. A Coreia do Norte insiste que seu verdadeiro inimigo é os EUA. Chama a Coreia do Sul e o Japão de "fantoches" de Washington.
Até hoje, os EUA mantêm 28 mil soldados na Coreia do Sul com mandato do Conselho de Segurança para reunificar a península coreana, obtido em 1950 porque na época a URSS estava boicotando a ONU em protesto contra a não admissão da China comunista. Esta é uma das razões invocadas pela Coreia do Norte para desenvolver armas atômicas
Como o colapso do comunismo e o fim da URSS, a Coreia do Norte perdeu seu maior patrocinador. Desde os anos 90, faz uma chantagem nuclear com os EUA. Exige ajuda de energia e de alimentos para aplacar a fome de seus 22 milhões de habitantes, que estariam muito melhor se o país não estivesse envolvido numa corrida nuclear inútil.
A China, que lutou ao lado do Norte na Guerra da Coreia e empurrou as forças lideradas pelos EUA para baixo do paralelo 38ºN em determinado momento, é hoje a maior aliada da Coreia do Norte. Usa seu poder e prestígio junto ao vizinho como uma carta em negociações com os EUA, beneficiando-se desse impasse permanente.
Com o regime à beira do abismo, a ditadura norte-coreana quer se dotar de armas capazes de garantir sua sobrevivência.
EUA terá mulheres na linha de frente de combate
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, deve anunciar hoje que mulheres poderão participar na linha de frente de ações militares, em tarefas até agora reservadas para homens, informa o jornal The Washington Post. A medida se soma ao fim da restrição à atuação de homossexuais assumidos como militares, anunciado em 2011, tornando as Forças Armadas do país plenamente inclusivas.
A decisão foi tomada por recomendação do Estado-Maior Conjunto e deve estar totalmente em vigor em 2016, reporta a agência de notícias Reuters. No ano passado, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, do inglês) entrou na Justiça acusando o Pentágono de discriminação sexual.
Nas guerras do Afeganistão e do Iraque, as mulheres foram 2% das baixas. Em 11 anos, 84 mulheres foram mortas.
A decisão foi tomada por recomendação do Estado-Maior Conjunto e deve estar totalmente em vigor em 2016, reporta a agência de notícias Reuters. No ano passado, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, do inglês) entrou na Justiça acusando o Pentágono de discriminação sexual.
Nas guerras do Afeganistão e do Iraque, as mulheres foram 2% das baixas. Em 11 anos, 84 mulheres foram mortas.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Câmara suspende limite da dívida pública dos EUA
Por 285 a 144, a Câmara dos Representantes aprovou hoje a suspensão do limite da dívida pública federal dos Estados Unidos até 18 de maio de 2013. Até lá, o Tesouro pode emitir tanta dívida quanto quiser.
O Senado deve aprovar a medida na próxima semana para evitar o risco de calotes. A dívida pública federal dos EUA atingiu o limite legal de US$ 16,4 trilhões em 31 de dezembro de 2012.
O Senado deve aprovar a medida na próxima semana para evitar o risco de calotes. A dívida pública federal dos EUA atingiu o limite legal de US$ 16,4 trilhões em 31 de dezembro de 2012.
Direita só elege metade do Parlamento em Israel
Com 99% dos votos apurados, faltando apenas contar os de soldados e prisioneiros, as eleições parlamentares realizadas ontem em Israel resultaram num virtual empate entre direita e esquerda. Os partidos conservadores e religiosos terão 60 deputados na Knesset (Parlamento), enquanto o centro-esquerda e os partidos árabes terão a outra metade.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que pretende liderar o próximo governo apesar da perda de espaco, declarou que a prioridade deve ser a ameaça do programa nuclear do Irã, suspeito de desenvolver armas atômicas.
Confira o resultado no jornal liberal israelense Haaretz.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que pretende liderar o próximo governo apesar da perda de espaco, declarou que a prioridade deve ser a ameaça do programa nuclear do Irã, suspeito de desenvolver armas atômicas.
Confira o resultado no jornal liberal israelense Haaretz.
Reino Unido fará referendo sobre associação à UE
Sob intensa pressão da ala mais direitista do Partido Conservador e de partidos de ultradireita, o primeiro-ministro David Cameron anunciou há pouco a intenção de convocar um referendo em 2017 para que o eleitorado britânico decida se o Reino Unido deve ou não continuar fazendo parte da União Europeia.
A proposta é que o próximo governo conservador, se o partido ganhar as eleições de 2015, renegocie as condições de adesão à UE, repatriando alguns poderes cedidos ao bloco. Os novos termos seriam submetidos então à aprovação popular.
O anúncio foi criticado porque pode reduzir os fluxos de comércio e investimento para o país, que continuaria fazendo parte do mercado comum europeu, mas não teria nenhum poder sobre suas decisões.
Na semana passada, os Estados Unidos advertiram o Reino Unido de que gostariam que o país continue sendo membro pleno e influente na UE para manter a relação bilateral que os britânicos consideram especial. Fora da UE, o Reino Unido perderia prestígio e influência no mundo.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, comentou que a UE está pronta a ouvir as reivindicações britânicas, mas seu ministro do Exterior deixou claro que qualquer mudança nos tratados terá de ser acertada com todos os membros do bloco. O Reino Unido não terá o direito de escolher que normas aceita e de quais vai pedir exclusão.
A proposta é que o próximo governo conservador, se o partido ganhar as eleições de 2015, renegocie as condições de adesão à UE, repatriando alguns poderes cedidos ao bloco. Os novos termos seriam submetidos então à aprovação popular.
O anúncio foi criticado porque pode reduzir os fluxos de comércio e investimento para o país, que continuaria fazendo parte do mercado comum europeu, mas não teria nenhum poder sobre suas decisões.
Na semana passada, os Estados Unidos advertiram o Reino Unido de que gostariam que o país continue sendo membro pleno e influente na UE para manter a relação bilateral que os britânicos consideram especial. Fora da UE, o Reino Unido perderia prestígio e influência no mundo.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, comentou que a UE está pronta a ouvir as reivindicações britânicas, mas seu ministro do Exterior deixou claro que qualquer mudança nos tratados terá de ser acertada com todos os membros do bloco. O Reino Unido não terá o direito de escolher que normas aceita e de quais vai pedir exclusão.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Boca de urna aponta resultado apertado em Israel
Ao contrário do previsto, as pesquisas de boca de urna indicam uma disputa apertada em Israel. Os partidos de direita teriam conquistado 61 cadeiras e a esquerda, 59. A coalizão Likud-Yisrael Beitenu, liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, elegeria 31 deputados. Ele fica no poder, mas sai enfraquecido. Talvez tenha de formar uma ampla coalizão com partidos favoráveis à paz com os palestinos.
Em seguida, ficou um novo partido centrista favorável ao processo de paz, Yesh Atid (Existe Futuro), com 19 deputados, seguido do Partido Trabalhista com 17 e do ultranacionalista Habayit Hayehudi (Lar Judaico), com 12. Os partidos religiosos ultraortodoxos devem eleger 18 deputados. Confira a apuração no jornal liberal israelense Haaretz.
De certa forma, o resultado significa uma rejeição das políticas de ultradireita de Netanyahu e de seu boicote sistemático ao processo de paz com os palestinos, um tema praticamente ausente da campanha. A esquerda concentrou suas críticas ao governo em problemas sociais como desemprego, desigualdade social, falta de moradia popular.
Mais fraco, o primeiro-ministro não recebeu carta branca para atacar o programa nuclear do Irã sozinho e quando quiser, uma decisão que pretendia tomar neste ano. A maioria do Estado-Maior e dos serviços secretos israelenses não quer ir à guerra se os Estados Unidos não forem junto.
A nomeação do senador John Kerry para secretário de Estado do segundo governo Barack Obama indica a decisão de optar pela diplomacia, recorrendo ao uso da força apenas em última instância, em contraste com o neoconservadorismo dos governos George W. Bush.
Ontem, em seu discurso de posse, Obama descreveu uns EUA como um país de possibilidades ilimitadas quando se livrar das guerras e da crise econômica herdadas do governo anterior. Não tem a intenção de entrar em novas guerras, como mostrou na Líbia, na Síria e agora no Máli.
O eleitorado israelense marchou para o centro em busca da paz.
Em seguida, ficou um novo partido centrista favorável ao processo de paz, Yesh Atid (Existe Futuro), com 19 deputados, seguido do Partido Trabalhista com 17 e do ultranacionalista Habayit Hayehudi (Lar Judaico), com 12. Os partidos religiosos ultraortodoxos devem eleger 18 deputados. Confira a apuração no jornal liberal israelense Haaretz.
De certa forma, o resultado significa uma rejeição das políticas de ultradireita de Netanyahu e de seu boicote sistemático ao processo de paz com os palestinos, um tema praticamente ausente da campanha. A esquerda concentrou suas críticas ao governo em problemas sociais como desemprego, desigualdade social, falta de moradia popular.
Mais fraco, o primeiro-ministro não recebeu carta branca para atacar o programa nuclear do Irã sozinho e quando quiser, uma decisão que pretendia tomar neste ano. A maioria do Estado-Maior e dos serviços secretos israelenses não quer ir à guerra se os Estados Unidos não forem junto.
A nomeação do senador John Kerry para secretário de Estado do segundo governo Barack Obama indica a decisão de optar pela diplomacia, recorrendo ao uso da força apenas em última instância, em contraste com o neoconservadorismo dos governos George W. Bush.
Ontem, em seu discurso de posse, Obama descreveu uns EUA como um país de possibilidades ilimitadas quando se livrar das guerras e da crise econômica herdadas do governo anterior. Não tem a intenção de entrar em novas guerras, como mostrou na Líbia, na Síria e agora no Máli.
O eleitorado israelense marchou para o centro em busca da paz.
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Alemanha e França festejam 50 anos de amizade
A Alemanha e a França comemoram hoje os 50 anos do Tratado do Eliseu, que marcou sua reconciliação histórica depois de duas guerras mundiais. Os dois países têm posições diferentes quanto à crise das dívidas públicas da Zona do Euro e a guerra no Norte do Máli, mas formam o eixo central do processo de integração da Europa.
Apesar de atravessar seu período mais difícil, a União Europeia é um exemplo de países que abriram mão parcialmente de sua soberania para criar uma sociedade supranacional comprometendo-se a resolver os conflitos entre si pacificamente. Por si só, isso representa um avanço histórico da humanidade, abdicar dos nacionalismos extremados em busca da paz perpétua sonha pelo Abade St.-Pierre e o filósofo alemão Immanuel Kant.
O modelo econômico europeu, a chamada "economia social de mercado", com seus fundos estruturais para ajudar o desenvolvimento dos países mais pobres, é um exemplo para uma globalização social-democrata.
Desde a queda do Muro de Berlim, em 1989, e da reunificação da Alemanha, em 1990, a relação ficou menos equilibrada do que era em 1963, quando o presidente francês Charles de Gaulle e o chanceler alemão assinaram o tratado. O presidente François Hollande e a chanceler Angela Merkel não preparam nenhum anúncio espetacular para marcar a data.
Além do maior peso político, a economia alemã é hoje muito mais competitiva do que a francesa, a ponto de causar inquietação em Berlim. Hollande admite que a França tem "um problema de competitividade" e "perdeu tempo" no seu esforço para "alcançar a Alemanha".
Mais importante é impedir que a pior crise econômica dos países ricos em 70 anos destrua uma experiência inédita na história da humanidade para transcender à guerra.
Apesar de atravessar seu período mais difícil, a União Europeia é um exemplo de países que abriram mão parcialmente de sua soberania para criar uma sociedade supranacional comprometendo-se a resolver os conflitos entre si pacificamente. Por si só, isso representa um avanço histórico da humanidade, abdicar dos nacionalismos extremados em busca da paz perpétua sonha pelo Abade St.-Pierre e o filósofo alemão Immanuel Kant.
O modelo econômico europeu, a chamada "economia social de mercado", com seus fundos estruturais para ajudar o desenvolvimento dos países mais pobres, é um exemplo para uma globalização social-democrata.
Desde a queda do Muro de Berlim, em 1989, e da reunificação da Alemanha, em 1990, a relação ficou menos equilibrada do que era em 1963, quando o presidente francês Charles de Gaulle e o chanceler alemão assinaram o tratado. O presidente François Hollande e a chanceler Angela Merkel não preparam nenhum anúncio espetacular para marcar a data.
Além do maior peso político, a economia alemã é hoje muito mais competitiva do que a francesa, a ponto de causar inquietação em Berlim. Hollande admite que a França tem "um problema de competitividade" e "perdeu tempo" no seu esforço para "alcançar a Alemanha".
Mais importante é impedir que a pior crise econômica dos países ricos em 70 anos destrua uma experiência inédita na história da humanidade para transcender à guerra.
Guerra não basta para derrotar jihadistas na África
A guerra não será suficiente para derrotar os extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda que tomaram o Norte do Máli, adverte o professor Jean-François Bayart, diretor de pesquisas do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas da França:
"O jihadismo, se tiver de ser vencido, o será política e não apenas militarmente. Isto pressupõe uma revisão radical das políticas que a França deverá conduzir em parceria com seus aliados africanos e europeus tanto no domínio da ajuda pública ao desenvolvimento quanto na segurança coletiva".
Além da questão econômica, há conflitos étnicos complicando uma solução. A rebelião no Norte do Máli começou com os tuaregues, os nômades do deserto, que são discriminados pelos malineses do Sul.
Nesta guerra, já houve massacres atribuídos ao Exército do Máli. Seriam vinganças contra o que os soldados sofreram quando os extremistas muçulmanos tomaram o Norte do país.
"O jihadismo, se tiver de ser vencido, o será política e não apenas militarmente. Isto pressupõe uma revisão radical das políticas que a França deverá conduzir em parceria com seus aliados africanos e europeus tanto no domínio da ajuda pública ao desenvolvimento quanto na segurança coletiva".
Além da questão econômica, há conflitos étnicos complicando uma solução. A rebelião no Norte do Máli começou com os tuaregues, os nômades do deserto, que são discriminados pelos malineses do Sul.
Nesta guerra, já houve massacres atribuídos ao Exército do Máli. Seriam vinganças contra o que os soldados sofreram quando os extremistas muçulmanos tomaram o Norte do país.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Príncipe Harry admite ter matado no Afeganistão
O príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono do Reino Unido, afirmou ter matado rebeldes da milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã quando serviu ao Exécito Real na guerra do Afeganistão, noticiou a rede de televisão americana CNN.
Harry foi copiloto de helicópteros de ataque Apache durante quatro meses no sul da Província de Helmand, um dos principais redutos da Milícia dos Talebã (Estudantes). Participou de várias missões em aparelhos equipados com mísseis, foguetes e canhões de 30mm.
Nas duas primeiras vezes em que serviu no Afeganistão, em 2007 e 2008, a missão era muito mais agressiva: "No assento da frente, ficava atirando o tempo todo. Agora, atiramos quando precisamos, mas essencialmente estamos dissuadindo e detendo mais do que qualquer outra coisa".
Em conversa com jornalistas, Harry acrescentou: "Nossa missão aqui é garantir que os soldados no solo estejam seguros. Se isso significar atirar em alguém que os esteja atacando, atiramos".
Quando está de folga, o príncipe joga videogame e almoço na cantina do quartel, como qualquer soldado. Esse contraste com os privilégios de membro da família real até faz bem a Harry, que pode ir à sala de musculação ou à lavandeira como um comum.
Harry foi copiloto de helicópteros de ataque Apache durante quatro meses no sul da Província de Helmand, um dos principais redutos da Milícia dos Talebã (Estudantes). Participou de várias missões em aparelhos equipados com mísseis, foguetes e canhões de 30mm.
Nas duas primeiras vezes em que serviu no Afeganistão, em 2007 e 2008, a missão era muito mais agressiva: "No assento da frente, ficava atirando o tempo todo. Agora, atiramos quando precisamos, mas essencialmente estamos dissuadindo e detendo mais do que qualquer outra coisa".
Em conversa com jornalistas, Harry acrescentou: "Nossa missão aqui é garantir que os soldados no solo estejam seguros. Se isso significar atirar em alguém que os esteja atacando, atiramos".
Quando está de folga, o príncipe joga videogame e almoço na cantina do quartel, como qualquer soldado. Esse contraste com os privilégios de membro da família real até faz bem a Harry, que pode ir à sala de musculação ou à lavandeira como um comum.
Obama promete EUA sem guerra nem crise
Ao tomar posse hoje para seu segundo e último mandato como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama prometeu um futuro de paz e prosperidade, sem as guerras nem a a pior crise econômica em décadas, herdadas de George W. Bush. Sem esses problemas, afirmou que as "possibilidades dos EUA são ilimitadas".
Seu maior desafio em política interna será consolidar a recuperação da economia, reduzir o desemprego e encaminhar uma solução para o déficit público trilionário do país. Não será fácil. Inevitavelmente, o governo americano terá de cortar gastos com saúde e previdência social.
No plano externo, Obama terá de reinventar as relações dos EUA com o novo Oriente Médio pós-Primavera Árabe (que parece cada vez mais um rótulo ocidental inadequado) e estabelecer uma relação operacional eficiente com a China, uma superpotência cada vez mais arrogante.
No primeiro mandato, o presidente americano tenta consolidar suas bases de apoio para tentar a reeleição. Quase todos conseguem. As exceções mais recentes foram Jimmy Carter (1977-81) e George Herbert Walker Bush (1889-93), abatidos por crises econômicas. O grande mérito político de Obama foi conseguir se reeleger em meio à crise.
No segundo mandato, sem a possibilidade de disputar eleições no futuro, o presidente dos EUA busca seu lugar na História. Às vezes, ela é cruel.
Em pleno degelo da Guerra Fria, depois de virar amigo do último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, Ronald Reagan (1981-89) foi acossado pelo escândalo Irã-Contras, a venda ilegal de armas ao Irã e o uso dos rendimentos para a ajuda, também ilegal, aos rebeldes direitistas que lutavam contra a revolução sandinista na Nicarágua.
O presidente Bill Clinton (1993-2001) governou os EUA numa era da grande prosperidade econômica. Mesmo assim, saiu chamuscado pelo escândalo sexual envolvendo-o com a estagiária Monica Lewinsky.
Depois de reeleger em 2004 como comandante da "guerra contra o terror", uma expressão equivocada em si mesma, George W. Bush (2001-9) deixou uma herança realmente maldita: duas guerras e a pior crise econômica em mais de 70 anos.
Para a revista inglesa The Economist, Obama deve se concentrar em três problemas de longo prazo deixar sua marca na História: o déficit público, o Oriente Médio e a China. São tarefas formidáveis.
Seu maior desafio em política interna será consolidar a recuperação da economia, reduzir o desemprego e encaminhar uma solução para o déficit público trilionário do país. Não será fácil. Inevitavelmente, o governo americano terá de cortar gastos com saúde e previdência social.
No plano externo, Obama terá de reinventar as relações dos EUA com o novo Oriente Médio pós-Primavera Árabe (que parece cada vez mais um rótulo ocidental inadequado) e estabelecer uma relação operacional eficiente com a China, uma superpotência cada vez mais arrogante.
No primeiro mandato, o presidente americano tenta consolidar suas bases de apoio para tentar a reeleição. Quase todos conseguem. As exceções mais recentes foram Jimmy Carter (1977-81) e George Herbert Walker Bush (1889-93), abatidos por crises econômicas. O grande mérito político de Obama foi conseguir se reeleger em meio à crise.
No segundo mandato, sem a possibilidade de disputar eleições no futuro, o presidente dos EUA busca seu lugar na História. Às vezes, ela é cruel.
Em pleno degelo da Guerra Fria, depois de virar amigo do último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, Ronald Reagan (1981-89) foi acossado pelo escândalo Irã-Contras, a venda ilegal de armas ao Irã e o uso dos rendimentos para a ajuda, também ilegal, aos rebeldes direitistas que lutavam contra a revolução sandinista na Nicarágua.
O presidente Bill Clinton (1993-2001) governou os EUA numa era da grande prosperidade econômica. Mesmo assim, saiu chamuscado pelo escândalo sexual envolvendo-o com a estagiária Monica Lewinsky.
Depois de reeleger em 2004 como comandante da "guerra contra o terror", uma expressão equivocada em si mesma, George W. Bush (2001-9) deixou uma herança realmente maldita: duas guerras e a pior crise econômica em mais de 70 anos.
Para a revista inglesa The Economist, Obama deve se concentrar em três problemas de longo prazo deixar sua marca na História: o déficit público, o Oriente Médio e a China. São tarefas formidáveis.
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Argélia reconhece morte de 37 reféns estrangeiros
Pelo menos 37 reféns estrangeiros foram mortos na reação do Exército da Argélia à ocupação de um campo de exploração de gás no Leste do país por extremistas muçulmanos, admitiu há pouco o primeiro-ministro argeliano. Ele acusou os radicais de querer levar os reféns para o Máli, onde grupos jihadistas aliados enfrentam uma intervenção militar da França.
O governo da Argélia justificou a violência da reação alegando que os insurgentes pretendiam explodir a usina de gás. Dos 32 jihadistas, 29 foram mortos e três capturados, acrescentou o primeiro-ministro. Entre eles, havia canadenses, argelianos, malineses e egípcios.
O governo da Argélia justificou a violência da reação alegando que os insurgentes pretendiam explodir a usina de gás. Dos 32 jihadistas, 29 foram mortos e três capturados, acrescentou o primeiro-ministro. Entre eles, havia canadenses, argelianos, malineses e egípcios.
domingo, 20 de janeiro de 2013
Ex-prefeito de Nova Orleans é denunciado por corrupção
O ex-prefeito de Nova Orleans, nos Estados Unidos, Ray Nagin, que ficou famoso na reação à tragédia causada pelo furacão Katrina, foi denunciado por 21 acusações de corrupção quando governava a cidade, de 2002 a 2010.
Se for condenado por todas as acusações, Nagin pode pegar até 15 anos de prisão. Em 295 da história da cidade, será a primeira vez que um prefeito de Nova Orleans será processado por leis federais anticorrupcão.
Se for condenado por todas as acusações, Nagin pode pegar até 15 anos de prisão. Em 295 da história da cidade, será a primeira vez que um prefeito de Nova Orleans será processado por leis federais anticorrupcão.
sábado, 19 de janeiro de 2013
Argélia admite a morte de 23 reféns
Pelo menos 23 reféns e 32 insurgentes morreram desde quarta-feira, quando uma brigada extremista muçulmana tomou o campo de exploração de gás de In Amenas, na Argélia, e sequestrou 132 estrangeiros e centenas de argelianos, admitiu hoje o Ministério do Interior argeliano, ao fazer o primeiro balanço das ações militares contra os terroristas.
Depois de quatro dias, o Exército da Argélia declarou hoje a missão encerrada, anunciando ter conseguido libertar "685 empregados argelianos e 107 estrangeiros".
"O grupo terrorista, que entrou no território nacional vindo de países vizinhos, a bordo de vários veículos para qualquer tipo de terreno, era constituído por 32 criminosos, sendo três argelianos, com especialistas em explosivos", acrescentou a nota do Ministério do Interior da Argélia, citada pelo jornal francês Le Monde.
Foram apreendidos junto à Brigada al-Muthalimin "seis fuzis-metralhadoras, 21 fuzis de assalto, dois fuzis com mira telescópica, dois morteiros de 60mm com foguetes, seis mísseis C5 com rampas de lançamento, dois lançadores de granadas com oito foguetes, e dez granadas em cintas explosivas".
Os insurgentes, ligados à rede terrorista Al Caeda no Magreg, a região muçulmana do Norte da África, exigiam o fim da intervenção militar da França no Norte do Máli e a libertação de vários terroristas presos, inclusive o xeque Omar Abdel Rahman, preso nos Estados Unidos por causa do primeiro atentado contra o World Trade Center, em 1993.
Depois de quatro dias, o Exército da Argélia declarou hoje a missão encerrada, anunciando ter conseguido libertar "685 empregados argelianos e 107 estrangeiros".
"O grupo terrorista, que entrou no território nacional vindo de países vizinhos, a bordo de vários veículos para qualquer tipo de terreno, era constituído por 32 criminosos, sendo três argelianos, com especialistas em explosivos", acrescentou a nota do Ministério do Interior da Argélia, citada pelo jornal francês Le Monde.
Foram apreendidos junto à Brigada al-Muthalimin "seis fuzis-metralhadoras, 21 fuzis de assalto, dois fuzis com mira telescópica, dois morteiros de 60mm com foguetes, seis mísseis C5 com rampas de lançamento, dois lançadores de granadas com oito foguetes, e dez granadas em cintas explosivas".
Os insurgentes, ligados à rede terrorista Al Caeda no Magreg, a região muçulmana do Norte da África, exigiam o fim da intervenção militar da França no Norte do Máli e a libertação de vários terroristas presos, inclusive o xeque Omar Abdel Rahman, preso nos Estados Unidos por causa do primeiro atentado contra o World Trade Center, em 1993.
Argélia anuncia ataque final aos sequestradores
Forças especiais do Exército da Argélia atacaram hoje o campo de exploração de gás de In Amenas, no Deserto do Saara, perto da fronteira da Líbia. Pelo relato oficial, sete reféns e onze terroristas foram mortos. O presidente da França, François Hollande, declarou que a operação ainda não terminou.
O balanço final de mortos ainda é incerto. O total de estrangeiros sequestrados pelos extremistas muçulmanos que exigem o fim da intervenção militar da França no Norte do Máli era de 132 e não de 41, como anunciado inicialmente.
Em entrevista à televisão pública britânica BBC, o professor George Joffe, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, alegou que o uso do adjetivo islamita deve ser feito com cuidado: "Não nego que eles tenham objetivos jihadistas, mas estão envolvidos numa série de atividades criminosas como extorsão mediante sequestro, contrabando de armas, drogas e até de cigarros".
O líder da Brigada Al-Muthalimin, Mokhtar Belmokhtar, responsável pela tomada de reféns, é conhecido como Sr. Marlboro.
Veterano da trágica guerra civil na Argélia, onde cerca de 100 mil pessoas foram mortas nos anos 90, Belmokhtar se beneficiou do aumento do tráfico de armas decorrente da rebelião contra Muamar Kadafi na Líbia e rompeu com Al Caeda no ano passado para liderar seu próprio grupo.
É uma indicação de que os jihadistas não passam no fundo de um bando de miseráveis. Isso significa que será necessário muito mais do que ações militares para estabilizar a região do Sahel, ao sul do Deserto do Saara, para evitar a presença da rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico.
Para a Argélia, o ataque terrorista representa uma volta da guerra civil dos anos 90. Por esta razão, o governo decidiu usar a força decididamente. Ao mesmo tempo, a produção de gás e petróleo é o pilar de sustentação da economia argeliana. O país terá de coordenar suas ações de inteligência com os governos dos países que participam da exploração ou têm especialistas trabalhando lá.
O balanço final de mortos ainda é incerto. O total de estrangeiros sequestrados pelos extremistas muçulmanos que exigem o fim da intervenção militar da França no Norte do Máli era de 132 e não de 41, como anunciado inicialmente.
Em entrevista à televisão pública britânica BBC, o professor George Joffe, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, alegou que o uso do adjetivo islamita deve ser feito com cuidado: "Não nego que eles tenham objetivos jihadistas, mas estão envolvidos numa série de atividades criminosas como extorsão mediante sequestro, contrabando de armas, drogas e até de cigarros".
O líder da Brigada Al-Muthalimin, Mokhtar Belmokhtar, responsável pela tomada de reféns, é conhecido como Sr. Marlboro.
Veterano da trágica guerra civil na Argélia, onde cerca de 100 mil pessoas foram mortas nos anos 90, Belmokhtar se beneficiou do aumento do tráfico de armas decorrente da rebelião contra Muamar Kadafi na Líbia e rompeu com Al Caeda no ano passado para liderar seu próprio grupo.
É uma indicação de que os jihadistas não passam no fundo de um bando de miseráveis. Isso significa que será necessário muito mais do que ações militares para estabilizar a região do Sahel, ao sul do Deserto do Saara, para evitar a presença da rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico.
Para a Argélia, o ataque terrorista representa uma volta da guerra civil dos anos 90. Por esta razão, o governo decidiu usar a força decididamente. Ao mesmo tempo, a produção de gás e petróleo é o pilar de sustentação da economia argeliana. O país terá de coordenar suas ações de inteligência com os governos dos países que participam da exploração ou têm especialistas trabalhando lá.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Exército do Máli anuncia retomada de Konna
Com o apoio da França, o Exército do Máli anunciou hoje a retomada da cidade de Konna e o cerco a Diabaly, no Norte do país, ocupado por extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda há dez meses.
Na Argélia, sete a dez jihadistas armados de bombas ainda ocupariam a casa de máquinas do campo de exploração de gás de In Aménas. Um grupo extremista islâmico sequestrou 41 estrangeiros e centenas de argelianos no local e foi atacado ontem pelas forças de segurança argelianas.
Dezenas de reféns teriam sido mortos, mas a situação é confusa e essas informações não foram confirmadas. A agência Reuters fala em 30 mortos. A Associated Press anunciou ontem 35 mortes de estrangeiros, com base em informações dos rebeldes. O jornal argeliano El Watan disse há três horas que os insurgentes insistem em negociar o fim da intervencao militar de França no Máli.
Na Argélia, sete a dez jihadistas armados de bombas ainda ocupariam a casa de máquinas do campo de exploração de gás de In Aménas. Um grupo extremista islâmico sequestrou 41 estrangeiros e centenas de argelianos no local e foi atacado ontem pelas forças de segurança argelianas.
Dezenas de reféns teriam sido mortos, mas a situação é confusa e essas informações não foram confirmadas. A agência Reuters fala em 30 mortos. A Associated Press anunciou ontem 35 mortes de estrangeiros, com base em informações dos rebeldes. O jornal argeliano El Watan disse há três horas que os insurgentes insistem em negociar o fim da intervencao militar de França no Máli.
Maioria dos americanos quer maior controle de armas
O presidente Barack Obama tem apoio da maioria da opinião pública para pressionar o Congresso a aprovar leis para aumentar o controle sobre a venda de armas nos Estados Unidos. Em nova pesquisa feita para o jornal The Wall St. Journal e a rede de televisão NBC, 56% foram a favor de uma legislação mais rigorosa, enquanto 35% querem manter a situação atual e 7% pediram menos restrições.
Apesar de massacres recentes como o da escola primária Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, o apoio ao controle de armas é menor do que em 1994, quando 67% foram a favor de um projeto que proibiu algumas armas semiautomáticas. Esse apoio atingiu seu menor nível em 2010, quando apenas 44% queriam impor condições mais rigorosas para compra de armas.
Ao todo, 41% declararam que pelo menos uma pessoa em sua casa tem arma. Enquanto 67% dos que não têm arma em casa querem maior controle, 44% dos que têm são contra.
Apesar de massacres recentes como o da escola primária Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, o apoio ao controle de armas é menor do que em 1994, quando 67% foram a favor de um projeto que proibiu algumas armas semiautomáticas. Esse apoio atingiu seu menor nível em 2010, quando apenas 44% queriam impor condições mais rigorosas para compra de armas.
Ao todo, 41% declararam que pelo menos uma pessoa em sua casa tem arma. Enquanto 67% dos que não têm arma em casa querem maior controle, 44% dos que têm são contra.
China tem menor crescimento em 13 anos
Sob o impacto da crise econômica mundial e de medidas para desinflar uma bolha imobiliária, o produto interno bruto da China cresceu 7,8% em 2012, o menor índice desde 1999. Mas a taxa anualizada do último trimestre do ano ficou em 7,9%, apontando uma aceleração no crescimento depois de sete trimestres seguidos de declínio no ritmo de expansão.
"De modo geral, a economia está se estabilizando", declarou nesta sexta-feira o escritorio nacional de estatísticas, citado pelo jornal inglês Financial Times.
A retomada recebeu um impulso com investimentos do governo com infraestrutura iniciados na metade ao ano, quando havia o temor de uma desaceleração brusca. Foi muito menos do que o programa de estímulo de US$ 600 bilhões lançada em novembro de 2008, no auge da crise.
O crescimento industrial em dezembro registrou uma taxa anual de 10,3%, um pouco acima dos 10,1% registrados em novembro. A formação de capital bruto avançou em dezembro 20,6% na comparação anual, levemente abaixo dos 20,7% de novembro.
Em 2010, a China crescera 10,4% em 2010 e 9,3% em 2011.
"De modo geral, a economia está se estabilizando", declarou nesta sexta-feira o escritorio nacional de estatísticas, citado pelo jornal inglês Financial Times.
A retomada recebeu um impulso com investimentos do governo com infraestrutura iniciados na metade ao ano, quando havia o temor de uma desaceleração brusca. Foi muito menos do que o programa de estímulo de US$ 600 bilhões lançada em novembro de 2008, no auge da crise.
O crescimento industrial em dezembro registrou uma taxa anual de 10,3%, um pouco acima dos 10,1% registrados em novembro. A formação de capital bruto avançou em dezembro 20,6% na comparação anual, levemente abaixo dos 20,7% de novembro.
Em 2010, a China crescera 10,4% em 2010 e 9,3% em 2011.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Argélia ataca rebeldes que sequestraram estrangeiros
As Forças Armadas da Argélia atacaram hoje por terra e ar os rebeldes muçulmanos que sequestraram ontem 41 estrangeiros num campo de exploração de gás próximo à fronteira com a Líbia em retaliação contra a intervenção militar da França no Norte do Máli.
Os islamitas anunciaram a morte de 35 reféns e 15 jihadistas, informa a agência de notícias Associated Press. Só quatro reféns teriam sido libertados.
Em declarações a jornalistas da Mauritânia, os insurgentes da Brigada Al-Muthalimin disseram ter sido atacados quando tentavam sair com os reféns do campo de exploração de gás de In Aménas. O campo estava cercado pelo Exército da Argélia. A batalha ainda não terminou.
Os Estados Unidos ofereceram ajuda militar, rejeitada pelo governo argeliano.
Para o presidente da França, François Hollande, a tomada de reféns na Argélia mostra que a intervenção militar contra os jihadistas no Máli era necessária.
Os islamitas anunciaram a morte de 35 reféns e 15 jihadistas, informa a agência de notícias Associated Press. Só quatro reféns teriam sido libertados.
Em declarações a jornalistas da Mauritânia, os insurgentes da Brigada Al-Muthalimin disseram ter sido atacados quando tentavam sair com os reféns do campo de exploração de gás de In Aménas. O campo estava cercado pelo Exército da Argélia. A batalha ainda não terminou.
Os Estados Unidos ofereceram ajuda militar, rejeitada pelo governo argeliano.
Para o presidente da França, François Hollande, a tomada de reféns na Argélia mostra que a intervenção militar contra os jihadistas no Máli era necessária.
FMI libera nova parcela de ajuda a Portugal
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou ontem a liberação de uma parcela de 838,8 milhões a Portugal, parte de um empréstimo de emergência de 78 bilhões de euros aprovado em maio de 2011 pelo FMI e a União Europeia (UE) para combater a crise das dívidas públicas da Zona do Euro.
A economia portuguesa está em recessão. Pela previsão oficial, deve encolher 1,9% em 2013.
A economia portuguesa está em recessão. Pela previsão oficial, deve encolher 1,9% em 2013.
Europa também proíbe voos do Boeing 787
A exemplo dos Estados Unidos, a Agência Europeia de Segurança da Aviação (AESA) proibiu os voos e ordenou uma revisão dos aviões Boeing 787 depois de uma série de incidentes com a aeronave nos últimos dias.
Ontem, a Administração Federal de Aviação (FAA, do inglês), o órgão regulador da aviação civil nos EUA, tinha tomado a mesma medida, exigindo solução para o problema de superaquecimento das baterias do 787, também conhecido como Dreamliner.
No momento, na União Europeia, só a companhia aérea polonesa Lot usa o Boeing 787.
Ontem, a Administração Federal de Aviação (FAA, do inglês), o órgão regulador da aviação civil nos EUA, tinha tomado a mesma medida, exigindo solução para o problema de superaquecimento das baterias do 787, também conhecido como Dreamliner.
No momento, na União Europeia, só a companhia aérea polonesa Lot usa o Boeing 787.
Construção de casas cresce 12% nos EUA
O início da construção de moradias teve uma alta de 12% em dezembro nos Estados Unidos, em um sinal de que a recuperação do setor habitacional do mercado imobiliário, onde a crise internacional começou, está se consolidando.
Ontem, o Livro Bege, uma análise conjuntural feita oito vezes por ano pela Reserva Federal (Fed), o banco central americano, apontou um crescimento moderado da maior economia do mundo em dezembro e no início de janeiro atribuído à expansão do setor imobiliário. Já o mercado de trabalho, uma das maiores preocupações do Fed, mostrou pequena variação.
Ontem, o Livro Bege, uma análise conjuntural feita oito vezes por ano pela Reserva Federal (Fed), o banco central americano, apontou um crescimento moderado da maior economia do mundo em dezembro e no início de janeiro atribuído à expansão do setor imobiliário. Já o mercado de trabalho, uma das maiores preocupações do Fed, mostrou pequena variação.
Radicais islâmicos sequestram estrangeiros na Argélia
Em reação à ofensiva militar liderada pela França contra as milícias extremistas muçulmanas que tomaram o Norte do Máli no ano passado, um grupo islamita atacou um campo de exploração de gás no Leste da Argélia.
Na ação, sequestrou 41 estrangeiros, inclusive 13 noruegueses, sete americanos, cinco japoneses, dois britânicos, um francês e um irlandês, e 150 funcionários locais da companhia francesa CIS Catering.
Pelo menos um argeliano e um britânico foram mortos no ataque. Os islamitas exigem o fim da intervenção militar francesa na África.
"Anunciamos um ataque em reação à cruzada das forças francesas no Máli", declarou em nota a Brigada Al-Mouthalimin, os Signatários em Sangue. "A Argélia foi escolhida porque jamais aceitaremos a humilhação do povo argeliano ao abrir o céu argeliano à aviação francesa. Esta operação se inscreve na luta mundial contra cruzados e judeus".
Esse grupo armado é chefiado por Mokhtar Belmokhtar, veterano da luta contra a União Soviética no Afeganistão e da guerra civil na Argélia nos anos 90 recentemente destituído da liderança da rede terrorista Al Caeda no Magrebe Islâmico (ACMI), informa o jornal francês Le Monde. Quatro grupos alinhados ideologicamente ao salafismo ocupam o Norte do Máli, inclusive a ACMI.
O campo de In Amenas, próximo à fronteira com a Líbia, é explorado pelas companhias britânica BP, norueguesa Statoil e argelina Sonatrach.
Na ação, sequestrou 41 estrangeiros, inclusive 13 noruegueses, sete americanos, cinco japoneses, dois britânicos, um francês e um irlandês, e 150 funcionários locais da companhia francesa CIS Catering.
Pelo menos um argeliano e um britânico foram mortos no ataque. Os islamitas exigem o fim da intervenção militar francesa na África.
"Anunciamos um ataque em reação à cruzada das forças francesas no Máli", declarou em nota a Brigada Al-Mouthalimin, os Signatários em Sangue. "A Argélia foi escolhida porque jamais aceitaremos a humilhação do povo argeliano ao abrir o céu argeliano à aviação francesa. Esta operação se inscreve na luta mundial contra cruzados e judeus".
Esse grupo armado é chefiado por Mokhtar Belmokhtar, veterano da luta contra a União Soviética no Afeganistão e da guerra civil na Argélia nos anos 90 recentemente destituído da liderança da rede terrorista Al Caeda no Magrebe Islâmico (ACMI), informa o jornal francês Le Monde. Quatro grupos alinhados ideologicamente ao salafismo ocupam o Norte do Máli, inclusive a ACMI.
O campo de In Amenas, próximo à fronteira com a Líbia, é explorado pelas companhias britânica BP, norueguesa Statoil e argelina Sonatrach.
EUA proíbem voos de Boeing 787
A Administração Federal de Aviação (FAA), órgão regulador da aviação civil nos Estados Unidos, proibiu ontem os voos do Boeing 787, também chamado de Dreamliner, último lançamento da fábrica americana. A medida afeta apenas seis aviões da companhia American Airlines.
Os reguladores identificaram problemas nas baterias similares às de telefones celulares mas de tamanhos muito maiores necessárias para manter os equipamentos elétricos funcionando em caso de problemas nas turbinas.
Desde a semana passada, houve quatro problemas com Boeings 787. O calor gerado pela bateria foi considerado suficiente para derreter a fuselagem do avião. Duas companhias aéreas do Japão tinham cancelado na terça-feira suas viagens com o Dreamliner.
Os reguladores identificaram problemas nas baterias similares às de telefones celulares mas de tamanhos muito maiores necessárias para manter os equipamentos elétricos funcionando em caso de problemas nas turbinas.
Desde a semana passada, houve quatro problemas com Boeings 787. O calor gerado pela bateria foi considerado suficiente para derreter a fuselagem do avião. Duas companhias aéreas do Japão tinham cancelado na terça-feira suas viagens com o Dreamliner.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Obama impõe por decreto controles à venda de armas
Em pronunciamento neste momento na Casa Branca, ao lado do vice-presidente Joe Biden, o presidente Barack Obama anunciou a assinatura de 23 decretos para controlar a venda de armas nos Estados Unidos, mas as medidas mais efetivas dependem de aprovação no Congresso, onde o lobby dos fabricantes de armas é poderoso.
O presidente fez um apelo ao Congresso, citando o presidente Ronald Reagan (1981-89), para que imponha uma rigorosa verificação dos antecedentes de candidatos a comprar armas, volte a proibir a venda de armas de guerra automática e de pentes e cartuchos de munição com mais de 10 balas. Seriam as medidas mais rigorosas de controle de armas em duas décadas.
Obama alegou que o direito à vida deve se sobrepor ao direito de ter e portar armas, garantido pela Emenda nº 2 à Constituição dos EUA.
O presidente fez um apelo ao Congresso, citando o presidente Ronald Reagan (1981-89), para que imponha uma rigorosa verificação dos antecedentes de candidatos a comprar armas, volte a proibir a venda de armas de guerra automática e de pentes e cartuchos de munição com mais de 10 balas. Seriam as medidas mais rigorosas de controle de armas em duas décadas.
Obama alegou que o direito à vida deve se sobrepor ao direito de ter e portar armas, garantido pela Emenda nº 2 à Constituição dos EUA.
Inflação na Eurozona fica estável em 2,2% ao ano
O índice de crescimento de preços nos 17 países que usam o euro como moeda ficou estável em dezembro na comparação com dezembro, fechando 2012 em 2,2% ao ano, abaixo dos 2,7% do ano anterior, informou hoje a Eurostat, órgão oficial de estatísticas da União Europeia, ao divulgar sua segunda estimativa. A inflação mensal em dezembro ficou em 0,4%.
Na UE como um todo, com 27 países, a taxa anual baixou de 2,4% em novembro para 2,3% em dezembro, quando a alta mensal foi de 0,3%. Em 2011, a inflação média no bloco europeu tinha sido em 3%.
Na UE como um todo, com 27 países, a taxa anual baixou de 2,4% em novembro para 2,3% em dezembro, quando a alta mensal foi de 0,3%. Em 2011, a inflação média no bloco europeu tinha sido em 3%.
Investimento externo direto na China caiu em 2012
O investimento extrangeiro direto na China, aquele que vai diretamente para aumentar a capacidade produtiva, registrou queda de 3,7% no ano passado, ficando em US$ 111,72 bilhões.
Já o investimento da China em outros países subiu 28,6%, somando US$ 77,22 bilhões em 2012, informou hoje o Ministerio do Comercio chinês.
Já o investimento da China em outros países subiu 28,6%, somando US$ 77,22 bilhões em 2012, informou hoje o Ministerio do Comercio chinês.
Venda de carros em 2012 na UE foi menor em 17 anos
Sob impacto da crise internacional, as vendas de automóveis novos na União Europeia registraram em 2012 o menor nível em 17 anos, totalizando 12,05 milhões de veículos. O recuo em relação a 2011 foi de 8,2% para carros de passeio, informa a Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis.
No setor de veículos comerciais, a contração foi de 11,4% nos 11 meses até novembro de 2012, quando os negócios diminuíram 18,5%.
Em dezembro, a queda foi ainda maior, de 16,4% na Alemanha, 14,6% na França, 22,5% na Itália e 23% na Espanha. Foi o 15º mês consecutivo de baixa. Dos grandes mercados, só o Reino Unido teve alta, de 5,3%.
Os resultados das empresas divergiram, com fortes reduções das francesas Renault (-18,9%) e Peugeot Citröen (-12,9%), da italiana Fiat (-15,8%) e da americana Opel (-15,6%). Entre as empresas alemãs, a Audi avançou 3,7%, enquanto as luxuosas BMW (-0,1%) e Mercedes-Benz (-0,9%) ficaram praticamente estagnada.
As companhias sul-coreanas tiveram o melhor desempenho, com crescimento de 14,6% para a Kia e de 9,4% para a Hyundai.
No setor de veículos comerciais, a contração foi de 11,4% nos 11 meses até novembro de 2012, quando os negócios diminuíram 18,5%.
Em dezembro, a queda foi ainda maior, de 16,4% na Alemanha, 14,6% na França, 22,5% na Itália e 23% na Espanha. Foi o 15º mês consecutivo de baixa. Dos grandes mercados, só o Reino Unido teve alta, de 5,3%.
Os resultados das empresas divergiram, com fortes reduções das francesas Renault (-18,9%) e Peugeot Citröen (-12,9%), da italiana Fiat (-15,8%) e da americana Opel (-15,6%). Entre as empresas alemãs, a Audi avançou 3,7%, enquanto as luxuosas BMW (-0,1%) e Mercedes-Benz (-0,9%) ficaram praticamente estagnada.
As companhias sul-coreanas tiveram o melhor desempenho, com crescimento de 14,6% para a Kia e de 9,4% para a Hyundai.
Ataque mata 82 na Universidade de Alepo
Pelo menos duas explosões causadas por bombas ou bombardeios aéreos mataram 82 pessoas e feriram outras 160 ontem na Universidade de Alepo, na Síria, no momento em que os estudantes prestavam o exame semestral, reporta o jornal The New York Times.
Os rebeldes que lutam contra a ditadura de Bachar Assad há um ano e dez meses afirmam que aviões do governo bombardearam a universidade. O regime acusa "terrorista", termo que usa para falar dos rebeldes.
Mais de 60 mil pessoas foram mortas desde que a ditadura síria lançou uma violenta repressão contra o movimento inicialmente pacífico pela democracia. Alepo, uma cidade histórica, está arrasada.
Os rebeldes que lutam contra a ditadura de Bachar Assad há um ano e dez meses afirmam que aviões do governo bombardearam a universidade. O regime acusa "terrorista", termo que usa para falar dos rebeldes.
Mais de 60 mil pessoas foram mortas desde que a ditadura síria lançou uma violenta repressão contra o movimento inicialmente pacífico pela democracia. Alepo, uma cidade histórica, está arrasada.
Boeing 787 faz pouso de emergência
Um Boeing 787 com destino a Tóquio fez um pouso de emergência depois que o alarme da bateria disparou. Foi o quarto problema com o avião desde a semana passada.
A companhia aérea japonesa All Nippon Airways suspendeu todos os seus voos com o Boeing 787, também conhecido como Dreamliner.
A companhia aérea japonesa All Nippon Airways suspendeu todos os seus voos com o Boeing 787, também conhecido como Dreamliner.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Obama apresenta amanhã plano de controle de armas
O presidente Barack Obama vai anunciar amanhã uma série de medidas para tentar impedir novos massacres como o da escola primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, onde 20 crianças e seis professoras foram mortas em 14 de dezembro de 2012.
Entre as medidas, estarão a proibição de venda de armas automáticas, uma análise rigorosa dos antecedentes dos compradores de armas e a limitação do número de balas por cartucho, antecipa o jornal The Washington Post.
Entre as medidas, estarão a proibição de venda de armas automáticas, uma análise rigorosa dos antecedentes dos compradores de armas e a limitação do número de balas por cartucho, antecipa o jornal The Washington Post.
Justiça manda prender primeiro-ministro do Paquistão
A Suprema Corte do Paquistão mandou prender hoje o primeiro-ministro Raja Pervez Ashraf, acusado num escândalo de corrupção. Do lado de fora do Parlamento, o pregador convertido em político Muhammad Tahir-ul Kadri, discursou para uma multidão pedindo a queda do governo.
"Vitória! Vitória! Pela graça de Deus", bradava Kadri, conta o jornal The New York Times.
Nesta terça-feira, a Suprema Corte mandou o Escritório Nacional de Contas, encarregado de investigar casos de corrupção, prender Ashraf e outros 15 altos funcionários, inclusive um ex-ministro das Finanças e um ex-secretário de Finanças.
Ashraf é acusado de receber milhões de dólares de propina pela construção de duas hidrelétricas quando era ministro das Águas e Energia, de março de 2008 a fevereiro de 2011. Como o caso corre há um ano, a prisão neste momento era inesperada.
O Paquistão, hoje com 180 milhões de habitantes, é um país muçulmano nascido da independência da Índia do Império Britânico e de sua subsequente divisão, em 1947. Pelo menos 2 milhões de pessoas morreram na divisão. Desde então, Índia e Paquistão travaram três guerras entre si e desenvolveram armas nucleares. Ainda são inimigos.
Enquanto a Índia é um país democrático desde a fundação, o Paquistão é visto como um Estado fracassado, governado por ditaduras militares durante metade de sua história independente e por políticos corruptos no resto do tempo.
"Vitória! Vitória! Pela graça de Deus", bradava Kadri, conta o jornal The New York Times.
Nesta terça-feira, a Suprema Corte mandou o Escritório Nacional de Contas, encarregado de investigar casos de corrupção, prender Ashraf e outros 15 altos funcionários, inclusive um ex-ministro das Finanças e um ex-secretário de Finanças.
Ashraf é acusado de receber milhões de dólares de propina pela construção de duas hidrelétricas quando era ministro das Águas e Energia, de março de 2008 a fevereiro de 2011. Como o caso corre há um ano, a prisão neste momento era inesperada.
O Paquistão, hoje com 180 milhões de habitantes, é um país muçulmano nascido da independência da Índia do Império Britânico e de sua subsequente divisão, em 1947. Pelo menos 2 milhões de pessoas morreram na divisão. Desde então, Índia e Paquistão travaram três guerras entre si e desenvolveram armas nucleares. Ainda são inimigos.
Enquanto a Índia é um país democrático desde a fundação, o Paquistão é visto como um Estado fracassado, governado por ditaduras militares durante metade de sua história independente e por políticos corruptos no resto do tempo.
Alemanha encolheu no fim de 2012
Sob pressão da crise das dívidas públicas da Zona do Euro, a Alemanha, maior economia europeia e quarta do mundo, recuou 0,5% no último trimestre de 2012. Mesmo assim, fechou o ano com alta de 0,7%.
O mau resultado é fruto da queda no investimento de executivos de empresas alemãs que temem a persistência da crise, reporta o jornal The New York Times.
Da Espanha, um dos países mais em situação mais difícil, com mais de 25% de desemprego, em entrevista ao jornal inglês Financial Times, o primeiro-ministro Mariano Rajoy pediu à sua colega alemã, Angela Merkel, que tome medidas para estimular o crescimento e ajudar a recuperação da Eurozona.
A Alemanha, que impôs rigorosas medidas de austeridade para ajudar os países em dificuldades, fechou o ano com saldo nas contas públicas de 0,7% do produto interno bruto.
O mau resultado é fruto da queda no investimento de executivos de empresas alemãs que temem a persistência da crise, reporta o jornal The New York Times.
Da Espanha, um dos países mais em situação mais difícil, com mais de 25% de desemprego, em entrevista ao jornal inglês Financial Times, o primeiro-ministro Mariano Rajoy pediu à sua colega alemã, Angela Merkel, que tome medidas para estimular o crescimento e ajudar a recuperação da Eurozona.
A Alemanha, que impôs rigorosas medidas de austeridade para ajudar os países em dificuldades, fechou o ano com saldo nas contas públicas de 0,7% do produto interno bruto.
Hungria retira diplomatas da Síria
Mais um país europeu retira seus diplomatas da Síria temendo por sua segurança em meio a uma guerra civil brutal. A Hungria levou para a Embaixada no Líbano, em Beirute, seus diplomatas que estavam na Síria.
Agora, só dois países da União Europeia mantêm suas representações diplomáticas em Damasco: a República Tcheca e a Romênia.
Agora, só dois países da União Europeia mantêm suas representações diplomáticas em Damasco: a República Tcheca e a Romênia.
Cineasta japonês Nagisa Oshima morre aos 80 anos
O cineasta japonês Nagisa Oshima morreu aos 80 anos de idade de uma infecção pulmonar, informou hoje a televisão estatal NHK. Seu filme mais famoso foi O Império dos Sentidos, que tem várias cenas de sexo explícito.
O Império dos Sentidos conta a história de uma paixão que se torna obsessiva e doentia. Censurado no Japão por causa das cenas de sexo, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França. Isso garantiu a Oshima o reconhecimento universal.
O Império dos Sentidos conta a história de uma paixão que se torna obsessiva e doentia. Censurado no Japão por causa das cenas de sexo, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França. Isso garantiu a Oshima o reconhecimento universal.
Acidente de trem mata 19 recrutas no Egito
Um trem militar de transporte de tropas do Exército do Egito saiu dos trilhos ontem pouco antes da meia-noite no subúrbio de Badrachim, no Cairo, matando 19 recrutas e ferindo outros 120, noticia a agência Reuters.
A composição de 12 vagões levava 1.328 recrutas. Ia de Assiut, no Alto Egito, para uma base militar da capital quando os dois últimos vagões descarrilharam. Vários recrutas ficaram presos entre as ferragens, mas as primeiras ambulâncias levaram meia hora para chegar ao local do acidente. Uma hora e meia depois, ainda não havia chegado o guindaste para remover os vagões acidentados.
O governo da Irmandade Muçulmana acusou o antigo regime de Hosni Mubarak, deposto há pouco menos de dois anos. As oposições reunidas na Frente de Salvação Nacional culpam o atual governo. A população já chegou à sua conclusão.
Ao chegar ao local, o primeiro-ministro Hicham Kandil foi hostilizado e teve de ser protegido pela segurança. A massa irada gritava: "Você tem sangue nas mãos".
As ferrovias e rodovias egípcias são consideradas inseguras. Há uma forte pressão popular para que o governo resolva o problema.
O acidente aconteceu menos de duas semanas depois que um novo ministro dos Transportes assumiu o cargo, vago desde que o ministro anterior foi obrigado a renunciar por causa de uma colisão entre um trem e um ônibus escolar em que 50 crianças morreram.
A composição de 12 vagões levava 1.328 recrutas. Ia de Assiut, no Alto Egito, para uma base militar da capital quando os dois últimos vagões descarrilharam. Vários recrutas ficaram presos entre as ferragens, mas as primeiras ambulâncias levaram meia hora para chegar ao local do acidente. Uma hora e meia depois, ainda não havia chegado o guindaste para remover os vagões acidentados.
O governo da Irmandade Muçulmana acusou o antigo regime de Hosni Mubarak, deposto há pouco menos de dois anos. As oposições reunidas na Frente de Salvação Nacional culpam o atual governo. A população já chegou à sua conclusão.
Ao chegar ao local, o primeiro-ministro Hicham Kandil foi hostilizado e teve de ser protegido pela segurança. A massa irada gritava: "Você tem sangue nas mãos".
As ferrovias e rodovias egípcias são consideradas inseguras. Há uma forte pressão popular para que o governo resolva o problema.
O acidente aconteceu menos de duas semanas depois que um novo ministro dos Transportes assumiu o cargo, vago desde que o ministro anterior foi obrigado a renunciar por causa de uma colisão entre um trem e um ônibus escolar em que 50 crianças morreram.
Renault vai fechar 7,5 mil vagas de emprego na França
Diante da persistência da recessão na Zona do Euro, a fábrica de automóveis francesa Renault anunciou hoje o fechamento de 7,5 mil vagas na França até 2016, cerca de 14% do total, que soma 54 mil trabalhadores. Cerca de 5,7 mil empregados serão aposentados, informa o jornal Le Monde.
A decisão foi anunciada depois de uma reunião da diretoria da Renault com sindicatos. O governo francês é dono de 15% das ações da empresa.
A decisão foi anunciada depois de uma reunião da diretoria da Renault com sindicatos. O governo francês é dono de 15% das ações da empresa.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
EUA devem crescer 2,5% em 2013
A economia dos Estados Unidos devem avançar 2,5% em 2013 e 3,5% em 2014, previu hoje o diretor da delegacia regional da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, em Chicago, Charles Evans. O índice de desemprego deve cair para 7,4% neste ano e 7% no próximo.
"Um bom indicador é a melhoria do mercado de trabalho, por exemplo, se virmos uma geração de 200 mil novos empregos por mês durante vários meses. Temos visto uma média de 150 mil e muita volatilidade. Precisamos de um ritmo firme e forte", declarou Evans no Forum Financeiro da Ásia, em Hong Kong, reporta a agência de notícias Reuters.
"Um bom indicador é a melhoria do mercado de trabalho, por exemplo, se virmos uma geração de 200 mil novos empregos por mês durante vários meses. Temos visto uma média de 150 mil e muita volatilidade. Precisamos de um ritmo firme e forte", declarou Evans no Forum Financeiro da Ásia, em Hong Kong, reporta a agência de notícias Reuters.
Obama pressiona oposição a elevar teto da dívida dos EUA
Em entrevista para marcar o fim de seu primeiro mandato como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama pressionou hoje a oposição republicana, que controla a Câmara, a elevar o teto da dívida pública do país, alegando que isso significa apenas pagar a dívida já contratada e não aumentar o endividamento.
Obama declarou que a questão não negociável, argumentando que os EUA podem parar de pagar as aposentadorias, pensões e benefícios da Previdência Social e voltar à recessão. Aumentando o tom no duelo verbal, o presidente advertiu que o Partido Republicano "não vai cobrar um resgate para não derrubar a economia americana".
A dívida pública dos EUA chegou ao limite de US$ 16,4 trilhões em 31 de dezembro de 2012. O governo Obama e a oposição divergem sobre como cortar o déficit orçamentário federal, que passou de US$ 1 trilhão nos últimos quatro anos.
Enquanto Obama e o Partido Democrata, querem aumentar impostos para os ricos e setores poluidores como a indústria do petróleo, os republicanos se negam a elevar impostos e insistem no corte dos gastos públicos, inclusive com saúde e previdência.
Obama declarou que a questão não negociável, argumentando que os EUA podem parar de pagar as aposentadorias, pensões e benefícios da Previdência Social e voltar à recessão. Aumentando o tom no duelo verbal, o presidente advertiu que o Partido Republicano "não vai cobrar um resgate para não derrubar a economia americana".
A dívida pública dos EUA chegou ao limite de US$ 16,4 trilhões em 31 de dezembro de 2012. O governo Obama e a oposição divergem sobre como cortar o déficit orçamentário federal, que passou de US$ 1 trilhão nos últimos quatro anos.
Enquanto Obama e o Partido Democrata, querem aumentar impostos para os ricos e setores poluidores como a indústria do petróleo, os republicanos se negam a elevar impostos e insistem no corte dos gastos públicos, inclusive com saúde e previdência.
domingo, 13 de janeiro de 2013
340 mil protestam em Paris contra casamento gay
Pelo menos 340 mil manifestantes marcharam hoje pelas ruas de Paris para protestar contra a proposta do governo socialista do presidente François Hollande de legalizar o casamento de pessoas do mesmo sexo na França. Os organizadores disseram que foram 800 mil pessoas.
Com forte apoio da Igreja Católica, formou-se uma ampla aliança conservadora reunindo católicos, protestantes, muçulmanos e até mesmo de homossexuais contrários ao projeto.
Houve quatro marchas contra o casamento gay hoje na capital francesa. Três convergiram para o Campo de Marte, onde houve discursos e concertos, informa o jornal Le Monde. Outra, de grupos católicos integristas do grupo Civitas, seguiu para os Inválidos, onde ficam o principal hospital militar de Paris e o túmulo de Napoleão.
Com forte apoio da Igreja Católica, formou-se uma ampla aliança conservadora reunindo católicos, protestantes, muçulmanos e até mesmo de homossexuais contrários ao projeto.
Houve quatro marchas contra o casamento gay hoje na capital francesa. Três convergiram para o Campo de Marte, onde houve discursos e concertos, informa o jornal Le Monde. Outra, de grupos católicos integristas do grupo Civitas, seguiu para os Inválidos, onde ficam o principal hospital militar de Paris e o túmulo de Napoleão.
sábado, 12 de janeiro de 2013
Piloto francês morre em intervenção militar no Máli
O tenente Damien Boiteux, piloto de helicóptero do 4º Regimento de Forças Especiais da França, é a primeira vítima da intervenção militar francesa no Norte do Máli, dominado há 10 meses por rebeldes muçulmanos da rede terrorista Al Caeda no Magrebe.
É a primeira vez que a França entra em guerra sob a presidência de François Hollande. Os Estados Unidos apoiam a ação militar, planejada durante meses.
A França entrou em combate ontem na região de Konna para impedir que os jihadistas de tomar o aeroporto de Sévaré e a cidade de Mopti, informa o jornal francês Libération, que descreveu a ação como o início de uma longa guerra.
Durante a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, caças-bombardeiros franceses F1 e Mirage 2000 saíram de bases no Chade para atacar as milícias fundamentalistas muçulmanas que tomaram o poder no Máli depois de um golpe militar na capital, Bamako.
É a primeira vez que a França entra em guerra sob a presidência de François Hollande. Os Estados Unidos apoiam a ação militar, planejada durante meses.
A França entrou em combate ontem na região de Konna para impedir que os jihadistas de tomar o aeroporto de Sévaré e a cidade de Mopti, informa o jornal francês Libération, que descreveu a ação como o início de uma longa guerra.
Durante a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, caças-bombardeiros franceses F1 e Mirage 2000 saíram de bases no Chade para atacar as milícias fundamentalistas muçulmanas que tomaram o poder no Máli depois de um golpe militar na capital, Bamako.
Refém francês morre em resgate frustrado na África
Tudo indica que Denis Allex, um francês sequestrado na Somália tenha sido morto pela milícia fundamentalista islâmica Al Chababe numa tentativa de resgate feita por paraquedistas que fracassou, admitiu hoje o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian. Um soldado francês e 17 milicianos foram mortos na operação.
Allex era mantido refém desde 14 de julho de 2009.
Allex era mantido refém desde 14 de julho de 2009.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Aliados visitam Chávez em Cuba
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu colega do Peru, Ollanta Humala, foram a Cuba ver como está o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que não pode tomar posse ontem por causa de problemas respiratórios surgidos depois da quarta cirurgia para combater um câncer abdominal.
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela decidiu adiar o juramento, ignorando a Constituição bolivarista, mas a medida teve o consentimento dos outros governos do continente. Em Caracas, uma multidão de chavistas prestou um juramento simbólico em homenagem ao comandante.
Em Havana, Cristina esteve com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, e o atual presidente Raúl Castro. O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também seguiu para a capital cubana, depois de anunciar a construção de mais 300 mil casas populares.
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela decidiu adiar o juramento, ignorando a Constituição bolivarista, mas a medida teve o consentimento dos outros governos do continente. Em Caracas, uma multidão de chavistas prestou um juramento simbólico em homenagem ao comandante.
Em Havana, Cristina esteve com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, e o atual presidente Raúl Castro. O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também seguiu para a capital cubana, depois de anunciar a construção de mais 300 mil casas populares.
Obama quer proibir venda de armas de guerra
O presidente Barack Obama vai apoiar um projeto de lei que proíba a venda e posse de fuzis de assalto e outras armas de guerra numa tentativa de evitar novos massacres como o da escola primária de Newtown, Connecticut, em 14 de dezembro de 2013, em que 20 crianças e 6 professoras foram mortas, informou hoje o governo dos Estados Unidos.
A posição da Casa Branca foi criticada pelos defendores de um maior controle da venda de armas, supostamente por sua moderação diante da avalanche do lobby conservador. Por isso, nesta sexta-feira, o governo reafirmou sua intenção de proibir a venda livre de armas de guerra.
A posição da Casa Branca foi criticada pelos defendores de um maior controle da venda de armas, supostamente por sua moderação diante da avalanche do lobby conservador. Por isso, nesta sexta-feira, o governo reafirmou sua intenção de proibir a venda livre de armas de guerra.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Importação de petróleo pelos EUA cai a nível de 1987
Com o aumento da produção e o lento crescimento do consumo de combustíveis, a demanda por petróleo importado nos Estados Unidos deve cair em 2014 para 6 milhões de barris por dia, a metade do pico de mais de 12 milhões diários registrado de 2004 a 2007. Será o menor volume desde 1987.
Para o presidente do Instituto Americano do Petróleo, Jack Gerard, será o momento da virada que "vai reorientar o eixo da energia para o Ocidente e para nosso controle".
A Europa já teme que a maior autossuficiência energética aumente a competitividade industrial dos EUA. Por outro lado, o aumento da produção de petróleo dificulta a imposição de políticas para combater o aquecimento global.
Para o presidente do Instituto Americano do Petróleo, Jack Gerard, será o momento da virada que "vai reorientar o eixo da energia para o Ocidente e para nosso controle".
A Europa já teme que a maior autossuficiência energética aumente a competitividade industrial dos EUA. Por outro lado, o aumento da produção de petróleo dificulta a imposição de políticas para combater o aquecimento global.
Exportações da China têm forte alta
As exportações da China tiveram forte crescimento em dezembro de 2012, avançando 14,1% em relação ao ano anterior, bem acima dos 2,9% de novembro. Isso indica que a segunda maior economia do mundo será capaz de manter seu ritmo de expansão alto, de 8% ano, no último trimestre do ano passado.
As importações caíram 6% na comparação anual, depois de ficarem estagnadas em novembro, elevando o saldo comercial mensal de US$ 19,6 bilhões para US$ 31,6 bilhões, informa o jornal britânico Financial Times, principal diário econômico-financeiro da Europa.
O momento é mais positivo para a economia mundial. As bolsas de valores da Europa fecharam hoje no maior nível em um ano e dez meses. A Ásia já deveria seguir essa tendência, reforçada com o resultado expressivo do comércio exterior chinês.
As importações caíram 6% na comparação anual, depois de ficarem estagnadas em novembro, elevando o saldo comercial mensal de US$ 19,6 bilhões para US$ 31,6 bilhões, informa o jornal britânico Financial Times, principal diário econômico-financeiro da Europa.
O momento é mais positivo para a economia mundial. As bolsas de valores da Europa fecharam hoje no maior nível em um ano e dez meses. A Ásia já deveria seguir essa tendência, reforçada com o resultado expressivo do comércio exterior chinês.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Começa a era do chavismo sem Chávez
Ao adiar a posse do presidente Hugo Chávez para mais um mandato de seis anos que dificilmente ele terá condições de cumprir, o Supremo Tribunal da Venezuela, dominado por aliados do caudilho, inaugura a era do chavismo sem Chávez.
Depois de ser submetido, em Cuba, à quarta operação para combater um câncer, o presidente venezuelano teve uma infecção respiratória. Desde a descoberta da doença, a saúde de Chávez é um segredo de Estado.
Para o tribunal, a ausência do presidente do país no dia marcado para a posse, 10 de janeiro, não é um impedimento constitucional, mas juristas independentes e ligados à oposição consideram a medida um golpe de Estado branco.
A Constituição da República Bolivarista da Venezuela prevê a realização de nova eleição presidencial se o presidente não puder tomar posse ou não tiver condições de governar durante os primeiros quatro anos de mandato. Mas a lei da Venezuela nos últimos anos é a vontade de Chávez. Seu regime se considera revolucionário e, portanto, acima da lei.
Como na Argentina, onde a sombra o coronel Juan Domingo Perón paira sobre a política 39 anos depois de sua morte, o chavismo vai sobreviver a Chávez como uma força radical e divisiva na política venezuelana. A exemplo da Argentina, a Venezuela pode ser governada por um cadáver.
Depois de ser submetido, em Cuba, à quarta operação para combater um câncer, o presidente venezuelano teve uma infecção respiratória. Desde a descoberta da doença, a saúde de Chávez é um segredo de Estado.
Para o tribunal, a ausência do presidente do país no dia marcado para a posse, 10 de janeiro, não é um impedimento constitucional, mas juristas independentes e ligados à oposição consideram a medida um golpe de Estado branco.
A Constituição da República Bolivarista da Venezuela prevê a realização de nova eleição presidencial se o presidente não puder tomar posse ou não tiver condições de governar durante os primeiros quatro anos de mandato. Mas a lei da Venezuela nos últimos anos é a vontade de Chávez. Seu regime se considera revolucionário e, portanto, acima da lei.
Como na Argentina, onde a sombra o coronel Juan Domingo Perón paira sobre a política 39 anos depois de sua morte, o chavismo vai sobreviver a Chávez como uma força radical e divisiva na política venezuelana. A exemplo da Argentina, a Venezuela pode ser governada por um cadáver.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Chávez não tem condições de tomar posse
Como era previsto, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, hospitalizado em Cuba depois de ser submetido a uma quarta cirurgia para tratamento de um câncer, não está em condições de tomar posse em 10 de janeiro, confirmou hoje o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
Se o presidente não puder tomar posse, a Constituição da República Bolivarista da Venezuela prevê a realização de nova eleição presidencial, mas o regime chavista tenta ignorar esse dispositivo.
O candidato oposicionista derrotado na última eleição, Henrique Capriles, fez um apelo ao Supremo Tribunal da Venezuela, onde o chavismo tem ampla maioria, para que se manifeste sobre o caso e pediu o apoio de outros líderes sul-americanos, inclusive da presidente Dilma Rousseff, na busca de uma solução constitucional para a crise venezuelana.
Consciente da gravidade da situação, antes de ir para Cuba, Chávez designou o vice-presidente e ministro do Exterior, Nicolás Maduro, como sucessor. Mas Maduro não foi eleito. Constitucionalmente, o poder deveria passar para Cabello, acirrando a disputa pela sucessão.
Se o presidente não puder tomar posse, a Constituição da República Bolivarista da Venezuela prevê a realização de nova eleição presidencial, mas o regime chavista tenta ignorar esse dispositivo.
O candidato oposicionista derrotado na última eleição, Henrique Capriles, fez um apelo ao Supremo Tribunal da Venezuela, onde o chavismo tem ampla maioria, para que se manifeste sobre o caso e pediu o apoio de outros líderes sul-americanos, inclusive da presidente Dilma Rousseff, na busca de uma solução constitucional para a crise venezuelana.
Consciente da gravidade da situação, antes de ir para Cuba, Chávez designou o vice-presidente e ministro do Exterior, Nicolás Maduro, como sucessor. Mas Maduro não foi eleito. Constitucionalmente, o poder deveria passar para Cabello, acirrando a disputa pela sucessão.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Obama deve nomear republicano para o Pentágono
O presidente Barack Obama deve indicar hoje o ex-senador republicano Chuck Hagel para secretário da Defesa no seu segundo governo, em substituição a Leon Panetta. John Brennan deverá chefiar a Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos.
Hagel pode enfrentar problemas para ser confirmado pelo Senado por causa de suas posicoes polêmicas em relação a Israel e o Irã. Ele questiona as sanções e a possibilidade de ação militar contra o Irã e já acusou o lobby israelense de "intimidar" o Congresso.
Hagel pode enfrentar problemas para ser confirmado pelo Senado por causa de suas posicoes polêmicas em relação a Israel e o Irã. Ele questiona as sanções e a possibilidade de ação militar contra o Irã e já acusou o lobby israelense de "intimidar" o Congresso.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Assad rejeita diálogo com a "oposição-fantoche"
No seu primeiro pronunciamento desde novembro, o ditador Bachar Assad anunciou hoje na televisão o que chamou de "plano de paz", convocando uma "conferência de reconciliação nacional" com "aqueles que não traíram a Síria" seguida da formação de um novo governo e de uma anistia. Ele acusou os rebeldes que tentam derrubá-lo há quase um ano e dez meses de "criminosos" aliados ideologicamente à rede terrorista Al Caeda.
As Nações Unidas estimaram na semana passada em 60 mil o total de mortos desde o início, em 15 de março de 2011, da revolta inicialmente pacífica contra a ditadura de Assad.
Quando o ditador mandou um enviado especial a Moscou no fim do ano passado, parecia estar disposto a apelar para a mediação de seu principal aliado na esfera internacional. O pronunciamento de hoje indica a determinação de continuar lutando.
"A primeira etapa de uma solução política exige que as potências regionais parem de financiar e armar a oposição, o fim das operações terroristas e o controle das fronteiras", afirmou o ditador, citado pelo jornal liberal israelense Haaretz. "Não vamos abrir diálogo com um fantoche do Ocidente", acrescentou, referindo-se à Coalizão Nacional das Oposições Sírias, reconhecida pelos Estados Unidos, a França e o Reino Unido como embrião de um governo de transição.
As Nações Unidas estimaram na semana passada em 60 mil o total de mortos desde o início, em 15 de março de 2011, da revolta inicialmente pacífica contra a ditadura de Assad.
Quando o ditador mandou um enviado especial a Moscou no fim do ano passado, parecia estar disposto a apelar para a mediação de seu principal aliado na esfera internacional. O pronunciamento de hoje indica a determinação de continuar lutando.
"A primeira etapa de uma solução política exige que as potências regionais parem de financiar e armar a oposição, o fim das operações terroristas e o controle das fronteiras", afirmou o ditador, citado pelo jornal liberal israelense Haaretz. "Não vamos abrir diálogo com um fantoche do Ocidente", acrescentou, referindo-se à Coalizão Nacional das Oposições Sírias, reconhecida pelos Estados Unidos, a França e o Reino Unido como embrião de um governo de transição.
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