Sob intensa pressão da ala mais direitista do Partido Conservador e de partidos de ultradireita, o primeiro-ministro David Cameron anunciou há pouco a intenção de convocar um referendo em 2017 para que o eleitorado britânico decida se o Reino Unido deve ou não continuar fazendo parte da União Europeia.
A proposta é que o próximo governo conservador, se o partido ganhar as eleições de 2015, renegocie as condições de adesão à UE, repatriando alguns poderes cedidos ao bloco. Os novos termos seriam submetidos então à aprovação popular.
O anúncio foi criticado porque pode reduzir os fluxos de comércio e investimento para o país, que continuaria fazendo parte do mercado comum europeu, mas não teria nenhum poder sobre suas decisões.
Na semana passada, os Estados Unidos advertiram o Reino Unido de que gostariam que o país continue sendo membro pleno e influente na UE para manter a relação bilateral que os britânicos consideram especial. Fora da UE, o Reino Unido perderia prestígio e influência no mundo.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, comentou que a UE está pronta a ouvir as reivindicações britânicas, mas seu ministro do Exterior deixou claro que qualquer mudança nos tratados terá de ser acertada com todos os membros do bloco. O Reino Unido não terá o direito de escolher que normas aceita e de quais vai pedir exclusão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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