Depois de seis dias de violência em que mais de 50 pessoas foram mortas, o ministro da Defesa do Egito, general Abdel Fattah al-Sissi, advertiu que o conflito político contínuo pode levar ao "colapso do Estado", numa crítica aparentemente dirigida tanto ao presidente Mohamed Mursi e seus partidários da Irmandade Muçulmana quanto à oposição liberal.
Para o general, se os atuais desafios políticos, econômicos e sociais não forem tratados por "todas as partes", serão uma ameaça "à segurança e à coesão do Estado egípcio" e "às gerações futuras", noticia a televisão pública britânica BBC.
A declaração, publicada numa página do Exército no Facebook, é uma ameaça velada de intervenção militar, caso as autoridades civis não consigam controlar a situação. A nota acrescenta que o Exército "é um bloco sólido e coeso e um forte pilar de sustentação do Estado" e será "o Exército de todos os egípcios, quaisquer que sejam filiações".
Ontem à noite, comerciantes e populares desafiaram o toque de recolher noturno e o estado de emergência decretados pelo presidente Mursi nas cidades de Porto Said, Ismaília e Suez.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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