Sob o peso dos cortes de gastos públicos de 83 bilhões de libras impostos pelo atual governo, a economia do Reino Unido corre o risco de cair na sua terceira recessão desde a crise mundial de 2008-9. No último trimestre de 2012, recuou 0,3%; no ano, ficou estagnada.
Depois de dois anos e meio de estagnação, a economia britânica escapou de sua segunda recessão com um avanço de 0,9% no terceiro trimestre do ano passado, em parte devido à Olimpíada de Londres e à festa dos 60 anos do reinado de Elizabeth II. Mas voltou a encolher no fim do ano, com queda de 1,8% na produção industrial.
O resultado aumenta a pressão sobre o ministro das Finanças conservador, George Osborne, e seu programa de ajuste fiscal. Para o porta-voz da oposição trabalhista para economia e finanças, Ed Balls, "o primeiro-ministro David Cameron e o ministro George Osborne estão dormindo no volante. Passaram os últimos seis meses obsecados por um referendo a ser realizado daqui a cinco anos [sobre a participação do Reino Unido na União Europeia], sem se concentrar nos problemas econômicos atuais".
A economia britânica é hoje 3,3% menor do que em seu pico, em 2008. Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional diminuiu de 1,1% para 1% sua previsão de crescimento para o país em 2013, reporta a agência Reuters.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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