As três cidades do Canal de Suez onde foi decretado estado de emergência desafiam nesta noite o toque de recolher noturno decretado pelo presidente Mohamed Mursi para tentar conter a violência dos últimos dias.
Os bares, as lojas e os restaurantes de Porto Said, Ismaília e Suez ficaram abertos além das 21h e multidões saíram às ruas para gritar contra Mursi e a Irmandade Muçulmana, acusando-os de sequestrar a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak há dois anos. Os manifestantes denunciam "medidas antidemocráticas"e responsabilizam Mursi pelas mais de 50 mortes ocorridas desde sexta-feira, segundo aniversário do início da revolta popular, informa o jornal egípcio Al-Ahram.
Em pronunciamento ontem na televisão, o presidente prometeu abrir um diálogo nacional, mas a Frente de Salvação Nacional, que reúne vários grupos liberais, se negou a participar de um encontro sem uma agenda clara, a começar por mudanças na Constituição aprovada às pressas pelos partidos islamitas que dominam a Assembleia Nacional.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário