O déficit comercial do Japão aumentou três vezes em 2012, chegando a um recorde de US$ 77 bilhões, mostrando que a terceira maior economia do mundo enfrenta uma série de desafios no momento em que seu governo tenta estimular o crescimento com aumento dos gastos públicos e elevação da meta oficial de inflacão de 1% para 2% ao ano.
Desde o estouro de uma bolha especulativa financeira e imobiliária, em 1991, a economia do Japão se arrasta num misto de deflação e estagnação econômica. Com os planos de estímulo, o governo já acumula uma dívida pública equivalente a 230% do produto interno bruto, de cerca de US$ 6 trilhões.
A balança comercial negativa reflete o fortalecimento do iene e a queda nas exportações para os Estados Unidos e a Europa por causa da crise econômica internacional. As exportações para a China caíram 11,5% por causa de um conflito bilaterial em torno de ilhas disputadas pelos dois países.
O Japão também é acusado de deflagrar uma "guerra cambial" ao aumentar gastos e admitir uma inflação maior, mas economistas como Kyohei Morita e Yuichiro Nagai, do banco Barclay's, citados pelo jornal inglês Financial Times, advertem que "a desvalorização do iene sozinha não basta para tornar a balança comercial positiva".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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