Depois de ter cerca de 20 pedidos de visto de saída negados pela ditadura comunista de Cuba, a blogueira dissidente Yoani Sánchez finalmente recebeu seu passaporte com a mudança das leis para sair do país. Mas outro dissidente, Ángel Moya, que acaba de sair da prisão, continua proibido de deixar a ilha governada há 54 anos pelos irmãos Castro.
"Eles me ligaram em casa para dizer que meu passaporte está pronto! Acabam de entregá-lo!", festejou Sánchez, colocando uma foto do documento no Twitter. "Agora só falta entrar no avião".
No pior estilo dos regimes comunistas, a revolução cubana proibiu os cidadãos de sair da ilha, transformando-a num país-prisão no modelo da Alemanha Oriental e de outras ditaduras marxistas, sob o pretexto de evitar uma fuga de cérebros.
A nova lei, em vigor desde 14 de janeiro de 2013, acaba com a exigência do visto de saída. Mesmo assim, Moya, um dos 75 presos em 2003, na chamada Primavera Negra, continua impedido de deixar Cuba.
Depois de preencher os formulários e pagar US$ 50, o dissidente ficou sabendo que "seu pedido não poderia ser processado por razões de interesse público". Ele conta que a funcionária lhe mostrou o computador, onde não havia uma razão específica para justificar a negativa.
Desde o fim da União Soviética, em 1991, o regime comunista cubano foi reformas para não mudar muito e se manter no poder. Esta é uma mudança significativa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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