sábado, 31 de dezembro de 2011

China vai mandar homem à Lua

Em sua competição econômica, científica e tecnológica com os Estados Unidos, a China anunciou que vai mandar um homem à Lua, como parte de um ambicioso programa espacial.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Economia dos EUA dá sinais de recuperação

No fim de mais um ano difícil, a maior economia do mundo dáa sinais de recuperação na indústria, nas exportações, no mercado de trabalho e no setor habitacional, onde as vendas de imóveis residenciais usados tiveram o melhor desempemho em um ano e meio. Os desafios para 2012 são enormes. As maiores preocupações são com a incapacidade dos líderes da Europa para resolver a crise das dívidas públicas da Zona do Euro. A Europa precisa de uma união política para governar a moeda única. Vai conseguir em tempo? Até agora, seus dirigentes políticos não mostraram liderança para tanto. No momento, o remédio imposto pela Alemanha ameaça matar o paciente.

Sírios desafiam Assad diante de missão da Liga Árabe

Pelo menos mais 35 pessoas foram mortas hoje na Síria pela ditadura de Bachar Assad. Em mais um sexta-feira, a folga religiosa semanal dos muçulmanos, os oposicionistas enfrentaram as forças de segurança, que atiraram contra várias manifestações, para desmascarar a ação do regime para os observadores da Liga Árabe.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

EUA vendem US$ 11 bi em armas ao Iraque

Apesar da crise política entre sunitas e xiitas depois da retirada dos soldados americanos, os Estados Unidos vão vender armas para o Iraque no valor de US$ 11 bilhões, revelou o jornal The New York Times.

Curdos acusam Turquia de matar civis

Ativistas da minoria curda acusaram bombardeios da Força Aérea da Turquia de matar dezenas de civis no Sul do país.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Projeto defeituoso causou acidente com trem-bala chinês

O acidente com um trem de alta velocidade que matou 40 pessoas e feriu outras 200 em Wenzhou, na China, em julho passado foi causado por problemas de projeto e de gestão, concluiu o inquérito oficial do governo chinês.

O relatório, apresentado hoje em reunião ministerial pelo primeiro-ministro Wen Jiabao e citado pela rádio e TV pública britânica BBC, aponta "passos errados" dados por 54 funcionários públicos.

Irã ameaça bloquear o Estreito de Ormuz

Se for alvo de novas sanções econômicas dos Estados Unidos e seus aliados por causa de seu programa nuclear, acusado de desenvolver armas atômicas, o regime fundamentalista do Irã ameaça bloquear o Estreito de Ormuz, a saída do Golfo Pérsico, por onde passam 20% do petróleo do mundo, informa o jornal The New York Times.

A ameaça causou uma alta imediata dos preços internacionais do petróleo. Pode agravar a tensão entre o Irã e a Arábia Saudita, que também exporta petróleo por ali. O estreito tem apenas 53 quilômetros de largura.

Senado do Uruguai aprova descriminalização do aborto

Por 17 a 14, o Senado do Uruguai aprovou ontem um projeto de lei que deixa de considerar o aborto nas primeiras 12 semanas de gravidez um crime um crime.

O projeto vai agora para a Câmara, onde a coalizão de governo tem maioria e deve aprová-lo.

Uma proposta anterior foi vetada em 2008 pelo então presidente Tabaré Vázquez, mas o atual presidente, José Mujica, pretende sancionar a lei, informa o sítio da rádio e televisão estatal britânica BBC.


Coreia do Norte inicia funeral de Kim Jong Il

Dezenas de milhares de pessoas enfrentam a neve neste momento nas ruas de Pionguiangue, a capital da Coreia do Norte. É o começo do funeral do ditador Kim Jong Il, exaltado pela propaganda oficial como "nosso general", "supremo comandante" e Querido Líder.

 Kim não foi nenhum herói. Era um playboy chegado a carros de luxo até ser designado sucessor do pai, o Grande Líder Kim Il Sung, fundador da Coreia do Norte, depois de lutar contra a ocupação japonesa, que no caso da Coreia começou em 1910 e só acabou com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O enterro vai durar dois dias. Na finada União Soviética, o encarregado de organizar o funeral do líder falecido era o sucessor. Agora, é a vez Kim Jong Un, terceiro filho e sucessor escolhido pelo pai. Mas essa pantomima stalinista parece fora de propósito no século 21. Neste momento, mulheres militares choram convulsivamente.

Com apenas 28 anos, o jovem Kim é saudado como "líder do Estado, do Exército e do partido", reporta o jornal The New York Times. Para os analistas internacionais, o regime comunista norte-coreano precisa de um descendente de Kim Il Sung para manter alguma legitimidade.

A Coreia do Norte não convidou delegações estrangeiras. A Coreia do Sul foi representada pela viúva de Kim Dae Jung, o presidente já falecido que iniciou uma aproximação com o Norte. O governo chinês encarregou o embaixador em Pionguiangue, informa a rádio estatal dos Estados Unidos, a Voz da América.

Economicamente, a Coreia do Norte é hoje totalmente dependente da China, onde parte da velha guarda stalinista vê o país como uma espécie de Alemanha Oriental, temendo que o fim do comunismo lá acabe levando à queda do regime também em Beijim.

Cristina Kirchner será operada de câncer

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, empossada em 10 de dezembro para um segundo mandato de quatro, está com câncer na tiroide e será operada em 4 de janeiro de 2012, informou agora à noite um porta-voz da Casa Rosada.

Depois da cirurgia, ela vai tirar três semanas de licença. Será substituída pelo vice-presidente Amado Boudou, noticia o jornal The New York Times.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

EUA alertaram França sobre implantes de silicone

Mais de dez anos antes das autoridades reguladoras da Europa, a Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, do inglês) fez um alerta sobre os problemas com os implantes de silicone que agora a França mandou retirar de centenas de milhares de mulheres no mundo inteiro.

Em maio de 2000, a FDA mandou um investigador à fábrica da empresa Poly Implant Prothese em Seyne-sur-mer. Pouco depois, mandou uma carta ao fundador da empresa, Jean-Claude Mas, advertindo que pelo menos dez práticas não estavam de acordo com os padrões de qualidade exigidos nos EUA, informa a agência Reuters.

Moeda da China atinge cotação recorde

A moeda chinesa foi cotada ontem a 6,3198 por dólar, depois de chegar durante o dia a um recorde de 6,3160. A expectativa é que termine o ano em torno de 6,30 iuãs por dólar, numa valorização de 4% em relação à moeda dos Estados Unidos.

Para 2012, a expectativa é de uma valorização de 3%, com a maior parte da alta prevista para o segundo semestre, já que as autoridades chinesas vão tentar manter o iuã estável enquanto aguardam os desdobramentos da crise das dívidas públicas da Zona do Euro.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Brasil já é a sexta maior economia do mundo

Como o Fundo Monetário Internacional previra, o Brasil ultrapassou o Reino Unido em 2011, tornando-se a sexta maior economia do mundo na lista do Centro de Pesquisas Econômicas e de Negócios. Além do Brasil, países asiáticos superaram europeus abalados pela crise das dívidas públicas do continente.

Até 2020, o Brasil deve superar a França, mas será ultrapassado pela Índia.

O centro de pesquisas britânico também espera uma contração de 0,6% na Zona do Euro, se a situação não for resolvida, e de 2% se for.

"É parte de uma grande mudança econômica. Estamos vendo não só uma mudança do Ocidente para o Oriente, mas também o avanço de economias que produzem mercadorias essenciais, como alimentos e energia, e vão subindo gradualmente na lista", declarou o diretor executivo do centro, Douglas McWilliams, em entrevista à Rádio 4 da BBC.

Ele estava falando do Brasil, que cresce apesar de não exportar produtos de alta tecnologia, com a exceção de aviões da Embraer. Nenhum país se tornou rico até hoje vendendo apenas produtos primários. A indústria brasileira recua diante da competição da China e o grau de inovação tecnológica do país é muito inferior ao dos concorrentes.


Produção industrial chinesa deve crescer 11% em 2012

A produção da indústria deve avançar 11% em 2012 na China, depois de uma expansão de 13,9% neste ano, previu hoje o ministro da Indústria e da Tecnologia da Informação, Miao Wei.

Essa previsão é compatível com um crescimento de 8% no produto interno bruto, meta oficial do governo chinês, informa a agência de notícias Reuters.

Ataque de tanques mata mais 23 na Síria

Um ataque de tanques do Exército da Síria matou pelo menos 23 pessoas hoje na cidade de Homs um dia antes de uma visita de observadores da Liga Árabe para verificar a promessa do ditador Bachar Assad de acabar com a violência.

A retirada dos tanques das ruas das cidades sírias é outra promessa feita à Liga Árabe não cumprida pelo regime. Também não foi aberto nenhum diálogo nacional para negociar reformas liberalizantes. Assad continua decidido a massacrar a rebelião.

Cerca de 50 dos 150 monitores da Liga Árabe chegam hoje a Damasco e devem visitar Homs amanhã, informa a agência de notícias Reuters.

Gorbachev aconselha Putin a deixar o poder

Vinte anos depois do desaparecimento da União Soviética, seu último presidente, Mikhail Gorbachev, principal responsável pelo fim da Guerra Fria, aconselha o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, a entregar o poder.

Putin sucedeu a Boris Yeltsin, primeiro presidente da Rússia pós-soviética, que promoveu uma privatização selvagem e deixou o país numa situação caótica.

Eleito presidente em 2000 e 2004, por impedimento constitucional, Putin passou o poder para seu aliado Dimitri Medvedev em 2008. Tornou-se primeiro-ministro e agora lançou sua candidatura à eleição presidencial de 4 de março.

Uma série de denúncias de fraude nas eleições parlamentares de 4 de dezembro provocou uma revolta popular. Duas grandes manifestações nas últimas semanas pediram "uma Rússia sem Putin".

Em entrevista em Moscou, citada pelo jornal francês Le Monde, Gorbachev aconselhou Putin "a partir imediatamente. Ele já governou por dois mandatos como presidente e um como primeiro-ministro. Três mandatos são suficientes. Ele deveria fazer o mesmo que eu fiz".

domingo, 25 de dezembro de 2011

Onda de ataques a igrejas mata 39 na Nigéria

Uma série de atentados terroristas coordenados contra igrejas cristãs do Centro e do Norte do país abalou a Nigéria neste dia de Natal, deixando pelo menos 39 mortos.

É uma reação do grupo extremista muçulmano Boko Haram, suspeito de ligações com a rede Al Caeda e alvo de uma campanha antiterrorista do governo Goodluck Jonathan, que pretende impor a lei islâmica a todos o país.

Com cerca de 155 milhões de habitantes, a Nigéria é o país mais populoso da África. É formado por mais de 300 povos e dividido quase meio a meio entre muçulmanos (50,4%) e cristãos (48,2%).

O pior ataque foi em Madala, um subúrbio da capital, Abuja, informa o jornal The New York Times.

Flores da Guerra conta o massacre de Nanquim

Uma das grandes tragédias da Segunda Guerra Mundial, o Massacre de Nanquim pelo Exército Imperial do Japão em 1937 em que 200 a 300 mil pessoas foram mortas, chega ao cinema.

As Flores da Guerra, do laureado diretor Zhang Yimou, é o filme mais caro feito até hoje na China, revela o jornal The New York Times.

sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL E MUITA PAZ!

A eterna mensagem de Natal de John Lennon: deem uma chance a paz.

Antes da música, há uma entrevista em que ele nos lembra que, na maioria dos casos, "somos governados por pessoas insanas com objetivos insanos". Mas a responsabilidade final é nossa: afinal, é o povo que elege presidentes, primeiros-ministros, governadores, prefeitos, deputados, senadores e vereadores.

FELIZ NATAL!

Mais de 30 mil russos protestam em Moscou

Dezenas de milhares de pessoas enfrentaram hoje o frio abaixo de zero do rigoroso inverno de Moscou para protestar contra a fraude nas eleições parlamentares de 4 de dezembro na Rússia.

Foi a segunda grande manifestação contra o governo, o partido Rússia Unida e o primeiro-ministro Vladimir Putin. Foram as duas maiores desde o fim da União Soviética, há 20 anos.

Os manifestantes prometeram manter os protestos durante a campanha eleitoral para a eleição presidencial de 4 de março de 2012, quando Putin será candidato, informa o jornal The New York Times.

Carros-bomba matam 44 e Síria acusa Al Caeda

Duas explosões de carros-bomba mataram 44 ontem em Damasco. Outras 166 pessoas saíram feridas. Os alvos eram prédios das forças de segurança. A ditadura síria acusou a rede terrorista Al Caeda.

Em Nova York, o Conselho de Segurança das Nações Unidas discute uma resolução para impor um embargo à venda de armas à Síria.

Enquanto a Europa e os Estados Unidos querem responsabilizar a ditadura de Bachar Assad, a Rússia insiste em também acusar os rebeldes que há nove meses lutam pela liberalização do regime.

"Se exigirem a retirada de toda referência à oposição extremista, não vai dar", advertiu o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin. Ele também rejeita o boicote à venda de armas. "Como vimos na Líbia, um embargo significa que não podemos fornecer armas ao governo, mas todos os outros podem armar os rebeldes", reportou a agência de notícias Reuters.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Turquia acusa França de genocídio na Argélia

Um dia depois que a Assembleia Nacional francesa decidiu criminalizar a negação de genocídios, a Turquia convocou seu embaixador em Paris para consultas e acusou a França de "massacrar 15% da população da Argélia depois de 1945 .

"Foi um genocídio", afirmou hoje o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan.

Os deputados franceses aprovaram a lei tendo em vista o genocídio de armênios pelo Império Otomano (turco) em 1915-16, durante a Primeira Guerra Mundial, considerado o primeiro do século 20.

Crescimento mundial em 2012 depende da China

Com a Europa em plena crise das dívidas públicas e a recuperação débil nos Estados Unidos, a economia mundial vai depender da China para crescer em 2012, afirma o economista britânico Jim O'Neill, o mesmo que previu há 10 anos que Brasil, China, Índia e Rússia seriam os principais motores do crescimento nas próximas décadas.

Para crescer acima de 8%, argumenta O'Neill em artigo publicado ontem no Financial Times, apesar da queda nas exportações e nos investimentos públicos, a China vai depender do fortalecimento do mercado interno.

EUA admitem erro na morte de 26 paquistaneses

Os Estados Unidos reconheceram ontem haver errado no incidente em que 26 militares do Paquistão foram mortos quando forças americanas realizavam uma operação contra extremistas muçulmanos da Milícia dos Talebã (Estudantes) perto da fronteira com o Afeganistão, em 25 de novembro de 2011, mas acusaram os paquistaneses de atirar primeiro.

Ao que tudo indica, os EUA não sabiam da presença de forças paquistanesas na região e as tomaram como inimigas. O Paquistão rejeitou o resultado do inquérito,

As mortes agravaram ainda mais a tensão entre EUA e Paquistão. Suas relações tinham sido abaladas por causa da invasão do país por comandos americanos para matar o líder terrorista Ossama ben Laden, em 1º de maio.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Onda de terrorismo mata 63 em Bagdá

Poucos dias depois da retirada das últimas forças de combate dos Estados Unidos, uma série de atentados terroristas coordenados semeou o terror hoje na capital do Iraque, atingindo bairros xiitas, sunitas e mistos. Pelo menos 63 pessoas morreram e centenas saíram feridas.

O modo de operação é semelhante ao da rede terrorista Al Caeda.

A violência explode no momento em que o governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki pediu a prisão do vice-presidente sunita.

É uma escalada que ameaça levar o país de volta a uma guerra civil sectária entre sunitas e xiitas, como aconteceu a partir do atentado que destruiu a Mesquita Dourada de Samarra, em 22 de fevereiro de 2006.

Em 2007, o então presidente americano George W. Bush, responsável pela invasão do Iraque e pelo atual clima de anarquia e guerra civil, ordenou um reforço, enviando mais soldados americanos. Os EUA conseguiram evitar uma guerra civil naquele momento, mas o conflito sectário entre sunitas e xiitas está de volta.

EUA cresceram menos do que estimado

A economia dos Estados Unidos cresceu no terceiro trimestre de 2011 num ritmo que projeta uma expansão anual de 1,8%, menos do que os 2% da estimativa anterior, mas um pouco acima do 1,3% do segundo trimestre.

Isso confirma a avaliação do banco central dos EUA de que o país terá crescimento fraco, incapaz de reduzir significativamente o desemprego.

O crescimento menor foi atribuído ao baixo consumo pessoal, que representa dois terços da maior economia do mundo.

Hamas prepara adesão à OLP

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), principal partido fundamentalista palestino, deu um passo para se associar à Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Seu líder, Khaled Mechal, se juntou ao comitê organizador das próximas eleições internas do grupo.

As eleições podem demorar anos, mas desde já Mechal vai trabalhar com o atual presidente da OLP e líder do partido Fatah (Luta), Mahmoud Abbas, informa o jornal israelense Haaretz.

Há três meses, sob protesto de Israel, os dois líderes anunciaram a formação de um governo de união nacional.

S&P rebaixa crédito da Hungria para lixo

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito da Hungria, considerando-a especulativa, para a categoria de "lixo" ou "papéis podres".

Vendas no varejo tem pequena alta na Itália

As vendas do varejo na Itália registraram uma pequena alta de 0,1% em outubro, depois de cinco meses de baixa. Em um ano, tiveram uma queda de 1,5%.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

BCE empresta 489 bilhões de euros a bancos

Mais de 500 bancos europeus aproveitaram a abertura de uma nova linha de crédito do Banco Central da Europa com três anos de prazo para tomar empréstimos no valor de 489 bilhões de euros, cerca de US$ 640 bilhões, superando a expectativa do mercado.

É um sinal de que acreditam que as outras fontes de financiamento serão escassas.

Coreia do Norte terá liderança coletiva

Com a morte de Kim Jong Il, o regime stalinista da Coreia do Norte deve passar a ter uma liderança coletiva, já que o sucessor designado, Kim Jong Un, terceiro filho do falecido ditador, tem apenas 28 anos. É considerado muito jovem e inexperiente, informou hoje a agência de notícias Reuters.

A mesma fonte disse que os militares juraram lealdade ao Grande Sucessor, como o jovem Kim vem sendo chamado pela imprensa oficial do último país comunista que ainda mantém os cerimoniais associados ao poder soviético.

Oposição síria denuncia 250 mortes em dois dias

Em uma e violenta ofensiva contra os rebeldes que lutam há nove meses contra a ditadura de Bachar Assad, as forças de segurança da Síria mataram pelo menos 250 pessoas nas últimas 48 horas.

Ontem, o regime sírio ameaçou de morte os responsáveis por "atos de terrorismo". É evidente que terrorista é um governo que fechou o país e há meses massacra sua população, sendo responsável por cerca de 5,5 mil mortes desde 15 de março de 2011.

Para a televisão pública britânica BBC, há um evidente aumento da violência.

Série de boas notícias anima o mercado

Num dos melhores dias para o noticiário econômico desde o agravamento da crise internacional, em agosto de 2008, as vendas do varejo no Reino Unido voltaram a crescer em dezembro depois de sete meses.

A confiança do empresariado da Alemanha aumentou em dezembro na contramão da crise do euro.

Um leilão de títulos de curto prazo da Espanha no valor total de 5,64 bilhões de euros teve procura acima da oferta. Os papéis espanhóis de dez anos pagaram juros de 5,05% ao ano e os da Itália 6,56%.

Nos Estados Unidos, a construção de casas novas aumentou 9,3%, num sinal de recuperação do setor onde a crise começou.

 Com essa avalanche de notícias positivas num mercado estressado por um ano difícil e perspectivas nebulosas em 2012, as bolsas de valores fecharam em alta no mundo inteiro, com valorização de 2,87% em Nova York e de 2,21% em São Paulo.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EUA estavam perto de acordo com Coreia do Norte

Os Estados Unidos estavam prestes a fechar um acordo para a Coreia do Norte parar de desenvolver armas nucleares em troca de uma ajuda de alimentos para o regime mais fechado do mundo, quando morreu o ditador Kim Jong Il, informou hoje o jornal israelense Haaretz.

A morte foi anunciada no momento em que o negociador americano, Glyn Davies, voltava para Washington depois de consultas na Coreia do Sul e no Japão.

Saída dos EUA acirra luta pelo poder no Iraque

Um dia depois que as últimas tropas de combate dos Estados Unidos deixaram o Iraque, o governo do primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki ordenou a prisão do vice-presidente sunita Tarik al-Hashimi, acusando-o por ataques a bomba e acirrando a luta pelo poder.

O vice-primeiro-ministro sunita já havia denunciado uma onda de prisões de antigos militantes do partido Baath, que governava o país sob a ditadura de Saddam Hussein (1979-2003), considerando a ação de Maliki ditatorial.

Agora, os sunitas ameaçam abandonar o governo de união nacional. Os EUA temem que as instituições que ajudaram os iraquianos a construir - a Justiça, a polícia e os meios de comunicação - sejam usados por Maliki para consolidar seu poder, observa o jornal americano The New York Times.

O conflito sectário entre árabes sunitas e árabes xiitas quase levou o país a uma guerra civil aberta e generalizada a partir de 22 de fevereiro de 2006, quando um ataque destruiu uma mesquita xiita na cidade de Samarra.

Síria ameaça matar rebeldes

A ditadura da Síria advertiu hoje pela televisão estatal que vai executar quem "participar de atos terroristas" ou "distribuir armas" à população civil.

Nigéria reforça orçamento para luta antiterrorismo

Com o objetivo central de combater o grupo extremista muçulmanos Boko Haram, responsável por centenas de mortes em ataques contra cristãos, o presidente Goodluck Jonathan aumentou para US$ 5,5 bilhões o orçamento de defesa da Nigéria para 2012.

Para o sítio da análises políticas Africa Confidential, a campanha é uma bonanza para os generais e as empresas de segurança, mas carece de objetivos políticos claramente definidos e transformou a capital, Abuja, numa praça de guerra, com câmeras nos principais cruzamentos rodoviários.

A estratégia confusa, centrada em operações militares e policiais, sem levar em conta a situação social e a miséria do Centro-Norte da Nigéria, base de operações da milícia fundamentalista, ameaça o programa de modernização da economia nigeriana lançado pelo presidente.

Síria admite receber observadores da Liga Árabe

Sob intensa pressão internacional depois de mais de 5 mil mortos em nove meses de revolta popular, a ditadura da Síria admitiu ontem receber uma equipe de observadores internacionais enviada pelos países da Liga Árabe.

Pelo menos cem pessoas teriam sido mortas só no dia de ontem.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Presidente do BCE alerta para risco de colapso do euro

Na sua primeira entrevista exclusive desde que assumiu a Presidência do Banco Central da Europa (BCE), o italiano Mario Draghi adverte para os custos de um possível colapso da união monetária europeia, algo considerado "absurdo" por seu antecessor, o francês Jean-Claude Trichet.

Mais uma vez, ele descartou um envolvimento maior do banco no combate à crise das dívidas públicas, insistindo em que sua ação é limitada pelos tratados constitutivos da União Europeia.

O mercado gostaria que o BCE interviesse comprando títulos dos países em dificuldades para rolar suas dívidas e emitisse bônus pan-europeu, lastreados por todos os 17 países da Zona do Euro. A Alemanha é contra porque teria de arcar com o ônus.

Desde maio de 2010, o BCE já comprou títulos de dívida no valor de 200 bilhões de euros, sob o protesto de Jürgen Stark, seu principal executivo alemão, que renunciou sob protesto. Na entrevista ao jornal inglês Financial Times, Draghi foi cauteloso ao tocar no assunto.

Sem apoio político interno para gastar dinheiro público alemão, a primeira-ministra Angela Merkel exige que os países adotem uma disciplina fiscal rigorosa. O problema é que o remédio é recessivo, aprofundando a crise e minando o apoio político aos governos dos países sob maior risco.

A terapia alemã ameaça matar o paciente.

Ditador da Coreia do Norte morre

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Il, conhecido oficialmente como o Querido Líder, morreu no sábado, anunciou na madrugada de hoje a televisão estatal norte-coreana.

 Ele tinha 69 anos, estava no poder desde 8 de julho de 1994, quando substituiu o pai, Kim Il Sung, fundador da Coreia do Norte depois da Segunda Guerra Mundial. Há três anos, sofreu um acidente vascular cerebral.

Em setembro de 2010, Kim Jong Il indicou seu terceiro filho, Kim Jong Un, de apenas 28 anos, como sucessor, confirmando a intenção de manter a primeira dinastia comunista. Ele já está sendo chamado na imprensa oficial de Grande Sucessor.


Líder de um dos países mais fechados do mundo, Kim Jong Il manteve a política de chantagem nuclear iniciada por seu pai, ameaçando fabricar armas atômicas para barganhar ajuda em energia e alimentos para sua população miserável e faminta. Calcula-se que 2 milhões tenham morrido de fome durante o reinado do ditador morto.

Nos últimos anos, a Coreia do Norte realizou duas explosões nucleares. A primeira, em 9 de outubro de 2006, foi considerada um fracasso pelos Estados Unidos. Também não está claro se o país aprendeu a empacotar o explosivo nuclear para fazer uma bomba, mas já é considerado uma potência nuclear.

Com a morte de Kim, as forças da Coreia do Sul entraram em prontidão.

Em 22 de março de 2010, o navio de guerra sul-coreano Cheonan foi a pique, matando 46 marinheiros. Meses depois, uma investigação internacional comprovou que tinha sido atacado pela Coreia do Norte.

Meses depois, em 23 de novembro de 2010, sem qualquer advertência, a Coreia do Norte disparou 170 rajadas de artilharia contra a ilha de Yeonpyeong, matando dois militares e dois civis sul-coreanos. Foi o primeiro ataque contra o território do Sul desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53).

Desde então, o presidente Lee Myung Bak cortou a ajuda humanitária e reduziu o comércio bilateral, deixando o Norte dependendo ainda mais de sua aliada a China, que lutou a seu lado na Guerra da Coreia, impedindo que as forças dos EUA reunificassem a Península Coreana com o aval das Nações Unidas.

Esse novo período de transição realimenta as tensões na península, até hoje dividida por uma zona desmilitarizada ao longo do paralelo 38ºN. É a última fronteira da Guerra Fria. Vinte anos depois do fim da União Soviética, o último regime stalinista ainda agoniza, numa agonia nuclear.

domingo, 18 de dezembro de 2011

EUA concluem retirada do Iraque

Os últimos soldados dos Estados Unidos que participaram da ocupação do Iraque cruzaram hoje a fronteira com o Kuwait, encerrando a participação americana na guerra.

Václav Havel morre aos 75 anos

O escritor, dramaturgo, ex-dissidente do regime comunista e ex-presidente da República Tcheca morreu hoje aos 75 anos.

Teatrólogo talentoso, Havel aproveitou a breve abertura política do regime comunista conhecida como Primavera de Praga para liberar sua criatividade, tornando-se um dos escritores de maior prestígio da Tcheco-Eslováquia.

Com a invasão soviética de agosto de 1968, a tentativa do líder Alexander Dubcek de construir "um socialismo com face" foi esmagada pelos tanques do Pacto de Varsóvia, a aliança militar liderada pela União Soviética.

Havel se tornou um dos principais dissidentes políticos do regime comunista, que batizou de Absurdistão. Seus textos daquela época denunciam um sistema político baseado na subserviência e na incompetência, em que os menos capazes subiam graças ao dedurismo e ao puxa-saquismo.

Um dos principais autores da Carta dos 77, que protestava contra a opressão de caráter stalinista, Havel virou o maior porta-voz da luta contra o comunismo na Tcheco-Eslováquia.

Preso em fevereiro de 1989, ele saiu da cadeira com a onda de revoluções liberais que rompeu a cortina de ferro, levou o sindicato independente Solidariedade ao poder na Polônia e derrubou o Muro de Berlim para se tornar o primeiro presidente da Tcheco-Eslováquia livre depois da chamada Revolução de Veludo.

Contra a sua vontade, a democratização provocou a divisão do país. Atingido por um câncer de pulmão, Havel deixou a vida política, mas até a morte foi o homem público mais popular da República Tcheca.

Tive a honra de entrevistá-lo para o Jornal do Brasil antes de sua visita ao Brasil, em setembro de 1996.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Aniversário da revolta árabe tem mortes no Egito

Pelo menos dez pessoas foram mortas hoje no Egito em choques entre manifestantes e a polícia, no aniversário de um ano da tentativa de suicídio que deflagrou uma onda de revoluções democráticas no mundo árabe.

Em 17 de dezembro de 2010, o jovem profissional universitário desempregado Mohamed Bouazizi tentou se matar tocando fogo na própria roupa depois que a polícia aprendeu a banca de frutas e as mercadorias que vendia para tentar sobreviver, no interior da Tunísia. Quando ele morreu, em 4 de janeiro de 2011, a revolta explodiu.

Dez dias depois, caiu o ditador Zine ben Ali, no poder havia 23 anos. Um mês depois, em 11 de fevereiro, seria a vez do ditador do Egito, Hosni Mubarak, no poder havia quase 30 anos.

Na época, as Forças Armadas decidiram ficar do lado dos manifestantes. Tudo mudou nas últimas semanas, talvez em função da vitória dos partidos islamitas nas eleições parlamentares que ainda estão em andamento em algumas regiões do país.

Hoje o primeiro-ministro Kamal Ganzouri acusou os manifestantes concentrados na Praça da Libertação, no centro do Cairo, que exigem sua queda, de "serem contra a revolução. Eles estão atacando a revolução", informa o jornal The New York Times.

O Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país desde a queda de Mubarak, nega que o Exército esteja massacrando civis nas ruas. Diante de imagens de mulheres sendo arrastadas e tendo roupas rasgadas por agentes da repressão, o ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica Mohamed ElBaradei, aspirante à Presidência do Egito, prometeu responsabilizar os militares.

OTAN matou dezenas de civis inocentes na Líbia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) apresenta a operação na Líbia como um modelo de intervenção militar por razões humanitárias, onde teria atacado com a preocupação de proteger civis inocentes. Mas uma investigação independente em 25 locais bombardeados pela aliança atlântica descobriu pelo menos 13 ataques errados, com pelo menos 40, talvez 70, mortos.

Em sete meses de guerra aérea, a OTAN disparou até 21 de outubro de 2011 7,7 mil bombas ou mísseis contra as forças leais ao ditador Muamar Kadafi, com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a fim de proteger a população civil.

Os erros foram atribuídos a problemas técnicos nas bombas e mísseis, e à escolha de alvos errados por falta de informação e de pessoal qualificado em terra para orientar os ataques. Para evitar danos aos civis, a OTAN nem usou bombas de fragmentação nem revestidas de urânio.

A investigação, feita pelo jornal The New York Times, revela ainda que houve ataques à infraestrutura civil, inclusive a depósitos de alimentos.

FÉRIAS NO SUL

Estou viajando hoje para tirar férias no Sul do Brasil. Nos próximos dias, não terei condições de atualizar este blogue como de costume.

Desde já, peço desculpas aos leitores.

Tempestade mata 436 nas Filipinas

Pelo menos 436 pessoas morreram por causa da tempestade tropical Washi, nas Filipinas. Outras centenas estão desaparecidas, informa o jornal The New York Times.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Bradley Manning é apresentado à Justiça

O soldado americano Bradley Manning, preso em 20 de maior de 2010 em Bagdá sob a acusação de passar documentos sigilosos à organização não governamental WikiLeaks, foi apresentado à Justiça hoje pela primeira vez, num tribunal de Forte Meade, perto de Washington.

Desde aquela época, o sítio do WikiLeaks divulgou milhares de documentos sigilosos do Departamento de Estado, além de fitas com gravações de operações militares desastradas e desastrosas dos Estados Unidos no Iraque.

Manning está sendo pressionado a incriminar o australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks.

Argentina aprova lei para controlar a imprensa

Por iniciativa do governo Cristina Kirchner, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou ontem um projeto declarando de interesse público a única empresa fabricante de papel de imprensa no país. A Papel Prensa é controlada pelos dois maiores jornais argentinos, Clarín e La Nación, críticos do governo, que tem uma participação minoritária.

França terá recessão e crescimento abaixo de 1%

Sob o impacto da crise das dívidas públicas da Zona do Euro, a economia da França deve registrar pequenas quedas no último trimestre de 2011 e no primeiro de 2012, e crescer abaixo de 1% no próximo ano.

A segunda maior economia da Europa e quinta do mundo deve encolher 0,2% neste fim de ano e mais 0,1% nos três primeiros meses de 2012, previu ontem o Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee).
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OMC aprova adesão da Rússia

Depois de 18 anos de negociações, a Organização Mundial do Comércio (OMC) aprovou hoje o ingresso da Rússia. Nenhum país levou tanto tempo negociando.

Agora, a Duma do Estado, a Câmara Federal russa, tem seis meses para ratificar a associação.

Era o último grandes país do mundo que estava fora do sistema multilateral de comércio, que agora cobre cerca de 90% do comércio internacional.

Metade dos americanos é pobre ou tem renda baixa

Sob pressão da pior crise econômica do país desde a Grande Depressão (1929-39), quase metade dos americanos vive na pobreza ou tem renda baixa. Os números do último censo confirmam a redução da orgulhosa classe média que era ampla maioria da população dos Estados Unidos.

"As redes de proteção social, como cupons de alimentação e devoluções de imposto de renda, ajudaram a conter o aumento da pobreza em 2010, mas muitas famílias de empregados de baixa renda são consideradas ricas demais para ter direito a benefícios", comenta Sheldon Danziger, professor de políticas públicas especializado em pobreza da Universidade de Michigan, citado pelo jornal digital The Huffington Post.

Congresso dos EUA faz acordo para autorizar gastos

A 28 horas de mais um prazo-limite para evitar a paralisação do governo federal dos Estados Unidos, os negociadores dos partidos Democrata e Republicano chegaram a um acordo para autorizar mais gastos no valor de US$ 1 trilhão, cobrindo as necessidades das agências até o fim do ano fiscal, em setembro de 2012, informou agora há pouco o jornal The Washington Post.

TV Senado entrevista embaixador dos EUA


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Sinopse do Diplomacia Edição nº85 – dezembro de  2011

A última edição de 2011 do Diplomacia, a revista de política internacional da TV Senado, traz uma reportagem especial na tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu, sobre o Estatuto do Sacoleiro. Nossa equipe mostra o que muda no comércio do local, já que a nova lei tem o objetivo de incentivar a formalização dos pequenos comerciantes que atravessam a aduana da Receita Federal todos os dias.  

Você confere também um balanço do primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff. De acordo com especialistas e parlamentares, a política externa brasileira não teve grandes mudanças. A percepção é de que o governo tem se voltado mais para as questões internas. Mas a presidente já demonstra um estilo próprio para conduzir as relações internacionais do país.

O quadro Dossiê Diplomático discute a polêmica em torno da Lei Geral da Copa, com exigências da FIFA para a realização do Mundial de Futebol no Brasil, prevista para ser votada na semana que vem na comissão especial destinada a estudar o assunto na Câmara dos Deputados. Especialistas e autoridades revelam que o projeto de lei entra em choque com a legislação brasileira, especialmente com o Código do Consumidor.

No Diplomacia Entrevistao embaixador americano, Thomas Shannon, analisa as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e aponta que o trânsito de turistas de um país para o outro deve ficar menos complicado a partir de agora.

O programa mostra, ainda, o retorno dos trabalhos no Parlamento do Mercosul, que, depois de um ano, conta com mais representantes. E uma reportagem da TV Assembléia do Ceará revela que, pela proximidade, o estado aproveita o mercado com países de Língua Portuguesa para alavancar a economia local.

No bloco cultural, o Arte e Diplomacia mostra uma viagem pela Polônia por meio de cartazes culturais. As colunas trazem a produção cinematográfica angolana e o som caribenho de Eddy Herrera. E o ensaio fotográfico, de Kênia Ribeiro, desta vez é sobre a Ilha de Páscoa, no Pacífico.


Serviço:
O programa Diplomacia, a revista de Política Internacional da TV Senado, vai ao ar neste final de semana: sábado, dia 17/12, às 12h30 e às 22h30; Domingo, dia 18/12, às 9h e às 17h. Reprise no final de semana seguinte: sábado, dia 24/12, às 3h e às 17h; e no domingo, dia 01/01, às 3h.

A TV Senado pode ser sintonizada em canal aberto (UHF) nas seguintes cidades:
·         16 UHF (Rio Branco – AC)
·         36 UHF (Gama-DF)
·         40 UHF (João Pessoa-PB)
·         43 UHF (Fortaleza-CE)
·         49 UHF (Rio de Janeiro-Zona Oeste)
·         51 UHF (Brasília-DF)
·         52 UHF (Natal-RN)
·         53 UHF (Salvador-BA)
·         55 UHF (Recife-PE)
·         56 UHF (Cuiabá-MT)
·         57 UHF (Manaus-AM)
Também nos canais 07 (Net Brasília), 118 (Sky), 217 (Direct TV) e 17 (TECSAT), 121 (VIA-Embratel), 903 (OI-TV) ou na Internet pelowww.senado.gov.br/tv.

Tai Chi ajuda equilíbrio de deficientes visuais idosos

A prática da milenar arte marcial chinesa Tai Chi melhora o controle do equilíbrio em idosos com deficiência visual, revela pesquisa publicada hoje na revista Age and Ageing (Idade e Envelhecimento), da Sociedade Britânica de Geriatria.

O equilíbrio é fundamental para os idosos, que podem se ferir gravamente em quedas. A prática do Tai Chi fortalece os músculos e melhora o equilíbrio, ajudando a evitar acidentes.

Pesquisadores do Centro Leste-Oeste de Ciências de Reabilitação da Universidade Politécnica de Hong Kong fizeram uma experiência com 40 pessoas de mais de 70 anos. Durante 16 semanas. esse grupo fez treinos de Tai Chi de 90 minutos três vezes por semana.

O exercício enfatiza a mudança da posição do peso do corpo em diferentes direções, a rotação da cabeça e do tronco, e a consciência do alinhamento do corpo.

A medicina sabe há muito que o exercício físico regular tem efeitos fisiológicos e psicológicos positivos para todos os adultos. Os idosos com deficiência visual estão entre o grupo dos menos ativos fisicamente. Isso pode reduzir o bem-estar, que o Tai Chi ajuda a restaurar.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vila chinesa expulsa dirigentes comunistas

Uma vila de pescadores e agricultores desafia o Partido Comunista, que detém o monopólio do poder na China há 62 anos. Em Wukan, na província de Cantão, no Sudeste, principal zona industrial do país, os moradores cansados da corrupção expulsaram os agentes públicos.

A questão central é sobre terras que teriam sido desapropriadas pelo governo e entregues a empresas de engenharia. Quando a população soube que um de seus negociadores junto aos dirigentes comunistas tinha morrido na prisão, na segunda-feira, a violência explodiu.

Na versão oficial, o homem de 42 anos teria sofrido um ataque cardíaco, mas seus parentes denunciam sinais de tortura.

Agora, os moradores acusam a polícia de bloquear a chegada de suprimentos como água e comida para sufocar a rebelião, reporta o jornal The New York Times. As autoridades exigem o fim da revolta e ameaçam reprimi-la com dureza.

Rússia propõe condenação à Síria na ONU

Em um "acontecimento extraordinário" na opinião de um diplomata francês, a Rússia surpreendeu a sociedade internacional e apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um projeto de resolução condenando a violência na Síria.

A proposta condena a violência "de todas as partes, inclusive o uso desproporcional da força pelas autoridades sírias".

Diante do ensaio de uma Primavera Russa com as grandes manifestações de protesto contra as fraudes nas eleições parlamentares de 4 de dezembro de 2011, o Kremlin se apressa em tentar marcar as supostas diferenças entre a política interna e o que está acontecendo no mundo árabe.

É uma reviravolta. Há poucos meses, a China e a Rússia vetaram um projeto de resolução apresentado por cinco países europeus condenando a ditadura de Bachar Assad, que deflagrou uma onda de repressão às manifestações inicialmente pacíficas responsável por mais de 5 mil mortes desde 15 de março de 2011.

Pedidos de seguro-desemprego caem nos EUA

O número de novos pedidos de seguro-desemprego diminuiu em 19 mil na semana passada nos Estados Unidos, caindo para 366 mil, o menor desde maio de 2008, antes do agravamento da crise financeira internacional.

Com este sinal de recuperação do mercado de trabalho, a Bolsa de Valores de Nova York opera em alta. A taxa de desemprego está em 8,6%.

Até hoje, nenhum presidente dos EUA se reelegeu com desemprego acima de 7,2% no dia da eleição.

EUA encerram invasão do Iraque

Depois de oito anos e nove meses, e das mortes de 4.484 mil soldados americanos, 179 britânicos, 139 de outros países aliados e mais de 100 mil civis iraquianos, os Estados Unidos encerraram hoje a invasão do Iraque, ordenada em março de 2003 pelo então presidente George W. Bush sob a alegação de que a ditadura de Saddam Hussein estaria desenvolvendo armas de destruição em massa.

A ditadora genocida de Saddam caiu em 9 de abril daquele ano, mas as armas químicas, biológicas e nucleares proibidas nunca foram encontradas. Foi uma guerra ilegal, por não ter sido autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, e ilegítima porque o motivo alegado era falso.

Bush esperava uma guerra rápida. Chegou a declarar vitória, em 1º de maio de 2003, a bordo do porta-aviões americano Abraham Lincoln, no Golfo Pérsico.

Com a anarquia desencadeada pela queda da ditadura, logo os EUA precisaram da ajuda da ONU, que haviam humilhado ao ignorar a oposição do Conselho de Segurança à ação militar. Em agosto de 2003, um ataque terrorista suicida contra a sede da ONU em Bagdá matou o chefe da missão, o embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

Diante do vácuo de poder e da desmobilização da polícia e das Forças Armadas do antigo regime, milhares de homens com armas e treinamento militar iniciaram uma revolta contra a ocupação. Ao não opor resistência à invasão, o regime preservou homens e armas para uma longa guerra de guerrilha.

O caos alimentou o conflito sectário entre sunitas e xiitas.

Em 31 de março de 2004, quatro americanos contratados pelo Departamento da Defesa dos EUA foram alvo de uma embosca em Faluja, conhecida como a cidade das mais de 200 mesquitas, à beira do Rio Eufrates. Como represália, os EUA atacaram a cidade, matando mais de 600 pessoas, uma ferida aberta até hoje nas relações americano-iraquianas.

Prisioneiro com fios para tortura
Um mês depois, foram reveladas as fotos de torturas praticadas por americanos na prisão de Abu Ghraib, nos arredores de Bagdá. O centro de detenção e tortura de Saddam tinha se tornado centro de tortura para os EUA.

Quando o então secretário de Estado, general Colin Powell, se opôs à guerra, defendida pelos neoconservadores do governo Bush, disse ao presidente que, ao derrubar Saddam, os EUA se tornariam donos do destino de 25 milhões de habitantes de um país com profundas diferenças culturais.

Soldada Lynndie England arrasta preso
Entre as principais questões sobre o delirante projeto neoconservador de usar a democratização à força do Iraque como modelo para o resto do Oriente Médio, era saber se o Iraque era um produto de Saddam e assim poderia ser democratizado, ou se Saddam era um produto do Iraque.

Neste caso, os EUA seriam o novo Saddam. Teriam de impor sua própria ditadura a um país criado artificialmente pelas potências ocidentais depois da dissolução do Império Otomano, no fim da Segunda Guerra Mundial.

O ditador foi condenado por suas campanhas contra xiitas e curdos e enforcado em 30 de novembro de 2006. Mas o novo Iraque emergiu das urnas profundamente dividido entre suas etnias e religiões.

Enquanto árabes xiitas e curdos, perseguidos por Saddam, apoiavam a nova ordem, os sunitas boicotaram as primeiras votações e formavam o grosso da insurgência, onde logo entrou a rede terrorista Al Caeda, abrindo uma nova frente de batalha para enfrentar seus arqui-inimigos americanos.

A maioria xiita, com sua ligação natural com o vizinho Irã, sabia que dependia dos EUA, mas não mostrava muita confiança no invasor, enquanto os curdos tinham consciência de sua total dependência dos americanos para terem alguma chance.

Diante da impossibilidade de acordo entre os diferentes grupos, Al Caeda, sunita, aliada aos antigos partidários de Saddam, apostou no conflito sectário com os xiitas. Quase levou o país a uma guerra civil capaz de envolver vizinhos poderosos como a Arábia Saudita, sunita, e o Irã, xiita, a partir do ataque à mesquita xiita de Samarra, em 22 de fevereiro de 2006.

Com a violência generalizada, os EUA chegaram a cogitar uma retirada imediata que deixaria o Iraque numa guerra civil e até mesmo a divisão do país entre seus grupos étnicos e religiosos, tese defendida pelo atual vice-presidente, Joe Biden, durante a campanha eleitoral de 2008. Só revelou sua profunda ignorância.

Bush optou por um reforço de tropas. Sob o comando do general David Petraeus, os EUA criaram um perímetro de segurança na superfortificada Zona Verde, no centro de Bagdá, e a partir daí começaram a expandi-la. Tiveram apoio decisivo dos líderes tribais sunitas, que não queriam viver sob o extremismo que os salafistas d'al Caeda queriam impor ao país. Com armas e treinamento americanos, eles derrotaram os seguidores de Ossama ben Laden.

Quando o presidente Barack Obama assumiu, em janeiro de 2009, tinha a preocupação de acabar com uma guerra que ele sempre foi contra, como mostram seus pronunciamentos e votos da época da invasão. Ele anunciou a retirada que está terminando agora.

A Guerra do Iraque derrubou os governos da Espanha, Portugal e Reino Unido, que participaram da invasão. Bush não elegeu seu sucessor muito mais pela crise econômica.

Há poucos dias, Obama recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki. Com cautela, Obama afirmou que o Iraque é hoje um país melhor do que na era Saddam, tentando desculpar os EUA pela invasão sem dar munição à direita republicana, que o acusa de ser fraco em defesa e segurança nacional, apesar da morte de Ben Laden e da queda e morte do ditador líbio Muamar Kadafi.

Mas há sérias dúvidas sobre as credenciais democráticas de Maliki. Aliado do Irã, onde viveu exilado, ele não mostrou sinal de dar o menor apoio ao cerco diplomático que os EUA querem impor para pressionar a república islâmica a desistir de fabricar armas atômicas. Também não se manifestou quanto à guerra civil na vizinha Síria, aliada do Irã.

No plano interno, o vice-primeiro-ministro sunita, Saleh al-Mutlaq, deixou claro nos últimos dias que não confia em Maliki, a quem acusa de não querer dividir o poder. Além da proximidade com o Irã, o governo de maioria xiita teria lançado numa nova perseguição aos partidários do antigo regime e do partido Baath, de Saddam Hussein.

Quanto às causas da invasão, o chefe da missão de inspetores da ONU para armas químicas e biológicas no Iraque, o embaixador sueco Hans Blix, está convencido de que o verdadeiro motivo foi o petróleo do Iraque, argumento considerado mais provável ou até evidente por analistas de esquerda.

Talvez a questão seja mais complicada. As armas de destruição em massa foram apenas um pretexto. O senador John Kerry, que perdeu a eleição presidencial de 2004 para Bush, argumentou num debate da campanha, com base nas informações secretas a que tinha acesso, que pelo menos 34 países representavam uma ameaça maior à segurança dos EUA do que o Iraque de Saddam Hussein.

Em 12 de setembro de 2001, um dia depois dos atentados terroristas contra Nova York e o Pentágono, o subsecretário da Defesa Paul Wolfowitz, talvez o principal articulador da guerra, propunha a invasão do Iraque como parte da resposta, embora não houvesse qualquer indício de ligação de Saddam com extremistas muçulmanos.

Os EUA precisavam mostrar ao mundo e aos árabes, e especialmente aos islamitas radicais, que estavam prontos para ir à guerra e matar ou morrer pela pátria, que não eram covardes governados por mulheres como dizia Ben Laden. Queriam dar uma demonstração de força tomando um país árabe.

Até 10 de setembro de 2001, Saddam era o maior inimigo dos EUA no mundo árabe. A possibilidade de uma aliança de Saddam com Al Caeda era remota porque ele sabe que seria engolido pelo jihadismo.

Uma hipótese conjuga a necessidade de reafirmar sua presença militar no Oriente Médio com o interesse em garantir o suprimento de petróleo, motivo da importância geopolítica da região.

Ao escolher sauditas como 15 dos 19 terroristas suicidas do 11 de Setembro, Ben Laden queria abrir uma brecha nas relações entre os EUA e a Arábia Saudita, sua pátria, berço do Islã e sede das cidades sagradas de Meca e Medina, um país conspurcado, na visão salafista, pela presença de forças militares americanas.

A inesperada força d'al Caeda trouxe o fantasma de uma revolução islâmica na Arábia Saudita, que detém mais de 25% das reservas mundiais conhecidas de petróleo. Ao invadir o Iraque, os EUA teriam um novo país para onde remover suas forças sem retirá-las do Oriente Médio e acesso às que eram consideradas na época as segundas maiores reservas mundiais de petróleo.

Os contratos assinados pelo governo do Iraque com a companhias de petróleo da China derrubam a hipótese de que um dos motivos por trás da invasão seria restringir o acesso chinês às fontes de energia de que necessita para manter seu extraordinário crescimento econômico. A Exxon e a Shell têm enfrentado dificuldades. Estão ameaçadas de ter de sair do Iraque, o que indicaria que não há privilégios para empresas dos EUA e do Reino Unido.

Uma cerimônia em Bagdá marcou hoje o fim de uma guerra que custou mais de US$ 1 trilhão ao povo americano, contribuindo para aumentar o déficit e a dívida pública do país.

Com a presença do secretário de Defesa, Leon Panetta, que viajou secretamente a Bagdá, a bandeira americana foi retirada do aeroporto da capital iraquiana como símbolo da retirada final, reporta a TV pública britânica BBC. Ficam apenas cerca de 160 soldados para proteger a Embaixada dos EUA.

Os americanos deixam o Iraque sem honra nem glória, depois de uma guerra desastrosa. Chegaram em 20 de março de 2003, com um bombardeio devastador para chocar e apavorar os iraquianos. Deixam um país arrasado, com um conflito sectário e um sistema político que não funciona, adverte o jornal The New York Times. Saem praticamente em silêncio.

Moyano renuncia à presidência do partido peronista

O principal líder sindical da Argentina, Hugo Moyano, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), pediu demissão do cargo de presidente interino do Partido Justicialista (peronista) na província de Buenos Aires, informa o jornal Clarín.

Moyano era um dos principais aliados do casal Kirchner e um dos homens-fortes do kirchnerismo. Chegou a liderar o bloqueio às gráficas dos mais tradicionais jornais argentinos, o Clarín e La Nación, acusados pelo oficialismo de serem contra o governo. Perdeu força com a morte do ex-presidente Néstor Kirchner em outubro de 2010. Chegou a reivindicar a candidatura a vice-presidente na chapa da presidente Cristina Kirchner, que preferiu seu ministro da Economia, Amado Boudou.

Hungria e República Tcheca recuam em pacto fiscal

Em mais sinais de problemas no acordo anunciado na semana passada pela União Europeia para combater a crise das dívidas públicas no continente, os primeiros-ministros da Hungria e da República Tcheca advertiram hoje que não estão dispostos a perder a independência de suas políticas de impostos, noticiou agora há pouco a BBC.

Ontem, a Suécia declarou que, como não adota o euro como moeda, não precisa respeitar os limites do pacto fiscal imposto pela Alemanha.

Não é só o Reino Unido que tem problemas para aceitar o acordo, considerado insuficiente pelo mercado.

Investimento externo no Brasil triplica

O investimento externo direto no Brasil triplicou nos últimos cinco anos até 2010, com o estoque total de capital chegando a US$ 660,5 bilhões, informou hoje o Banco Central.

É pouco mais de 30% do produto interno bruto do país, estimado em US$ 2,145 trilhões.

Chirac é condenado a dois anos mas não vai preso

O ex-presidente Jacques Chirac foi condenado hoje a dois anos de prisão pelo Tribunal Correcional de Paris por corrupção quando era prefeito da capital da França (1977-95), mas terá direito a suspensão de pena.

Chirac, de 79 anos, está doente e não foi ao tribunal. Ele foi denunciado por desviar dinheiro público para a criação de 28 empregos falsos nas prefeituras de Paris e de Nanterre para cabos eleitorais, num esquema de financiamento ilegal de seu partido gaulista, a Reunião pela República (RPR), por quebra de confiança, abuso de poder e conflitos de interesses, reporta o jornal The Washington Post.

Investimento externo na China diminui

Pela primeira vez em dois anos e quatro meses, o investimento externo direto na China caiu. Em novembro de 2011, foi 9,76% menor do que no mesmo mês no ano anterior, ficando em US$ 8,76 bilhões, informou nesta madrugada o governo chinês.

Os investimentos de empresas americanas baixaram 23% até novembro, e os da União Europeia ficaram praticamente estagnados.

Sob o impacto da crise internacional, a produção industrial chinesa pode recuar em dezembro pelo segundo mês seguido, sinaliza o índice de gerentes de compras calculado pelo banco HSBC.

Romney usa slogan da Ku Klux Klan

O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, aspirante à candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, usa o slogan "Mantenha a América americana", o mesmo que nos anos 20 aparecia em publicações do grupo supremacista branco Ku Klux Klan, o mais notório movimento segracionista do país.

Suas campanhas violentas tinham como alvos negros, católicos, judeus e homossexuais.

Jovens dos EUA fumam menos tabaco e mais maconha

Os jovens americanos estão fumando menos tabaco e bebendo menos. O consumo das drogas lícitas nunca esteve tão baixo. É o maior desde o início da pesquisa Monitorando o Futuro, da Universidade de Michigan e do Instituto Nacional de Saíde dos Estados Unidos. Mas eles estão fumando mais maconha.

No mês passado, só 19% dos estudantes que estão no fim do ensino médio nos EUA disseram ter fumado um cigarro no mês passado. Em meados dos anos 90, eram 36,5%.

Ao mesmo tempo, um em cada 15 adolescentes admitiu fumar maconha todos os dias. O uso da droga aumentou em 2011 pelo quarto ano seguido, em contraste com um declínio na década passada. É o maior em 31 anos, desde 1981, informa a agência de notícias Reuters.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Carlos o Chacal pode pegar prisão perpétua mais 18 anos

A Justiça da França deve pedir a pena máxima de prisão perpétua e mais 18 anos de medida de segurança para o venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, mais conhecido como Carlos, o Chacal, denunciado por quatro atentados terroristas que deixaram 11 mortos e mais de 150 feridos no país em 1982 e 1983, noticia hoje o jornal Le Monde.

Thomas Cook tem prejuízo e fechará 200 lojas

Com a queda no turismo causada pelas revoltas no mundo árabe, a agência de viagens britânica Thomas Cook teve um prejuízo de US$ 800 milhões de dólares. Deve fechar 200 lojas no Reino Unido.

EUA acusam Hesbolá de tráfico de drogas

Os Estados Unidos acreditam que o Lebanese Canadian Bank é um instrumento de lavagem de dinheiro da milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), inclusive do tráfico de cocaína, o que teria criado laços do grupo com as máfias da Colômbia e do México.

Durante anos, o Hesbolá teria recebido cerca de US$ 200 milhões por ano de seus patrocinadores tradicionais, o Irã e a Síria. Essa ajuda diminuiu com as sanções internacionais contra o programa nuclear iraniano e a revolta popular síria, que já dura nove meses.

"A habilidade de grupos terroristas como o Hesbolá de se financiar com recursos do crime organizado é o novo desafio do mundo pós-11 de setembro" de 2001, observa Derek Maltz, da Agência de Repressão às Drogas dos EUA (DEA), citado pelo jornal The New York Times.

Euro cai abaixo de US$ 1,30

A moeda comum europeia caiu hoje abaixo de US$ 1,30, sua menor cotação desde 12 de janeiro de 2011, sinalizando a conclusão do mercao financeiro de que as medidas anunciadas na reunião de cúpula da União Europeia na semana passada não serão suficientes para resolver a crise das dívidas públicas da Zona do Euro, informa o jornal The Wall St. Journal.

Um dos motivos foi a taxa de juros recorde paga pela Itália na era do euro para vender 3 bilhões de euros em títulos da dívida pública com cinco anos de prazo: 6,47% por ano.

No mundo inteiro, as bolsas de valores operam em baixa.

Produção industrial da Europa cai 0,2%

A produção industrial da Zona do Euro registrou queda de 0,1% em outubro, enquanto a União Europeia como um todo teve recuo de 0,2% em relação a setembro. Na comparação anual, as duas regiões tiveram alta de 1,3%, informa a Eurostat, órgão oficial de estatísticas do bloco.

Filho de Murdoch sabia dos grampos telefônicos

O empresário James Murdoch, filho do magnata da mídia Rupert Murdoch, mentiu ao Parlamento Britânico quando disse que não sabia que repórteres dos jornais da empresa News International usavam escuta telefônica clandestina para conseguir notícias exclusivas.

Ele respondeu a mensagens de correio eletrônico que descreviam como um "cenário de pesadelo" as consequências legais do Grampogate, o escândalo de escuta telefônica clandestina do News of the World, que era o jornal dominical mais vendido no Reino Unido até para de circular, em julho de 2011.

Em declaração divulgada ontem, James Murdoch alega que recebeu a mensagem no seu Blackberry mas não leu "toda a série de mensagens" acumuladas naquele email, informa o jornal The New York Times.

OTAN reduz missões de combate no Afeganistão

Os planos do comandante militar dos Estados Unidos no Afeganistão, general John R. Allen, para 2012 são de colocar os militares americanos e dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como assessores em missões a serem realizadas pelas forças de segurança afegãs.

Seus principais objetivos são manter os territórios tomados da milícia fundamentalista dos Talebã no Sul do país, seu principal centro de operações, e tentar conter a movimentação de extremistas na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.

Dos 33 mil soldados a mais enviados pelo presidente Barack Obama em 2009, 10 mil deixam o Afeganistão ainda neste ano e os outros até setembro de 2012. Ainda ficam no país 68 mil soldados dos EUA e 38 mil de outros países da OTAN.

As forças de segurança do Afeganistão tem 305 mil homens hoje e terão 352 mil no fim do próximo ano, informa o jornal The New York Times.

Durão Barroso acusa Cameron de exigir o inaceitável

Depois da Alemanha, da França e do próprio vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, ontem foi a vez do presidente da Comissão Europeia, o ex-primeiro-ministro conservador português José Manuel Durão Barroso, atacar o veto do primeiro-ministro David Cameron a uma reforma dos tratados constitutivos da União Europeia.

Na reunião de cúpula de quinta e sexta-feira passadas em Bruxelas, na Bélgica, o chefe de governo do Reino Unido teria feito exigências inaceitáveis, capazes de destruir o mercado único europeu, afirmou Durão Barroso em discurso no Parlamento Europeu.

Ao prestar contas ao Parlamento Britânico, Cameron alegou ter vetado a mudança para proteger os interesses do país, especialmente do centro financeiro de Londres. Foi criticado pelo líder da oposição, Ed Miliband, por não ter impedido o acordo para salvar o euro ao mesmo tempo em que excluiu o Reino Unido da mesa onde serão tomadas as grandes decisões econômicas da União Europeia.

Cameron não tem condições de submeter qualquer legislação europeia à Câmara dos Comuns sem enfrentar uma revolta de sua própria bancada conservadora. Com a crise do euro, cresce o eurocetismo na Grã-Bretanha. Vários conservadores querem realizar um plebiscito para tirar o país da UE.

O governo britânico negou hoje que as propostas do primeiro-ministro representassem qualquer ameaça ao mercado único, o maior interesse do Reino Unido no processo de integração da Europa. Mas o mal-estar é o pior desde a era Margaret Thatcher (1979-90).

Um eurodeputado francês sugeriu que seja revisto o acordo que dá uma devolução ao Reino Unido porque o país pouco ganha com a política comum de subsídios agrícolas, que beneficia mais a França, a Alemanha, a Itália e a Espanha.

Fed vê crescimento moderado com riscos

A Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, vê um crescimento maior mas ainda moderado da maior economia do mundo, mas adverte para os riscos.

No fim de uma reunião de dois dias, o Comitê de Mercado Aberto do Fed advertiu hoje que o risco de contração ainda é uma ameaça, sem anunciar novas medidas de estímulo neste ano.

Ao mesmo tempo, decidiu manter inalterada sua taxa básica de juros inalterada numa faixa de 0-0,25% ao ano, ou seja, praticamente zero e indicou que deve ficar assim até meados de 2013.

Há duas interpretações do anúncio do Fed. Por um lado, o banco central americano observa uma modesta aceleração do crescimento, que pode desandar, especialmente se a crise das dívidas públicas da Europa se agravar. Não considera necessário um estímulo extra para evitar uma estagnação ou recessão.

Por outro lado, ao sinalizar que pretende manter sua taxa básica de juros em praticamente zero por mais um ano e meio, está dizendo que não espera um crescimento mais forte neste período. No trimestre passado, os EUA cresceram num ritmo de 2% ao ano.

Gingrich abre vantagem na corrida republicana

O ex-presidente da Câmara Newt Gingrich abriu uma grande vantagem nas pesquisas sobre a convenção do Partido Republicano no estado de Iowa, o primeiro que vai escolher seu candidato à Presidência dos Estados Unidos em 2012.

Em pesquisa da TV NBC e do jornal The Wall St. Journal, Gingrich teve 40% das preferências dos prováveis eleitores da convenção de Iowa, marcada para 3 de janeiro. O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney ficou em segundo, com 23%.

Nenhum dos outros pré-candidatos republicanos chegou a 10%.

Diante do inesperado renascimento de Gingrich, afastado da Presidência da Câmara depois de uma série de infrações éticas nos anos 90, Romney partiu para o ataque direto. Chamou-o de líder conservador "extremamente inconfiável", reporta o jornal The Washington Post.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Cuba prende 312 dissidentes em uma semana

A Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação de Cuba denuncia que desde terça-feira passada houve pelo menos 312 prisões arbitrárias de dissidentes do regime comunista, informa o Twitter da blogueira Yoani Sánchez.

Ditador da Gâmbia quer governar 1 bilhão de anos

Diante de denúncias de fraude e intimidação na eleição presidencial do mês passado, o ditador da Gâmbia, Yahya Jammeh, declarou à TV pública britânica BBC estar "pronto para governar por um bilhão de anos, se Alá quiser" e mandou "para o inferno" os críticos de sua vitória recente.

Jammeh tomou o poder num golpe de Estado em 1994, derrubando o primeiro presidente da Gâmbia independente, Dawda Jawara, quando tinha 29 anos.

A eleição de novembro foi a quarta desde então. Jammeh obteve 72%, seguido pelos oposicionistas Ousainou Darboa, com 17%, e Hamat Bah, com 11%. Darboa denunciou o resultado como "fraudulento".

Como dizia o ditador soviético Josef Stalin, "o importante não é a votação, é a apuração".

A Comunidade Econômica da África Ocidental (Ecowas) recusou-se a enviar observadores alegando que a eleição não seria livre e justa, com "a oposição acuada pela repressão e intimidação".

O TPI nomeou ontem uma gambiana, Fatu Bensouda, como nova procuradora-geral. Ela toma posse em junho de 2012, em substituição ao argentino Luis Moreno Ocampo.

Vendas do varejo decepcionam nos EUA

Apesar do sucesso da Sexta-Feira Negra, principal dia de compras nos Estados Unidos, as vendas do varejo em novembro decepcionaram, crescendo apenas 0,2% em relação a outubro, que registrou alta de 0,6%, informa a agência de notícias Reuters.

Os economistas já previam que a euforia do Dia Nacional de Ação de Graças e do dia seguinte não continuaria até as festas de fim de ano por causa do desemprego elevado de 8,6%. Se os americanos gastaram mais em eletroeletrônicos, economizaram em comidas e bebidas, que tiveram queda de 0,2%.

Agora, o mercado espera o diagnóstico do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, que deve se pronunciar às 17h15 pelo horário de Brasília. A expectativa do mercado é que avalie o impacto da crise das dívidas públicas da Zona do Euro, mas não apresente um novo plano para estimular a economia.

Atirador mata cinco e fere 123 no centro de Liège

Um ataque com tiros e granadas numa praça do centro da cidade de Liège, na Bélgica, onde havia uma feira de Natal terminou com seis mortos - entre eles uma mulher de 65 anos, dois adolescentes e o agressor - e 123 feridos.

O atirador, identificado pela polícia como Nordine Amrani, de 33 anos, tinha antecedentes criminais por porte ilegal de armas e drogas. Carregava um revólver, uma fuzil e quatro granadas, reportou a televisão americana ABC.

Canadá abandona o Protocolo de Quioto

O Canadá tornou-se hoje o primeiro país a abandonar o Protocolo de Quioto, que prevê a redução das emissões dos gases responsáveis pelo aquecimento global pelos países ricos em 5% em relação aos níveis de 1990, alegando que a China e os Estados Unidos, os maiores poluidores, não fazem parte, informa a TV pública britânica BBC.

A prorrogação do protocolo, que deveria expirar no fim de 2012, até 2017 foi um dos poucos resultados concretos da 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em Durban, na África do Sul, mas o Canadá, o Japão e a Rússia anunciaram sua saída do acordo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bilionário vai desafiar Putin na eleição presidencial

O magnata da indústria, ex-playboy e ex-ministro Mikhail Prokhorov, terceiro homem mais rico da Rússia e dono do clube de basquete americano New Jersey Nets, anunciou hoje que vai desafiar o primeiro-ministro Vladimir Putin na eleição presidencial de 4 de março de 2012.

Depois de presidir o país de 2000 a 2008 e se afastar por quatro anos por imposição constitucional, mantendo o poder como primeiro-ministro, Putin prepara sua volta em 2012, talvez com a intenção de governar por mais dois mandatos de seis anos.

Mas seu partido, Rússia Unida, mal conseguiu manter a maioria na Duma do Estado nas eleições de 4 de dezembro de 2011, denunciadas como fradulentas por dezenas de milhares de pessoas que saíram às ruas de Moscou e São Petersburgo no último fim de semana.

Aos 46 anos, Prokhorov tem dinheiro suficiente para incomodar: "Penso que a sociedade está acordando, quer a gente queira ou não", declarou. "Aquela parte do governo que não dialoga com a sociedade terá de sair em futuro próximo. Estão acontecendo mudanças importantes no mundo, um novo tipo de homem está emergindo".

Para o jornalista Anton Orekh, da rádio Ekho, de Moscou, é uma opção aceitável: "Prokhorov definitivamente não é um chequista", observou, numa referência à Cheka, a polícia política criada por Lenin em 20 de dezembro de 1917, que teve como herdeiras a NKVD, na era de Stalin, e o KGB (Comitê de Defesa do Estado).

Com o fim da União Soviética, virou o Serviço Federal de Segurança. Seu diretor, Vladimir Putin, foi escolhido como sucessor pelo então presidente Boris Yeltsin, em 1999.

"Prokhorov não vai tentar construir uma paródia da URSS", acrescentou Orekh, citado pelo jornal The New York Times. "Não vai nos contar histórias de fantasmas antediluvianos sobre os Estados Unidos e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), nem gastar a metade do orçamento na fabricação de tanques obsoletos".

Suas relações com o Kremlin são antigas. Ele fez fortuna nos seus 20 anos quando se associou a Vladimir Potanin, vice-primeiro-ministro encarregado da privatização. Eles compraram ações da Norilsk, uma mina e fundição na região ártica siberiana construída originalmente por trabalho escravo.

Hoje, produz um quinto do níquel e a metade do paládio de todo o mundo.

Ele também não é um liberal. Em 2004, Prokhorov e Potanin demitiram o editor do jornal Izvestia, de sua propriedade, que criticara o governo Putin na tragédia de Beslan, na Ossétia do Norte, quando a polícia invadiu uma escola tomada por terroristas muçulmanos e mais de 330 pessoas morreram, mais da metade crianças.

Caiu em desgraça quando se negou a vender as ações da Norilsk na onda de estatizações promovida por Putin para colocar os recursos naturais, a grande riqueza da Rússia, de novo sob o controle do Estado. Mais tarde, vendeu as ações a outro empresário na alta.

Preso em Courchevel, na França, sob a acusação de oferecer prostitutas a seus convidados, Prokhorov ficou quatro dias detido, mas todas as acusações foram retiradas. Na época, ele resolveu assumir seu lado de playboy. Criou a revista Snob.

Eleito líder do partido Causa Certa em junho, foi afastado em setembro depois que policiais mascarados invadiram seu escritório

Mortos na revolta síria já passam de 5 mil

A violenta repressão da ditadura de Bachar Assad contra as manifestações inicialmente pacíficas causou  mais de 5 mil mortes na Síria nos últimos nove meses, revelou hoje a alta comissária das Nações Unidas para direitos humanos, Navi Pillay.

Ela criticou a omissão da sociedade internacional e pediu que o caso seja levado ao Tribunal Penal Internacional.

Desde o início da revolta popular, em 15 de março de 2011, pelos cálculos da ONU, mais de 14 mil pessoas foram presas e 12,4 mil fugiram do país.

Um quinto dos deprimidos fica pior com medicamentos

Um em cada cinco pacientes tratados de depressão nos Estados Unidos apresenta melhores resultados quando não toma medicamentos antidepressivos, afirma uma pesquisa da Escola de Saúde da Universidade de Yale publicada na revista Archives of General Psychiatry.

O estudo envolveu 2,5 mil pessoas com depressão profunda. Em cerca de 20% dos casos, quem tomou placebo ficou melhor, noticia a agência Reuters.

Problemas de saúde mental afetam produtividade

Cerca de 20% dos trabalhadores sofrem de problemas mentais como ansiedade ou depressão, o que diminui sua produtividade, alerta um estudo publicado hoje pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne 30 países industrializados.

Entre 30% e 50% dos novos pedidos de benefícios previdenciários nos países ricos se devem a problemas mentais que estão sendo agravados pela crise econômico-financeira internacional e o acentuado aumento do desemprego. A taxa de desemprego entre os perturbados mentalmente é de 10 a 15 pontos percentuais maior do que entre as pessoas sem problemas.

A Organização Mundial da Saúde já prevê que em 2020 as doenças mentais estarão entre as que mais pesam nos gastos dos sistemas de saúde, informa a agência de notícias Reuters.

Constituinte elege presidente da Tunísia

Por 217 a 153, o ex-líder oposicionista Moncef Marzouki, presidente do Congresso pela República, foi eleito hoje pela Assembleia Nacional Constituinte novo presidente da Tunísia, o país onde começaram as revoluções democráticas no mundo árabe, há pouco mais de um ano.

Em 17 de dezembro de 2010, o jovem universitário desempregado Mohamed Bouazizi se tocou fogo quando a polícia apreendeu sua banca de frutas e a mercadoria, alegando que ele não tinha licença para trabalhar. Sua morte, em 6 de janeiro de 2011, deflagrou uma onda de protestos que levou à queda, em 14 de janeiro, do ditador Zine ben Ali, que estava no poder havia 23 anos.

Uma das primeiras funções do novo presidente será nomear o primeiro chefe de governo da Tunísia democrática. Deve ser Hamadi Jebali, líder do partido islamita moderado Nahda, que venceu as eleições parlamentares.

Cameron é acusado de isolar o Reino Unido

Ao defender hoje no Parlamento Britânico sua decisão de ficar fora do acordo dos líderes da União Europeia para salvar o euro, o primeiro-ministro conservador David Cameron foi acusado de isolar o Reino Unido ao excluir o país das grandes decisões econômicas do maior bloco econômico do planeta.

"Vetar significa impedir que aconteça algo que você não quer. Seu veto na reunião de cúpula europeia só serviu para excluir o Reino Unido da mesa onde serão tomadas as grandes decisões", alfinetou o líder da oposição trabalhista, Ed Miliband.

A decisão agrada a bancada conservadora, cada vez mais eurocética, mas divide o governo. O Partido Liberal-Democrata, parceiro menor na coligação governista, é claramente europeísta. Acredita que o futuro do país é na UE.

Seu líder, o vice-primeiro-ministro Nick Clegg, criticou duramente a posição de Cameron, mas admitiu que uma ruptura agora seria desastrosa para a economia britânica, que luta contra a recessão sob o peso de cortes de gastos de 83 bilhões de libras em quatro anos.

Produção industrial da Índia cai 5,1%

A produção das fábricas e minas da Índia diminuiu 5,1% em outubro, na primeira queda em dois anos, aumentando a pressão sobre o banco central do país para reduzir suas taxas de juros, o que pode acontecer ainda na próxima sexta-feira.

"Foi muito pior do que esperado. Os quase dois anos de aperto monetário [aumento nas taxas de juros] estão sendo sentidos", comentou o chefe de pesquisas econômicas sobre a Ásia do banco holandês ING em Cingapura, Tim Condon, citado pela TV americana especializada em noticiário econômico CNBC.

A queda na produção industrial indiana foi dez vezes maior do que previsto por economistas ouvidos numa enquete da agência de notícias Reuters.

Na sexta-feira, o Ministério das Finanças da Índia reduziu a expectativa de crescimento para o ano fiscal que termina em 31 de março de 2012 de 9% para algo entre 7,25% e 7,75%.

Desde o início de 2009, o Banco da Reserva da Índia elevou suas taxas básicas de juros 13 vezes para combater uma inflação que se aproximava de 10% ao ano.

Erro do piloto derrubou voo AF447

Nem o mau tempo nem falhas mecânicas foram responsáveis pela queda do voo 447 (Rio-Paris) da Air France em 31 de maior de 2009, que matou todas as 228 pessoas a bordo, concluíram especialistas que analisaram as gravações das caixas-pretas. O erro fatal teria sido cometido por um jovem co-piloto que insistiu em empinar o nariz do avião para ganhar altura quando o computador de bordo parou de controlar o voo.

A transcrição do diálogo na cabine revela confusão e desorientação dos co-pilotos, que talvez nunca tenham enfrentado antes o desligamento do computador de bordo a uma altitude acima de 10 mil metros. Na ausência do comandante, que estava cochilando, eles não conseguiram entender o que estava acontecendo.

Até a descoberta das caixas-pretas, a versão mais aceita era que o congelamento das sondas medidoras da velocidade durante a travessia de uma tempestade em grande altitude, ou seja, um problema técnico no Airbus A330, teria levado a uma série de erros e à tragédia, observa um artigo publicado na revista americana Popular Mechanics.

Uma análise detalhada, inclusive todo o diálogo dentro da cabine, está no livro Erros de Pilotagem, do piloto francês Jean-Pierre Otelli.

Quando o experiente piloto Marc Dubois, com mais de 11 mil horas de voo saiu da cabine de comando para descansar um pouco, deixou o controle do Airbus com o inexperiente Pierre-Cédric Bonin, de apenas 32 anos. Menos de 15 minutos depois, estariam todos mortos.

Sob o impacto de uma rápida sucessão de fenômenos inesperados, a turbulência, clarões elétricos da tempestade em grande altitude e o desligamento do computador, Bonin reagiu irracionalmente, de uma maneira que os especialistas em aviação não conseguem entender. Tentou ganhar altura e velocidade, mesmo sabendo que a 12 mil metros o ar rarefeito dá menos sustentação ao avião, que praticamente parou no ar.

O sistema de alarme gritou a palavra inglesa "Stall!" 75 vezes, diz o artigo da revista, mas em nenhum momento os pilotos a disseram, sinal de que não perceberam a gravidade da situação.

Durante todo o tempo, Bonin manteve o comando puxado para trás para ganhar altitude, quando deveria ter baixo o nariz do avião para ganhar velocidade e depois estabilizar a aeronave. Esse procedimento-padrão teria permitido aos pilotos controlar o aparelho manualmente.