A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) apresenta a operação na Líbia como um modelo de intervenção militar por razões humanitárias, onde teria atacado com a preocupação de proteger civis inocentes. Mas uma investigação independente em 25 locais bombardeados pela aliança atlântica descobriu pelo menos 13 ataques errados, com pelo menos 40, talvez 70, mortos.
Em sete meses de guerra aérea, a OTAN disparou até 21 de outubro de 2011 7,7 mil bombas ou mísseis contra as forças leais ao ditador Muamar Kadafi, com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a fim de proteger a população civil.
Os erros foram atribuídos a problemas técnicos nas bombas e mísseis, e à escolha de alvos errados por falta de informação e de pessoal qualificado em terra para orientar os ataques. Para evitar danos aos civis, a OTAN nem usou bombas de fragmentação nem revestidas de urânio.
A investigação, feita pelo jornal The New York Times, revela ainda que houve ataques à infraestrutura civil, inclusive a depósitos de alimentos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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