Diante de denúncias de fraude e intimidação na eleição presidencial do mês passado, o ditador da Gâmbia, Yahya Jammeh, declarou à TV pública britânica BBC estar "pronto para governar por um bilhão de anos, se Alá quiser" e mandou "para o inferno" os críticos de sua vitória recente.
Jammeh tomou o poder num golpe de Estado em 1994, derrubando o primeiro presidente da Gâmbia independente, Dawda Jawara, quando tinha 29 anos.
A eleição de novembro foi a quarta desde então. Jammeh obteve 72%, seguido pelos oposicionistas Ousainou Darboa, com 17%, e Hamat Bah, com 11%. Darboa denunciou o resultado como "fraudulento".
Como dizia o ditador soviético Josef Stalin, "o importante não é a votação, é a apuração".
A Comunidade Econômica da África Ocidental (Ecowas) recusou-se a enviar observadores alegando que a eleição não seria livre e justa, com "a oposição acuada pela repressão e intimidação".
O TPI nomeou ontem uma gambiana, Fatu Bensouda, como nova procuradora-geral. Ela toma posse em junho de 2012, em substituição ao argentino Luis Moreno Ocampo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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