Vários milicianos do grupo terrorista Boko Haram morreram numa tentativa de tomar um quartel do Exército na cidade de Bama, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria. Os jihadistas atacaram às 18h30 de sexta-feira pela hora local (14h30 em Brasília) e foram rechaçados depois de uma hora e quinze minutos de combate.
Na fuga, os milicianos tocaram fogo num veículo militar e mataram um policial. "Elementos do Boko Haram tentaram entrar no quartel do Exército em Bama, mas não tiveram sucesso. Os militares mataram muitos terroristas", afirmou uma testemunha citada pelo jornal nigeriano The Daily Post.
O comandante do teatro de operações da guerra contra o Boko Haram, coronel Onyema Nwachukwo, não comentou o ataque.
A milícia extremista muçulmana Boko Haram, cujo nome significa "repúdio à educação ocidental", aderiu em 2009 à luta armada para impor a lei islâmica na África Ocidental. Desde então, mais de 15 mil pessoas foram mortas na guerra civil deflagrada por sua rebelião, que se estende a países vizinhos: Camarões, Chade e Níger.
Em março de 2015, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, jurou lealdade à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. A partir daí, o grupo passou a se apresentar como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 30 de setembro de 2017
Líder do ELN ordena cessar-fogo a partir da meia-noite
Todos os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo rebelde da Colômbia, receberam ordens de cessar fogo a partir da meia-noite deste sábado pela hora local, 2h da madrugada de domingo em Brasília.
A mensagem foi transmitida diretamente pelo comandante Nicolás Rodríguez Bautista, mais conhecido como Gabino, na sexta-feira à noite, através de uma das rádios rebeldes do grupo. É consequência de uma trégua anunciada em 4 de setembro por negociadores do governo colombiano e do ELN. Deve durar de 1º de outubro de 2017 a 12 de janeiro de 2018.
"Não tenho dúvida da nossa lealdade ao cumprir este compromisso", declarou Gabino, ressaltando que todo o alto comando do ELN apoia o acordo bilateral de cessar-fogo com o governo Juan Manuel Santos. A trégua, acrescentou, trará "um alívio humanitário significativo para a população colombiana, especialmente para os pobres e moradores de zonas de conflito."
Depois do acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que está na fase de desmobilização dos guerrilheiros e desarmamento, o presidente Santos negocia a paz com o segundo maior grupo armado colombiano dentro de sua estratégia de pacificação.
A guerrilha já entendeu que a luta armada não faz mais sentido. Resta acertar os termos de sua integração à sociedade civil como partido político. As FARC tinham 7 mil homens em armas. O ELN tem cerca de 1,5 mil.
A mensagem foi transmitida diretamente pelo comandante Nicolás Rodríguez Bautista, mais conhecido como Gabino, na sexta-feira à noite, através de uma das rádios rebeldes do grupo. É consequência de uma trégua anunciada em 4 de setembro por negociadores do governo colombiano e do ELN. Deve durar de 1º de outubro de 2017 a 12 de janeiro de 2018.
"Não tenho dúvida da nossa lealdade ao cumprir este compromisso", declarou Gabino, ressaltando que todo o alto comando do ELN apoia o acordo bilateral de cessar-fogo com o governo Juan Manuel Santos. A trégua, acrescentou, trará "um alívio humanitário significativo para a população colombiana, especialmente para os pobres e moradores de zonas de conflito."
Depois do acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que está na fase de desmobilização dos guerrilheiros e desarmamento, o presidente Santos negocia a paz com o segundo maior grupo armado colombiano dentro de sua estratégia de pacificação.
A guerrilha já entendeu que a luta armada não faz mais sentido. Resta acertar os termos de sua integração à sociedade civil como partido político. As FARC tinham 7 mil homens em armas. O ELN tem cerca de 1,5 mil.
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Trump ataca prefeita da capital de Porto Rico
Em mais uma tirada no Twitter, o presidente Donald Trump atacou na manhã de hoje a prefeita de São João de Porto Rico, Carmen Yulín Cruz, que criticou o governo federal dos Estados Unidos por não dar ajuda de emergência suficiente depois do furacão Maria.
"A prefeita de São João, que foi muito cortês alguns dias atrás, foi orientada pelos democratas a ser maldosa com Trump", escreveu o presidente. Ele afirmou que há 10 mil funcionários públicos federais "fazendo um trabalho fantástico" na ilha, que reconheceu estar "totalmente destruída", com prejuízo total estimado em US$ 95 bilhões.
As maiores críticas foram à lentidão do início da ajuda federal, quando as Forças Armadas dos EUA têm pessoal e recursos para agir e reagir imediatamente. Na sexta-feira, a prefeita afirmou que "vamos ver algo parecido com um genocídio", se o governo federal não resolver seus problemas logísticos.
O governo Trump foi elogiado pela resposta rápida quando o furacão Harvey arrasou a região de Houston, no Texas, e quando o furacão Irma devastou a Flórida. Porto Rico, um Estado livre associado de população latino-americana, não mereceu a mesma atenção.
Trump se defendeu alegando que Porto Rico é "uma ilha cercada por água, muita água, um oceano", e contra-atacou acusando diretamente a prefeita como se os recursos fossem comparáveis.
"Tal é a falta de liderança da prefeita de São João e de outros em Porto Rico que não são capazes de colocar seus trabalhadores para trabalhar. Querem que tudo seja feito para eles, quando deve ser um esforço comunitário", acrescentou Trump.
Em seguida, acusou as redes de televisão CNN e NBC de divulgar notícias falsas capazes de abater o moral dos soldados e agentes da defesa civil em ação em Porto Rico.
Uma semana depois da passagem do furacão, 97% dos porto-riquenhos continuavam sem energia elétrica e sem telefone. Nesse período, desde 20 de setembro, Trump jogou golfe em seu clube em Nova Jérsei, apoiou o candidato derrotado na eleição prévia do Partido Republicano para o Senado em Alabama, comprou uma briga com jogadores de basquete e futebol americano que protestam contra o racismo e propôs cortes de impostos que lhe pouparão US$ 1 bilhão.
"A prefeita de São João, que foi muito cortês alguns dias atrás, foi orientada pelos democratas a ser maldosa com Trump", escreveu o presidente. Ele afirmou que há 10 mil funcionários públicos federais "fazendo um trabalho fantástico" na ilha, que reconheceu estar "totalmente destruída", com prejuízo total estimado em US$ 95 bilhões.
As maiores críticas foram à lentidão do início da ajuda federal, quando as Forças Armadas dos EUA têm pessoal e recursos para agir e reagir imediatamente. Na sexta-feira, a prefeita afirmou que "vamos ver algo parecido com um genocídio", se o governo federal não resolver seus problemas logísticos.
O governo Trump foi elogiado pela resposta rápida quando o furacão Harvey arrasou a região de Houston, no Texas, e quando o furacão Irma devastou a Flórida. Porto Rico, um Estado livre associado de população latino-americana, não mereceu a mesma atenção.
Trump se defendeu alegando que Porto Rico é "uma ilha cercada por água, muita água, um oceano", e contra-atacou acusando diretamente a prefeita como se os recursos fossem comparáveis.
"Tal é a falta de liderança da prefeita de São João e de outros em Porto Rico que não são capazes de colocar seus trabalhadores para trabalhar. Querem que tudo seja feito para eles, quando deve ser um esforço comunitário", acrescentou Trump.
Em seguida, acusou as redes de televisão CNN e NBC de divulgar notícias falsas capazes de abater o moral dos soldados e agentes da defesa civil em ação em Porto Rico.
Uma semana depois da passagem do furacão, 97% dos porto-riquenhos continuavam sem energia elétrica e sem telefone. Nesse período, desde 20 de setembro, Trump jogou golfe em seu clube em Nova Jérsei, apoiou o candidato derrotado na eleição prévia do Partido Republicano para o Senado em Alabama, comprou uma briga com jogadores de basquete e futebol americano que protestam contra o racismo e propôs cortes de impostos que lhe pouparão US$ 1 bilhão.
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
Ministro da Saúde de Trump cai por viajar em jatos militares e privados
Mais um ministro do primeiro escalão dá adeus ao governo Donald Trump. Tom Price não é mais secretário da Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Ele pediu demissão hoje, sob pressão desde que foi revelado que usou aviões militares e pegou carona em jatos privados em viagens particulares.
Sua gestão foi marcada pelo fracasso do Partido Republicano no Congresso em acabar com o programa de universalização da saúde do governo Barack Obama, uma luta de sete anos do partido e um compromisso da campanha de Trump. Na terça-feira, mais uma proposta republicana para revogar o Obamacare desabou, no Senado. Nem sequer chegou à votação.
O presidente elogiou o agora ex-ministro, mas admitiu ontem estar desapontado. "Lamento que os acontecimentos recentes tenham desviado a atenção de objetivos importantes", declarou Price em sua carta de renúncia.
Na quinta-feira à noite, Price prometeu para de usar jatinhos particulares e prometeu reembolsar o governo dos EUA em US$ 50 mil por pegar carona em aviões militares. "Não vou mais usar voos fretados privados como secretário da Saúde e Serviços Humanos, sem exceções."
Antes de ser ministro, Tom Price era deputado federal. Foi eleito pela primeira vez em 2004, na reeleição de George W. Bush. Com a eleição de Barack Obama, em 2008, aproximou-se do movimento radical de direita Festa do Chá.
Enquanto os republicanos lamentaram a queda, os democratas festejaram a saída e prometeram obstruir a indicação de um ministro como Price: "O próximo secretário da Saúde e dos Serviços Humanos deve cumprir a Lei de Cobertura de Saúde a Preços acessíveis, em vez de tentar sabotá-la", afirmou o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.
Outros ministros do primeiro escalão, como o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, tiveram viagens questionadas. No início da noite de sexta-feira, o governo baixou um memorando exigindo a aprovação prévia da Casa Branca qualquer viagem em aviões governamentais ou alugados ou fretados pelo governo federal dos EUA.
Sua gestão foi marcada pelo fracasso do Partido Republicano no Congresso em acabar com o programa de universalização da saúde do governo Barack Obama, uma luta de sete anos do partido e um compromisso da campanha de Trump. Na terça-feira, mais uma proposta republicana para revogar o Obamacare desabou, no Senado. Nem sequer chegou à votação.
O presidente elogiou o agora ex-ministro, mas admitiu ontem estar desapontado. "Lamento que os acontecimentos recentes tenham desviado a atenção de objetivos importantes", declarou Price em sua carta de renúncia.
Na quinta-feira à noite, Price prometeu para de usar jatinhos particulares e prometeu reembolsar o governo dos EUA em US$ 50 mil por pegar carona em aviões militares. "Não vou mais usar voos fretados privados como secretário da Saúde e Serviços Humanos, sem exceções."
Antes de ser ministro, Tom Price era deputado federal. Foi eleito pela primeira vez em 2004, na reeleição de George W. Bush. Com a eleição de Barack Obama, em 2008, aproximou-se do movimento radical de direita Festa do Chá.
Enquanto os republicanos lamentaram a queda, os democratas festejaram a saída e prometeram obstruir a indicação de um ministro como Price: "O próximo secretário da Saúde e dos Serviços Humanos deve cumprir a Lei de Cobertura de Saúde a Preços acessíveis, em vez de tentar sabotá-la", afirmou o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.
Outros ministros do primeiro escalão, como o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, tiveram viagens questionadas. No início da noite de sexta-feira, o governo baixou um memorando exigindo a aprovação prévia da Casa Branca qualquer viagem em aviões governamentais ou alugados ou fretados pelo governo federal dos EUA.
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quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Estado Islâmico divulga áudio do líder Abu Baker al-Baghdadi
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante divulgou hoje uma gravação de som de seu líder supremo, Abu Baker al-Baghdadi. O autoproclamado Califa Ibrahim estava em silêncio há quase um ano.
Nesse período, o grupo perdeu quase todos os territórios que ocupava no Iraque e na Síria. Com a queda iminente de Rakka, na Síria, considerada a capital do Estado Islâmico, o califado proclamado há três anos e três meses praticamente desaparece.
A data da gravação não foi revelada, mas é relativamente recente. Tem 46 minutos. Al-Baghdadi fala das ameaças da Coreia do Norte aos Estados Unidos e ao Japão, conclama os partidários à "guerra santa" contra os "infiéis" e faz longas citações ao Corão e outros textos sagrados dos muçulmanos.
O comunicado anterior do líder jihadista foi feito no início de novembro de 2016, quando começava a Batalha de Mossul. Na época, ele convocou seus seguidores a lutar contra os "infiéis" e "fazer seu sangue correr como rios".
Com o apoio das forças aéreas dos EUA e outros 65 países, e de milícias curdas, o Exército do Iraque reconquistou Mossul, uma cidade de 2 milhões de habitantes, sua maior perda na guerra contra o Estado Islâmico e a maior vitória de Al-Baghdadi
Enquanto a organização jihadista tenta se reagrupar na Líbia, o paradeiro de Al-Baghdadi é desconhecido. A principal suspeita é que esteja na região desértica e pouco povoada entre Rakka, na Síria, e Mossul, no Iraque, onde tentou derrubar as fronteiras traçadas pelo imperialismo ocidental depois da Primeira Guerra Mundial para erguer seu califado.
Nesse período, o grupo perdeu quase todos os territórios que ocupava no Iraque e na Síria. Com a queda iminente de Rakka, na Síria, considerada a capital do Estado Islâmico, o califado proclamado há três anos e três meses praticamente desaparece.
A data da gravação não foi revelada, mas é relativamente recente. Tem 46 minutos. Al-Baghdadi fala das ameaças da Coreia do Norte aos Estados Unidos e ao Japão, conclama os partidários à "guerra santa" contra os "infiéis" e faz longas citações ao Corão e outros textos sagrados dos muçulmanos.
O comunicado anterior do líder jihadista foi feito no início de novembro de 2016, quando começava a Batalha de Mossul. Na época, ele convocou seus seguidores a lutar contra os "infiéis" e "fazer seu sangue correr como rios".
Com o apoio das forças aéreas dos EUA e outros 65 países, e de milícias curdas, o Exército do Iraque reconquistou Mossul, uma cidade de 2 milhões de habitantes, sua maior perda na guerra contra o Estado Islâmico e a maior vitória de Al-Baghdadi
Enquanto a organização jihadista tenta se reagrupar na Líbia, o paradeiro de Al-Baghdadi é desconhecido. A principal suspeita é que esteja na região desértica e pouco povoada entre Rakka, na Síria, e Mossul, no Iraque, onde tentou derrubar as fronteiras traçadas pelo imperialismo ocidental depois da Primeira Guerra Mundial para erguer seu califado.
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quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Mundo tem 25,5 milhões de abortos clandestinos por ano
Dos 55,7 milhões de abortos realizados anualmente no mundo, cerca de 25,5 milhões são clandestinos, sem as mínimas condições sanitárias, revela um novo estudo divulgado pela revista médica britânica The Lancet. Cerca de 97% dos abordos clandestinos aconteceu na África, na Ásia e na América Latina.
As conclusões são de uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Guttmacher, de Nova York. O estudo destaca a necessidade de dar proteção legal às mulheres, especialmente em países de baixa renda.
Cerca de 55% ou 30,6 milhões de abortos são feitos com métodos aprovados pela OMS. Outros 30,7% ou 17,1 milhões de abortos são considerados semisseguros, realizados por pessoas qualificadas co métodos superados, como a curetagem com objetos agudos, ou com métodos modernos aplicados por pessoas não qualificadas.
São considerados menos seguros 14,4% ou 8 milhões de abortos, feitos por pessoas não qualificados com métodos perigosos ou invasivos como a ingestão de substâncias cáusticas, a inserção de objetos estranhos ou de preparados líquidos tradicionais.
Uma alta porcentagem (87,5%) dos abortos em os países desenvolvidos são seguros. A exceção está nos antigos países comunistas da Europa Oriental, que ainda usam métodos superados. Em contraste, na África e na América Latina, 75% dos abortos são mais inseguros.
"A alta proporção de abortos seguros foi observada em país com leis menos restritivas, elevado desenvolvimento econômico e infraestrutura de saúde bem desenvolvida indica que tanto o aparato legal quando o nível geral de desenvolvimento têm um papel na segurança de um aborto", conclui o principal autor do relatório, Bela Ganatra, da OMS.
As conclusões são de uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Guttmacher, de Nova York. O estudo destaca a necessidade de dar proteção legal às mulheres, especialmente em países de baixa renda.
Cerca de 55% ou 30,6 milhões de abortos são feitos com métodos aprovados pela OMS. Outros 30,7% ou 17,1 milhões de abortos são considerados semisseguros, realizados por pessoas qualificadas co métodos superados, como a curetagem com objetos agudos, ou com métodos modernos aplicados por pessoas não qualificadas.
São considerados menos seguros 14,4% ou 8 milhões de abortos, feitos por pessoas não qualificados com métodos perigosos ou invasivos como a ingestão de substâncias cáusticas, a inserção de objetos estranhos ou de preparados líquidos tradicionais.
Uma alta porcentagem (87,5%) dos abortos em os países desenvolvidos são seguros. A exceção está nos antigos países comunistas da Europa Oriental, que ainda usam métodos superados. Em contraste, na África e na América Latina, 75% dos abortos são mais inseguros.
"A alta proporção de abortos seguros foi observada em país com leis menos restritivas, elevado desenvolvimento econômico e infraestrutura de saúde bem desenvolvida indica que tanto o aparato legal quando o nível geral de desenvolvimento têm um papel na segurança de um aborto", conclui o principal autor do relatório, Bela Ganatra, da OMS.
Mais de 92% dos curdos do Iraque aprovam a independência
Mais de 92% dos curdos do Iraque aprovaram a independência do Curdistão no plebiscito realizado em 25 de setembro de 2017, anunciou hoje a comissão eleitoral da região semiautônoma. A consulta popular foi rejeitada pela Turquia, o Iraque e o Irã, que têm populações curdas, e os Estados Unidos.
Com população estimada em 30 e 45 milhões de habitantes, os curdos são a maior nação do mundo sem um Estado nacional. A luta pela independência dura mais de um século. Cerca de 72% dos 4,58 milhões de eleitores aptos a votar compareceram às urnas.
No fim da Primeira Guerra Mundial, os curdos receberam promessas de independência do Curdistão. Mas, quando o Reino Unido e a França dividiram o Oriente Médio com o fim do Império Otomano, o então subsecretário do Exterior britânico para a região, Winston Churchill, decidiu juntar a província de Kirkuk às províncias de Bagdá e Bássora para criar o Iraque. Queria um país forte capaz de se contrapor ao Irã.
O governo do Iraque enviou hoje soldados para ocupar as instalações de petróleo, inclusive de Kirkuk, uma região disputada entre árabes e curdos. A Turquia, onde vive a maioria dos curdos, de 15 a 20 milhões, mandou tropas para a fronteira entre os dois países.
Se o Curdistão iraquiano conquistar a independência, com certeza as regiões de maioria curda na Turquia, na Síria e no Irã vão querer aderir ao novo país. Seria um novo foco de conflito no Oriente Médio.
Na Síria, os curdos são a maioria das Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda financiada, armada e treinada pelos Estados Unidos para combater a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Com a independência do Curdistão iraquiano, os guerrilheiros curdos em ação na guerra civil síria poderiam querer juntar a faixa que dominam no Norte da Síria ao novo país.
Os guerrilheiros curdos sírios pertencem às YPG (Unidades de Proteção Popular), ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta pela independência da região curda na Turquia. Seriam alvo de uma retaliação da ditadura de Recep Tayyip Erdogan, que acabou com as negociações de paz com o PKK para ganhar eleições de 1º de novembro de 2015 depois de perder a maioria absoluta na Assembleia Nacional de 7 de junho do mesmo ano.
Com população estimada em 30 e 45 milhões de habitantes, os curdos são a maior nação do mundo sem um Estado nacional. A luta pela independência dura mais de um século. Cerca de 72% dos 4,58 milhões de eleitores aptos a votar compareceram às urnas.
No fim da Primeira Guerra Mundial, os curdos receberam promessas de independência do Curdistão. Mas, quando o Reino Unido e a França dividiram o Oriente Médio com o fim do Império Otomano, o então subsecretário do Exterior britânico para a região, Winston Churchill, decidiu juntar a província de Kirkuk às províncias de Bagdá e Bássora para criar o Iraque. Queria um país forte capaz de se contrapor ao Irã.
O governo do Iraque enviou hoje soldados para ocupar as instalações de petróleo, inclusive de Kirkuk, uma região disputada entre árabes e curdos. A Turquia, onde vive a maioria dos curdos, de 15 a 20 milhões, mandou tropas para a fronteira entre os dois países.
Se o Curdistão iraquiano conquistar a independência, com certeza as regiões de maioria curda na Turquia, na Síria e no Irã vão querer aderir ao novo país. Seria um novo foco de conflito no Oriente Médio.
Na Síria, os curdos são a maioria das Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda financiada, armada e treinada pelos Estados Unidos para combater a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Com a independência do Curdistão iraquiano, os guerrilheiros curdos em ação na guerra civil síria poderiam querer juntar a faixa que dominam no Norte da Síria ao novo país.
Os guerrilheiros curdos sírios pertencem às YPG (Unidades de Proteção Popular), ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta pela independência da região curda na Turquia. Seriam alvo de uma retaliação da ditadura de Recep Tayyip Erdogan, que acabou com as negociações de paz com o PKK para ganhar eleições de 1º de novembro de 2015 depois de perder a maioria absoluta na Assembleia Nacional de 7 de junho do mesmo ano.
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terça-feira, 26 de setembro de 2017
Arábia Saudita finalmente autoriza mulheres a dirigir
Por decreto real, o sultão Salman ben Abdul Aziz al Saud decidiu autorizar as mulheres da Arábia Saudita a dirigir. Era o único país do mundo onde as mulheres eram proibidas de dirigir. O decreto entra em vigor em junho de 2018, dando tempo a um comitê governamental de examinar as consequências da medida.
"Examinamos as consequências negativas de não deixar as mulheres dirigirem e os aspectos positivos de permitir que o façam, levando em consideração a necessária regulamentação com base no direito islâmico e sua aplicação", diz o decreto real.
Para as mulheres sauditas, foi a vitória numa campanha que durou décadas: "Estamos empolgadas. Estamos na lua", declarou Hatun al Fassi, historiadora e feminista saudita. "Nossa luta, nossos anos de trabalho, finalmente deram resultado. Nosso direito foi conquistado. É um momento histórico. O rei Salman tomou uma decisão história."
A medida, imediatamente criticada pelos sauditas conservadores nas redes sociais, chega num momento de grandes reformas promovidas pelo príncipe herdeiro Mohamed ben Salman. Ele pretende abrir a economia da Arábia Saudita para acabar com a dependência do petróleo.
O rei Salman mudou a regra sucessória, nomeando seu próprio filho como príncipe herdeiro. Será o primeiro rei saudita que não será filho do fundador do país Abdul Aziz al Saud.
Desde o início do mês, dezenas de pessoas foram presas por articular uma suposta oposição a uma abdicação do rei Salman em benefício do filho.
"Examinamos as consequências negativas de não deixar as mulheres dirigirem e os aspectos positivos de permitir que o façam, levando em consideração a necessária regulamentação com base no direito islâmico e sua aplicação", diz o decreto real.
Para as mulheres sauditas, foi a vitória numa campanha que durou décadas: "Estamos empolgadas. Estamos na lua", declarou Hatun al Fassi, historiadora e feminista saudita. "Nossa luta, nossos anos de trabalho, finalmente deram resultado. Nosso direito foi conquistado. É um momento histórico. O rei Salman tomou uma decisão história."
A medida, imediatamente criticada pelos sauditas conservadores nas redes sociais, chega num momento de grandes reformas promovidas pelo príncipe herdeiro Mohamed ben Salman. Ele pretende abrir a economia da Arábia Saudita para acabar com a dependência do petróleo.
O rei Salman mudou a regra sucessória, nomeando seu próprio filho como príncipe herdeiro. Será o primeiro rei saudita que não será filho do fundador do país Abdul Aziz al Saud.
Desde o início do mês, dezenas de pessoas foram presas por articular uma suposta oposição a uma abdicação do rei Salman em benefício do filho.
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Estado Islâmico mata general da Rússia na guerra civil da Síria
O comandante do 5º Exército do comando oriental das Forças Armadas da Rússia, general de divisão Valery Assapov, foi morto por um ataque de morteiros da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante perto de Deir el-Zur, na Síria, informou em Moscou o Ministério da Defesa russo.
Em nota, o ministério revelou ontem que o general "estava um posto de comando das tropas sírias, assessorando os comandantes sírios na operação para libertar Deir el-Zur". De acordo com a agência estatal Tass, "como resultado de um bombardeio de morteiros do Estado Islâmico, Assapov foi mortalmente ferido."
Assapov é o oficial russo de mais alta patente morto na guerra civil da Síria. No início do mês, dois mercenários russos foram mortos em Deir el-Zur, para onde avançam as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia árabe-curda financiada e armada pelos Estados Unidos. No sábado, as FDS tomaram um campo de gás natural na região.
Sob o pretexto de combater o terrorismo, a Rússia interveio na guerra civil da Síria a partir de 30 de setembro de 2015 em apoio ao ditador Bachar Assad e conseguiu evitar sua derrota.
Em nota, o ministério revelou ontem que o general "estava um posto de comando das tropas sírias, assessorando os comandantes sírios na operação para libertar Deir el-Zur". De acordo com a agência estatal Tass, "como resultado de um bombardeio de morteiros do Estado Islâmico, Assapov foi mortalmente ferido."
Assapov é o oficial russo de mais alta patente morto na guerra civil da Síria. No início do mês, dois mercenários russos foram mortos em Deir el-Zur, para onde avançam as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia árabe-curda financiada e armada pelos Estados Unidos. No sábado, as FDS tomaram um campo de gás natural na região.
Sob o pretexto de combater o terrorismo, a Rússia interveio na guerra civil da Síria a partir de 30 de setembro de 2015 em apoio ao ditador Bachar Assad e conseguiu evitar sua derrota.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Trump compra briga com astros do basquete e do futebol americano
O incorrigível Donald Trump entrou em guerra com os astros do basquete e do futebol americano que protestam contra o racismo, a discriminação, a brutalidade policial contra negros e a impunidade de policiais que matam negros.
"Nada une mais os Estados Unidos do que o esporte e nada divide mais do que a política", comentou um dirigente esportivo, criticando a insensibilidade do presidente.
Tudo começou na sexta-feira, quando o melhor jogador da última temporada da Associação Nacional de Basquete (NBA) dos EUA, Steven Curry, confirmou em entrevista que estava em dúvida se iria ou não à Casa Branca, onde o presidente costuma receber os campeões nacionais. Os jogadores do Golden State Warriors decidiriam em votação no fim de semana.
Pelo Twitter, na madrugada de sábado, Trump anunciou a retirada do convite para receber o Golden State Warriors, provocando uma revolta dos jogadores da NBA. O segundo melhor jogador da temporada, Lebron James, rival de Curry, declarou que "era uma honra ir à Casa Branca antes de você chegar lá".
Na sexta-feira, em discurso para apoiar um candidato do Partido Republicano numa eleição suplementar para o Senado, Trump declarou que os jogadores que se ajoelham durante a execução do hino nacional dos EUA antes da partidas da Liga Nacional de Futebol (NFL) devem ser demitidos.
"Vocês não gostariam de ver um desses donos da NFL, quando alguém desrespeita nossa bandeira, dizer: 'Tire este filho da puta do campo agora já. Fora! Ele está demitido! Está demitido!'?", sugeriu o presidente.
Caso contrário, defendeu o boicote da NFL . Trump também acusou a federação de "arruinar o esporte" por impedir certo tipo de choques capazes de causar concussões cerebrais, ignorando como de costume as últimas conclusões da ciência.
A NBA sempre foi mais politizada. Lebron James, do Cleveland Cavaliers, apresentou a candidata democrata Hillary Clinton como "a próxima presidente dos EUA" no comício de encerramento da campanha em Ohio, no ano passado.
Por sua vez, a NFL é tradicionalmente mais conservadora, ligada às Forças Armadas. Um jogador que protestou no ano passado foi praticamente banido em silêncio. Sua história ressurgiu com a briga de Trump.
No fim de semana, houve protestos em todos os grandes jogos da NFL.
Hoje Trump declarou via Twitter: "Não é uma questão racial. É uma questão de respeito ao nosso hino e à nossa bandeira."
À noite, todo o time do Dallas Cowboys, inclusive o dono do clube, Jerry Jones, se ajoelhou durante a execução do hino, informou a agência Reuters.
"Nada une mais os Estados Unidos do que o esporte e nada divide mais do que a política", comentou um dirigente esportivo, criticando a insensibilidade do presidente.
Tudo começou na sexta-feira, quando o melhor jogador da última temporada da Associação Nacional de Basquete (NBA) dos EUA, Steven Curry, confirmou em entrevista que estava em dúvida se iria ou não à Casa Branca, onde o presidente costuma receber os campeões nacionais. Os jogadores do Golden State Warriors decidiriam em votação no fim de semana.
Pelo Twitter, na madrugada de sábado, Trump anunciou a retirada do convite para receber o Golden State Warriors, provocando uma revolta dos jogadores da NBA. O segundo melhor jogador da temporada, Lebron James, rival de Curry, declarou que "era uma honra ir à Casa Branca antes de você chegar lá".
Na sexta-feira, em discurso para apoiar um candidato do Partido Republicano numa eleição suplementar para o Senado, Trump declarou que os jogadores que se ajoelham durante a execução do hino nacional dos EUA antes da partidas da Liga Nacional de Futebol (NFL) devem ser demitidos.
"Vocês não gostariam de ver um desses donos da NFL, quando alguém desrespeita nossa bandeira, dizer: 'Tire este filho da puta do campo agora já. Fora! Ele está demitido! Está demitido!'?", sugeriu o presidente.
Caso contrário, defendeu o boicote da NFL . Trump também acusou a federação de "arruinar o esporte" por impedir certo tipo de choques capazes de causar concussões cerebrais, ignorando como de costume as últimas conclusões da ciência.
A NBA sempre foi mais politizada. Lebron James, do Cleveland Cavaliers, apresentou a candidata democrata Hillary Clinton como "a próxima presidente dos EUA" no comício de encerramento da campanha em Ohio, no ano passado.
Por sua vez, a NFL é tradicionalmente mais conservadora, ligada às Forças Armadas. Um jogador que protestou no ano passado foi praticamente banido em silêncio. Sua história ressurgiu com a briga de Trump.
No fim de semana, houve protestos em todos os grandes jogos da NFL.
Hoje Trump declarou via Twitter: "Não é uma questão racial. É uma questão de respeito ao nosso hino e à nossa bandeira."
À noite, todo o time do Dallas Cowboys, inclusive o dono do clube, Jerry Jones, se ajoelhou durante a execução do hino, informou a agência Reuters.
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Coreia do Norte acusa Trump de declarar guerra
O ministro do Exterior da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, acusou hoje o presidente Donald Trump de declarar guerra a seu país e afirmou que o regime norte-coreano pode derrubar os aviões bombardeiros dos Estados Unidos que sobrevoaram o litoral do país há dois dias.
"O mundo inteiro deve lembrar claramente que foram os EUA que declararam guerra a nosso país", disse o chanceler. "Como os EUA declaram guerra a nosso país, temos todo o direito de tomar medidas contrárias, inclusive o direito de derrubar bombardeiros estratégicos dos EUA mesmo que eles não estejam no espaço aéreo de nossos países."
No fim de semana, Trump escreveu no Twitter que "o Pequeno Fogueteiro" e o chanceler norte-coreanos não vão estar por aí por muito mais tempo". Depois que o presidente americano ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o regime comunista de Pionguiangue interpretou a bravata trumpista como uma ameaça.
Era uma resposta ao discurso do ministro do Exterior norte-coreano na Assembleia Geral da ONU, que chamou Trump de "presidente diabólico" e alegou que as sanções econômicas não vão impedir a Coreia do Norte de desenvolver armas nucleares e atingir um "equilíbrio de forças com os EUA."
Para a ditadura stalinista de Pionguiangue, as armas nucleares são a garantia de sobrevivência do regime, de que o país não terá o mesmo destino que o Iraque de Saddam Hussein ou a Líbia de Muamar Kadafi.
O atual ditador, Kim Jong Un, sucedeu ao pai em dezembro de 2011, poucos meses depois da queda e morte de Kadafi, que havia se aproximado do Ocidente e aberto mão dos programas de desenvolvimento de armas de destruição em massa. Na análise norte-coreana, quando a Líbia sofreu intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com autorização do Conselho de Segurança da ONU, o ditador não teve como se defender.
Na Casa Branca, a porta-voz Susan Huckabee Sanders, negou: "Não declaramos guerra à Coreia do Norte". Ela considerou a insinuação "absurda".
Os EUA reforçam as sanções e pressionam a China, responsável por mais de 90% do comércio exterior norte-coreano a fazer o mesmo. O Banco Popular da China, o banco central do país, deu ordem aos bancos chineses para aplicar rigorosamente as sanções aprovadas pela ONU contra o regime stalinista da Coreia do Norte.
"O mundo inteiro deve lembrar claramente que foram os EUA que declararam guerra a nosso país", disse o chanceler. "Como os EUA declaram guerra a nosso país, temos todo o direito de tomar medidas contrárias, inclusive o direito de derrubar bombardeiros estratégicos dos EUA mesmo que eles não estejam no espaço aéreo de nossos países."
No fim de semana, Trump escreveu no Twitter que "o Pequeno Fogueteiro" e o chanceler norte-coreanos não vão estar por aí por muito mais tempo". Depois que o presidente americano ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o regime comunista de Pionguiangue interpretou a bravata trumpista como uma ameaça.
Era uma resposta ao discurso do ministro do Exterior norte-coreano na Assembleia Geral da ONU, que chamou Trump de "presidente diabólico" e alegou que as sanções econômicas não vão impedir a Coreia do Norte de desenvolver armas nucleares e atingir um "equilíbrio de forças com os EUA."
Para a ditadura stalinista de Pionguiangue, as armas nucleares são a garantia de sobrevivência do regime, de que o país não terá o mesmo destino que o Iraque de Saddam Hussein ou a Líbia de Muamar Kadafi.
O atual ditador, Kim Jong Un, sucedeu ao pai em dezembro de 2011, poucos meses depois da queda e morte de Kadafi, que havia se aproximado do Ocidente e aberto mão dos programas de desenvolvimento de armas de destruição em massa. Na análise norte-coreana, quando a Líbia sofreu intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com autorização do Conselho de Segurança da ONU, o ditador não teve como se defender.
Na Casa Branca, a porta-voz Susan Huckabee Sanders, negou: "Não declaramos guerra à Coreia do Norte". Ela considerou a insinuação "absurda".
Os EUA reforçam as sanções e pressionam a China, responsável por mais de 90% do comércio exterior norte-coreano a fazer o mesmo. O Banco Popular da China, o banco central do país, deu ordem aos bancos chineses para aplicar rigorosamente as sanções aprovadas pela ONU contra o regime stalinista da Coreia do Norte.
Déficit público de Portugal caiu para 1,9% do PIB no primeiro semestre
Com aumento de 4,3% na arrecadação e de apenas 0,4% nas despesas públicas, o déficit público de Portugal de janeiro e agosto de 2017 ficou em 2,034 bilhões de euros, 1,9 bilhão a menos do que no mesmo período do ano passado, informou o jornal Diário de Notícias. O Ministério das Finanças já aposta no cumprimento da meta do programa de estabilização, de um déficit 1,5% do produto interno bruto.
De acordo com o ministério, o superávit primário, descontado o pagamento de juros, foi de 3,734 bilhões de euros. A receita com impostos subiu 6%, o dobro do previsto no orçamento português, com alta de 7,2% na receita do imposto sobre valor agregado (IVA), de 24,7% no imposto de renda e de 6,2% nas contribuições previdenciárias.
O déficit público de 2016 foi ligeiramente reduzido, de 2% para 1,98% e a previsão de crescimento para este ano elevada para 3%. Mas a dívida pública ainda é elevada. Caiu de 130% do PIB no ano passado para 127,7%.
No ano passado, o PIB de Portugal foi equivalente a US$ 204,6 bilhões, com renda média de US$ 19,8 mil para seus 10,32 milhões de habitantes.
De acordo com o ministério, o superávit primário, descontado o pagamento de juros, foi de 3,734 bilhões de euros. A receita com impostos subiu 6%, o dobro do previsto no orçamento português, com alta de 7,2% na receita do imposto sobre valor agregado (IVA), de 24,7% no imposto de renda e de 6,2% nas contribuições previdenciárias.
O déficit público de 2016 foi ligeiramente reduzido, de 2% para 1,98% e a previsão de crescimento para este ano elevada para 3%. Mas a dívida pública ainda é elevada. Caiu de 130% do PIB no ano passado para 127,7%.
No ano passado, o PIB de Portugal foi equivalente a US$ 204,6 bilhões, com renda média de US$ 19,8 mil para seus 10,32 milhões de habitantes.
Índia pode gerar 100% da energia elétrica de fontes renováveis
Alguns países em desenvolvimento, entre eles a Índia, têm abundância de fontes de energia renováveis e não precisam depender de carvão e petróleo como os países desenvolvidos para elevar o nível de vida. Até 2050, a Índia pode gerar toda sua energia elétrica de fontes renováveis, concluiu uma pesquisa da Universidade de Tecnologia de Lappeeranta, na Finlândia.
O estudo aponta a energia solar como principal alternativa. As células fotovoltaicas são a fonte mais barata e baterias garantiriam o suprimento durante a noite. As necessidades de energia incluem dessalinização de água.
"A possibilidade de que um país como a Índia possa se mover rumo a um sistema elétrico dentro de três décadas e que possa fazê-lo mais economicamente do que no sistema atual mostram que os países em desenvolvimento podem pular a fase de emissões intensivas. É uma vantagem competitiva", observou o coordenador do maior projeto de desenvolvimento de energia solar da Finlândia, Pasi Vainikka.
Só numa época do ano, durante as chuvas torrenciais da temporada das monções, o sol brilha menos na Índia. A insolação menor seria compensada pelo aumento da geração de energia hidrelétrica e energia do vento.
Com menos emissões de gases carbônicos, a Índia também reduziria a poluição do ar, responsável por milhares de mortes todos os anos. Quatro cidades indianas, inclusive a capital, Nova Déli, estão entre as dez cidades com ar mais poluído do mundo.
Pelas estimativas da pesquisa, o custo da energia renovável em 2050 seria de 52 euros (R$ 194,40) por megavate-hora se for computado apenas o setor de energia. Com a dessalinização e o uso industrial de gás natural, o custo cairia para 46 euros (R$ 172) por MWh. O custo atual é de 57 euros (R$ 213,09) por MWh.
O investimento necessário para tornar a energia elétrica indiana 100% renovável é de 3,38 trilhões de euros (R$ 12,636 trilhões), estimando-se um aumento da demanda de 1,72 bilhões de MWh em 2015 para 6,2 bilhões de MWh em 2050.
Com a mudança da matriz energética, a Índia teria plenas condições de atingir suas metas dentro do Acordo do Clima para conter o aquecimento global assinado em 2015 em Paris para limitar o aumento da temperatura da Terra em dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
O estudo aponta a energia solar como principal alternativa. As células fotovoltaicas são a fonte mais barata e baterias garantiriam o suprimento durante a noite. As necessidades de energia incluem dessalinização de água.
"A possibilidade de que um país como a Índia possa se mover rumo a um sistema elétrico dentro de três décadas e que possa fazê-lo mais economicamente do que no sistema atual mostram que os países em desenvolvimento podem pular a fase de emissões intensivas. É uma vantagem competitiva", observou o coordenador do maior projeto de desenvolvimento de energia solar da Finlândia, Pasi Vainikka.
Só numa época do ano, durante as chuvas torrenciais da temporada das monções, o sol brilha menos na Índia. A insolação menor seria compensada pelo aumento da geração de energia hidrelétrica e energia do vento.
Com menos emissões de gases carbônicos, a Índia também reduziria a poluição do ar, responsável por milhares de mortes todos os anos. Quatro cidades indianas, inclusive a capital, Nova Déli, estão entre as dez cidades com ar mais poluído do mundo.
Pelas estimativas da pesquisa, o custo da energia renovável em 2050 seria de 52 euros (R$ 194,40) por megavate-hora se for computado apenas o setor de energia. Com a dessalinização e o uso industrial de gás natural, o custo cairia para 46 euros (R$ 172) por MWh. O custo atual é de 57 euros (R$ 213,09) por MWh.
O investimento necessário para tornar a energia elétrica indiana 100% renovável é de 3,38 trilhões de euros (R$ 12,636 trilhões), estimando-se um aumento da demanda de 1,72 bilhões de MWh em 2015 para 6,2 bilhões de MWh em 2050.
Com a mudança da matriz energética, a Índia teria plenas condições de atingir suas metas dentro do Acordo do Clima para conter o aquecimento global assinado em 2015 em Paris para limitar o aumento da temperatura da Terra em dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
domingo, 24 de setembro de 2017
Merkel é reeleita e ultradireita volta ao Parlamento da Alemanha
Com cerca de 33% dos votos, a aliança entre a União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU) garantiu a esperada reeleição da chanceler (primeira-ministra) conservadora Angela Merkel para um quarto mandato como chefe de governo da Alemanha.
A grande novidade das eleições de 2017 foi a volta ao Parlamento alemão de um partido de extrema direita pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
A Alternativa para a Alemanha (AfD), surgida em reação à política de Merkel de acolher os refugiados de guerras no Oriente Médio e à crise do euro, ficou em terceiro lugar, com 12,6% dos votos e 94 deputados, atrás do Partido Social-Democrata (SPD), que teve 20,5% da votação e elegeu 153 deputados.
Também conquistaram assentos na Câmara Federal da Alemanha o Partido Liberal-Democrata (FDP), com 10,7% dos votos, terá 80 deputados; a Esquerda, com 9,2%, elegeu 69 deputados; e os Verdes, com 8,9% da votação, terão 67 deputados.
Apesar da vitória, com 246 deputados na Câmara Federal (Bundestag) de 709 cadeiras, a aliança CDU-CSU obteve seu pior resultado desde 1949, nas primeiras eleições da Alemanha Ocidental.
Merkel pode tentar a aliança com os liberais-democratas, um antigo aliado de governos democratas-cristãos, mas não basta para ter maioria absoluta. Ela também precisaria do apoio da bancada verde para formar um governo de maioria, com 393 deputados.
Outra opção é manter a grande aliança com o SPD. Os sociais-democratas sofreram o desgaste de ser o parceiro menor na coalizão de governo. Devem preferir a oposição para reconstruir sua base de apoio. De qualquer maneira, Merkel sai enfraquecida das eleições.
Pela Constituição da República Federal da Alemanha, do pós-guerra, há uma cláusula de barreira. Para entrar na Câmara, um partido precisa de no mínimo 5% dos votos nacionalmente. Foi uma fórmula usada evitar o acesso de nazista e comunistas ao Parlamento.
É a primeira vez desde Hitler e do partido nazista que a extrema direita estará no Parlamento Alemão. Ao celebrar como vitória, os ultranacionalistas prometeram fazer uma oposição feroz a Merkel e investigar os últimos governos. Do lado de fora, manifestantes liberais e de esquerda gritavam: "Fora, nazistas!"
A grande novidade das eleições de 2017 foi a volta ao Parlamento alemão de um partido de extrema direita pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
A Alternativa para a Alemanha (AfD), surgida em reação à política de Merkel de acolher os refugiados de guerras no Oriente Médio e à crise do euro, ficou em terceiro lugar, com 12,6% dos votos e 94 deputados, atrás do Partido Social-Democrata (SPD), que teve 20,5% da votação e elegeu 153 deputados.
Também conquistaram assentos na Câmara Federal da Alemanha o Partido Liberal-Democrata (FDP), com 10,7% dos votos, terá 80 deputados; a Esquerda, com 9,2%, elegeu 69 deputados; e os Verdes, com 8,9% da votação, terão 67 deputados.
Apesar da vitória, com 246 deputados na Câmara Federal (Bundestag) de 709 cadeiras, a aliança CDU-CSU obteve seu pior resultado desde 1949, nas primeiras eleições da Alemanha Ocidental.
Merkel pode tentar a aliança com os liberais-democratas, um antigo aliado de governos democratas-cristãos, mas não basta para ter maioria absoluta. Ela também precisaria do apoio da bancada verde para formar um governo de maioria, com 393 deputados.
Outra opção é manter a grande aliança com o SPD. Os sociais-democratas sofreram o desgaste de ser o parceiro menor na coalizão de governo. Devem preferir a oposição para reconstruir sua base de apoio. De qualquer maneira, Merkel sai enfraquecida das eleições.
Pela Constituição da República Federal da Alemanha, do pós-guerra, há uma cláusula de barreira. Para entrar na Câmara, um partido precisa de no mínimo 5% dos votos nacionalmente. Foi uma fórmula usada evitar o acesso de nazista e comunistas ao Parlamento.
É a primeira vez desde Hitler e do partido nazista que a extrema direita estará no Parlamento Alemão. Ao celebrar como vitória, os ultranacionalistas prometeram fazer uma oposição feroz a Merkel e investigar os últimos governos. Do lado de fora, manifestantes liberais e de esquerda gritavam: "Fora, nazistas!"
sábado, 23 de setembro de 2017
Bombardeiros dos EUA sobrevoam litoral da Coreia do Norte
Dois aviões bombardeiros dos Estados Unidos sobrevoaram hoje o Mar do Japão até perto da costa da Coreia do Norte para deixar claro que o país tem "numerosas opções militares", anunciou hoje o Departamento da Defesa.
"No século 20, jamais um avião de caça ou bombardeiro americano havia voado tão longe ao norte da Zona Desmilitarizada [entre as duas Coreias], sublinhando assim a seriedade com que tomamos o comportamento irresponsável", declarou a porta-voz do Pentágono, Dana White.
Em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Donald Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte se o regime comunista norte-coreano usar as armas nucleares a mísseis que está testando contra os EUA ou aliados.
"No século 20, jamais um avião de caça ou bombardeiro americano havia voado tão longe ao norte da Zona Desmilitarizada [entre as duas Coreias], sublinhando assim a seriedade com que tomamos o comportamento irresponsável", declarou a porta-voz do Pentágono, Dana White.
Em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Donald Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte se o regime comunista norte-coreano usar as armas nucleares a mísseis que está testando contra os EUA ou aliados.
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Uber perde licença para operar em Londres
Por razões de "segurança pública", a autoridade de transportes da capital do Reino Unido não renovou a licença da empresa de transporte particular Uber, que vence em 30 de setembro, noticiou a televisão pública britânica BBC. A Uber promete recorrer e terá o direito de manter o serviço enquanto durar o julgamento.
"Longe de estar aberta, Londres está fechada a empresas inovadoras", defendeu-se a Uber ao anunciar a intenção de recorrer. Tem 21 dias para fazer isso. A Uber atua em mais de 600 cidades de 40 países.
Cerca de 3,5 milhões de moradores de Londres usam a Uber, que tem 40 mil motoristas cadastrados na cidade. Entre as preocupações da Transporte para Londres é com a falta de exame pela Uber da vida pregressa dos motoristas e na falta de cooperação diante de crimes graves.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, apoiou plenamente a decisão.
"Longe de estar aberta, Londres está fechada a empresas inovadoras", defendeu-se a Uber ao anunciar a intenção de recorrer. Tem 21 dias para fazer isso. A Uber atua em mais de 600 cidades de 40 países.
Cerca de 3,5 milhões de moradores de Londres usam a Uber, que tem 40 mil motoristas cadastrados na cidade. Entre as preocupações da Transporte para Londres é com a falta de exame pela Uber da vida pregressa dos motoristas e na falta de cooperação diante de crimes graves.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, apoiou plenamente a decisão.
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Theresa May propõe transição de dois anos pós-Brexit
Em um discurso conciliatório, a primeira-ministra Theresa May propôs hoje que haja um período de transição de "cerca de dois anos" depois da saída do Reino Unido da União Europeia para permitir a adaptação de empresas e serviços públicos. Durante este período, o acesso aos mercados seria feito nos termos atuais da UE.
No pronunciamento realizado em Florença, na Itália, May pediu criatividade e ambição aos negociadores e prometeu transformar o Reino Unido num promotor do liberalismo econômico em escala global.
A primeira-ministra britânica tenta criar um ambiente favorável para a retomada das negociações, na próxima segunda-feira. Ela disse que a Brexit (saída britânica, em inglês), que deve ocorrer até março de 2019, "não significa que estamos virando as costas para a Europa ou, pior ainda, que não queremos o sucesso da UE".
Seu discurso, ao lado dos ministros das Finanças, Philip Hammond, e do Exterior, Boris Johnson, que já discutiram publicamente sobre os termos da Brexit, tenta apresentar uma unidade de posições dentro do governo britânico.
Os principais temas no início das negociações são os direitos que os cidadãos europeus terão no Reino Unido fora da UE, os compromissos financeiros que o país assumiu como membro do bloco e a fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, que no momento está aberta.
Para ficar no mercado comum europeu, como pressionam o setor financeiro e as grandes empresas multinacionais com negócios no Reino Unido, os britânicos terão aceitar a livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais. A questão da imigração, decisiva para a derrota dos europeístas no plebiscito de 23 de junho de 2016, não seria resolvida.
A realidade é que os partidários da saída da UE não acreditavam na vitória, não estavam preparados e não tem a menor ideia de como acabar com uma parceria de 44 anos. Nas últimas pesquisas de opinião, a maioria é contra.
No pronunciamento realizado em Florença, na Itália, May pediu criatividade e ambição aos negociadores e prometeu transformar o Reino Unido num promotor do liberalismo econômico em escala global.
A primeira-ministra britânica tenta criar um ambiente favorável para a retomada das negociações, na próxima segunda-feira. Ela disse que a Brexit (saída britânica, em inglês), que deve ocorrer até março de 2019, "não significa que estamos virando as costas para a Europa ou, pior ainda, que não queremos o sucesso da UE".
Seu discurso, ao lado dos ministros das Finanças, Philip Hammond, e do Exterior, Boris Johnson, que já discutiram publicamente sobre os termos da Brexit, tenta apresentar uma unidade de posições dentro do governo britânico.
Os principais temas no início das negociações são os direitos que os cidadãos europeus terão no Reino Unido fora da UE, os compromissos financeiros que o país assumiu como membro do bloco e a fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, que no momento está aberta.
Para ficar no mercado comum europeu, como pressionam o setor financeiro e as grandes empresas multinacionais com negócios no Reino Unido, os britânicos terão aceitar a livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais. A questão da imigração, decisiva para a derrota dos europeístas no plebiscito de 23 de junho de 2016, não seria resolvida.
A realidade é que os partidários da saída da UE não acreditavam na vitória, não estavam preparados e não tem a menor ideia de como acabar com uma parceria de 44 anos. Nas últimas pesquisas de opinião, a maioria é contra.
Filho de Ben Laden desponta como novo líder do movimento jihadista
Dezesseis anos depois dos atentados de 11 de setembro e cinco anos depois da morte do xeique, a rede terrorista Al Caeda tem um novo líder, Hamza ben Laden. Em 14 de setembro, o grupo divulgou uma gravação de som do filho de Ossama ben Laden apelando aos jihadistas para que redobrem seus esforços de guerra santa na Síria contra uma "conspiração russo-americano-xiita contra o Islã", adverte o Centro de Combate ao Terrorismo (CTC) da Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos.
Em seu boletim de setembro, o CTC observa que Hamza ben Laden não é apenas o herdeiro natural do pai. Superprotegido desde a infância, ele está sendo preservado. Não se sabe onde ele está. É considerado o mais capaz de unificar o movimento jihadista internacional diante do colapso do califado proclamado há pouco mais de três anos pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Seu pai era contra, em princípio, matar muçulmanos. O Estado Islâmico considera os xiitas infiéis e traidores do islamismo, o que autorizaria matá-los. Assim, a pregação de Hamza contra os xiitas ajudaria a atrair os guerreiros do Estado Islâmico de volta para a rede Al Caeda.
Em seu boletim de setembro, o CTC observa que Hamza ben Laden não é apenas o herdeiro natural do pai. Superprotegido desde a infância, ele está sendo preservado. Não se sabe onde ele está. É considerado o mais capaz de unificar o movimento jihadista internacional diante do colapso do califado proclamado há pouco mais de três anos pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Seu pai era contra, em princípio, matar muçulmanos. O Estado Islâmico considera os xiitas infiéis e traidores do islamismo, o que autorizaria matá-los. Assim, a pregação de Hamza contra os xiitas ajudaria a atrair os guerreiros do Estado Islâmico de volta para a rede Al Caeda.
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
S&P rebaixa nota de crédito da China
A agência de classificação de risco Standard &Poor's anunciou hoje o rebaixamento da nota de crédito da dívida pública da China por causa do aumento do endividamento, apesar das promessas do governo de reduzir os riscos financeiros na segunda maior economia do mundo, noticiou o jornal americano The Wall Street Journal.
Foi a terceira grande agência de classificação de risco a rebaixar a China. A Fitch havia reduzido a nota de crédito da China em 2013 e a agência Moody's, em maio de 2017.
A nota chinesa caiu de A+ para AA- por entender que "um longo período de crescimento forte do crédito aumentou os riscos econômicos e financeiros na China". O viés passou de estável a negativo. Isso significa que a S&P vê uma tendência, uma perspectiva, de crescimento da dívida pública chinesa.
No primeiro semestre de 2017, a China cresceu num ritmo de 6,9% ao ano.
Foi a terceira grande agência de classificação de risco a rebaixar a China. A Fitch havia reduzido a nota de crédito da China em 2013 e a agência Moody's, em maio de 2017.
A nota chinesa caiu de A+ para AA- por entender que "um longo período de crescimento forte do crédito aumentou os riscos econômicos e financeiros na China". O viés passou de estável a negativo. Isso significa que a S&P vê uma tendência, uma perspectiva, de crescimento da dívida pública chinesa.
No primeiro semestre de 2017, a China cresceu num ritmo de 6,9% ao ano.
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Irã ataca Trump e Israel na Assembleia Geral da ONU
Ao discursar hoje na sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, atacou o "desonesto regime sionista" que "atropela os direitos dos palestinos" por "ter a audácia de pregar para nações pacíficas". O Irã não reconhece Israel e trata o país como "regime sionista".
Rouhani contra-atacou duramente as críticas do presidente Donald Trump ao acordo firmado em 2015 entre a república islâmica, os Estados Unidos, a Alemanha e as outras grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU (China, França, Reino Unido e Rússia) para desarmar o programa nuclear iraniano. Descreveu o pronunciamento de Trump como uma "retórica ignorante, absurda e odiosa".
Em seu discurso ontem, o presidente americano considerou o acordo nuclear "um dos piores e mais unilaterais" já firmados pelos EUA. O governo linha-dura de Israel pressiona Trump a abandonar o acordo.
"Não ameaçamos ninguém, mas também não aceitamos ser ameaçados", declarou o aiatolá. "Nosso discurso é de respeito e dignidade."
Ele defendeu o acordo como um modelo e afirmou que a república islâmica nunca desonrou seus compromissos internacionais: "Será uma pena se este acordo for destruído por novatos desonestos no mundo político", acrescentou, alfinetando o presidente americano.
Quando defendeu o direito do povo palestino a uma pátria independente, o líder iraniano argumentou: "Somos o mesmo povo que resgatou os judeus da servidão na Babilônia." Rouhani negou que o objetivo da ditadura teocrática iraniana seja "restaurar o antigo império [persa], impor sua religião oficial e outros e exportar a revolução pela força das armas."
O Irã, que tem uma das maiores reservas mundiais de gás e petróleo, quer cooperação para a segurança e o desenvolvimento econômico, disse o aiatolá: "Convido todos os interessados em paz, segurança e progreosso através da parceria e da cooperação entre as nações a visitar o Irã."
Rouhani contra-atacou duramente as críticas do presidente Donald Trump ao acordo firmado em 2015 entre a república islâmica, os Estados Unidos, a Alemanha e as outras grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU (China, França, Reino Unido e Rússia) para desarmar o programa nuclear iraniano. Descreveu o pronunciamento de Trump como uma "retórica ignorante, absurda e odiosa".
Em seu discurso ontem, o presidente americano considerou o acordo nuclear "um dos piores e mais unilaterais" já firmados pelos EUA. O governo linha-dura de Israel pressiona Trump a abandonar o acordo.
"Não ameaçamos ninguém, mas também não aceitamos ser ameaçados", declarou o aiatolá. "Nosso discurso é de respeito e dignidade."
Ele defendeu o acordo como um modelo e afirmou que a república islâmica nunca desonrou seus compromissos internacionais: "Será uma pena se este acordo for destruído por novatos desonestos no mundo político", acrescentou, alfinetando o presidente americano.
Quando defendeu o direito do povo palestino a uma pátria independente, o líder iraniano argumentou: "Somos o mesmo povo que resgatou os judeus da servidão na Babilônia." Rouhani negou que o objetivo da ditadura teocrática iraniana seja "restaurar o antigo império [persa], impor sua religião oficial e outros e exportar a revolução pela força das armas."
O Irã, que tem uma das maiores reservas mundiais de gás e petróleo, quer cooperação para a segurança e o desenvolvimento econômico, disse o aiatolá: "Convido todos os interessados em paz, segurança e progreosso através da parceria e da cooperação entre as nações a visitar o Irã."
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Trump ameaça na ONU "destruir totalmente" a Coreia do Norte
Depois de acusar o ditador Kim Jong Un de estar em "uma missão de suicídio de si mesmo e do regime", o presidente Donald Trump ameaçou hoje "destruir totalmente" a Coreia do Norte, se precisar defender os Estados Unidos e seus aliados.
Antes de participar da sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Trump se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Mais uma vez, o líder israelense o pressionou a revisar o acordo assinado em 2015 pela República Islâmica do Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar o programa nuclear iraniano.
Em seu discurso, além de ameaçar a Coreia do Norte, Trump criticou o acordo nuclear com o Irã como "um dos mais unilaterais" já assinados pelos EUA. O acordo com o Irã, avalizado por todo o Conselho de Segurança da ONU, é considerado um modelo para uma solução diplomática da crise na Península Coreana.
Desde 2006, o regime comunista norte-coreano fez seis testes nucleares e vários testes de mísseis capazes de transportar ogivas atômicas. Agora, o regime stalinista de Pionguiangue deve ter bombas atômicas. Ainda não se sabe se tem capacidade de miniaturizar as bombas para colocá-las na cabeça de mísseis.
Com seus sucessivos testes militares, a Coreia do Norte está aperfeiçoando seus mísseis e bombas atômicas. Trump considera isso inaceitável. Ele também condenou a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela e convocou os aliados dos EUA a boicotar a Coreia do Norte, o Irã e a Venezuela.
Antes de participar da sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Trump se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Mais uma vez, o líder israelense o pressionou a revisar o acordo assinado em 2015 pela República Islâmica do Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar o programa nuclear iraniano.
Em seu discurso, além de ameaçar a Coreia do Norte, Trump criticou o acordo nuclear com o Irã como "um dos mais unilaterais" já assinados pelos EUA. O acordo com o Irã, avalizado por todo o Conselho de Segurança da ONU, é considerado um modelo para uma solução diplomática da crise na Península Coreana.
Desde 2006, o regime comunista norte-coreano fez seis testes nucleares e vários testes de mísseis capazes de transportar ogivas atômicas. Agora, o regime stalinista de Pionguiangue deve ter bombas atômicas. Ainda não se sabe se tem capacidade de miniaturizar as bombas para colocá-las na cabeça de mísseis.
Com seus sucessivos testes militares, a Coreia do Norte está aperfeiçoando seus mísseis e bombas atômicas. Trump considera isso inaceitável. Ele também condenou a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela e convocou os aliados dos EUA a boicotar a Coreia do Norte, o Irã e a Venezuela.
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Terremoto de 7,1 graus abala o México e mata mais de 300 pessoas
Um forte tremor de terra de 7,1 graus na escala aberta de Richter sacudiu hoje a região central do México, inclusive a capital, com maior impacto no estado de Morelos. Mais de 220 pessoas morreram, informam as agências de notícias e as televisões especializadas em notícias nas primeiras horas após a tragédia.
O segundo abalo sísmico forte no país neste mês aconteceu no aniversário do terremoto de 1985, que destruiu muitos prédios na Cidade do México e matou pelo menos 6 mil pessoas. Foi o pior da história do México.
Em 7 de setembro de 2017, às 23h49 (1h49 do dia seguinte em Brasília), um terremoto de 8,2 graus na Escala Richter com epicentro no Golfo de Tehuantepec, no Oceano Pacífico, sacudiu a costa sul do México, especialmente os estados de Oaxaca e Chiapas, e parte da Guatemala, causando pelo menos 96 mortes. Desde então, houve 3.170 tremores secundários na região.
Hoje a terra tremeu às 13h14 pela hora local (15h14 em Brasília) a uma profundidade de 57 quilômetros. O epicentro do terremoto, o ponto da superfície mais próximo do tremor, fica a 12 km a sudeste de Axochiapán, em Morelos, na divisa estadual entre Morelos e Puebla, e a 120 km da capital, informou o Serviço Sismológico Nacional, da Universidade Nacional Autônoma do México.
Dois milhões de pessoas estão sem energia elétrica na capital. Várias casas e prédios desabaram no bairro Roma, onde muitos estrangeiros vivem na Cidade do México. Agentes da defesa civil tentam encontrar sobreviventes entre os escombros. A mesma cena se repete nas cidades de Puebla e Cuernavaca.
NOTA: em 30 de setembro, o total de mortes chegou a 358.
O segundo abalo sísmico forte no país neste mês aconteceu no aniversário do terremoto de 1985, que destruiu muitos prédios na Cidade do México e matou pelo menos 6 mil pessoas. Foi o pior da história do México.
Em 7 de setembro de 2017, às 23h49 (1h49 do dia seguinte em Brasília), um terremoto de 8,2 graus na Escala Richter com epicentro no Golfo de Tehuantepec, no Oceano Pacífico, sacudiu a costa sul do México, especialmente os estados de Oaxaca e Chiapas, e parte da Guatemala, causando pelo menos 96 mortes. Desde então, houve 3.170 tremores secundários na região.
Hoje a terra tremeu às 13h14 pela hora local (15h14 em Brasília) a uma profundidade de 57 quilômetros. O epicentro do terremoto, o ponto da superfície mais próximo do tremor, fica a 12 km a sudeste de Axochiapán, em Morelos, na divisa estadual entre Morelos e Puebla, e a 120 km da capital, informou o Serviço Sismológico Nacional, da Universidade Nacional Autônoma do México.
Dois milhões de pessoas estão sem energia elétrica na capital. Várias casas e prédios desabaram no bairro Roma, onde muitos estrangeiros vivem na Cidade do México. Agentes da defesa civil tentam encontrar sobreviventes entre os escombros. A mesma cena se repete nas cidades de Puebla e Cuernavaca.
NOTA: em 30 de setembro, o total de mortes chegou a 358.
OEA condena morte de preso político na Venezuela
A Organização dos Estados Americanos (OEA) protestou ontem contra a ditadura de Nicolás Maduro por causa da morte de um preso político na Venezuela no domingo passado. Carlos Andrés García estava detido há nove meses.
"Condenamos a flagrante violação dos direitos humanos pelo regime da Venezuela, que causou a morte do vereador Andrés García", declarou no Twitter o secretário-geral da OEA, o ex-ministro do Exterior do Uruguai Luis Almagro, horas depois da morte.
Em 8 de agosto, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos denunciou os "crimes contra a humanidade" cometidos pelo governo Maduro na repressão à onda de manifestações de protesto iniciada em abril. Pelo menos 124 pessoas morreram, mais de 160 de acordo com a oposição.
García não recebeu tratamento médico e uma ordem judicial para libertá-lo por razões humanitárias foi ignorada.
Desde as manifestações de fevereiro de 2014, o número de presos políticos chegou a cerca de 600, acusa a organização de defesa dos direitos humanos Foro Legal.
"Condenamos a flagrante violação dos direitos humanos pelo regime da Venezuela, que causou a morte do vereador Andrés García", declarou no Twitter o secretário-geral da OEA, o ex-ministro do Exterior do Uruguai Luis Almagro, horas depois da morte.
Em 8 de agosto, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos denunciou os "crimes contra a humanidade" cometidos pelo governo Maduro na repressão à onda de manifestações de protesto iniciada em abril. Pelo menos 124 pessoas morreram, mais de 160 de acordo com a oposição.
García não recebeu tratamento médico e uma ordem judicial para libertá-lo por razões humanitárias foi ignorada.
Desde as manifestações de fevereiro de 2014, o número de presos políticos chegou a cerca de 600, acusa a organização de defesa dos direitos humanos Foro Legal.
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segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Ativistas do povo de Biafra incendeiam mesquita na Nigéria
Militantes do movimento Povo Indígena de Biafra (IPOB, do inglês) tocaram fogo no fim de semana em uma mesquita na cidade de Ogrute, capital da região de Igbo-Ezer, no estado de Enugu, no Sudeste da Nigéria, o país mais populoso da África.
O ataque provocou tumulto e pânico onde os moradores do povo hauçá, o mais numeroso do país, que é muçulmano. Na semana passada, o Exército cercou e atacou a casa do líder do IPOB, Nnmandi Kanu, que lidera o movimento pela independência. Ele estaria planejando uma fuga para a vizinha República de Camarões,
Em Abuja, a capital federal, o governo central acusou indivíduos descontentes politicamente e saqueadores de tesouros de patrocinar agitadores e separatistas do IPOB para desestabilizar a Nigéria. O ministro da Informação e da Cultura, Alhaji Lai Mohammed, acusou o grupo de não ter outro propósito.
A guerra civil de Biafra (1967-70) foi um dos conflitos mais graves da África depois da independência, com um total de 1 milhão de mortos em combate e de fome.
O ataque provocou tumulto e pânico onde os moradores do povo hauçá, o mais numeroso do país, que é muçulmano. Na semana passada, o Exército cercou e atacou a casa do líder do IPOB, Nnmandi Kanu, que lidera o movimento pela independência. Ele estaria planejando uma fuga para a vizinha República de Camarões,
Em Abuja, a capital federal, o governo central acusou indivíduos descontentes politicamente e saqueadores de tesouros de patrocinar agitadores e separatistas do IPOB para desestabilizar a Nigéria. O ministro da Informação e da Cultura, Alhaji Lai Mohammed, acusou o grupo de não ter outro propósito.
A guerra civil de Biafra (1967-70) foi um dos conflitos mais graves da África depois da independência, com um total de 1 milhão de mortos em combate e de fome.
Polícia britânica prende suspeito do ataque ao metrô de Londres
A polícia britânica, Scotland Yard, prendeu sábado à noite em Hounslow, na periferia de Londres, um homem de 21 anos, o segundo suspeito do ataque ao metrô da capital do Reino Unido que deixou 29 feridos na última sexta-feira.
O primeiro suspeito, detido na sexta-feira no porto de Dover, quando tentava fugir do país, foi identificado como um iraquiano de 18 anos. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelo atentado, mas provavelmente foi apenas inspiradora.
Dois dias depois do ataque, o nível de alerta contra o terrorismo foi rebaixado de máximo para crítico.
O primeiro suspeito, detido na sexta-feira no porto de Dover, quando tentava fugir do país, foi identificado como um iraquiano de 18 anos. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelo atentado, mas provavelmente foi apenas inspiradora.
Dois dias depois do ataque, o nível de alerta contra o terrorismo foi rebaixado de máximo para crítico.
domingo, 17 de setembro de 2017
Egito condena ex-presidente a 25 anos de prisão por espionagem
O Superior Tribunal de Justiça do Egito condenou ontem o ex-presidente Mohamed Mursi a 25 anos de prisão, sob a acusação de espionagem para um governo estrangeiro, no caso, do Catar. Outros três réus, também membros da Irmandade Muçulmana, foram sentenciados à morte.
Durante o ano em que governou o Egito, da eleição de maio de 2012 ao golpe de 3 de julho de 2013, Mursi teria deixado vazar segredos de Estado para o Catar, que no momento está sendo isolado pelas monarquias petroleiras do Golfo Pérsico.
Mursi foi primeiro presidente eleito democraticamente da história do Egito. A eleição foi realizada mais de um ano depois da queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, na chamada Primavera Árabe.
Com seu autoritarismo, Mursi e a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano, fundado em 1928, foram rejeitados tanto pelas forças ao antigo regime quanto pelos revolucionários que se concentraram na Praça da Libertação, no centro do Cairo, a partir de 25 de janeiro de 2011.
Em 2013, as massas voltaram a ocupar a praça, daquela vez para pedir ao Exército que afastasse Mursi. O marechal Abdel Fattah al-Sissi derrubou os islamistas e virou ditador. O chamado Estado profundo (Forças Armadas, serviços secretos, burocratas e empresários beneficiados pelo regime) voltou a assumir o controle total do poder.
Em junho de 2016, um juiz de primeira instância condenou Mursi a 40 anos de prisão. Na revisão final, a sentença caiu para 25 anos. O tribunal manteve as penas de morte para o documentarista Ahmed Ali Abdo, o aeronauta da companhia aérea Egypt Air Mohamed Adel Kilani e o professor universitário Ahmed Ismail Thabet. Outro réu pegou prisão perpétua e dois foram condenados a 15 anos
O ex-presidente já cumpre uma pena de 20 anos pela morte de manifestantes durante protestos de rua em 2012
Durante o ano em que governou o Egito, da eleição de maio de 2012 ao golpe de 3 de julho de 2013, Mursi teria deixado vazar segredos de Estado para o Catar, que no momento está sendo isolado pelas monarquias petroleiras do Golfo Pérsico.
Mursi foi primeiro presidente eleito democraticamente da história do Egito. A eleição foi realizada mais de um ano depois da queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, na chamada Primavera Árabe.
Com seu autoritarismo, Mursi e a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano, fundado em 1928, foram rejeitados tanto pelas forças ao antigo regime quanto pelos revolucionários que se concentraram na Praça da Libertação, no centro do Cairo, a partir de 25 de janeiro de 2011.
Em 2013, as massas voltaram a ocupar a praça, daquela vez para pedir ao Exército que afastasse Mursi. O marechal Abdel Fattah al-Sissi derrubou os islamistas e virou ditador. O chamado Estado profundo (Forças Armadas, serviços secretos, burocratas e empresários beneficiados pelo regime) voltou a assumir o controle total do poder.
Em junho de 2016, um juiz de primeira instância condenou Mursi a 40 anos de prisão. Na revisão final, a sentença caiu para 25 anos. O tribunal manteve as penas de morte para o documentarista Ahmed Ali Abdo, o aeronauta da companhia aérea Egypt Air Mohamed Adel Kilani e o professor universitário Ahmed Ismail Thabet. Outro réu pegou prisão perpétua e dois foram condenados a 15 anos
O ex-presidente já cumpre uma pena de 20 anos pela morte de manifestantes durante protestos de rua em 2012
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sábado, 16 de setembro de 2017
Procurador que investigava Cristina Kirchner foi morto, conclui inquérito
O procurador especial Alberto Nisman foi assassinado em 19 de janeiro de 2015. Horas depois, iria apresentar ao Congresso da Argentina alegações de que a presidente Cristina Kirchner era responsável por um acordo secreto. Seu objetivo era encobrir a participação do Irã no pior atentado terrorista da história da América Latina e o pior contra judeus desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A hipótese de suicídio de Nisman, defendida pelo governo Cristina Kirchner, está descarta.
Era uma segunda-feira, 18 de julho de 1994, 85 pessoas morreram e 300 saíram feridas de um atentado com carro-bomba contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), um clube da comunidade judaica do país, a maior da América Latina, com cerca de 300 mil pessoas.
Depois de nove anos de investigação, em 2003, a Justiça argentina acusou a República Islâmica do Irã de planejar o atentado e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá pela execução. Oito altos funcionários iranianos, inclusive o falecido presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani e o ex-ministro da Defesa Ahmad Vahidi, e um cidadão libanês foram denunciados.
O ex-embaixador Hadi Soleimanpour chegou a ser detido em Londres, mas foi libertado pela Justiça do Reino Unido.
Em 13 de setembro de 2004, Alberto Nisman, judeu, foi nomeado procurador especial para o Caso AMIA. Os pedidos internacionais de prisão dos dois oito iranianos e do libanês voltaram a ser feitos pelo governo argentino e começou a investigação sobre o .
Uma possibilidade é que tenha sido uma vingança direta contra o governo Carlos Menem (1989-99). De origem árabe e muçulmana, Menem se converteu ao catolicismo para ser presidente da Argentina.
Durante a campanha, Menem pediu dinheiro aos países árabes, inclusive ao então ditador da Líbia, Muamar Kadadi. No poder, adotou uma política externa de alinhamento automático com os Estados Unidos e Israel. Em 1991, a Argentina foi o único país da América Latina a enviar forças para a Guerra do Golfo.
Era uma segunda-feira, 18 de julho de 1994, 85 pessoas morreram e 300 saíram feridas de um atentado com carro-bomba contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), um clube da comunidade judaica do país, a maior da América Latina, com cerca de 300 mil pessoas.
Depois de nove anos de investigação, em 2003, a Justiça argentina acusou a República Islâmica do Irã de planejar o atentado e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá pela execução. Oito altos funcionários iranianos, inclusive o falecido presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani e o ex-ministro da Defesa Ahmad Vahidi, e um cidadão libanês foram denunciados.
O ex-embaixador Hadi Soleimanpour chegou a ser detido em Londres, mas foi libertado pela Justiça do Reino Unido.
Em 13 de setembro de 2004, Alberto Nisman, judeu, foi nomeado procurador especial para o Caso AMIA. Os pedidos internacionais de prisão dos dois oito iranianos e do libanês voltaram a ser feitos pelo governo argentino e começou a investigação sobre o .
Uma possibilidade é que tenha sido uma vingança direta contra o governo Carlos Menem (1989-99). De origem árabe e muçulmana, Menem se converteu ao catolicismo para ser presidente da Argentina.
Durante a campanha, Menem pediu dinheiro aos países árabes, inclusive ao então ditador da Líbia, Muamar Kadadi. No poder, adotou uma política externa de alinhamento automático com os Estados Unidos e Israel. Em 1991, a Argentina foi o único país da América Latina a enviar forças para a Guerra do Golfo.
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Estado Islâmico reinvindica autoria do atentando em Londres
Através de sua agência de propaganda online Amaq, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante tentou assumir a responsabilidade pelo atentado de hoje contra o metrô de Londres, que deixou 29 feridos.
Como sempre, há dúvidas se trata-se de uma célula terrorista controlada diretamente pelo Estado Islâmico ou de extremistas muçulmanos seduzidos pela propaganda do grupo.
No Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou uma ação mais rigorosa contra as atividades dos radicais islâmicos nas redes sociais da Internet. Em conversa telefônica, a primeira-ministra britânica, Theresa May, o criticou por revelar que a polícia do Reino Unido já identificou o terrorista.
Como sempre, há dúvidas se trata-se de uma célula terrorista controlada diretamente pelo Estado Islâmico ou de extremistas muçulmanos seduzidos pela propaganda do grupo.
No Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou uma ação mais rigorosa contra as atividades dos radicais islâmicos nas redes sociais da Internet. Em conversa telefônica, a primeira-ministra britânica, Theresa May, o criticou por revelar que a polícia do Reino Unido já identificou o terrorista.
Atentado terrorista no metrô de Londres deixa 29 feridos
No quinto atentado terrorista do ano na Inglaterra, uma bomba explodiu parcialmente no metrô de Londres, deixando 29 feridos, inclusive uma brasileira com ferimentos leves que já está em casa.
A bomba caseira foi deixada dentro de um trem do metrô dentro de um pacote com um balde que pegou fogo e acionada por controle remoto depois que o terrorista desembarcou, perto da estação de Parsons Green. A explosão foi apenas parcial. A polícia encontrou o detonador.
Os moradores da área, um bairro de classe média alta do Sudoeste de Londres, no caminho das quadras de tênis de Wimbledon, socorreram os feridos.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, elevou o estado de alerta contra o terrorismo de "grave" para "crítico". Isso significa que a Scotland Yard e os serviços secretos consideram que há o risco iminente de um novo ataque.
A bomba caseira foi deixada dentro de um trem do metrô dentro de um pacote com um balde que pegou fogo e acionada por controle remoto depois que o terrorista desembarcou, perto da estação de Parsons Green. A explosão foi apenas parcial. A polícia encontrou o detonador.
Os moradores da área, um bairro de classe média alta do Sudoeste de Londres, no caminho das quadras de tênis de Wimbledon, socorreram os feridos.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, elevou o estado de alerta contra o terrorismo de "grave" para "crítico". Isso significa que a Scotland Yard e os serviços secretos consideram que há o risco iminente de um novo ataque.
Nigéria ataca casa do líder do povo de Biafra
Numa verdadeira operação de guerra, com 100 blindados e sete caminhonetes Hilux, as forças de segurança da Nigéria invadiram ontem a casa de Nnamdi Kanu, o líder do Povo Indígena de Biafra (IPOB). Pelo menos 15 pessoas teriam sido mortas.
Kanu, seus pais e seus filhos estão desaparecidos, denuncia um movimento pela independência que ressurge 50 anos depois do início da Guerra de Biafra (1967-70), uma das guerras civis mais trágicas da África, com cerca de 1 milhão de mortos, grande parte de fome.
"Eles arrombaram a casa do nosso líder em Ibeku Umuahia, no condado de Afaraukwu, às 13h30" (9h30 em Brasília), declarou a porta-voz do IBOP, Emma Powerful. "A operação conjunta do Exército da Nigéria, da polícia e do serviço secreto, e até mesmo da defesa civil, invadiu a casa de Nnamdi Kanu e matou vários partidários nossos na frente da casa do líder."
Os soldados chegaram na região 48 horas depois de um confronto entre partidários do IPOB e o Exército no domingo e cercaram a casa de Kanu. "Agora, não sabemos onde estão nosso líder, Mazi Nnamdi Kanu, e sua família, inclusive seu pai, sua mãe e seus filhos", acrescentou a porta-voz.
"A invasão do foi liderada pelo general de exército Muhammadu Buhari", o presidente nigeriano, "sob a supervisão do general de divisão Tukur Yusuf Buratai", comandante do Exército, "e de seu exército de ocupação", protestou o (IPOB). "Eles mataram muitos partidários nossos que estavam com o líder Mazi Nnamdi Kanu e levaram os corpos."
Antes de deixar a localidade, um grupo de soldados invadiu a sede da Federação dos Jornalistas da Nigéria no estado de Abia, destruiu computadores e outros objetos de valor. Os soldados estariam tentando destruir fotos e imagens que teriam sido feitas durante a operação.
"A missão conjunta chegou em veículos blindados, com armas sofisticadas. Ficaram atirando esporadicamente durante três horas e meia.
Kanu, seus pais e seus filhos estão desaparecidos, denuncia um movimento pela independência que ressurge 50 anos depois do início da Guerra de Biafra (1967-70), uma das guerras civis mais trágicas da África, com cerca de 1 milhão de mortos, grande parte de fome.
"Eles arrombaram a casa do nosso líder em Ibeku Umuahia, no condado de Afaraukwu, às 13h30" (9h30 em Brasília), declarou a porta-voz do IBOP, Emma Powerful. "A operação conjunta do Exército da Nigéria, da polícia e do serviço secreto, e até mesmo da defesa civil, invadiu a casa de Nnamdi Kanu e matou vários partidários nossos na frente da casa do líder."
Os soldados chegaram na região 48 horas depois de um confronto entre partidários do IPOB e o Exército no domingo e cercaram a casa de Kanu. "Agora, não sabemos onde estão nosso líder, Mazi Nnamdi Kanu, e sua família, inclusive seu pai, sua mãe e seus filhos", acrescentou a porta-voz.
"A invasão do foi liderada pelo general de exército Muhammadu Buhari", o presidente nigeriano, "sob a supervisão do general de divisão Tukur Yusuf Buratai", comandante do Exército, "e de seu exército de ocupação", protestou o (IPOB). "Eles mataram muitos partidários nossos que estavam com o líder Mazi Nnamdi Kanu e levaram os corpos."
Antes de deixar a localidade, um grupo de soldados invadiu a sede da Federação dos Jornalistas da Nigéria no estado de Abia, destruiu computadores e outros objetos de valor. Os soldados estariam tentando destruir fotos e imagens que teriam sido feitas durante a operação.
"A missão conjunta chegou em veículos blindados, com armas sofisticadas. Ficaram atirando esporadicamente durante três horas e meia.
Depois da euforia inicial com a independência, em 1960, os desequilíbrios econômicos regionais, tribais e religiosos desencadearam uma série de conflitos. A fraude nas eleições de outubro de 1965 levou a um colapso da ordem pública no Leste da Nigéria.
Em janeiro de 1966, um grupo de jovens do povo ibo tentou dar um golpe de Estado, matando o primeiro-ministro Balewa e dois governadores regionais. A tentativa do general Johnson Aguiyi Ironsi de abolir as regiões e impor um governo unitário causou violentos protestos contra os ibos no Norte.
Em julho de 1966, um grupo de oficiais do Norte da Nigéria deu um contra-golpe. Ironsi foi assassinado. O coronel Yakubu Gowon tomou o poder. Uma série de massacres interétnicos, em outubro de 1966, agravou a situação. O Sul, rico em petróleo, ameaçava se separar.
Numa última tentativa de manter a paz, o governo militar dividiu as quatro regiões do país em 12 estados, enquanto a Assembleia Consultiva do Leste autorizava o coronel Odumegwu Ojukwu a criar uma república independente.
GUERRA CIVIL
Em 30 de maio de 1967, Ojukwu declarou a independência de três estados do Leste, fundando a República de Biafra com o apoio da França. O governo federal da Nigéria, apoiado pelo Reino Unido, rejeitou a independência de Biafra.
Os combates, iniciados em julho de 1967, logo degeneraram numa guerra civil total. Os ibos cruzaram o Rio Níger, tomaram a cidade de Benin e marchavam rumo a Lagos quando foram detidos na cidade de Ore. Em seguida, o contra-ataque federal chegou a Enugu, a capital de Biafra.
FOME EM MASSA
Os próximos dois anos foram marcados pelo cerco e a paulatina redução do enclave de Biafra, com pesadas perdas entre a população e uma fome em massa. As imagens dos ibos de Biafra morrendo de fome são comparáveis às que o mundo veria em Bangladesh em 1971, na Etiópia em 1984 e na Somália em 1992.
Quando Biafra estava reduzida a um sexto de seu território, sem munição e sem comida, em 24 de dezembro de 1969, as tropas federais lançaram o assalto final. Em 15 de janeiro de 1970, depois da fuga de Ojukwu para a Costa do Marfim, Biafra se rendeu.
PACIFICAÇÃO
Mais de um milhão de pessoas foram mortas no mais sangrento conflito tribal da História da África antes da guerra civil na República Democrática do Congo, onde se estima que 5,4 milhões de pessoas morreram entre 1996 e 2002, na chamada Primeira Guerra Mundial Africana, que reuniu nove exércitos e centenas de grupos armados irregulares.
Por mais sangrenta que tenha sido a guerra civil de Biafra, a pacificação é considerada um modelo para acabar com guerras tribais na África. Se houvesse massacres e assassinatos em massa, talvez Biafra tivesse até hoje um grupo guerrilheiro.
Ao anunciar a vitória, o agora general Gowon declarou que “não há vencedores nem vencidos” e prometeu: “Eu solenemente repito nossas garantias de anistia geral para todos os que foram enganados a participar da rebelião. Eu garanto pessoalmente a segurança de quem se submeter à autoridade federal”.
Não foram permitidas retaliações de jovens oficiais que queriam se vingar nem exigidas compensações dos ibos. Não foram dadas medalhas e condecorações aos vencedores.
“Como resultado da guerra, acredito que a Nigéria aprendeu que um movimento político etnocêntrico não seria viável”, admitiu Emeka Ojukwu, líder da revolta e presidente de Biafra, em entrevista ao jornalista americano Blaine Harden, autor do livro África: despachos de um continente frágil, que aponta a Nigéria como uma das grandes esperanças da África negra.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Coreia do Norte dispara novo míssil sobre o Japão
A Coreia do Norte realizou há pouco mais um teste de mísseis. O foguete teleguiado passou por cima da ilha de Hokkaido, a mais ao norte das quatro maiores ilhas do arquipélago do Japão, informou o Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul.
Horas antes, em reação às novas sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a ditadura comunista de Pionguiangue ameaçou usar mísseis nucleares para "afundar o Japão" e reduzir os EUA a "cinzas e escuridão".
O presidente sul-coreano, Moon Jae In, descartou a possibilidade de que o país desenvolva suas próprias armas nucleares, alegando que uma corrida armamentista agravaria ainda mais a situação no Leste da Ásia.
Horas antes, em reação às novas sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a ditadura comunista de Pionguiangue ameaçou usar mísseis nucleares para "afundar o Japão" e reduzir os EUA a "cinzas e escuridão".
O presidente sul-coreano, Moon Jae In, descartou a possibilidade de que o país desenvolva suas próprias armas nucleares, alegando que uma corrida armamentista agravaria ainda mais a situação no Leste da Ásia.
Turquia adverte curdos do Iraque a não declarar independência
A Turquia elogiou hoje uma decisão da Assembleia Nacional do Iraque para rejeitar a proposta de realização de um plebiscito sobre a independência do Curdistão iraquiano convocado para 25 de setembro. O governo turco teme a eclosão de um movimento pela independência do Sudeste do país, onde os curdos são maioria, e ameaçou tomar medidas de força em caso de aprovação.
O Parlamento iraquiano autorizou o primeiro-ministro Haider al-Abadi de "tomar todas as medidas necessárias" para manter a unidade do Iraque, inclusive o uso da força. O líder curdo Massoud Barzani prometeu levar à frente a votação, que considera "um direito natural".
"Consideramos a posição de insistência da liderança curda iraquiana em relação ao plebiscito e suas declarações cada vez mais emocionais preocupantes", declarou em nota o Ministério do Exterior da Turquia. "Deve-se nota que esta insistência tem um custo. Pedimos que ajam com bom senso e abandonem este projeto errôneo imediatamente."
Com cerca de 35 milhões de pessoas, os curdos são a maior nação do mundo sem um Estado Nacional, uma antiga aspiração enterrada pelo Império Britânico no fim da Primeira Guerra Mundial. O povo curdo se espalha pela Turquia, o Irã, o Iraque, a Síria e o Azerbaijão. A maioria, estimada em 15 a 20 milhões, vive na Turquia.
Na guerra civil da Síria, os curdos são a principal força terrestre aliada dos Estados Unidos na guerra contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O ditador turco, Recep Tayyip Erdogan, teme que uma faixa do Norte da Síria liberada pelas Forças Democráticas Sírias (FDS) se una ao Curdistão iraquiano.
Hoje, o Curdistão iraquiano é uma região semi-autônoma do Norte do Iraque, onde a vive a terceira maior população curda, estimada em 5,6 a 8,5 milhões de pessoas. Depois do avanço do Estado Islâmico no Iraque em 2014, os curdos passaram a ter ainda mais autonomia na prática em relação ao frágil governo central de Bagdá.
O Parlamento iraquiano autorizou o primeiro-ministro Haider al-Abadi de "tomar todas as medidas necessárias" para manter a unidade do Iraque, inclusive o uso da força. O líder curdo Massoud Barzani prometeu levar à frente a votação, que considera "um direito natural".
"Consideramos a posição de insistência da liderança curda iraquiana em relação ao plebiscito e suas declarações cada vez mais emocionais preocupantes", declarou em nota o Ministério do Exterior da Turquia. "Deve-se nota que esta insistência tem um custo. Pedimos que ajam com bom senso e abandonem este projeto errôneo imediatamente."
Com cerca de 35 milhões de pessoas, os curdos são a maior nação do mundo sem um Estado Nacional, uma antiga aspiração enterrada pelo Império Britânico no fim da Primeira Guerra Mundial. O povo curdo se espalha pela Turquia, o Irã, o Iraque, a Síria e o Azerbaijão. A maioria, estimada em 15 a 20 milhões, vive na Turquia.
Na guerra civil da Síria, os curdos são a principal força terrestre aliada dos Estados Unidos na guerra contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O ditador turco, Recep Tayyip Erdogan, teme que uma faixa do Norte da Síria liberada pelas Forças Democráticas Sírias (FDS) se una ao Curdistão iraquiano.
Hoje, o Curdistão iraquiano é uma região semi-autônoma do Norte do Iraque, onde a vive a terceira maior população curda, estimada em 5,6 a 8,5 milhões de pessoas. Depois do avanço do Estado Islâmico no Iraque em 2014, os curdos passaram a ter ainda mais autonomia na prática em relação ao frágil governo central de Bagdá.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Países africanos são acusados de violar embargo à Coreia do Norte
No momento em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprova novas sanções contra a ditadura comunista da Coreia do Norte, um relatório de avaliação das sanções existentes anteriormente revela que vários países africanos estão violando o embargo à venda de armas.
Angola, o Congo, a Eritreia, Moçambique, a Namíbia, Tanzânia e Uganda teriam comprado armas da Coreia do Norte, dando fôlego ao regime stalinista de Pionguiangue para manter seus programas de desenvolvimento de armas atômicas e tecnologia de mísseis.
O relatório, citado pela agência de notícias portuguesa Lusa, acusa Moçambique de assinar contratos para compra mísseis terra-ar portáteis, sistema de defesa antiaérea, outros tipos de mísseis e radares.
Fora da África, a Síria é citada como grande compradora de armas da Coreia do Norte. Em 2007, a Força Aérea de Israel destruiu uma instalação nuclear em construção pela ditadura de Bachar Assad em Deir el-Zur, onde seria instalado um reator nuclear de grafite norte-coreano.
Do fim de 2016 a maio de 2017, a Coreia do Norte exportou ilegalmente carvão, ferro e outros produtos, no valor total de pelo menos US$ 270 milhões. Usando meios indiretos, a ditadura norte-coreana exportou ilegalmente minério de ferro, aço e produtos ferrosos para a China, o Egito, a França, a Índia, a Irlanda e o México.
Angola, o Congo, a Eritreia, Moçambique, a Namíbia, Tanzânia e Uganda teriam comprado armas da Coreia do Norte, dando fôlego ao regime stalinista de Pionguiangue para manter seus programas de desenvolvimento de armas atômicas e tecnologia de mísseis.
O relatório, citado pela agência de notícias portuguesa Lusa, acusa Moçambique de assinar contratos para compra mísseis terra-ar portáteis, sistema de defesa antiaérea, outros tipos de mísseis e radares.
Fora da África, a Síria é citada como grande compradora de armas da Coreia do Norte. Em 2007, a Força Aérea de Israel destruiu uma instalação nuclear em construção pela ditadura de Bachar Assad em Deir el-Zur, onde seria instalado um reator nuclear de grafite norte-coreano.
Do fim de 2016 a maio de 2017, a Coreia do Norte exportou ilegalmente carvão, ferro e outros produtos, no valor total de pelo menos US$ 270 milhões. Usando meios indiretos, a ditadura norte-coreana exportou ilegalmente minério de ferro, aço e produtos ferrosos para a China, o Egito, a França, a Índia, a Irlanda e o México.
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terça-feira, 12 de setembro de 2017
Furacões Irma e Harvey deixam prejuízo estimado em US$ 290 bilhões
Pela primeira vez, dois furacões de categoria 4, Irma e Harvey, atingiram os Estados Unidos no mesmo ano e mais um pode estar a caminho, o José. O custo foi estimado em US$ 290 bilhões, mais de R$ 900 bilhões, pela empresa AccuWeather.com
"Estimamos que o Furacão Harvey será o mais caro desastre meteorológico da história dos EUA, com um custo de US$ 190 bilhões, 1% do produto interno bruto da maior economia do mundo", calculou o fundador do AccuWeather, Joel Myers. Isso equivale a todo o crescimento da economia da metade de agosto até o fim do ano.
Enquanto o Furacão Irma arrasava ilhas do Mar do Caribe e a Flórida, o diretor-geral da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, argumentou que os americanos não devem discutir se furacões tão violentos são consequências do aquecimento global. "Socorrer as pessoas e enfrentar os efeitos da tempestade" são mais importantes agora, alegou.
O presidente Donald Trump, por sua vez, preferiu falar em "reforma fiscal e cortes de impostos. Penso que agora, com o que ocorreu com os furacões, vou pedir para acelerar o processo. Eu queria acelerar de qualquer maneira, mas agora precisamos ainda mais."
No fim da tarde de hoje, o total de mortes causadas pelo furacão Irma chegou a 55, sendo 37 no Caribe. O Harvey matou pelo menos 85 pessoas.
"Estimamos que o Furacão Harvey será o mais caro desastre meteorológico da história dos EUA, com um custo de US$ 190 bilhões, 1% do produto interno bruto da maior economia do mundo", calculou o fundador do AccuWeather, Joel Myers. Isso equivale a todo o crescimento da economia da metade de agosto até o fim do ano.
Enquanto o Furacão Irma arrasava ilhas do Mar do Caribe e a Flórida, o diretor-geral da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, argumentou que os americanos não devem discutir se furacões tão violentos são consequências do aquecimento global. "Socorrer as pessoas e enfrentar os efeitos da tempestade" são mais importantes agora, alegou.
O presidente Donald Trump, por sua vez, preferiu falar em "reforma fiscal e cortes de impostos. Penso que agora, com o que ocorreu com os furacões, vou pedir para acelerar o processo. Eu queria acelerar de qualquer maneira, mas agora precisamos ainda mais."
No fim da tarde de hoje, o total de mortes causadas pelo furacão Irma chegou a 55, sendo 37 no Caribe. O Harvey matou pelo menos 85 pessoas.
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Reservas cambiais da Venezuela caem abaixo de US$ 10 milhões
Em meio à pior crise econômica de sua história, as reservas cambiais do Banco Central da Venezuela caíram de US$ 10,03 bilhões para US$ 9,84 bilhões, revelou na semana passada o banco americano J P Morgan.
A parcela em dinheiro vivo era de US$ 699 milhões. Caiu para cerca de US$ 470 milhões.
Há uma leve recuperação econômica na América Latina, até o ano passado travada pelas crises nas grandes economias do eixo central: Brasil, Argentina e Venezuela. Agora, a inflação está controlada, menos na Venezuela, onde há estimativas de que possa chegar a 900% ou até 1.200% ao ano.
A parcela em dinheiro vivo era de US$ 699 milhões. Caiu para cerca de US$ 470 milhões.
Há uma leve recuperação econômica na América Latina, até o ano passado travada pelas crises nas grandes economias do eixo central: Brasil, Argentina e Venezuela. Agora, a inflação está controlada, menos na Venezuela, onde há estimativas de que possa chegar a 900% ou até 1.200% ao ano.
domingo, 10 de setembro de 2017
Vice-presidente do Uruguai renuncia em escândalo de corrupção
Enquanto no Brasil notórios corruptos pretextam inocência ou alegam falta de provas, o vice-presidente do Uruguai, Raúl Sendic, renunciou no sábado em meio a um escândalo de corrupção pelo uso inadequado do cartão corporativo.
Raúl Fernando Sendic é filho de Raúl Sendic, fundador e líder histórico do Movimento de Libertação Nacional Os Tupamaros, principal grupo guerrilheiro de esquerda uruguaio nos anos 1960s e 1970s. Ele comunicou ontem sua decisão de deixar o cargo aos líderes da Frente Ampla, a coalizão esquerdista que governa Uruguai desde 2005.
O vice-presidente foi acusado pela revista semanal Búsqueda de usar seu cartão de crédito como vice-presidente (2005-9) e presidente (2009-13) da empresa estatal de petróleo Ancap (Administração Nacional de Combustíveis, Álcool e Pórtland) para pagar despesas com joias, roupas e produtos eletroeletrônicos.
Sendic compareceu diante do Tribunal de Conduta Política, um órgão interno de controle da Frente Ampla, para se justificar. Em 1º de agosto, o TCP concluiu por unanimidade que o uso de dinheiro público era "inaceitável".
Desde então, os rumores sobre a renúncia de Sendic se tornaram mais fortes, mas ele vinha rejeitando essa possibilidade.
O Uruguai é o país mais democrático e menos corrupto da América do Sul.
Raúl Fernando Sendic é filho de Raúl Sendic, fundador e líder histórico do Movimento de Libertação Nacional Os Tupamaros, principal grupo guerrilheiro de esquerda uruguaio nos anos 1960s e 1970s. Ele comunicou ontem sua decisão de deixar o cargo aos líderes da Frente Ampla, a coalizão esquerdista que governa Uruguai desde 2005.
O vice-presidente foi acusado pela revista semanal Búsqueda de usar seu cartão de crédito como vice-presidente (2005-9) e presidente (2009-13) da empresa estatal de petróleo Ancap (Administração Nacional de Combustíveis, Álcool e Pórtland) para pagar despesas com joias, roupas e produtos eletroeletrônicos.
Sendic compareceu diante do Tribunal de Conduta Política, um órgão interno de controle da Frente Ampla, para se justificar. Em 1º de agosto, o TCP concluiu por unanimidade que o uso de dinheiro público era "inaceitável".
Desde então, os rumores sobre a renúncia de Sendic se tornaram mais fortes, mas ele vinha rejeitando essa possibilidade.
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sábado, 9 de setembro de 2017
Terrorista do ataque a Malala é morto no Paquistão
Um dos terroristas que tentaram matar a estudante paquistanesa Malala Youssafzai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, foi morto numa ação da polícia do Paquistão durante esta semana, quando os muçulmanos fazem a Festa do Sacrifício (Eid al-Adha), logo depois da peregrinação anual a Meca.
O terrorista, identificado apenas como Khursheed, era primo de Fazal Hayat, mais conhecido como o mulá Fazlullah, um dos comandantes dos Talebã do Paquistão, considerado o mandante da tentativa do assassinato de Malala. Khursheed foi um dos quatro jihadistas que tentaram matar a menina. Também era acusado de atacar uma delegacia de polícia em Caráchi, a maior cidade paquistanesa.
Malala Youssafzai tinha um blogue onde escrevia com pseudônimo para a televisão pública britânica BBC. Desde os 11 anos, contava detalhes da vida na vale do Swat, onde seu pai dirigia uma rede de escolas, sob pressão dos fundamentalistas. Defendia o direito das meninas à educação, rejeitado pelos extremistas muçulmanos.
Quando o Exército paquistanês interveio na região, o jornal americano The New York Times, um dos mais importantes do mundo, fez um documentário sobre ela. Malala deu várias entrevistas e foi nomeada pelo arcebispo sul-africano Desmond Tutu, laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 pela luta contra o regime racista do apartheid na África do Sul para o Prêmio Internacional da Criança.
Em 9 de outubro de 2012, quando tinha 15 anos, quatro terroristas invadiram o ônibus escolar onde ela estava e dispararam três tiros. Ela foi atingida na cabeça. Ficou vários dias em coma e depois foi transferida para um hospital em Birmingham, a segunda maior cidade do Reino Unido.
Vítima de uma brutal tentativa de assassinato, Malala sobreviveu num milagre da medicina e se tornou, nas palavras da rádio Voz da Alemanha, "a adolescente mais famosa do mundo". Em 2014, foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz.
O terrorista, identificado apenas como Khursheed, era primo de Fazal Hayat, mais conhecido como o mulá Fazlullah, um dos comandantes dos Talebã do Paquistão, considerado o mandante da tentativa do assassinato de Malala. Khursheed foi um dos quatro jihadistas que tentaram matar a menina. Também era acusado de atacar uma delegacia de polícia em Caráchi, a maior cidade paquistanesa.
Malala Youssafzai tinha um blogue onde escrevia com pseudônimo para a televisão pública britânica BBC. Desde os 11 anos, contava detalhes da vida na vale do Swat, onde seu pai dirigia uma rede de escolas, sob pressão dos fundamentalistas. Defendia o direito das meninas à educação, rejeitado pelos extremistas muçulmanos.
Quando o Exército paquistanês interveio na região, o jornal americano The New York Times, um dos mais importantes do mundo, fez um documentário sobre ela. Malala deu várias entrevistas e foi nomeada pelo arcebispo sul-africano Desmond Tutu, laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 pela luta contra o regime racista do apartheid na África do Sul para o Prêmio Internacional da Criança.
Em 9 de outubro de 2012, quando tinha 15 anos, quatro terroristas invadiram o ônibus escolar onde ela estava e dispararam três tiros. Ela foi atingida na cabeça. Ficou vários dias em coma e depois foi transferida para um hospital em Birmingham, a segunda maior cidade do Reino Unido.
Vítima de uma brutal tentativa de assassinato, Malala sobreviveu num milagre da medicina e se tornou, nas palavras da rádio Voz da Alemanha, "a adolescente mais famosa do mundo". Em 2014, foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz.
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sexta-feira, 8 de setembro de 2017
"Teu silêncio tem um preço alto", o bispo Tutu alerta Aung San Suu Kyi
Diante da perseguição e fuga da minoria muçulmana rohingya sob pressão do Exército de Mianmar, o arcebispo Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1984 pela luta contra o regime segregacionista do apartheid na África do Sul, enviou uma carta advertindo a líder do movimento pela democratização do país, Aung San Suu Kyi, ganhadora do Nobel da Paz em 1991: "Teu silêncio tem um preço muto alto."
Para o bispo Tutu, o "horror" e "limpeza étnica" no estado de Rakhine, com uma fuga que pode chegar a 300 mil rohingyas para o vizinho e miserável Bangladesh, o obrigou a escrever para a mulher que se acostumou a chamar de "minha querida e amada irmã".
O Exército realiza uma operação punitiva desde 25 de agosto, quando o grupo rebelde Exército de Salvação Rohingya Arakan atacou vários postos policiais. As Nações Unidas estimam que o total de mortos passe de mil.
Suu Kyi, filha de Aung San, líder da independência da Birmânia do Império Britânico, em 1948, se tornou o maior símbolo da luta pela democracia contra uma ditadura militar que embruteceu e empobreceu o país desde 1962.
Em 1990, sua Liga Nacional pela Democracia obteve uma vitória eleitoral esmagadora. Os militares anularam o resultado e mantiveram Suu Kyi em prisão domiciliar durante 15 anos. Cinco anos depois de ser libertada, ele liderou a LND à vitória nas primeiras eleições, em 2015.
Desde então, proibida de governar o país por uma lei feita sob medida pela ditadura por ter sido casada com um estrangeiro (britânico), é o poder por trás do trono como Primeira Conselheira do Estado. Teve de fazer concessões os militares, que aparentemente continuam tendo carta branca para atacar as inúmeras minorias étnicas de Mianmar.
Pelo menos 13 grupos armados aderiram a um cessar-fogo, mas cinco continuam ativos. A situação do povo rohingya, muçulmano, massacrado e perseguido pelo Exército da maioria budista, é a mais trágica.
Acusada de omissão, Suu Kyi desqualificou as denúncias de violações dos direitos humanos como "desinformação" e chamou os rohingyas de "terroristas".
"Sou agora velho, decrépito e formalmente aposentado, mas quebro meu voto de permanecer em silêncio sobre questões públicas por causa de uma tristeza profunda", escreveu Tutu.
"Durante anos, tive uma fotografia sua na minha mesa para me lembrar da injustiça e do sacrifício que você suportou por causa de seu amor e compromisso com o povo de Mianmar. Você simbolizava a correção.
"Sua emergência na vida pública aliviou nossas preocupações sobre a violência perpetrada contra membros do povo rohingya. Mas o que alguns chamam de 'limpeza étnica' e outros de um 'genocídio lento' persistiu - e recentemente se acelerou.
"É incongruente para um símbolo da correção liderar um país assim", criticou o arcebispo sul-africano. "Se o preço político por sua ascensão aos mais altos cargos em Mianmar é o teu silêncio, é certamente um preço alto demais."
A mais jovem ganhadora do Nobel da Paz, a estudante paquistanesa Malafa Yousafzai, também fez um apelo a Suu Kyi: "Toda vez que vejo as notícias meu coração se parte. Nos últimos anos, condenei repetidamente esse tratamento trágico e vergonhoso. Ainda estou esperando que minha colega laureada com o Nobel Aung San Suu Kyi faça o mesmo."
Para o bispo Tutu, o "horror" e "limpeza étnica" no estado de Rakhine, com uma fuga que pode chegar a 300 mil rohingyas para o vizinho e miserável Bangladesh, o obrigou a escrever para a mulher que se acostumou a chamar de "minha querida e amada irmã".
O Exército realiza uma operação punitiva desde 25 de agosto, quando o grupo rebelde Exército de Salvação Rohingya Arakan atacou vários postos policiais. As Nações Unidas estimam que o total de mortos passe de mil.
Suu Kyi, filha de Aung San, líder da independência da Birmânia do Império Britânico, em 1948, se tornou o maior símbolo da luta pela democracia contra uma ditadura militar que embruteceu e empobreceu o país desde 1962.
Em 1990, sua Liga Nacional pela Democracia obteve uma vitória eleitoral esmagadora. Os militares anularam o resultado e mantiveram Suu Kyi em prisão domiciliar durante 15 anos. Cinco anos depois de ser libertada, ele liderou a LND à vitória nas primeiras eleições, em 2015.
Desde então, proibida de governar o país por uma lei feita sob medida pela ditadura por ter sido casada com um estrangeiro (britânico), é o poder por trás do trono como Primeira Conselheira do Estado. Teve de fazer concessões os militares, que aparentemente continuam tendo carta branca para atacar as inúmeras minorias étnicas de Mianmar.
Pelo menos 13 grupos armados aderiram a um cessar-fogo, mas cinco continuam ativos. A situação do povo rohingya, muçulmano, massacrado e perseguido pelo Exército da maioria budista, é a mais trágica.
Acusada de omissão, Suu Kyi desqualificou as denúncias de violações dos direitos humanos como "desinformação" e chamou os rohingyas de "terroristas".
"Sou agora velho, decrépito e formalmente aposentado, mas quebro meu voto de permanecer em silêncio sobre questões públicas por causa de uma tristeza profunda", escreveu Tutu.
"Durante anos, tive uma fotografia sua na minha mesa para me lembrar da injustiça e do sacrifício que você suportou por causa de seu amor e compromisso com o povo de Mianmar. Você simbolizava a correção.
"Sua emergência na vida pública aliviou nossas preocupações sobre a violência perpetrada contra membros do povo rohingya. Mas o que alguns chamam de 'limpeza étnica' e outros de um 'genocídio lento' persistiu - e recentemente se acelerou.
"É incongruente para um símbolo da correção liderar um país assim", criticou o arcebispo sul-africano. "Se o preço político por sua ascensão aos mais altos cargos em Mianmar é o teu silêncio, é certamente um preço alto demais."
A mais jovem ganhadora do Nobel da Paz, a estudante paquistanesa Malafa Yousafzai, também fez um apelo a Suu Kyi: "Toda vez que vejo as notícias meu coração se parte. Nos últimos anos, condenei repetidamente esse tratamento trágico e vergonhoso. Ainda estou esperando que minha colega laureada com o Nobel Aung San Suu Kyi faça o mesmo."
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Terremoto de 8,2 graus atinge costa sul do México
Um abalo sísmico de 8,2 graus na escala aberta de Richter abalou a costa sul do México, no Oceano Pacífico, perto da fronteira com a Guatemala, às 23h49 de quinta-feira, 7 de setembro (1h49 do dia seguinte em Brasília). É o maior terremoto a atingir o país desde 1985. Foi dado um alerta de tsuname no México e na América Central.
O epicentro foi no mar, a 150 quilômetros do litoral, mas o tremor foi sentido até na Cidade do México, a mil km de distância. Os estados mexicanos mais atingidos foram Oaxaca e Chiapas. Tuxla Gutiérrez, a capital de Chiapas, está sem eletricidade. Várias casas desabaram.
No primeiro momento, o terremoto foi avaliado em 8 graus. O serviço geológico dos Estados Unidos elevou a magnitude para 8,1 graus, mas o Serviço Sismológico do México estimou-o primeiro em 8,4 graus e depois em 8,2 graus.
A escala Richter é uma escala logarítmica que mede a amplitude da oscilação da costa terrestre. Cada ponto equivale a um terremoto dez vezes mais forte.
Nos dias seguintes, o total de mortos chegou a 96 pessoas.
O epicentro foi no mar, a 150 quilômetros do litoral, mas o tremor foi sentido até na Cidade do México, a mil km de distância. Os estados mexicanos mais atingidos foram Oaxaca e Chiapas. Tuxla Gutiérrez, a capital de Chiapas, está sem eletricidade. Várias casas desabaram.
No primeiro momento, o terremoto foi avaliado em 8 graus. O serviço geológico dos Estados Unidos elevou a magnitude para 8,1 graus, mas o Serviço Sismológico do México estimou-o primeiro em 8,4 graus e depois em 8,2 graus.
A escala Richter é uma escala logarítmica que mede a amplitude da oscilação da costa terrestre. Cada ponto equivale a um terremoto dez vezes mais forte.
Nos dias seguintes, o total de mortos chegou a 96 pessoas.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Maior furacão do Atlântico avança rumo a Cuba e Flórida
Com rajadas de até 345 quilômetros por hora, depois de arrasar 95% das construções nas ilhas de Barbuda, Antígua, Anguilla e Saint-Martin, o furacão Irma, o maior registrado até hoje no Oceano Atlântico, passou por Porto Rico, no momento atinge a República Dominicana, o Haiti e as ilhas de Turcos e Caícos, a caminho das Bermudas, de Cuba e da Flórida, nos Estados Unidos. Pelo menos dez pessoas morreram.
Em Porto Rico, que não foi atingido em cheio, cerca de 70% das casas ficaram sem energia elétrica, deixando 900 mil pessoas sem luz. O furacão Irma é de categoria 5, o que significa ventos de pelo menos 252 km/h e elevação de 5,5 metros no nível do mar.
Pelo menos quatro pessoas morreram em Saint-Martin, uma colônia francesa na reunião do Mar do Caribe, informou o primeiro-ministro da França, Edouard Philippe. Uma quinta pessoa morreu do lado holandês da ilha. Até agora, Porto Rico registrou três mortes, uma criança morreu em barbuda e um adulto em Anguilla.
A temperatura da água do Atlântico acima de 30 graus mantém a força do furacão. Irma deve chegar a Cuba na sexta-feira à noite e aos Estados Unidos no sábado.
Nos EUA, os moradores foram orientados a deixar o Sul da Flórida, mas já falta gasolina nos postos para atender a quem ainda não fugiu. Ao todo, estima-se que 37 milhões de pessoas vivam na área afetada pelo furacão Irma.
Deve ser a pior tempestade a atingir a Flórida, superando o furacão Andrew, de 1992, que matou 65 pessoas, destruiu 63,5 mil casas e danificou outras 124 mil, deixando um prejuízo de US$ 26,5 bilhões.
O furacão Irma é "maior, mais rápido, mais forte", declarou o governador da Flórida, Rick Scott, ao anunciar a ordem de evacuação obrigatória. A estimativa é que cause perdas de até US$ 100 bilhões.
Outros dois furacões estão se formando na região, Kátia no Golfo do México e José no Atlântico.
Em Porto Rico, que não foi atingido em cheio, cerca de 70% das casas ficaram sem energia elétrica, deixando 900 mil pessoas sem luz. O furacão Irma é de categoria 5, o que significa ventos de pelo menos 252 km/h e elevação de 5,5 metros no nível do mar.
Pelo menos quatro pessoas morreram em Saint-Martin, uma colônia francesa na reunião do Mar do Caribe, informou o primeiro-ministro da França, Edouard Philippe. Uma quinta pessoa morreu do lado holandês da ilha. Até agora, Porto Rico registrou três mortes, uma criança morreu em barbuda e um adulto em Anguilla.
A temperatura da água do Atlântico acima de 30 graus mantém a força do furacão. Irma deve chegar a Cuba na sexta-feira à noite e aos Estados Unidos no sábado.
Nos EUA, os moradores foram orientados a deixar o Sul da Flórida, mas já falta gasolina nos postos para atender a quem ainda não fugiu. Ao todo, estima-se que 37 milhões de pessoas vivam na área afetada pelo furacão Irma.
Deve ser a pior tempestade a atingir a Flórida, superando o furacão Andrew, de 1992, que matou 65 pessoas, destruiu 63,5 mil casas e danificou outras 124 mil, deixando um prejuízo de US$ 26,5 bilhões.
O furacão Irma é "maior, mais rápido, mais forte", declarou o governador da Flórida, Rick Scott, ao anunciar a ordem de evacuação obrigatória. A estimativa é que cause perdas de até US$ 100 bilhões.
Outros dois furacões estão se formando na região, Kátia no Golfo do México e José no Atlântico.
Ditadura de Assad usou armas químicas 27 vezes na guerra civil síria
As forças leias à ditadura de Bachar Assad usaram armas químicas mais de 27 vezes na guerra civil iniciada em 2011, inclusive no ataque a Khan Cheikhun em abril passado, quando mais de 80 civis morreram, o que provocou um bombardeio retaliatório dos Estados Unidos, concluiu uma investigação das Nações Unidas divulgada ontem.
"As forças governamentais mantém o padrão de usar armas químicas contra civis em áreas dominadas por rebeldes. No caso recente mais grave, a Força Aérea da Síria usou gás sarin em Khan Sheikhun, na província de Idlibe, matando dezenas de pessoas, na maioria mulheres e crianças", declarou o relatório, denunciando o fato como crime de guerra.
Ao todo, a ONU registrou 33 ataques com armas químicas, sendo 27 cometidos pelo regime sírio e sete entre 1º de março e 7 de julho de 2017. Em seis casos, os responsáveis não foram identificados.
O pior caso foi um ataque em Guta, na periferia de Damasco em 21 de agosto de 2013, quando pelo menos 1.421 foram mortas. Na época, o presidente Barack Obama não cumpriu a ameaça de bombardear o regime. Neste ano, o governo Donald Trump atacou a base militar de onde teriam partido os aviões responsáveis pelo ataque.
A ditadura de Assad nega ter usado armas químicas. Em Khan Cheikhun, alegou ter atingido um depósito de armas químicas dos rebeldes.
"As forças governamentais mantém o padrão de usar armas químicas contra civis em áreas dominadas por rebeldes. No caso recente mais grave, a Força Aérea da Síria usou gás sarin em Khan Sheikhun, na província de Idlibe, matando dezenas de pessoas, na maioria mulheres e crianças", declarou o relatório, denunciando o fato como crime de guerra.
Ao todo, a ONU registrou 33 ataques com armas químicas, sendo 27 cometidos pelo regime sírio e sete entre 1º de março e 7 de julho de 2017. Em seis casos, os responsáveis não foram identificados.
O pior caso foi um ataque em Guta, na periferia de Damasco em 21 de agosto de 2013, quando pelo menos 1.421 foram mortas. Na época, o presidente Barack Obama não cumpriu a ameaça de bombardear o regime. Neste ano, o governo Donald Trump atacou a base militar de onde teriam partido os aviões responsáveis pelo ataque.
A ditadura de Assad nega ter usado armas químicas. Em Khan Cheikhun, alegou ter atingido um depósito de armas químicas dos rebeldes.
Israel bombardeia fábrica de armas químicas na Síria
A Força Aérea de Israel bombardeou na madrugada hoje uma fábrica de armas químicas da ditadura de Bachar Assad, na Síria. O comando militar sírio admitiu o ataque a uma instalação militar e disse que duas pessoas foram mortas.
Uma declaração do Exército da Síria informou que aviões israelenses dispararam bombas e mísseis do espaço aéreo do Líbano por volta de 2h40 da manhã pela hora local (8h40 em Brasília). Quatro bombardeiros israelenses participaram do ataque.
Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, Israel atacou cerca de cem vezes comboios com carregamentos de armas para a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá.
Agora, o alvo foi o Centro de Pesquisas Científicas, uma fábrica de produção e desenvolvimento de armas químicas e bombas de barril situada na cidade de Massiaf, na província de Hama, no centro da Síria.
Uma declaração do Exército da Síria informou que aviões israelenses dispararam bombas e mísseis do espaço aéreo do Líbano por volta de 2h40 da manhã pela hora local (8h40 em Brasília). Quatro bombardeiros israelenses participaram do ataque.
Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, Israel atacou cerca de cem vezes comboios com carregamentos de armas para a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá.
Agora, o alvo foi o Centro de Pesquisas Científicas, uma fábrica de produção e desenvolvimento de armas químicas e bombas de barril situada na cidade de Massiaf, na província de Hama, no centro da Síria.
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Boko Haram matou 381 civis nos últimos cinco meses
A milícia terrorista Boko Haram matou pelo menos 381 civis nos últimos cinco meses na Nigéria em Camarões, países da África Ocidental, denunciou ontem a organização não governamental de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.
O aumento no número de mortos é atribuído a atentados terroristas suicidas cometidos por mulheres e meninas. Milhões de pessoas na região do Lago Chade precisam de proteção e ajuda humanitária. Mais de 7 milhões correm risco de passar fome.
"Mais uma vez, o Boko Haram está cometendo crimes de guerra em grande escala, exemplificados pela depravação de forçar meninas de carregar explosivos com a única intenção de matar o maior número de pessoas possível", acusou Alioune Tine, diretor da AI para África Central e Ocidental.
Desde abril, foram pelo menos 223 mortos na Nigéria e 158 em Camarões, quatro vezes do que nos cinco meses precedentes, sendo 100 só em agosto. O pior ataque foi em 25 de julho, quando os rebeldes islamistas mataram 40 pessoas e sequestraram três de uma equipe de exploração de petróleo em Magumere, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria.
Em Camarões, o pior ataque foi em 12 de julho em Waza, onde 16 civis foram mortos e outros 34 feridos num atentado terrorista suicida cometido por uma menina-bomba num local de jogos eletrônicos cheio de gente.
Com a guerra civil deflagrada pelos jihadistas em 2009, que matou cerca de 15 mil pessoas, cerca de 2,3 milhões de fugiram de suas casas. Um milhão e 600 mil desalojados ficaram na Nigéria e 303 mil em Camarões, enquanto 374 mil fugiram para os vizinhos Chade e Níger.
"A onda de choque da violência do Boko Haram mostra a necessidade urgente de proteção e ajuda para milhões de civis na região do Lago Chade", apelou o diretor da Anistia. Cinco milhões estão ameaçados pela fome na Nigéria e 1,6 milhão em Camarões. Cerca de 515 mil crianças sofrem de desnutrição aguda, mais de 85% na Nigéria.
O Boko Haram, cujo nome significa repúdio à educação ocidental, declarou em 2015 lealdade à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Desde então, apresenta-se como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
O aumento no número de mortos é atribuído a atentados terroristas suicidas cometidos por mulheres e meninas. Milhões de pessoas na região do Lago Chade precisam de proteção e ajuda humanitária. Mais de 7 milhões correm risco de passar fome.
"Mais uma vez, o Boko Haram está cometendo crimes de guerra em grande escala, exemplificados pela depravação de forçar meninas de carregar explosivos com a única intenção de matar o maior número de pessoas possível", acusou Alioune Tine, diretor da AI para África Central e Ocidental.
Desde abril, foram pelo menos 223 mortos na Nigéria e 158 em Camarões, quatro vezes do que nos cinco meses precedentes, sendo 100 só em agosto. O pior ataque foi em 25 de julho, quando os rebeldes islamistas mataram 40 pessoas e sequestraram três de uma equipe de exploração de petróleo em Magumere, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria.
Em Camarões, o pior ataque foi em 12 de julho em Waza, onde 16 civis foram mortos e outros 34 feridos num atentado terrorista suicida cometido por uma menina-bomba num local de jogos eletrônicos cheio de gente.
Com a guerra civil deflagrada pelos jihadistas em 2009, que matou cerca de 15 mil pessoas, cerca de 2,3 milhões de fugiram de suas casas. Um milhão e 600 mil desalojados ficaram na Nigéria e 303 mil em Camarões, enquanto 374 mil fugiram para os vizinhos Chade e Níger.
"A onda de choque da violência do Boko Haram mostra a necessidade urgente de proteção e ajuda para milhões de civis na região do Lago Chade", apelou o diretor da Anistia. Cinco milhões estão ameaçados pela fome na Nigéria e 1,6 milhão em Camarões. Cerca de 515 mil crianças sofrem de desnutrição aguda, mais de 85% na Nigéria.
O Boko Haram, cujo nome significa repúdio à educação ocidental, declarou em 2015 lealdade à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Desde então, apresenta-se como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
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Terrorismo
Delegado deixa cargo na Constituinte fraudulenta de Maduro
Depois de ler um texto denunciando o sectarismo do regime chavista, o jornalista Earle Herrera, delegado da Assembleia Nacional Constituinte ilegal e ilegítima convocada pelo ditador Nicolás Maduro, decidiu abandonar a presidência da Comissão de Diversidade, informou o jornal Latin American Herald Tribune.
A Constituinte de Maduro só foi reconhecida pela Rússia, a Síria, a Bolívia e a Nicarágua. Foi repudiada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), os Estados Unidos, o Brasil e outros 40 países.
Chavista de primeira hora, Herrera tem um programa na televisão estatal, onde leu um texto do jornalista Eleazar Díaz Rangel sobre o sectarianismo em crises passadas na Venezuela e declarou: "Concordo plenamente", comentou Herrera.
É o segundo chavista importante que rompe com Maduro. A ex-procuradora-geral Luisa Ortega Díaz condenou a convocação da Constituinte por não ter sido submetida a um plebiscito, como prevê a Constituição da República Bolivarista da Venezuela, e assim desonrar a herança de Hugo Chávez. Ameaçada, ela saiu clandestinamente do país e denuncia o governo Maduro como ditatorial.
A Constituinte de Maduro só foi reconhecida pela Rússia, a Síria, a Bolívia e a Nicarágua. Foi repudiada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), os Estados Unidos, o Brasil e outros 40 países.
Chavista de primeira hora, Herrera tem um programa na televisão estatal, onde leu um texto do jornalista Eleazar Díaz Rangel sobre o sectarianismo em crises passadas na Venezuela e declarou: "Concordo plenamente", comentou Herrera.
É o segundo chavista importante que rompe com Maduro. A ex-procuradora-geral Luisa Ortega Díaz condenou a convocação da Constituinte por não ter sido submetida a um plebiscito, como prevê a Constituição da República Bolivarista da Venezuela, e assim desonrar a herança de Hugo Chávez. Ameaçada, ela saiu clandestinamente do país e denuncia o governo Maduro como ditatorial.
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terça-feira, 5 de setembro de 2017
Trump acaba com programa de proteção de menores imigrantes
O programa do governo Barack Obama conhecido como "Sonhadores", que permitia a menores que imigraram ilegalmente viver nos Estados Unidos sem risco de serem deportados será extinto em seis meses, anunciou hoje o secretário (ministro) da Justiça, Jeff Sessions.
Cerca de 800 mil menores e jovens que entraram no país quando eram menores, a maioria da América Central, poderão ser expulsos do país com o fim da Ação Diferida para quem Chegou quando Menor (DACA).
Pelo sistema atual, os menores podem trabalhar legalmente por dois anos. Sessions sempre foi contra. Em 2002, como senador, liderou o esforço para barrar a proposta. Nos próximos seis meses, o Congresso deve aprovar uma nova proposta sobre como lidar com os imigrantes menores de idade.
Quem já está sob proteção até a data-limite de 5 de março de 2018 pode pedir uma extensão até 5 de outubro. Quem não recebe nem pediu o benefício até hoje (5 de setembro de 2017) será excluído.
O combate à imigração ilegal foi um dos principais temas da campanha eleitoral desde que Trump lançou sua candidatura, em junho de 2015, acusando os mexicanos de serem assassinos, traficantes e estupradores.
Até o presidente da Câmara, o deputado ultraconservador Paul Ryan, é contra a medida. Ele acredita que o Congresso deveria ter tempo para aprovar uma nova lei. O dono do Facebook, Mark Zuckerberg, criticou a decisão de acabar com a anistia a menores imigrantes com um dia "escuro" da história dos EUA.
A imigração de menores aumentou muito nos últimos anos com o aumento da atividade de máfias do tráfico de drogas na América Central, onde muitas se instalaram para escapar da guerra do governo mexicano contra as drogas. Em países como Guatemala, Honduras e El Salvador, o Estado não meios nem recursos para combater os cartéis das drogas.
Cerca de 800 mil menores e jovens que entraram no país quando eram menores, a maioria da América Central, poderão ser expulsos do país com o fim da Ação Diferida para quem Chegou quando Menor (DACA).
Pelo sistema atual, os menores podem trabalhar legalmente por dois anos. Sessions sempre foi contra. Em 2002, como senador, liderou o esforço para barrar a proposta. Nos próximos seis meses, o Congresso deve aprovar uma nova proposta sobre como lidar com os imigrantes menores de idade.
Quem já está sob proteção até a data-limite de 5 de março de 2018 pode pedir uma extensão até 5 de outubro. Quem não recebe nem pediu o benefício até hoje (5 de setembro de 2017) será excluído.
O combate à imigração ilegal foi um dos principais temas da campanha eleitoral desde que Trump lançou sua candidatura, em junho de 2015, acusando os mexicanos de serem assassinos, traficantes e estupradores.
Até o presidente da Câmara, o deputado ultraconservador Paul Ryan, é contra a medida. Ele acredita que o Congresso deveria ter tempo para aprovar uma nova lei. O dono do Facebook, Mark Zuckerberg, criticou a decisão de acabar com a anistia a menores imigrantes com um dia "escuro" da história dos EUA.
A imigração de menores aumentou muito nos últimos anos com o aumento da atividade de máfias do tráfico de drogas na América Central, onde muitas se instalaram para escapar da guerra do governo mexicano contra as drogas. Em países como Guatemala, Honduras e El Salvador, o Estado não meios nem recursos para combater os cartéis das drogas.
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
Merkel vence único debate antes das eleições na Alemanha
Em campanha por um quarto mandato consecutivo, a chanceler (primeira-ministra) conservadora da Alemanha, Angela Merkel, levou a melhor no único debate televisivo da campanha, realizado ontem à noite. Ao responder sobre relações com a Turquia, ela descartou a possibilidade do país entrar na União Europeia.
O candidato social-democrata Martin Schulz atacou a política de refugiados, as relações com a Turquia e com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Merkel usou sua experiência internacional e foi considerada vencedora.
Antes do debate, a aliança entre a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e a União Social-Cristã (CSU) tinha uma vantagem de 14 pontos nas pesquisas sobre o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD). Depois de debate, 55% deram vitória à chanceler e apenas 35% ao líder social-democrata.
Sob pressão de Schulz, Merkel declarou: "É claro que a Turquia não deve se tornar um membro da UE. Vou falar com meus colegas para ver se podemos chegar a uma posição conjunta e encerrar as negociações de acesso."
O governo turco reagiu com indignação. Merkel defendeu o acordo da UE com a Turquia para tentar conter a onda de refugiados da guerra civil na Síria.
Schulz também cobrou uma posição mais dura em relação a Trump por "colocar o mundo à beira de crises com seus tuítes" e prometeu trabalhar com seus parceiros europeus, o Canadá, o México e a oposição americana.
Merkel alegou "não acreditar que a crise na Coreia do Norte possa ser resolvida sem o presidente americano, mas penso que devemos dizer nos termos mais claros possíveis que só pode haver uma solução pacífica e diplomática."
No poder desde 2005, Merkel é a líder da Europa e uma das maiores lideranças mundiais. Diante do recuo do papel internacional dos EUA de Trump, ela está sendo pressionada a assumir o papel de líder do mundo ocidental.
O candidato social-democrata Martin Schulz atacou a política de refugiados, as relações com a Turquia e com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Merkel usou sua experiência internacional e foi considerada vencedora.
Antes do debate, a aliança entre a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e a União Social-Cristã (CSU) tinha uma vantagem de 14 pontos nas pesquisas sobre o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD). Depois de debate, 55% deram vitória à chanceler e apenas 35% ao líder social-democrata.
Sob pressão de Schulz, Merkel declarou: "É claro que a Turquia não deve se tornar um membro da UE. Vou falar com meus colegas para ver se podemos chegar a uma posição conjunta e encerrar as negociações de acesso."
O governo turco reagiu com indignação. Merkel defendeu o acordo da UE com a Turquia para tentar conter a onda de refugiados da guerra civil na Síria.
Schulz também cobrou uma posição mais dura em relação a Trump por "colocar o mundo à beira de crises com seus tuítes" e prometeu trabalhar com seus parceiros europeus, o Canadá, o México e a oposição americana.
Merkel alegou "não acreditar que a crise na Coreia do Norte possa ser resolvida sem o presidente americano, mas penso que devemos dizer nos termos mais claros possíveis que só pode haver uma solução pacífica e diplomática."
No poder desde 2005, Merkel é a líder da Europa e uma das maiores lideranças mundiais. Diante do recuo do papel internacional dos EUA de Trump, ela está sendo pressionada a assumir o papel de líder do mundo ocidental.
Kim Jong Un não é um tirano irracional
A estratégia norte-coreana não é irracional. Com o fim da URSS, a Coreia do Norte iniciou uma chantagem atômica para barganhar ajuda em energia e alimentos para sua população miserável.
O ex-presidente americano Jimmy Carter visitou o Grande Líder Kim Il Sung, o fundador do país, e abriu caminho para o então presidente Bill Clinton, em 1994. Os dois países negociaram um acordo quadro.
Aí veio George W. Bush com seu "eixo do mal" no Discurso sobre o Estado da União de janeiro de 2002. Para não colocar só países muçulmanos, incluiu a Coreia do Norte. Um ano e pouco depois, invadiu o Iraque.
Imediatamente, Irã e Coreia do Norte aceleraram seus programas nucleares. Em 2003, ano da invasão do Iraque, o acordo foi rompido. Em 2006, Kim Jong Il, o pai do Kim atual, fez o primeiro teste nuclear.
O atual líder, Kim Jong Un, ascendeu ao poder em 2011, meses depois da queda do ditador Muamar Kadafi, da Líbia, que abriu mão de suas armas de destruição em massa pra se reaproximar do Ocidente e não teve como se defender da intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e de países europeus.
Na análise norte-coreana, a bomba atômica é a única garantia de sobrevivência do regime, que não vai abrir mão de seu arsenal nuclear. Em artigo recente no jornal The Wall Street Journal, o ex-secretário de Estado Henry Kissinger escreveu que a solução do problema depende de uma convergência dos interesses estratégicos da China e dos EUA, que não querem uma corrida armamentista nuclear na região mais dinâmica da economia mundia
O problema é que, sem as armas, o regime stalinista de Pionguiangue cai, prevê Kissinger. Então, seria necessário um acordo sobre o futuro da Coreia do Norte, se a China aceitaria a reunificação da Coreia, já que o Norte é um Estado-tampão que a afasta da Coreia do Sul, onde os EUA mantêm 28 mil soldados com mandato do Conselho de Segurança da ONU para reunificar a Coreia.
Na época do início da Guerra da Coreia, em 1950, a URSS boicotava a ONU porque a China comunista era excluída. Quando os EUA cruzaram o paralelo 38 Norte, o IV Exército da China, comandado por Lin Piao (lembram do sucessor de Mao morto em acidente aéreo em 1969?) entrou na guerra.
Dentro da Guerra da Coreia, houve uma guerra entre EUA e China - e a China venceu. Conseguiu empurrar os americanos para baixo do paralelo 38º N, alcançando seu objetivo estratégico de manter o status quo anterior à guerra. Essa história está contada no livro China crosses the Yalu River. Tem também um livro escrito por autor asiático e Mao, Stalin and the Korean War.
Agora, a China anunciou sua posição: se os norte-coreanos atacarem, fica neutra; se os EUA ou a Coreia do Norte atacarem, vai defender a Coreia do Norte, como em 1950.
O ex-presidente americano Jimmy Carter visitou o Grande Líder Kim Il Sung, o fundador do país, e abriu caminho para o então presidente Bill Clinton, em 1994. Os dois países negociaram um acordo quadro.
Aí veio George W. Bush com seu "eixo do mal" no Discurso sobre o Estado da União de janeiro de 2002. Para não colocar só países muçulmanos, incluiu a Coreia do Norte. Um ano e pouco depois, invadiu o Iraque.
Imediatamente, Irã e Coreia do Norte aceleraram seus programas nucleares. Em 2003, ano da invasão do Iraque, o acordo foi rompido. Em 2006, Kim Jong Il, o pai do Kim atual, fez o primeiro teste nuclear.
O atual líder, Kim Jong Un, ascendeu ao poder em 2011, meses depois da queda do ditador Muamar Kadafi, da Líbia, que abriu mão de suas armas de destruição em massa pra se reaproximar do Ocidente e não teve como se defender da intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e de países europeus.
Na análise norte-coreana, a bomba atômica é a única garantia de sobrevivência do regime, que não vai abrir mão de seu arsenal nuclear. Em artigo recente no jornal The Wall Street Journal, o ex-secretário de Estado Henry Kissinger escreveu que a solução do problema depende de uma convergência dos interesses estratégicos da China e dos EUA, que não querem uma corrida armamentista nuclear na região mais dinâmica da economia mundia
O problema é que, sem as armas, o regime stalinista de Pionguiangue cai, prevê Kissinger. Então, seria necessário um acordo sobre o futuro da Coreia do Norte, se a China aceitaria a reunificação da Coreia, já que o Norte é um Estado-tampão que a afasta da Coreia do Sul, onde os EUA mantêm 28 mil soldados com mandato do Conselho de Segurança da ONU para reunificar a Coreia.
Na época do início da Guerra da Coreia, em 1950, a URSS boicotava a ONU porque a China comunista era excluída. Quando os EUA cruzaram o paralelo 38 Norte, o IV Exército da China, comandado por Lin Piao (lembram do sucessor de Mao morto em acidente aéreo em 1969?) entrou na guerra.
Dentro da Guerra da Coreia, houve uma guerra entre EUA e China - e a China venceu. Conseguiu empurrar os americanos para baixo do paralelo 38º N, alcançando seu objetivo estratégico de manter o status quo anterior à guerra. Essa história está contada no livro China crosses the Yalu River. Tem também um livro escrito por autor asiático e Mao, Stalin and the Korean War.
Agora, a China anunciou sua posição: se os norte-coreanos atacarem, fica neutra; se os EUA ou a Coreia do Norte atacarem, vai defender a Coreia do Norte, como em 1950.
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domingo, 3 de setembro de 2017
EUA ameaçam Coreia do Norte com retaliação maciça
Ao reagir ao sexto teste nuclear da Coreia do Norte, que afirma ter feito uma bomba de hidrogênio, o presidente Donald Trump ameaçou responder com uma "retaliação maciça" caso os Estados Unidos e seus aliados sejam atacados, e acusou o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae In, de "apaziguamento", noticiou o jornal The New York Times.
Em entrevista coletiva na Casa Branca, o secretário de Estado, James Mattis, afirmou que "não estamos buscando aniquilar totalmente um país, no caso a Coreia do Norte, mas temos muitas opções." Na realidade, não tem.
Os EUA sabem que um ataque preventivo contra as instalações nucleares norte-coreanas provocaria uma reação devastadora da Coreia do Norte capaz de arrasar Seul, a capital da Coreia do Sul, deflagrando uma guerra com estimativa de mais de 1 milhão de mortos.
Depois do anúncio de que a Coreia do Norte desenvolveu mísseis nucleares balísticos anticontinentais, Trump ameaçou no mês passado com "fogo e fúria". Diante de uma pausa nos testes nucleares e de mísseis, o presidente boquirroto chegou a afirmar que o ditador Kim Jong Un havia mudado de atitude e passado a respeitá-lo.
Quando a Coreia do Norte disparou um míssil que sobrevoou o Japão e caiu no Oceano Pacífico, Trump reclamou da falta de cooperação da China e de uma suposta passividade da Coreia do Sul: "A Coreia do Sul está descobrindo, como eu disse, que sua conversa de apaziguamento não vai funcionar, eles só entendem uma coisa."
Em entrevista coletiva na Casa Branca, o secretário de Estado, James Mattis, afirmou que "não estamos buscando aniquilar totalmente um país, no caso a Coreia do Norte, mas temos muitas opções." Na realidade, não tem.
Os EUA sabem que um ataque preventivo contra as instalações nucleares norte-coreanas provocaria uma reação devastadora da Coreia do Norte capaz de arrasar Seul, a capital da Coreia do Sul, deflagrando uma guerra com estimativa de mais de 1 milhão de mortos.
Depois do anúncio de que a Coreia do Norte desenvolveu mísseis nucleares balísticos anticontinentais, Trump ameaçou no mês passado com "fogo e fúria". Diante de uma pausa nos testes nucleares e de mísseis, o presidente boquirroto chegou a afirmar que o ditador Kim Jong Un havia mudado de atitude e passado a respeitá-lo.
Quando a Coreia do Norte disparou um míssil que sobrevoou o Japão e caiu no Oceano Pacífico, Trump reclamou da falta de cooperação da China e de uma suposta passividade da Coreia do Sul: "A Coreia do Sul está descobrindo, como eu disse, que sua conversa de apaziguamento não vai funcionar, eles só entendem uma coisa."
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Coreia do Norte anuncia ter feito míssil nuclear de hidrogênio
Com sua sexta explosão atômica, realizada hoje, a ditadura comunista da Coreia do Norte anunciou ter adquirido a capacidade de montar um míssil balístico intercontinental com uma ogiva nuclear de hidrogênio. O teste subterrâneo provocou um abalo sísmico sentido na China e na Coreia do Sul.
A bomba de hidrogênio é mil vezes mais poderosa do que as de urânio, como a de Hiroxima, e de plutônio, como a de Nagasaque, duas cidades japonesas atacadas pelos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial. Mas analistas internacionais ainda duvidam se foi realmente uma bomba de hidrogênio.
O serviço geológico dos EUA estimou a força do tremor em 5,2 graus na escala aberta de Richter. Depois, elevou este número para 6,3 graus. A Coreia do Sul falou em 5,7 graus. Horas antes, o regime stalinista de Pionguiangue divulgou fotos do supremo líder Kim Jong Un ao lado de um míssil onde supostamente estaria sendo instalada uma bomba de hidrogênio.
A bomba de hidrogênio é mil vezes mais poderosa do que as de urânio, como a de Hiroxima, e de plutônio, como a de Nagasaque, duas cidades japonesas atacadas pelos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial. Mas analistas internacionais ainda duvidam se foi realmente uma bomba de hidrogênio.
O serviço geológico dos EUA estimou a força do tremor em 5,2 graus na escala aberta de Richter. Depois, elevou este número para 6,3 graus. A Coreia do Sul falou em 5,7 graus. Horas antes, o regime stalinista de Pionguiangue divulgou fotos do supremo líder Kim Jong Un ao lado de um míssil onde supostamente estaria sendo instalada uma bomba de hidrogênio.
Japão conclui que Coreia do Norte fez teste nuclear
Em pronunciamento feito há pouco na televisão, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, declarou que o abalo sísmico registrado na Coreia do Norte foi um teste nuclear. Horas antes, a ditadura militar norte-coreana afirmou haver fabricado uma bomba de hidrogênio capaz de ser instalada num míssil balístico.
Se a notícia for confirmada, será um grande avanço no programa nuclear da Coreia do Norte que testará o pacifismo imposto ao Japão pelos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial, extremamente popular no país, que abomina a bomba atômica porque foi alvo de duas.
Sob pressão do regime comunista de Pionguiangue, o Japão pode decidir fabricar armas atômicas e certamente tem tecnologia para isso. Seria uma decisão grave para a China, inimiga histórica, hoje o principal sustentáculo da ditadura norte-coreana.
A China não quer o colapso do regime da Coreia do Norte, que levaria a uma Coreia unificada com a presença militar dos EUA, e muito menos uma guerra na sua fronteira capaz de provocar uma fuga em massa de refugiados. Usa a questão norte-coreana como uma carta na manga em negociações com os americanos e concorda com a visão de Pionguiangue de que os EUA são uma superpotência agressiva.
Se a notícia for confirmada, será um grande avanço no programa nuclear da Coreia do Norte que testará o pacifismo imposto ao Japão pelos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial, extremamente popular no país, que abomina a bomba atômica porque foi alvo de duas.
Sob pressão do regime comunista de Pionguiangue, o Japão pode decidir fabricar armas atômicas e certamente tem tecnologia para isso. Seria uma decisão grave para a China, inimiga histórica, hoje o principal sustentáculo da ditadura norte-coreana.
A China não quer o colapso do regime da Coreia do Norte, que levaria a uma Coreia unificada com a presença militar dos EUA, e muito menos uma guerra na sua fronteira capaz de provocar uma fuga em massa de refugiados. Usa a questão norte-coreana como uma carta na manga em negociações com os americanos e concorda com a visão de Pionguiangue de que os EUA são uma superpotência agressiva.
Coreia do Norte pode ter feito sexto teste nuclear
Os serviços geológicos dos Estados Unidos e da China registraram hoje um abalo sísmico na Coreia do Norte de 5,2 graus na escala aberta de Richter. Pode ter sido provocado por um novo teste nuclear. Seria o sexto da ditadura comunista de Pionguiangue. Pouco depois, o serviço geológico americano elevou o impacto para 6,3 graus.
É mais um desafio à sociedade internacional e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que aprovou várias resoluções condenando os testes nucleares e de mísseis do regime stalinista norte-coreano.
Horas antes, a Coreia do Norte anunciou ter desenvolvido uma bomba atômica de hidrogênio capaz de ser instalada no nariz de um míssil balístico intercontinental que, em tese, poderia atingir o território americano.
Horas antes, a Coreia do Norte anunciou ter desenvolvido uma bomba atômica de hidrogênio capaz de ser instalada no nariz de um míssil balístico intercontinental que, em tese, poderia atingir o território americano.
sábado, 2 de setembro de 2017
Coreia do Norte afirma ter desenvolvido bomba de hidrogênio
O Coreia do Norte anunciou hoje ter tido "sucesso em fabricar" uma bomba de hidrogênio e instalá-la dentro de um míssil balístico intercontinental de longo alcance e ameaçou realizar uma explosão nuclear a alta altitude, capaz de destruir a rede elétrica dos Estados Unidos.
A imprensa oficial da ditadura comunista norte-coreana divulgou fotos do líder supremo Kim Jong Un visitando o Instituto de Armas Nucleares onde o míssil estava sendo montado. Kim afirmou que todos os componentes da bomba de hidrogênio, muito mais poderosa do que as bombas atômicas de urânio e plutônio, foram fabricadas na Coreia do Norte, "permitindo ao país produzir quantas bombas nucleares poderosas quanto quiser".
Na opinião dos analistas, o anúncio aumenta a expectativa de um novo teste nuclear ou de mísseis de longo alcance.
A imprensa oficial da ditadura comunista norte-coreana divulgou fotos do líder supremo Kim Jong Un visitando o Instituto de Armas Nucleares onde o míssil estava sendo montado. Kim afirmou que todos os componentes da bomba de hidrogênio, muito mais poderosa do que as bombas atômicas de urânio e plutônio, foram fabricadas na Coreia do Norte, "permitindo ao país produzir quantas bombas nucleares poderosas quanto quiser".
Na opinião dos analistas, o anúncio aumenta a expectativa de um novo teste nuclear ou de mísseis de longo alcance.
Departamento de Justiça não encontra grampo contra Trump
Em documentos entregues ontem à noite a um tribunal, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos declarou oficialmente não haver encontrado indícios de que a Trump Tower, sede da campanha do agora presidente Donald Trump, tenha tido telefones grampeados pelo governo Barack Obama durante a campanha eleitoral do ano passado, informou o boletim de notícias The Hill.
Entre as centenas de mentiras ditas desde que chegou à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2017, Trump afirmou em março que Obama havia ordenado a espionagem eletrônica de sua campanha e chamou a atitude de "macarthismo". Ele se referia à perseguição de comunistas denunciados pelo senador Joe McCarthy, nos anos 1950s, no auge da Guerra Fria.
Desde o primeiro momento, porta-vozes de Obama negaram peremptoriamente qualquer tentativa de escuta telefônica clandestina. O ex-diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal americana, James Comey, demitido por Trump em maio por não encerrar as investigações sobre o conluio de sua candidatura com o Kremlin.
Entre as centenas de mentiras ditas desde que chegou à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2017, Trump afirmou em março que Obama havia ordenado a espionagem eletrônica de sua campanha e chamou a atitude de "macarthismo". Ele se referia à perseguição de comunistas denunciados pelo senador Joe McCarthy, nos anos 1950s, no auge da Guerra Fria.
Desde o primeiro momento, porta-vozes de Obama negaram peremptoriamente qualquer tentativa de escuta telefônica clandestina. O ex-diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal americana, James Comey, demitido por Trump em maio por não encerrar as investigações sobre o conluio de sua candidatura com o Kremlin.
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Supremo Tribunal do Quênia anula eleição presidencial
Numa decisão sem precedentes, a Suprema Corte do Quênia anulou hoje a eleição presidencial de 8 de agosto e ordenou a realização de nova votação dentro de 60 dias. Ao comentar a decisão, o candidato derrotado da oposição, Raila Odinga, acusou a comissão eleitoral de ter cometido um "crime monstruoso", noticiou a televisão pública britânica BBC.
"Entendemos que as eleições não foram realizadas de acordo com os ditames da Constituição", declarou o presidente do supremo tribunal queniano, David Maraga.
O presidente Uhuru Kenyatta, vencedor do pleito anulado por mais de 1,4 milhão de votos, é filho do herói da independência nacional, Jomo Kenyatta. Ele discordou da sentença, mas prometeu respeitar a decisão e pediu calma à população.
Odinga, da tribo luo, a mesma do pai do ex-presidente americano Barack Obama, foi derrotado nas três últimas eleições presidenciais quenianas, sempre por candidatos da tribo kikuyu, que domina a política deste país do Leste da África.
Depois da eleição de 27 de dezembro de 2007, quando foi reeleito o presidente Mwai Kibaki, houve uma explosão de violência com 1,3 mil mortes.
"Entendemos que as eleições não foram realizadas de acordo com os ditames da Constituição", declarou o presidente do supremo tribunal queniano, David Maraga.
O presidente Uhuru Kenyatta, vencedor do pleito anulado por mais de 1,4 milhão de votos, é filho do herói da independência nacional, Jomo Kenyatta. Ele discordou da sentença, mas prometeu respeitar a decisão e pediu calma à população.
Odinga, da tribo luo, a mesma do pai do ex-presidente americano Barack Obama, foi derrotado nas três últimas eleições presidenciais quenianas, sempre por candidatos da tribo kikuyu, que domina a política deste país do Leste da África.
Depois da eleição de 27 de dezembro de 2007, quando foi reeleito o presidente Mwai Kibaki, houve uma explosão de violência com 1,3 mil mortes.
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