As forças leias à ditadura de Bachar Assad usaram armas químicas mais de 27 vezes na guerra civil iniciada em 2011, inclusive no ataque a Khan Cheikhun em abril passado, quando mais de 80 civis morreram, o que provocou um bombardeio retaliatório dos Estados Unidos, concluiu uma investigação das Nações Unidas divulgada ontem.
"As forças governamentais mantém o padrão de usar armas químicas contra civis em áreas dominadas por rebeldes. No caso recente mais grave, a Força Aérea da Síria usou gás sarin em Khan Sheikhun, na província de Idlibe, matando dezenas de pessoas, na maioria mulheres e crianças", declarou o relatório, denunciando o fato como crime de guerra.
Ao todo, a ONU registrou 33 ataques com armas químicas, sendo 27 cometidos pelo regime sírio e sete entre 1º de março e 7 de julho de 2017. Em seis casos, os responsáveis não foram identificados.
O pior caso foi um ataque em Guta, na periferia de Damasco em 21 de agosto de 2013, quando pelo menos 1.421 foram mortas. Na época, o presidente Barack Obama não cumpriu a ameaça de bombardear o regime. Neste ano, o governo Donald Trump atacou a base militar de onde teriam partido os aviões responsáveis pelo ataque.
A ditadura de Assad nega ter usado armas químicas. Em Khan Cheikhun, alegou ter atingido um depósito de armas químicas dos rebeldes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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