Em pronunciamento feito há pouco na televisão, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, declarou que o abalo sísmico registrado na Coreia do Norte foi um teste nuclear. Horas antes, a ditadura militar norte-coreana afirmou haver fabricado uma bomba de hidrogênio capaz de ser instalada num míssil balístico.
Se a notícia for confirmada, será um grande avanço no programa nuclear da Coreia do Norte que testará o pacifismo imposto ao Japão pelos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial, extremamente popular no país, que abomina a bomba atômica porque foi alvo de duas.
Sob pressão do regime comunista de Pionguiangue, o Japão pode decidir fabricar armas atômicas e certamente tem tecnologia para isso. Seria uma decisão grave para a China, inimiga histórica, hoje o principal sustentáculo da ditadura norte-coreana.
A China não quer o colapso do regime da Coreia do Norte, que levaria a uma Coreia unificada com a presença militar dos EUA, e muito menos uma guerra na sua fronteira capaz de provocar uma fuga em massa de refugiados. Usa a questão norte-coreana como uma carta na manga em negociações com os americanos e concorda com a visão de Pionguiangue de que os EUA são uma superpotência agressiva.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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