O programa do governo Barack Obama conhecido como "Sonhadores", que permitia a menores que imigraram ilegalmente viver nos Estados Unidos sem risco de serem deportados será extinto em seis meses, anunciou hoje o secretário (ministro) da Justiça, Jeff Sessions.
Cerca de 800 mil menores e jovens que entraram no país quando eram menores, a maioria da América Central, poderão ser expulsos do país com o fim da Ação Diferida para quem Chegou quando Menor (DACA).
Pelo sistema atual, os menores podem trabalhar legalmente por dois anos. Sessions sempre foi contra. Em 2002, como senador, liderou o esforço para barrar a proposta. Nos próximos seis meses, o Congresso deve aprovar uma nova proposta sobre como lidar com os imigrantes menores de idade.
Quem já está sob proteção até a data-limite de 5 de março de 2018 pode pedir uma extensão até 5 de outubro. Quem não recebe nem pediu o benefício até hoje (5 de setembro de 2017) será excluído.
O combate à imigração ilegal foi um dos principais temas da campanha eleitoral desde que Trump lançou sua candidatura, em junho de 2015, acusando os mexicanos de serem assassinos, traficantes e estupradores.
Até o presidente da Câmara, o deputado ultraconservador Paul Ryan, é contra a medida. Ele acredita que o Congresso deveria ter tempo para aprovar uma nova lei. O dono do Facebook, Mark Zuckerberg, criticou a decisão de acabar com a anistia a menores imigrantes com um dia "escuro" da história dos EUA.
A imigração de menores aumentou muito nos últimos anos com o aumento da atividade de máfias do tráfico de drogas na América Central, onde muitas se instalaram para escapar da guerra do governo mexicano contra as drogas. Em países como Guatemala, Honduras e El Salvador, o Estado não meios nem recursos para combater os cartéis das drogas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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