Numa decisão sem precedentes, a Suprema Corte do Quênia anulou hoje a eleição presidencial de 8 de agosto e ordenou a realização de nova votação dentro de 60 dias. Ao comentar a decisão, o candidato derrotado da oposição, Raila Odinga, acusou a comissão eleitoral de ter cometido um "crime monstruoso", noticiou a televisão pública britânica BBC.
"Entendemos que as eleições não foram realizadas de acordo com os ditames da Constituição", declarou o presidente do supremo tribunal queniano, David Maraga.
O presidente Uhuru Kenyatta, vencedor do pleito anulado por mais de 1,4 milhão de votos, é filho do herói da independência nacional, Jomo Kenyatta. Ele discordou da sentença, mas prometeu respeitar a decisão e pediu calma à população.
Odinga, da tribo luo, a mesma do pai do ex-presidente americano Barack Obama, foi derrotado nas três últimas eleições presidenciais quenianas, sempre por candidatos da tribo kikuyu, que domina a política deste país do Leste da África.
Depois da eleição de 27 de dezembro de 2007, quando foi reeleito o presidente Mwai Kibaki, houve uma explosão de violência com 1,3 mil mortes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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