sábado, 30 de setembro de 2017

Trump ataca prefeita da capital de Porto Rico

Em mais uma tirada no Twitter, o presidente Donald Trump atacou na manhã de hoje a prefeita de São João de Porto Rico, Carmen Yulín Cruz, que criticou o governo federal dos Estados Unidos por não dar ajuda de emergência suficiente depois do furacão Maria.

"A prefeita de São João, que foi muito cortês alguns dias atrás, foi orientada pelos democratas a ser maldosa com Trump", escreveu o presidente. Ele afirmou que há 10 mil funcionários públicos federais "fazendo um trabalho fantástico" na ilha, que reconheceu estar "totalmente destruída", com prejuízo total estimado em US$ 95 bilhões.

As maiores críticas foram à lentidão do início da ajuda federal, quando as Forças Armadas dos EUA têm pessoal e recursos para agir e reagir imediatamente. Na sexta-feira, a prefeita afirmou que "vamos ver algo parecido com um genocídio", se o governo federal não resolver seus problemas logísticos.

O governo Trump foi elogiado pela resposta rápida quando o furacão Harvey arrasou a região de Houston, no Texas, e quando o furacão Irma devastou a Flórida. Porto Rico, um Estado livre associado de população latino-americana, não mereceu a mesma atenção.

Trump se defendeu alegando que Porto Rico é "uma ilha cercada por água, muita água, um oceano", e contra-atacou acusando diretamente a prefeita como se os recursos fossem comparáveis.

"Tal é a falta de liderança da prefeita de São João e de outros em Porto Rico que não são capazes de colocar seus trabalhadores para trabalhar. Querem que tudo seja feito para eles, quando deve ser um esforço comunitário", acrescentou Trump.

Em seguida, acusou as redes de televisão CNN e NBC de divulgar notícias falsas capazes de abater o moral dos soldados e agentes da defesa civil em ação em Porto Rico.

Uma semana depois da passagem do furacão, 97% dos porto-riquenhos continuavam sem energia elétrica e sem telefone. Nesse período, desde 20 de setembro, Trump jogou golfe em seu clube em Nova Jérsei, apoiou o candidato derrotado na eleição prévia do Partido Republicano para o Senado em Alabama, comprou uma briga com jogadores de basquete e futebol americano que protestam contra o racismo e propôs cortes de impostos que lhe pouparão US$ 1 bilhão.

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