A grande novidade das eleições de 2017 foi a volta ao Parlamento alemão de um partido de extrema direita pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
A Alternativa para a Alemanha (AfD), surgida em reação à política de Merkel de acolher os refugiados de guerras no Oriente Médio e à crise do euro, ficou em terceiro lugar, com 12,6% dos votos e 94 deputados, atrás do Partido Social-Democrata (SPD), que teve 20,5% da votação e elegeu 153 deputados.
Também conquistaram assentos na Câmara Federal da Alemanha o Partido Liberal-Democrata (FDP), com 10,7% dos votos, terá 80 deputados; a Esquerda, com 9,2%, elegeu 69 deputados; e os Verdes, com 8,9% da votação, terão 67 deputados.
Apesar da vitória, com 246 deputados na Câmara Federal (Bundestag) de 709 cadeiras, a aliança CDU-CSU obteve seu pior resultado desde 1949, nas primeiras eleições da Alemanha Ocidental.
Merkel pode tentar a aliança com os liberais-democratas, um antigo aliado de governos democratas-cristãos, mas não basta para ter maioria absoluta. Ela também precisaria do apoio da bancada verde para formar um governo de maioria, com 393 deputados.
Outra opção é manter a grande aliança com o SPD. Os sociais-democratas sofreram o desgaste de ser o parceiro menor na coalizão de governo. Devem preferir a oposição para reconstruir sua base de apoio. De qualquer maneira, Merkel sai enfraquecida das eleições.
Pela Constituição da República Federal da Alemanha, do pós-guerra, há uma cláusula de barreira. Para entrar na Câmara, um partido precisa de no mínimo 5% dos votos nacionalmente. Foi uma fórmula usada evitar o acesso de nazista e comunistas ao Parlamento.
É a primeira vez desde Hitler e do partido nazista que a extrema direita estará no Parlamento Alemão. Ao celebrar como vitória, os ultranacionalistas prometeram fazer uma oposição feroz a Merkel e investigar os últimos governos. Do lado de fora, manifestantes liberais e de esquerda gritavam: "Fora, nazistas!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário