quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Mundo tem 25,5 milhões de abortos clandestinos por ano

Dos 55,7 milhões de abortos realizados anualmente no mundo, cerca de 25,5 milhões são clandestinos, sem as mínimas condições sanitárias, revela um novo estudo divulgado pela revista médica britânica The Lancet. Cerca de 97% dos abordos clandestinos aconteceu na África, na Ásia e na América Latina.

As conclusões são de uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Guttmacher, de Nova York. O estudo destaca a necessidade de dar proteção legal às mulheres, especialmente em países de baixa renda.

Cerca de 55% ou 30,6 milhões de abortos são feitos com métodos aprovados pela OMS. Outros 30,7% ou 17,1 milhões de abortos são considerados semisseguros, realizados por pessoas qualificadas co métodos superados, como a curetagem com objetos agudos, ou com métodos modernos aplicados por pessoas não qualificadas.

São considerados menos seguros 14,4% ou 8 milhões de abortos, feitos por pessoas não qualificados com métodos perigosos ou invasivos como a ingestão de substâncias cáusticas, a inserção de objetos estranhos ou de preparados líquidos tradicionais.

Uma alta porcentagem (87,5%) dos abortos em os países desenvolvidos são seguros. A exceção está nos antigos países comunistas da Europa Oriental, que ainda usam métodos superados. Em contraste, na África e na América Latina, 75% dos abortos são mais inseguros.

"A alta proporção de abortos seguros foi observada em país com leis menos restritivas, elevado desenvolvimento econômico e infraestrutura de saúde bem desenvolvida indica que tanto o aparato legal quando o nível geral de desenvolvimento têm um papel na segurança de um aborto", conclui o principal autor do relatório, Bela Ganatra, da OMS.

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