Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 30 de setembro de 2012
EUA advertem Irã a não enviar armas à Síria
Os Estados Unidos advertiram o Irã a parar de armar a ditadura de Bachar Assad e de intervir na guerra civil na Síria. Também apelaram aos vizinhos da Síria para que não deixem o Irã usar seu espaço aéreo e terrestre para traficar armas para Assad.
Bo Guagua defende o pai expurgado na China
O filho do desgraçado dirigente do Partido Comunista da China Bo Xilai saiu em defesa do pai, que acaba de ser expulso do PC e acusado de vários crime, inclusive abuso de poder, corrupção passiva e manter relações sexuais impróprias com várias mulheres.
"Pessoalmente, é difícil para mim aceitar as acusações anunciadas contra meu pai porque elas contradizem tudo o que aprendi a respeito dele durante toda a minha vida", argumentou Bo Guagua, que acredita-se que esteja nos Estados Unidos, onde estudava na Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, quando o escândalo estourou, em março de 2012.
"Pessoalmente, é difícil para mim aceitar as acusações anunciadas contra meu pai porque elas contradizem tudo o que aprendi a respeito dele durante toda a minha vida", argumentou Bo Guagua, que acredita-se que esteja nos Estados Unidos, onde estudava na Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, quando o escândalo estourou, em março de 2012.
Último bastião de jihadistas da Somália cai
O governo provisório da Somália, apoiado pelas forças internacionais da União Africana anunciaram no sábado a conquista de Kismayo, última grande cidade do país em poder dos rebeldes da milícia fundamentalista Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda.
Numa ofensiva preparada há semanas, cerca de 4,5 soldados do Exército do Quênia expulsaram os rebeldes islamitas do porto de Kismayo, no Sul do país. É uma perda importante. A cidade era usada para o tráfico de armas e a cobrança de impostos para financiar a insurgência.
A rebelião não foi derrotada, mas, pela primeira vez desde 1991, a Somália tem um projeto de governo capaz de alimentar a esperança de que seja capaz de combater a anarquia, a violência, a miséria e a fome.
Numa ofensiva preparada há semanas, cerca de 4,5 soldados do Exército do Quênia expulsaram os rebeldes islamitas do porto de Kismayo, no Sul do país. É uma perda importante. A cidade era usada para o tráfico de armas e a cobrança de impostos para financiar a insurgência.
A rebelião não foi derrotada, mas, pela primeira vez desde 1991, a Somália tem um projeto de governo capaz de alimentar a esperança de que seja capaz de combater a anarquia, a violência, a miséria e a fome.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Bancos espanhóis precisam de 54 bilhões de euros
Os bancos da Espanha precisam de 53,75 bilhões de euros, cerca de US$ 69,23 bilhões ou R$ 140 bilhões, em dinheiro novo para se recapitalizar, menos do que estimado anteriormente, que seria no mínimo 40 bilhões, calculou uma auditoria independente, anunciaram hoje o governo e o Banco da Espanha.
Ontem, o governo espanhol anunciou cortes de gastos e aumentos de impostos no valor de 30 bilhões de euros, em mais uma tentativa para reduzir o déficit orçamentário. A Espanha foi duramente atingida pela Grande Recessão de 2008-9. Sofre com o estouro de uma bolha imobiliária nas suas praias ensolaradas que abalou o sistema financeiro.
Com a crise das dívidas públicas, o desemprego no país chegou a 24,5% e a 50% entre os jovens. Ontem, o parlamento da região autônoma da Catalunha, a mais rica da Espanha, onde fica Barcelona, aprovou a convocação de um plebiscito sobre a independência.
Ontem, o governo espanhol anunciou cortes de gastos e aumentos de impostos no valor de 30 bilhões de euros, em mais uma tentativa para reduzir o déficit orçamentário. A Espanha foi duramente atingida pela Grande Recessão de 2008-9. Sofre com o estouro de uma bolha imobiliária nas suas praias ensolaradas que abalou o sistema financeiro.
Com a crise das dívidas públicas, o desemprego no país chegou a 24,5% e a 50% entre os jovens. Ontem, o parlamento da região autônoma da Catalunha, a mais rica da Espanha, onde fica Barcelona, aprovou a convocação de um plebiscito sobre a independência.
PC chinês inicia congresso da transição no dia 8/11
O Partido Comunista da China convocou para 8 de novembro o congresso que vai eleger os novos dirigentes do regime numa transição que acontece a cada dez anos, desta vez abalada pela queda espetacular de Bo Xilai, o expoente em ascensão da linha dura expurgado hoje. Isso indica que houve um acordo entre as diferentes facções sobre quem será promovido.
Se não houver surpresas, o vice-presidente Xi Jinping será elevado à liderança do PC e, em março de 2013, deverá assumir a Presidência da China, mas acredita-se que o atual presidente, Hu Jintao, quer ficar na presidência da Comissão Militar do Comitê Central para manter sua influência. Esse era o único cargo oficial de Deng Xiaoping nos anos 70 e 80. Xi desapareceu de 1º a 15 de setembro, gerando especulações sobre seu destino.
Bo era um dos 25 membros do Politburo do Comitê Central, de onde foi afastado em abril de 2012, depois de ter perdido um mês antes a chefia do partido e do governo na cidade-província de Xunquim, onde adotara políticas estatizantes e resgatara práticas da era de Mao Tsé-tung e da Revolução Cultural, inclusive a música triunfalista do realismo socialista. Sonhava em ascender para o Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central, os nove dirigentes máximos do regime comunista chinês.
Sua queda é o escândalo político mais espetacular desde 1981, quando os membros Gangue dos Quatro, inclusive a viúva de Mao, Jiang Ching, foram condenados por crimes cometidos durante a Revolução Cultural. A Gangue virou o símbolo máximo dos excessos, abusos de poder e brutalidade daquele período que Bo tentou reviver.
Se não houver surpresas, o vice-presidente Xi Jinping será elevado à liderança do PC e, em março de 2013, deverá assumir a Presidência da China, mas acredita-se que o atual presidente, Hu Jintao, quer ficar na presidência da Comissão Militar do Comitê Central para manter sua influência. Esse era o único cargo oficial de Deng Xiaoping nos anos 70 e 80. Xi desapareceu de 1º a 15 de setembro, gerando especulações sobre seu destino.
Bo era um dos 25 membros do Politburo do Comitê Central, de onde foi afastado em abril de 2012, depois de ter perdido um mês antes a chefia do partido e do governo na cidade-província de Xunquim, onde adotara políticas estatizantes e resgatara práticas da era de Mao Tsé-tung e da Revolução Cultural, inclusive a música triunfalista do realismo socialista. Sonhava em ascender para o Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central, os nove dirigentes máximos do regime comunista chinês.
Sua queda é o escândalo político mais espetacular desde 1981, quando os membros Gangue dos Quatro, inclusive a viúva de Mao, Jiang Ching, foram condenados por crimes cometidos durante a Revolução Cultural. A Gangue virou o símbolo máximo dos excessos, abusos de poder e brutalidade daquele período que Bo tentou reviver.
Bo Xilai é expulso do Partido Comunista da China
Depois de ser destituído da Prefeitura de Xunquim em março e de todos os cargos que tinha no Partido Comunista da China em abril, Bo Xilai foi expulso do PC e "terá de enfrentar a Justiça", informou hoje a agência oficial de notícias Nova China.
A notícia foi divulgada no dia em que foi anunciada a data de 8 de novembro para início o congresso do partido que vai oficializar a mudança para uma nova geração de líderes. Isso indica que houve um acerto entre as diferentes facções do PC para suavizar uma transição que é sempre difícil num regime fechado e poderoso - e Bo foi sacrificado.
Sua mulher, Gu Kailai, foi condenada à morte com direito a suspensão da pena pelo assassinato do empresário britânico Neil Heywood, que seria responsável pelos negócios internacionais do casal, no maior escândalo político em três décadas na China. Seu vice e chefe de polícia em Xunquim, Wang Lijun, pegou 15 anos de cadeia pelo mesmo crime.
Até hoje, Bo só havia sido acusado por "sérias infraçcões disciplinares". Como expoente da linha dura e por ser um principezinho, filho de um dos líderes da revolução comunista, acreditava-se que ele poderia receber punições menores e não ir para a cadeia. Mas Bo terá de responder por abuso de poder e aceitar grandes propinas, entre outros crimes, informa a agência de notícias Reuters.
"As ações de Bo Xilai tiveram repercussões graves e causaram enorme prejuízo à reputação do partido e do Estado, produzindo efeitos malignos no país e no exterior", acusa a nota distribuída pela liderança do PC, reproduzida pela agência Nova China.
A notícia foi divulgada no dia em que foi anunciada a data de 8 de novembro para início o congresso do partido que vai oficializar a mudança para uma nova geração de líderes. Isso indica que houve um acerto entre as diferentes facções do PC para suavizar uma transição que é sempre difícil num regime fechado e poderoso - e Bo foi sacrificado.
Sua mulher, Gu Kailai, foi condenada à morte com direito a suspensão da pena pelo assassinato do empresário britânico Neil Heywood, que seria responsável pelos negócios internacionais do casal, no maior escândalo político em três décadas na China. Seu vice e chefe de polícia em Xunquim, Wang Lijun, pegou 15 anos de cadeia pelo mesmo crime.
Até hoje, Bo só havia sido acusado por "sérias infraçcões disciplinares". Como expoente da linha dura e por ser um principezinho, filho de um dos líderes da revolução comunista, acreditava-se que ele poderia receber punições menores e não ir para a cadeia. Mas Bo terá de responder por abuso de poder e aceitar grandes propinas, entre outros crimes, informa a agência de notícias Reuters.
"As ações de Bo Xilai tiveram repercussões graves e causaram enorme prejuízo à reputação do partido e do Estado, produzindo efeitos malignos no país e no exterior", acusa a nota distribuída pela liderança do PC, reproduzida pela agência Nova China.
Diretor de Inocência dos Muçulmanos é preso nos EUA
O diretor do filme Inocência dos Muçulmanos, que provocou revolta no mundo inteiro por ofender o profeta Maomé, foi preso ontem à noite em Los Angeles, nos Estados Unidos, por violar os termos de sua liberdade condicional. Ele não poderia ter usado a Internet sem a aprovação dos responsáveis por vigiá-lo.
Nakoula Basseley Nakoula, um egípcio cristão, nega ser Sam Bacile, o pseudônimo usado pelo responsável pelo filme, mas estava escondido desde que seu filme de quinta categoria inflamou o mundo muçulmano. Como não há lei restringindo a liberdade de expressão nos EUA, foi preso por outro motivo.
Ele tinha sido condenado por fraude bancária. em 2010. No ano passado, foi colocado em liberdade condicional.
Nakoula Basseley Nakoula, um egípcio cristão, nega ser Sam Bacile, o pseudônimo usado pelo responsável pelo filme, mas estava escondido desde que seu filme de quinta categoria inflamou o mundo muçulmano. Como não há lei restringindo a liberdade de expressão nos EUA, foi preso por outro motivo.
Ele tinha sido condenado por fraude bancária. em 2010. No ano passado, foi colocado em liberdade condicional.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Primeiro-ministro de Israel compara Irã a Al Caeda
Em discurso agora na Assembléia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comparou o Irã à rede terrorista Al Caeda, acusando-os de propagar uma ideologia assassina que na sua opinião lembra o nazismo. Ele previu que a república islâmica terá uma bomba atômica em menos de um ano, se não for ameaçada com um ultimato para parar de enriquecer urânio.
"A questão não é quando esse fanatismo será derrotado, é quantas pessoas serão mortas até lá", afirmou Netanyahu.
Para o líder direitista israelense, "o Irã com armas nucleares seria o mesmo que Al Caeda com armas nucleares. Quem acredita que seria possível conter um Irã com armas nucleares como foi possível conter a União Soviética comete um grande erro". Os soviéticos seriam racionais; os extremistas islâmicos, fanáticos irracionais.
"Dizer que um Irã com armas nucleares vai estabilizar o Oriente Médio é o mesmo que dizer que Al Caeda com armas nucleares seria capaz de garantir a paz no mundo", argumentou o primeiro-ministro de Israel.
Netanyahu acrescentou que há sete anos a sociedade internacional tenta negociar uma solução pacífica para a questão nuclear iraniana através de negociações diplomáticas e da imposição de sanções, na sua opinião, sem sucesso. Nesse meio tempo, o Irã teria dobrado o número de centrífuga usadas para enriquecer urânio.
"A única maneira pacífica de evitar que o Irã tenha a bomba atômica é colocar uma linha vermelha", impondo um limite além do qual o país poderá ser alvo de uma ação militar, propôs o chefe de governo de Israel. "Linhas vermelhas não causam guerras, evitam guerras".
Enquanto acumula urânio enriquecido que pode virar carga de bomba atômica, o Irã pode desenvolver em meses o gatilho para armas atômicas. "A única maneira de evitar que o Irã faça a bomba é evitar que tenha urânio suficiente", declarou Netanyahu, mostrando um gráfico para alegar que 70% do processo já estão concluídos.
Esses dados, garantiu, foram tirados de relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e não de relatórios de serviços secretos que possam despertar suspeitas. "Estou convencido de que estabelecer uma linha vermelha seria a melhor solução. Diante de um ultimato, o Irã recuaria, dando mais tempo à diplomacia e às sanções", sustentou o primeiro-ministro.
"A questão não é quando esse fanatismo será derrotado, é quantas pessoas serão mortas até lá", afirmou Netanyahu.
Para o líder direitista israelense, "o Irã com armas nucleares seria o mesmo que Al Caeda com armas nucleares. Quem acredita que seria possível conter um Irã com armas nucleares como foi possível conter a União Soviética comete um grande erro". Os soviéticos seriam racionais; os extremistas islâmicos, fanáticos irracionais.
"Dizer que um Irã com armas nucleares vai estabilizar o Oriente Médio é o mesmo que dizer que Al Caeda com armas nucleares seria capaz de garantir a paz no mundo", argumentou o primeiro-ministro de Israel.
Netanyahu acrescentou que há sete anos a sociedade internacional tenta negociar uma solução pacífica para a questão nuclear iraniana através de negociações diplomáticas e da imposição de sanções, na sua opinião, sem sucesso. Nesse meio tempo, o Irã teria dobrado o número de centrífuga usadas para enriquecer urânio.
"A única maneira pacífica de evitar que o Irã tenha a bomba atômica é colocar uma linha vermelha", impondo um limite além do qual o país poderá ser alvo de uma ação militar, propôs o chefe de governo de Israel. "Linhas vermelhas não causam guerras, evitam guerras".
Enquanto acumula urânio enriquecido que pode virar carga de bomba atômica, o Irã pode desenvolver em meses o gatilho para armas atômicas. "A única maneira de evitar que o Irã faça a bomba é evitar que tenha urânio suficiente", declarou Netanyahu, mostrando um gráfico para alegar que 70% do processo já estão concluídos.
Esses dados, garantiu, foram tirados de relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e não de relatórios de serviços secretos que possam despertar suspeitas. "Estou convencido de que estabelecer uma linha vermelha seria a melhor solução. Diante de um ultimato, o Irã recuaria, dando mais tempo à diplomacia e às sanções", sustentou o primeiro-ministro.
Economia dos EUA dá mais sinais de fragilidade
As encomendas de bens duráveis às fábricas dos Estados Unidos registraram uma queda de 13% em agosto e a estimativa de crescimento do produto interno bruto do país no segundo trimestre de 2012 foi reduzida de 1,7% para 1,3% ao ano, mostrando mais uma vez as dificuldades da maior economia do mundo para se recuperar de sua pior crise em 70 anos.
O Departamento do Comércio revelou que as ordens de bens duráveis - com mais de três anos de uso, como automóveis e televisores - sofreram uma queda de 13% em agosto na comparação com julho para um total de US$ 198,5 bilhões.
Foi a maior queda desde janeiro de 2009, no auge da crise. O item que mais pesou na redução das encomendas foi avião comercial, capaz de distorcer o índice por causa da alta volatilidade. Mas a demanda por outros itens, inclusive automóveis, também caiu, embora em níveis menores.
Tudo isso indica que a economia dos EUA deve continuar tendo uma recuperação frágil, lenta e arrastada.
O Departamento do Comércio revelou que as ordens de bens duráveis - com mais de três anos de uso, como automóveis e televisores - sofreram uma queda de 13% em agosto na comparação com julho para um total de US$ 198,5 bilhões.
Foi a maior queda desde janeiro de 2009, no auge da crise. O item que mais pesou na redução das encomendas foi avião comercial, capaz de distorcer o índice por causa da alta volatilidade. Mas a demanda por outros itens, inclusive automóveis, também caiu, embora em níveis menores.
Tudo isso indica que a economia dos EUA deve continuar tendo uma recuperação frágil, lenta e arrastada.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Desempregados na França são mais de 3 milhões
O total de desempregados sem nenhuma atividade profissional na França superou em agosto de 2012 a marca histórica de 3 milhões, chegando a 3,011 milhões, confirmou hoje o Ministério do Trabalho do país.
Se, além do desemprego, forem computados os dados sobre subemprego (bicos, trabalho temporário ou diaristas), o número sobe para 4,777 milhões.
Se, além do desemprego, forem computados os dados sobre subemprego (bicos, trabalho temporário ou diaristas), o número sobe para 4,777 milhões.
Obama amplia vantagem em Ohio e na Flórida
Para conquistar a Casa Branca, o candidato republicano terá não só de convencer os indecisos, mas mudar o voto de quem hoje pensa em apoiar a reeleição do presidente Barack Obama. Novas pesquisas indicam a ampliação da vantagem de Obama na Flórida, na Pensilvânia e em Ohio, estados-chaves para a eleição presidencial de 6 de novembro de 2012 nos Estados Unidos.
Na prestigiada pesquisa da Universidade Quinnipiac para o jornal The New York Times e a TV CBS, Obama lidera na Flórida por 53% a 44%. Em Ohio, a vantagem é de 53% a 43%. Na Pensilvânia, outro estado decisivo, Romney está 12 pontos percentuais atrás do presidente. A margem de erro das pesquisas é de mais ou menos 3%.
Nenhum republicano chegou à Casa Branca sem ganhar em Ohio. A pouco mais de um mês para a eleição americana, a situação ainda pode mudar. Mas, no momento, desenha-se a vitória de Obama.
Se não houver nenhuma catástrofe, os debates na TV em outubro serão a última chance para o ex-governador de Massachusetts virar o jogo.
Na prestigiada pesquisa da Universidade Quinnipiac para o jornal The New York Times e a TV CBS, Obama lidera na Flórida por 53% a 44%. Em Ohio, a vantagem é de 53% a 43%. Na Pensilvânia, outro estado decisivo, Romney está 12 pontos percentuais atrás do presidente. A margem de erro das pesquisas é de mais ou menos 3%.
Nenhum republicano chegou à Casa Branca sem ganhar em Ohio. A pouco mais de um mês para a eleição americana, a situação ainda pode mudar. Mas, no momento, desenha-se a vitória de Obama.
Se não houver nenhuma catástrofe, os debates na TV em outubro serão a última chance para o ex-governador de Massachusetts virar o jogo.
Extinção de espécies agrava efeito estufa
Quando espécies sensíveis são extintas, os ecossistemas perdem um pouco a capacidade de se reajustar e resistir à mudança do clima, concluiu uma pesquisa realizada por biólogos do Departamento de Biologia e Ciências Ambientais da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, publicada hoje na revista acadêmica Ecology Letters.
Para os pesquisadores, uma biodiversidade grande é um seguro para a natureza e a sociedade humana porque pelo menos algumas das espécies sobreviventes serão capazes de realizar funções importantes como a purificação da água ou a polinização das plantas.
"É o mesmo princípio usado para fazer uma carteira de investimentos - seria uma loucura colocar todos os seus ovos na mesma cesta", comentou o chefe da pesquisa, o biólogo Johan Eklöf.
A experiência incluiu observações no litoral da Suécia e a criação de miniecossistemas em aquário ao ar livre para examinar a relação entre as algas filamentosas e a chamada crina marinha. Os matagais de crina marinha são locais de reprodução do bacalhau, uma espécie ameaçada pela pesca excessiva.
Com a presença de menos bacalhaus, há uma proliferação de peixes pequenos predatórios que reduzem as populações de Grammarus locusta, um crustáceo herbívoro que come algas filamentosas. A proliferação destas algas sufoca a crina marinha. Este efeito cascata é um fenômeno cada vez mais comum, na medida em que predadores ficam perto da extinção por causa da caça e da pesca excessivas.
Ao reduzir populações capazes de controlar a proliferação de plantas que se beneficiam com o aumento do calor, isso acaba agravando o efeito estufa.
A conclusão da pesquisa é clara: é a diversidade de algas herbívoras que determina em que medida o ecossistema é afetado pelo aquecimento global e pela acidificação dos mares.
"Com uma biodiversidade elevada, nem o aquecimento nem a acidificação tem efeito real porque as algas filamentosas são comidas antes que possam crescer suficientemente para sufocar a crina marinha", declarou o chefe da equipe da Universidade de Gotemburgo.
O temor dos cientistas é que a perda de biodiversidade enfraqueça ainda mais ecossistemas frágeis e ameaçados. Eklöf acredita que ainda há tempo, se a sociedade tomar as medidas necessárias: "Se protegermos a biodiversidade local que ainda temos e recuperarmos parte da que perdemos, por exemplo, protegendo os estoques de peixes ameaçados nas zonas costeiras, provavelmente seremos capazes de aumentar a resiliência dos ecossistemas à mudança do clima".
Para os pesquisadores, uma biodiversidade grande é um seguro para a natureza e a sociedade humana porque pelo menos algumas das espécies sobreviventes serão capazes de realizar funções importantes como a purificação da água ou a polinização das plantas.
"É o mesmo princípio usado para fazer uma carteira de investimentos - seria uma loucura colocar todos os seus ovos na mesma cesta", comentou o chefe da pesquisa, o biólogo Johan Eklöf.
A experiência incluiu observações no litoral da Suécia e a criação de miniecossistemas em aquário ao ar livre para examinar a relação entre as algas filamentosas e a chamada crina marinha. Os matagais de crina marinha são locais de reprodução do bacalhau, uma espécie ameaçada pela pesca excessiva.
Com a presença de menos bacalhaus, há uma proliferação de peixes pequenos predatórios que reduzem as populações de Grammarus locusta, um crustáceo herbívoro que come algas filamentosas. A proliferação destas algas sufoca a crina marinha. Este efeito cascata é um fenômeno cada vez mais comum, na medida em que predadores ficam perto da extinção por causa da caça e da pesca excessivas.
Ao reduzir populações capazes de controlar a proliferação de plantas que se beneficiam com o aumento do calor, isso acaba agravando o efeito estufa.
A conclusão da pesquisa é clara: é a diversidade de algas herbívoras que determina em que medida o ecossistema é afetado pelo aquecimento global e pela acidificação dos mares.
"Com uma biodiversidade elevada, nem o aquecimento nem a acidificação tem efeito real porque as algas filamentosas são comidas antes que possam crescer suficientemente para sufocar a crina marinha", declarou o chefe da equipe da Universidade de Gotemburgo.
O temor dos cientistas é que a perda de biodiversidade enfraqueça ainda mais ecossistemas frágeis e ameaçados. Eklöf acredita que ainda há tempo, se a sociedade tomar as medidas necessárias: "Se protegermos a biodiversidade local que ainda temos e recuperarmos parte da que perdemos, por exemplo, protegendo os estoques de peixes ameaçados nas zonas costeiras, provavelmente seremos capazes de aumentar a resiliência dos ecossistemas à mudança do clima".
Bombas explodem no QG do Exército da Síria
Duas explosões atingiram o quartel-general do Exército da Síria no ultrafortificado centro de Damasco, a capital do país. Em seguida, houve tiroteio. O Exército da Síria Livre, que luta desde o ano passado para derrubar a ditadura de Bachar Assad, reivindicou a autoria do ataque.
Foi o maior ataque à capital síria desde 18 de julho, quando um atentado a bomba matou vários altos oficiais da cúpula do regime, inclusive os ministros da Defesa e do Interior. Os rebeldes disseram que "dezenas de pessoas morreram", mas o governo afirma que ninguém saiu ferido.
Um correspondente síria da televisão do Irã foi morto no tiroteio que se seguiu às explosões.
Foi o maior ataque à capital síria desde 18 de julho, quando um atentado a bomba matou vários altos oficiais da cúpula do regime, inclusive os ministros da Defesa e do Interior. Os rebeldes disseram que "dezenas de pessoas morreram", mas o governo afirma que ninguém saiu ferido.
Um correspondente síria da televisão do Irã foi morto no tiroteio que se seguiu às explosões.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Enviado especial não vê saída em breve para Síria
A guerra civil na Síria está se agravando e ameaça desestabilizar todo o Oriente Médio, advertiu ontem o novo enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para mediar o conflito, Lakhdar Brahimi, ex-ministro do Exterior da Argélia, depois de fazer contatos iniciais com as partes em luta.
"Penso que não há desentendimento em lugar nenhum de que a situação síria é extremamente grave e está se tornando pior, é uma ameaça para a região e à paz e à segurança no mundo inteiro", desabafou Brahimi em entrevista na sede da ONU, em Nova York, reportada pelo jornal The Washington Post.
Ao discursar perante a Assembleia Geral da ONU há pouco, o presidente da França, François Hollande, defendeu a criação de zonas de assistência humanitária em áreas dominadas pelos rebeldes, negou legitimidade ao ditador Bachar Assad e reafirmou a disposição de reconhecer um governo provisório da oposição assim que seja formado.
"Penso que não há desentendimento em lugar nenhum de que a situação síria é extremamente grave e está se tornando pior, é uma ameaça para a região e à paz e à segurança no mundo inteiro", desabafou Brahimi em entrevista na sede da ONU, em Nova York, reportada pelo jornal The Washington Post.
Ao discursar perante a Assembleia Geral da ONU há pouco, o presidente da França, François Hollande, defendeu a criação de zonas de assistência humanitária em áreas dominadas pelos rebeldes, negou legitimidade ao ditador Bachar Assad e reafirmou a disposição de reconhecer um governo provisório da oposição assim que seja formado.
Obama ameaça atacar para que Irã não faça bomba
Em discurso hoje de manhã na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente Barack Obama afirmou que tenta uma solução diplomática para evitar que o Irã tenha armas atômicas, mas reiterou que os Estados Unidos podem usar a força se a via da negociação não der resultado.
O presidente americano deu uma breve pausa na campanha à reeleição, mas o discurso faz parte de sua estratégia de se apresentar como estadistas e pacifista, em contraste com seu adversário, Mitt Romney, que já fez declarações desastradas sobre política externa.
A ameaça de guerra em torno do programa nuclear iraniano e a incapacidade de articular uma solução para a guerra civil na Síria mostram a impotência da ONU e sua falta de condições para cumprir seu principal objetivo: manter a paz e a segurança internacionais.
O presidente americano deu uma breve pausa na campanha à reeleição, mas o discurso faz parte de sua estratégia de se apresentar como estadistas e pacifista, em contraste com seu adversário, Mitt Romney, que já fez declarações desastradas sobre política externa.
A ameaça de guerra em torno do programa nuclear iraniano e a incapacidade de articular uma solução para a guerra civil na Síria mostram a impotência da ONU e sua falta de condições para cumprir seu principal objetivo: manter a paz e a segurança internacionais.
Islamitas compram jovens no Norte do Máli
Com sua riqueza ostensiva, fruto da pilhagem, as milícias da rede terrorista al Caeda no Magrebe Islâmico que tomaram o Norte do Máli há seis meses estão recrutando jovens, enquanto o país espera a intervenção militar de uma força pan-africana para se reunificar.
Em 22 de março de 2012, um grupo de oficiais do Exército deu um golpe e derrubou o presidente Amadou Traoré, que estava no poder desde 8 de junho de 2002. Com os caos político na capital, Bamako, as milícias extremistas muçulmanas do deserto tomaram Gao, uma das principais cidades do Norte do país.
Logo o Movimento Nacional de Libertação de Azawade desabou. No seu vácuo, entrou o Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO), um grupo salafista que tem se dedicado à destruição de mesquitas e mausoléus sufistas no Norte do Máli.
Hoje o MUJAO, uma dissidência da ACMI, paga um salário-base de 114 euros por mês, entre outras vantagens. "O MUJAO é tão rico", observou um veterano. "Dá comida a seus combatentes, os paga regularmente e financia até mesmo seus casamentos com grandes somas. Os jovens não têm como resistir", reporta o jornal Courrier International.
A vida no Sahel não é nada fácil.
Em 22 de março de 2012, um grupo de oficiais do Exército deu um golpe e derrubou o presidente Amadou Traoré, que estava no poder desde 8 de junho de 2002. Com os caos político na capital, Bamako, as milícias extremistas muçulmanas do deserto tomaram Gao, uma das principais cidades do Norte do país.
Logo o Movimento Nacional de Libertação de Azawade desabou. No seu vácuo, entrou o Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO), um grupo salafista que tem se dedicado à destruição de mesquitas e mausoléus sufistas no Norte do Máli.
Hoje o MUJAO, uma dissidência da ACMI, paga um salário-base de 114 euros por mês, entre outras vantagens. "O MUJAO é tão rico", observou um veterano. "Dá comida a seus combatentes, os paga regularmente e financia até mesmo seus casamentos com grandes somas. Os jovens não têm como resistir", reporta o jornal Courrier International.
A vida no Sahel não é nada fácil.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Dilma insiste na retórica vazia do "tsunami financeiro"
Enquanto o mundo inteiro aplaude a ação dos bancos centrais dos países ricos para combater a crise econômica internacional, o Brasil insiste em culpar os outros pelos problemas internos do país. Quando fizer amanhã o discurso de abertura do debate anual da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, a presidente Dilma Rousseff vai insistir no argumento furado de que os países ricos estão fazendo um "tsunami financeiro" ao jogar dinheiro no mercado para estimular suas economias.
Na semana passada, o medíocre ministro Guido Mantega alegou que as políticas de alívio quantitativo, compra de títulos para colocar mais dinheiro em circulação, não dão resultado. Só serviriam para desvalorizar o dólar.
Os números da maior economia do mundo desmentem essa visão distorcida politicamente. Em primeiro lugar, apesar de enfrentarem sua pior crise em 70 anos, os Estados Unidos devem terminar o ano com um crescimento do produto interno bruto superior ao do Brasil. E o desemprego nos EUA vem caindo, não no ritmo em que o governo Barack Obama gostaria, mas está diminuindo.
Mantega deveria ter ligo Ensaios sobre a Grande Depressão, de Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA. Sem condições de baixar mais as taxas nominais de juros, que estão em praticamente zero, só resta ao governo americano imprimir mais dólares para reduzi-las na prática.
No mais, Dilma vai insistir na retórica vazia em relação à guerra civil na Síria, rejeitando em nome do princípio da soberania nacional uma intervenção militar estrangeira, única maneira de obrigar a ditadura de Bachar Assad a parar de matar seu próprio povo.
Seu argumento parte da análise equivocada de que a intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na guerra civil na Líbia foi excessiva. Na prática, a ação militar liderada pelos Estados Unidos, a França e o Reino Unido salvou milhares de vidas que estariam ameaçadas em caso de vitória do ditador Muamar Kadafi.
O símbolo mais eloquente da gratidão líbia foi a manifestação de protesto da sexta-feira passada em Bengázi, a segunda maior cidade do país, contra a milícia responsável pelo ataque ao Consulado dos Estados Unidos que matou o embaixador Christopher Stevens. A milícia foi literalmente expulsa da cidade.
Bengázi estava prestes a ser arrasada quando a OTAN entrou na guerra civil líbia. O embaixador americano era visto como um aliado do povo da Líbia e da revolução. Mas o governo brasileiro está mais interessado em marcar posição contra as grandes potências do que em apoiar medidas concretas que protejam as populações atacadas por ditadores.
Na semana passada, o medíocre ministro Guido Mantega alegou que as políticas de alívio quantitativo, compra de títulos para colocar mais dinheiro em circulação, não dão resultado. Só serviriam para desvalorizar o dólar.
Os números da maior economia do mundo desmentem essa visão distorcida politicamente. Em primeiro lugar, apesar de enfrentarem sua pior crise em 70 anos, os Estados Unidos devem terminar o ano com um crescimento do produto interno bruto superior ao do Brasil. E o desemprego nos EUA vem caindo, não no ritmo em que o governo Barack Obama gostaria, mas está diminuindo.
Mantega deveria ter ligo Ensaios sobre a Grande Depressão, de Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA. Sem condições de baixar mais as taxas nominais de juros, que estão em praticamente zero, só resta ao governo americano imprimir mais dólares para reduzi-las na prática.
No mais, Dilma vai insistir na retórica vazia em relação à guerra civil na Síria, rejeitando em nome do princípio da soberania nacional uma intervenção militar estrangeira, única maneira de obrigar a ditadura de Bachar Assad a parar de matar seu próprio povo.
Seu argumento parte da análise equivocada de que a intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na guerra civil na Líbia foi excessiva. Na prática, a ação militar liderada pelos Estados Unidos, a França e o Reino Unido salvou milhares de vidas que estariam ameaçadas em caso de vitória do ditador Muamar Kadafi.
O símbolo mais eloquente da gratidão líbia foi a manifestação de protesto da sexta-feira passada em Bengázi, a segunda maior cidade do país, contra a milícia responsável pelo ataque ao Consulado dos Estados Unidos que matou o embaixador Christopher Stevens. A milícia foi literalmente expulsa da cidade.
Bengázi estava prestes a ser arrasada quando a OTAN entrou na guerra civil líbia. O embaixador americano era visto como um aliado do povo da Líbia e da revolução. Mas o governo brasileiro está mais interessado em marcar posição contra as grandes potências do que em apoiar medidas concretas que protejam as populações atacadas por ditadores.
França quer dar mais prazo à Grécia
O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayraut, quer dar mais tempo para a Grécia realizar o rigoroso ajuste das contas públicas exigido pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de empréstimos de emergência no valor de 240 bilhões de euros.
Pelos cálculos iniciais da chamada troika, que inclui a UE, o FMI e o Banco Central Europeu (BCE), o orçamento da Grécia tem um rombo de 20 bilhões de euros, quase o dobro da estimativa anterior. Enquanto o primeiro-ministro Antonis Samaras pediu aos credores do setor público que perdoem parte da dívida grega.
Pelos cálculos iniciais da chamada troika, que inclui a UE, o FMI e o Banco Central Europeu (BCE), o orçamento da Grécia tem um rombo de 20 bilhões de euros, quase o dobro da estimativa anterior. Enquanto o primeiro-ministro Antonis Samaras pediu aos credores do setor público que perdoem parte da dívida grega.
Ahmedinejad ignora ONU e prega "eliminação" de Israel
Antes mesmo do início dos discursos de chefes de Estado no debate anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, que deve ser dominada pelo guerra civil na Síria, o presidente linha-dura do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a defender a tese de que Israel não tem raízes no Oriente Médio e será "eliminado".
Ahmadinejad ignorou as críticas do secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, por suas ameaças a um país-membro da organização e ignorar os apelos para evitar a retórica inflamada.
Em entrevista à imprensa em Nova York, ele disse não levar a sério as ameaças de Israel de atacar as instalações nucleares do Irã para impedir o país de fabricar armas atômicas, negou o envio de armas à ditadura de Bachar Assad na Síria e descreveu as condições econômicas iranianas como "não tão ruins como retratadas", apesar das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
"Não levo a sério as ameaças dos sionistas", afirmou o presidente iraniano. "Temos todos os meios defensivos à nossa disposição e estamos prontos para nos defender", acrescentou Ahmadinejad, reporta a agência de notícias Reuters. Ele também acusou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de ignorar as armas nucleares de Israel.
Ahmadinejad ignorou as críticas do secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, por suas ameaças a um país-membro da organização e ignorar os apelos para evitar a retórica inflamada.
Em entrevista à imprensa em Nova York, ele disse não levar a sério as ameaças de Israel de atacar as instalações nucleares do Irã para impedir o país de fabricar armas atômicas, negou o envio de armas à ditadura de Bachar Assad na Síria e descreveu as condições econômicas iranianas como "não tão ruins como retratadas", apesar das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
"Não levo a sério as ameaças dos sionistas", afirmou o presidente iraniano. "Temos todos os meios defensivos à nossa disposição e estamos prontos para nos defender", acrescentou Ahmadinejad, reporta a agência de notícias Reuters. Ele também acusou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de ignorar as armas nucleares de Israel.
Líbia manda milícias entregar as armas e se dissolver
Sob pressão da opinião pública desde a morte do embaixador americano Christopher Stevens, o presidente da Assembleia Nacional, Mohamed Magrief, e o comandante do Exército da Líbia, Yussef al-Mangoush deram 24 horas no sábado para que todas as milícias "ilegítimas" entregam as armas e se dissolvam.
Na sexta-feira, dezenas de milhares de líbios que participaram do movimento popular que derrubou há um ano o ditador Muamar Kadafi saíram às ruas para protestar contra a ação antidemocrática das milícias, especialmente do grupo salafista Ansar al Charia, acusado pelo ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Bengázi, onde morreu o embaixador.
Na sexta-feira, dezenas de milhares de líbios que participaram do movimento popular que derrubou há um ano o ditador Muamar Kadafi saíram às ruas para protestar contra a ação antidemocrática das milícias, especialmente do grupo salafista Ansar al Charia, acusado pelo ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Bengázi, onde morreu o embaixador.
Apple vendeu 5 milhões de iPhones 5 em três dias
A Apple vendeu mais de 5 milhões de iPhones 5 nos três primeiros dias depois de seu lançamento, em 21 de setembro, anunciou a empresa nesta segunda-feira.
O volume supera as vendas iniciais do modelo anterior de seu telefone inteligente. Em outubro de 2011, mais de 4 milhões de iPhone 4S foram comercializados no primeiro fim de semana de vendas.
Mesmo assim, as ações da maior companhia de capital aberto do mundo caíram 1,4% na manhã de hoje para US$ 690,14. Há uma impressão no mercado de que a Apple não foi capaz de fabricar aparelhos em quantidade suficiente para atender à demanda. Alguns compradores só vão receber seu iPhone 5 em outubro.
"Acreditamos que as vendas seriam muito maiores se não fosse pela escassez de oferta", comentou o economista William Power, analista na empresa Baird Equity Research, citado pela agência de notícias Reuters. Sua previsão é de vendas de 8 a 10 milhões até o fim de setembro de 2012.
Na China, a empresa taiwanesa Foxconn fechou temporariamente uma de suas fábricas de produtos de alta tecnologia, inclusive da Apple, depois de uma briga num dormitório envolvendo cerca de 2 mil trabalhadores.
O volume supera as vendas iniciais do modelo anterior de seu telefone inteligente. Em outubro de 2011, mais de 4 milhões de iPhone 4S foram comercializados no primeiro fim de semana de vendas.
Mesmo assim, as ações da maior companhia de capital aberto do mundo caíram 1,4% na manhã de hoje para US$ 690,14. Há uma impressão no mercado de que a Apple não foi capaz de fabricar aparelhos em quantidade suficiente para atender à demanda. Alguns compradores só vão receber seu iPhone 5 em outubro.
"Acreditamos que as vendas seriam muito maiores se não fosse pela escassez de oferta", comentou o economista William Power, analista na empresa Baird Equity Research, citado pela agência de notícias Reuters. Sua previsão é de vendas de 8 a 10 milhões até o fim de setembro de 2012.
Na China, a empresa taiwanesa Foxconn fechou temporariamente uma de suas fábricas de produtos de alta tecnologia, inclusive da Apple, depois de uma briga num dormitório envolvendo cerca de 2 mil trabalhadores.
domingo, 23 de setembro de 2012
Ex-chefe de polícia de Bo Xilai pega 15 anos de prisão
O ex-chefe de polícia e ex-vice-prefeito de Bo Xilai na cidade e província de Xunquim, na China, Wang Lijun foi condenado por um tribunal da cidade de Chengdu a 15 anos de prisão por quatro acusações: abuso de poder, corrupção, deserção e conspiração para ocultar o assassinato do empresário britânico Neil Heywood, morto em 13 de novembro do ano passado pela mulher de Bo, Gu Kailai, informou há pouco a agência oficial de notícias Nova China.
Depois do crime, Wang Lijun conseguiu gravar uma confissão da mulher do chefe. Quando Wang comentou o assunto com Bo, no início de fevereiro, diante da reação violenta do então alto dirigente do Partido Comunista, ele se refugiou no Consulado dos Estados Unidos em Chengdu.
Sob pressão das autoridades chinesas, saiu e entregou as provas que tinha à polícia. Isso foi decisivo para a condenação à morte de Gu Kailai, que está com a pena suspensa temporariamente com grande chance de ser convertida em prisão perpétua.
Bo era a grande estrela em ascensão da linha dura maoísta. Como membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista, era um dos 25 homens mais poderosos da China. Sonhava em ser eleito para o Comitê Permanente do Politburo, os nove imperadores que mandam de fato no país.
Em março de 2012, ele perdeu a liderança do partido e, em abril, todos seus outros cargos, no maior escândalo político em mais de 30 anos na China, desde que a viúva de Mao Tsé-tung e os outros membros da Gangue dos Quatro foram condenados, em 1981.
Depois do crime, Wang Lijun conseguiu gravar uma confissão da mulher do chefe. Quando Wang comentou o assunto com Bo, no início de fevereiro, diante da reação violenta do então alto dirigente do Partido Comunista, ele se refugiou no Consulado dos Estados Unidos em Chengdu.
Sob pressão das autoridades chinesas, saiu e entregou as provas que tinha à polícia. Isso foi decisivo para a condenação à morte de Gu Kailai, que está com a pena suspensa temporariamente com grande chance de ser convertida em prisão perpétua.
Bo era a grande estrela em ascensão da linha dura maoísta. Como membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista, era um dos 25 homens mais poderosos da China. Sonhava em ser eleito para o Comitê Permanente do Politburo, os nove imperadores que mandam de fato no país.
Em março de 2012, ele perdeu a liderança do partido e, em abril, todos seus outros cargos, no maior escândalo político em mais de 30 anos na China, desde que a viúva de Mao Tsé-tung e os outros membros da Gangue dos Quatro foram condenados, em 1981.
sábado, 22 de setembro de 2012
QG do exército rebelde vai da Turquia para Síria
Em um vídeo divulgado via Internet, o comandante do Exército da Síria Livre, Riad al-Assaad, anunciou hoje que está indo da Turquia para instalar seu quartel-general em "regiões liberadas" da Síria. É um marco para os rebeldes que lutam para derrubar a ditadura de Bachar Assad.
Desde sua criação, no ano passado, o comando do ESL estava baseado na vizinha Turquia: "Queremos dizer a todos que a liderança do exército entrou nas áreas liberadas". O próximo passo, acrescentou, é "planejar a libertação de Damasco", afirmou o comandante, citado pela TV americana CNN.
Desde sua criação, no ano passado, o comando do ESL estava baseado na vizinha Turquia: "Queremos dizer a todos que a liderança do exército entrou nas áreas liberadas". O próximo passo, acrescentou, é "planejar a libertação de Damasco", afirmou o comandante, citado pela TV americana CNN.
EUA acusam Irã de ataques cibernéticos a empresas
O Irã lançou recentemente uma série de ataques cibernéticos contra computadores de bancos e outras empresas dos Estados Unidos, afirmou ontem o senador Joe Lieberman, presidente da Comissão da Segurança Interna do Senado americano.
Aparentemente é uma retaliação aos ataques de vírus contra os sistemas de controle do programa nuclear iraniano atribuídos aos EUA e Israel, e às sanções econômicas impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Não acredito que sejam apenas hackers com habilidade para invadir computadores", observou o senador, citado pelo jornal The Washington Post. "Acredito que tenha sido feito pelo Irã e pela força de elite Quods, que está desenvolvendo sua capacidade de fazer ataques cibernéticos."
Aparentemente é uma retaliação aos ataques de vírus contra os sistemas de controle do programa nuclear iraniano atribuídos aos EUA e Israel, e às sanções econômicas impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Não acredito que sejam apenas hackers com habilidade para invadir computadores", observou o senador, citado pelo jornal The Washington Post. "Acredito que tenha sido feito pelo Irã e pela força de elite Quods, que está desenvolvendo sua capacidade de fazer ataques cibernéticos."
EUA tiram guerrilha iraniana da lista de terroristas
O Departamento de Estado americano está se preparando para excluir o grupo guerrilheiro Mujahedin-e Khalq (Guerrilheiros do Povo), antigo braço armado do proscrito Partido Comunista Iraniano, sob a alegação de que abandonou o uso da força e colabora na coletiva de informações sobre o programa nuclear do Irã, informou o jornal The Washington Post.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Manifestantes atacam milícia que matou embaixador
Dezenas de milhares de líbios do movimento popular que derrubou a ditadura de Muamar Kadafi marcharam hoje em Bengázi até a sede da milicia fundamentalista Ansar al-Charia, responsável pelo ataque ao Consulado dos Estados Unidos que resultou na morte do embaixador Christopher Stevens. Centenas atacaram a milícia.
Os manifestantes querem expulsar as milícias da cidade-símbolo da revolução na Líbia para que o novo regime não seja sequestrado por gangues de terroristas. A massa saiu às ruas para defender a democracia conquistada depois de 42 anos da ditadura cruel e personalista de Kadafi.
As bandeiras da milícia foram arrancadas e um carro incendiado, reportou a agência Reuters, citada pela TV pública britânica BBC.
Os manifestantes querem expulsar as milícias da cidade-símbolo da revolução na Líbia para que o novo regime não seja sequestrado por gangues de terroristas. A massa saiu às ruas para defender a democracia conquistada depois de 42 anos da ditadura cruel e personalista de Kadafi.
As bandeiras da milícia foram arrancadas e um carro incendiado, reportou a agência Reuters, citada pela TV pública britânica BBC.
23 usinas atômicas correm risco de maremoto
Pelo menos 23 usinas do mundo inteiro correm risco de ser atingidas por ondas gigantes, concluíram pesquisadadores espanhóis. A pesquisa identificou 74 reatores em perigo.
Depois de do terremoto e do maremoto de 11 de março de 2011, um acidente na usina nuclear de Fukushima levou ao fechamento das 54 centrais atômicas do Japão, que forneciam 35% da energia elétrica do país. Só duas foram reativadas.
A Alemanha decidiu desativar todas as usinas nucleares em 20 anos e o Japão em 30 anos.
Das 23 usinas ameaçadas, 13 têm 29 reatores em atividade. Outras quatro, que têm 20 reatores, vão receber mais nove. Sete novas usinas, com 16 reatores, estão em construção em áreas de risco.
"Estamos lidando com a primeira visão da distribuição global de usinas nucleares para fins civis situadas na costa e expostas ao risco de tsunames", declarou José Manuel Rodrúguez-Llanes, do Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres da Universidade de Leuven, na Bélgica.
Dos 64 reatores em construção mundo hoje, 27 estão sendo erguidos na China, onde a falta de democracia impede a fiscalização da opinião pública. Mais importante ainda, 19 reatores, sendo dois em Taiwan, estão em áreas de risco. A Coreia do Sul tem cinco reatores em duas centrais nucleares, a Índia dois e o Paquistão um.
Depois de do terremoto e do maremoto de 11 de março de 2011, um acidente na usina nuclear de Fukushima levou ao fechamento das 54 centrais atômicas do Japão, que forneciam 35% da energia elétrica do país. Só duas foram reativadas.
A Alemanha decidiu desativar todas as usinas nucleares em 20 anos e o Japão em 30 anos.
Das 23 usinas ameaçadas, 13 têm 29 reatores em atividade. Outras quatro, que têm 20 reatores, vão receber mais nove. Sete novas usinas, com 16 reatores, estão em construção em áreas de risco.
"Estamos lidando com a primeira visão da distribuição global de usinas nucleares para fins civis situadas na costa e expostas ao risco de tsunames", declarou José Manuel Rodrúguez-Llanes, do Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres da Universidade de Leuven, na Bélgica.
Dos 64 reatores em construção mundo hoje, 27 estão sendo erguidos na China, onde a falta de democracia impede a fiscalização da opinião pública. Mais importante ainda, 19 reatores, sendo dois em Taiwan, estão em áreas de risco. A Coreia do Sul tem cinco reatores em duas centrais nucleares, a Índia dois e o Paquistão um.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Brasil ajuda Unicef a combater mortalidade infantil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou hoje o Compromisso com a sobrevivência infantil, um programa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destinado a ajudar países pobres em dificuldades para atingir as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que incluem a redução em dois terços da mortalidade infantil até 2015.
Como o Brasil cumpriu a meta quatro anos antes do prazo e registrou uma queda de 73% na mortalidade infantil desde 1990, a experiência brasileira é muito importante para países como o Haiti, onde o Brasil lidera a missão de paz da ONU, e pode ser transferida a outros países da América Latina e da África.
Na oportunidade, o ministro destacou iniciativas como a Rede Cegonha, a política nacional de aleitamento materno, o programa nacional de vacinação e a ampliação do acesso aos cuidados básicos de saúde.
A medida reforça aspectos centrais da política externa brasileira, o fortalecimento das relações Sul-Sul, entre países em desenvolvimento, e da cooperação nas relações internacionais, em contraste com uma diplomacia mais concorrencial baseada na competição que caracteriza a atuação dos países ricos.
O Brasil já foi chamada de uma potência herbívora porque não ameaça os países vizinhos. Acredita que o desenvolvimento social é a melhor maneira de prevenir conflitos internos e internacionais.
Em 1990, de cada mil nascimentos, 58 crianças não chegavam a completar cinco anos de idade. Em 2011, a proporção para 16 mortes prematuras para cada mil crianças na mesma faixa de idade.
Na educação infantil, a meta do milênio é nenhuma criança sem escola até 2015. Um relatório divulgado em 31 de agosto indica que 3,7 milhões de crianças brasileiras ainda estavam fora da escola em 2010.
Como o Brasil cumpriu a meta quatro anos antes do prazo e registrou uma queda de 73% na mortalidade infantil desde 1990, a experiência brasileira é muito importante para países como o Haiti, onde o Brasil lidera a missão de paz da ONU, e pode ser transferida a outros países da América Latina e da África.
Na oportunidade, o ministro destacou iniciativas como a Rede Cegonha, a política nacional de aleitamento materno, o programa nacional de vacinação e a ampliação do acesso aos cuidados básicos de saúde.
A medida reforça aspectos centrais da política externa brasileira, o fortalecimento das relações Sul-Sul, entre países em desenvolvimento, e da cooperação nas relações internacionais, em contraste com uma diplomacia mais concorrencial baseada na competição que caracteriza a atuação dos países ricos.
O Brasil já foi chamada de uma potência herbívora porque não ameaça os países vizinhos. Acredita que o desenvolvimento social é a melhor maneira de prevenir conflitos internos e internacionais.
Em 1990, de cada mil nascimentos, 58 crianças não chegavam a completar cinco anos de idade. Em 2011, a proporção para 16 mortes prematuras para cada mil crianças na mesma faixa de idade.
Na educação infantil, a meta do milênio é nenhuma criança sem escola até 2015. Um relatório divulgado em 31 de agosto indica que 3,7 milhões de crianças brasileiras ainda estavam fora da escola em 2010.
Bombardeio a posto de gasolina mata 30 na Síria
Pelo menos pelo menos 30 pessoas morreram hoje num ataque aéreo contra um posto de gasolina perto da vila de Ain Issa, no Norte da Síria, denunciaram os rebeldes que lutam há um ano e meio para derrubar a ditadura de Bachar Assad, noticia o jornal The New York Times.
Um helicóptero militar caiu perto de Damasco, a capital do país. Os rebeldes anunciaram que ele foi derrubado. Na versão oficial, sua hélice teria sido atingida por um avião de passageiros com 200 pessoas a bordo que teria pousado sem problemas, noticia a TV pública britânica BBC.
Nos Estados Unidos, o senador John Kerry, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, propôs a suspensão da ajuda ao Iraque se este país não fechar seu espaço aéreo para voos usados pela Guarda Revolucionária Iraniana para levar armas, munições e suprimentos ao governo sírio.
O Irã é o maior aliado da Síria no Oriente Médio. Luta para evitar a queda de Assad, que deixaria a ditadura dos aiatolás ainda mais isolada. Estaria enviando grandes carregamentos de armas para o regime sírio, acusa um relatório de serviços secretos ocidentais a que a agência de notícias Reuters teve acesso.
Em Bagdá, o porta-voz do governo iraquiano rejeitou as "acusações sem base", afirmando que o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki, um aliado natural do Irã, defende "uma solução pacífica do conflito sírio" e "a proibição de qualquer interferência de outros países na Síria pelo envio de armas ou apoio para que outros façam isso". Desde que o Iraque proibiu a passagem dos carregamentos iranianos por terra, o transporte estaria sendo feito por aviões civis com a conivência de Maliki.
Um túmulo em Teerã confirma a participação da Guarda Revolucionária Iraniana na guerra civil na Síria. A lápide da sepultura do major Muharram Turk revela que ele morreu como "mártir" aos 33 anos em Damasco, em 19 de janeiro de 2012, como mostra o sítio da TV árabe especializada em notícias Al Arabiya, com sede nos Emirados Árabes Unidos.
Depois de descrever as revoluções populares na Tunísia, no Egito e na Líbia como um "renascimento islâmico, o regime fundamentalista irianiano adota uma postura totalmente diferente em relação à revolta contra Assad.
Um helicóptero militar caiu perto de Damasco, a capital do país. Os rebeldes anunciaram que ele foi derrubado. Na versão oficial, sua hélice teria sido atingida por um avião de passageiros com 200 pessoas a bordo que teria pousado sem problemas, noticia a TV pública britânica BBC.
Nos Estados Unidos, o senador John Kerry, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, propôs a suspensão da ajuda ao Iraque se este país não fechar seu espaço aéreo para voos usados pela Guarda Revolucionária Iraniana para levar armas, munições e suprimentos ao governo sírio.
O Irã é o maior aliado da Síria no Oriente Médio. Luta para evitar a queda de Assad, que deixaria a ditadura dos aiatolás ainda mais isolada. Estaria enviando grandes carregamentos de armas para o regime sírio, acusa um relatório de serviços secretos ocidentais a que a agência de notícias Reuters teve acesso.
Em Bagdá, o porta-voz do governo iraquiano rejeitou as "acusações sem base", afirmando que o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki, um aliado natural do Irã, defende "uma solução pacífica do conflito sírio" e "a proibição de qualquer interferência de outros países na Síria pelo envio de armas ou apoio para que outros façam isso". Desde que o Iraque proibiu a passagem dos carregamentos iranianos por terra, o transporte estaria sendo feito por aviões civis com a conivência de Maliki.
Um túmulo em Teerã confirma a participação da Guarda Revolucionária Iraniana na guerra civil na Síria. A lápide da sepultura do major Muharram Turk revela que ele morreu como "mártir" aos 33 anos em Damasco, em 19 de janeiro de 2012, como mostra o sítio da TV árabe especializada em notícias Al Arabiya, com sede nos Emirados Árabes Unidos.
Depois de descrever as revoluções populares na Tunísia, no Egito e na Líbia como um "renascimento islâmico, o regime fundamentalista irianiano adota uma postura totalmente diferente em relação à revolta contra Assad.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
França fecha embaixadas em 20 países na sexta-feira
A França vai fechar suas embaixadas e escolas em 20 países muçulmanos na sexta-feira, dia da folga religiosa semanal do islamismo, depois da publicação hoje de uma nova série de caricaturas do profeta Maomé no semanário humorístico Charlie Hebdo, que já foi alvo de bomba por provocar o ira dos extremistas muçulmanos.
O Islã proíbe a representação da figura humana. Por isso, não há imagens oficiais de Maomé. É uma religião da palavra.
Ao publicar as caricaturas, o semanário anarquista de esquerda entra no conflito deflagrado pela divulgação na Internet do trêiler do filme Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao profeta Maomé.
Às 9h da manhã em Paris, não havia mais nenhum dos 75 mil exemplares, colocados a venda por 2,50 euros. A reação feroz é considerada inevitável.
Na sexta-feira, sai uma segunda edição com 200 mil cópias. Quando republicou as caricaturas de Maomé que apareceram primeiro num jornal de extrema direita da Dinamarca causando furor entre os muçulmanos, o Charlie Hebdo vendeu 480 mil exemplares. Seu sítio de Internet está bloqueado.
Nos Estados Unidos, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, se perguntou o que quer o tabloide francês: "Sabemos que as imagens serão muito chocantes para muita gente. Mas nós falamos regularmente sobre a importância de proteger a liberdade de expressão, garantida por nossa Constituição. Não nos interrogamos sobre o direito de dizer qualquer coisa, mas simplesmente sobre a escolha que presidiu a decisão de publicá-las".
Até agora, as representações diplomáticas e algumas empresas transnacionais americanas eram os principais alvos da ira dos radicais muçulmanos.
Sob o pretexto de que a França não tem nada a ver com o filme, mas com certeza pensando também nas caricaturas, o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault não autorizou uma manifestação convocada pelos muçulmanos para o próximo sábado. O país tem a maior população muçulmana da Europa, cerca de 5 milhões de pessoas.
No Egito, o Partido da Liberdade e Justiça, um braço da Irmandade Muçulmana, declarou: "Rejeitamos e condenamos as caricaturas francesas que desonram o profeta e condenamos toda ação que profane o sagrado".
O Islã proíbe a representação da figura humana. Por isso, não há imagens oficiais de Maomé. É uma religião da palavra.
Ao publicar as caricaturas, o semanário anarquista de esquerda entra no conflito deflagrado pela divulgação na Internet do trêiler do filme Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao profeta Maomé.
Às 9h da manhã em Paris, não havia mais nenhum dos 75 mil exemplares, colocados a venda por 2,50 euros. A reação feroz é considerada inevitável.
Na sexta-feira, sai uma segunda edição com 200 mil cópias. Quando republicou as caricaturas de Maomé que apareceram primeiro num jornal de extrema direita da Dinamarca causando furor entre os muçulmanos, o Charlie Hebdo vendeu 480 mil exemplares. Seu sítio de Internet está bloqueado.
Nos Estados Unidos, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, se perguntou o que quer o tabloide francês: "Sabemos que as imagens serão muito chocantes para muita gente. Mas nós falamos regularmente sobre a importância de proteger a liberdade de expressão, garantida por nossa Constituição. Não nos interrogamos sobre o direito de dizer qualquer coisa, mas simplesmente sobre a escolha que presidiu a decisão de publicá-las".
Até agora, as representações diplomáticas e algumas empresas transnacionais americanas eram os principais alvos da ira dos radicais muçulmanos.
Sob o pretexto de que a França não tem nada a ver com o filme, mas com certeza pensando também nas caricaturas, o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault não autorizou uma manifestação convocada pelos muçulmanos para o próximo sábado. O país tem a maior população muçulmana da Europa, cerca de 5 milhões de pessoas.
No Egito, o Partido da Liberdade e Justiça, um braço da Irmandade Muçulmana, declarou: "Rejeitamos e condenamos as caricaturas francesas que desonram o profeta e condenamos toda ação que profane o sagrado".
Banco do Japão também faz alívio monetário
O Banco do Japão, banco central do país, anunciou hoje uma ampliação em 10 trilhões de ienes, cerca de US$ 128 bilhões, seu programa de compra de títulos para retirar papéis e colocar mais dinheiro no mercado, que chegará assim a um total de 80 trilhões de ienes, mais de US$ 1 trilhão pela cotação atual.
A medida foi tomada seis depois que a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anunciou seu terceiro programa de alívio quantitativo. Seu presidente, Ben Bernanke, pretende comprar US$ 40 bilhões em títulos da dívida hipotecária para jogar mais dinheiro em circulação para estimular os bancos a dar mais empréstimos, as empresas a investir mais e os consumidores e gastar mais.
Com a ação coordenada dos bancos centrais, inclusive a decisão do Banco Central Europeu de comprar títulos das dívidas dos países com dificuldades para pagar no volume necessário para baixar as taxas de juros e estabilizar o mercado, as bolsas de valores subiram. Houve alta nos mercados emergentes, para onde pode ir todo esse dinheiro, na falta de oportunidades melhores nos países ricos.
O ouro subiu. Como não paga juros nem dividendos, é um aplicação típica de momentos de fuga para a qualidade.
A medida foi tomada seis depois que a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anunciou seu terceiro programa de alívio quantitativo. Seu presidente, Ben Bernanke, pretende comprar US$ 40 bilhões em títulos da dívida hipotecária para jogar mais dinheiro em circulação para estimular os bancos a dar mais empréstimos, as empresas a investir mais e os consumidores e gastar mais.
Com a ação coordenada dos bancos centrais, inclusive a decisão do Banco Central Europeu de comprar títulos das dívidas dos países com dificuldades para pagar no volume necessário para baixar as taxas de juros e estabilizar o mercado, as bolsas de valores subiram. Houve alta nos mercados emergentes, para onde pode ir todo esse dinheiro, na falta de oportunidades melhores nos países ricos.
O ouro subiu. Como não paga juros nem dividendos, é um aplicação típica de momentos de fuga para a qualidade.
Construção de casas avança 2,3% nos EUA
O início da construção de residências aumentou 2,3% em agosto nos Estados Unidos, o que projeta a construção de 750 mil casas novas num ano. A construção de casas para uma só família atingiu o maior nível desde abril de 2010.
As vendas de imóveis residenciais usados cresceram 7,8% no mês, projetando um total de 4,82 milhões num ano, o maior nível desde maio de 2010.
São sinais de que finalmente a recuperação do setor habitacional dos EUA, onde começou a crise mundial que estourou em 2008, está se consolidando, reporta o jornal The Wall St. Journal.
As vendas de imóveis residenciais usados cresceram 7,8% no mês, projetando um total de 4,82 milhões num ano, o maior nível desde maio de 2010.
São sinais de que finalmente a recuperação do setor habitacional dos EUA, onde começou a crise mundial que estourou em 2008, está se consolidando, reporta o jornal The Wall St. Journal.
Demanda externa faz Peru crescer 7,2% ao ano
Apesar da crise internacional, o forte aumento do consumo interno levou a economia do Peru a registrar crescimento de 7,2% em julho de 2012 na comparação com julho do ano anterior. A economia peruana avança sem parar há três anos. É o país que mais cresce na América do Sul.
Em agosto, a expansão anual deve ter ficado entre 6% e 6,5%, estimou o banco Scotiabank, que prevê um avanço de 6,5% no terceiro trimestre. O principal motor do crescimento em julho foi a construção civil, com alta anual de 21,5% graças aos crescentes investimentos públicos e privados.
Em agosto, a expansão anual deve ter ficado entre 6% e 6,5%, estimou o banco Scotiabank, que prevê um avanço de 6,5% no terceiro trimestre. O principal motor do crescimento em julho foi a construção civil, com alta anual de 21,5% graças aos crescentes investimentos públicos e privados.
Investimento externo direto recua na China
O investimento estrangeiro direto na China registrou nova queda em agosto de 2012, de 1,4% em relação a agosto de 2011, ficando em US$ 8,3 bilhões, anunciou hoje oficialmente o governo chinês, atribuindo o problema à crise internacional e à desaceleração do crescimento na segunda maior economia do mundo.
Professores de Chicago encerram greve
Depois de uma semana de paralisação, o Sindicato dos Professores de Chicago decidiu hoje terminar a greve que deixou sem aulas 350 mil alunos no terceiro maior distrito educacional dos Estados Unidos. O acordo foi negociado por 800 representantes sindicais durante duas horas. Ainda precisa ser ratificado pelos 26 mil professores sindicalizados.
A greve dos professores de Chicago virou notícia nacional porque o prefeito da terceira maior cidade dos EUAé Rahm Emanuel, ex-chefe da Casa Civil do governo Barack Obama.
Emanuel introduziu avaliações dos professores, o que foi considerado uma ameaça pelo sindicato. Seria capaz de gerar prêmios, punições e demissões.
A greve dos professores de Chicago virou notícia nacional porque o prefeito da terceira maior cidade dos EUAé Rahm Emanuel, ex-chefe da Casa Civil do governo Barack Obama.
Emanuel introduziu avaliações dos professores, o que foi considerado uma ameaça pelo sindicato. Seria capaz de gerar prêmios, punições e demissões.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Chávez impede transmissão de comício da oposição
Em mais uma demonstração de que faz qualquer coisa para se reeleger, o presidente Hugo Chávez impediu a transmissão ao vivo pela televisão de um comício do candidato da oposição à Presidência da Venezuela, Henrique Capriles, na eleição de 7 de outubro. Assim que ele começou a falar, entrou no ar uma cadeia nacional de rádio e televisão convocada pelo ditador para exaltar as conquistas de seu governo e as virtudes do socialismo.
"Outra cadeia de rádio e televisão continua mentindo para o povo venezuelano a apenas 20 dias da eleição", protestou Capriles através do Twitter.
Os chavistas rejeitaram a acusação alegando que os programas sociais servem para ajudar os pobres e não para comprar votos. Chávez diz que só usa as cadeias nacionais para negócios de Estado e não para fazer campanha, mas às vezes fica horas no ar e não perde oportunidades para atacar seus adversários políticos.
Desde o início oficial da campanha, em 1º de julho, Chávez ficou mais de 70 horas no ar, reporta a agência de notícias Reuters. O presidente lidera as pesquisas eleitorais.
"Outra cadeia de rádio e televisão continua mentindo para o povo venezuelano a apenas 20 dias da eleição", protestou Capriles através do Twitter.
Os chavistas rejeitaram a acusação alegando que os programas sociais servem para ajudar os pobres e não para comprar votos. Chávez diz que só usa as cadeias nacionais para negócios de Estado e não para fazer campanha, mas às vezes fica horas no ar e não perde oportunidades para atacar seus adversários políticos.
Desde o início oficial da campanha, em 1º de julho, Chávez ficou mais de 70 horas no ar, reporta a agência de notícias Reuters. O presidente lidera as pesquisas eleitorais.
OTAN reduz operações conjuntas com forças afegãs
Depois de morte de 51 soldados das forças internacionais por membros do Exército e da polícia do Afeganistão, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) suspendeu quase todas as operações militares conjuntas. A reação violenta dos muçulmanos contra o filme Inocência dos Muçulmanos também contribuiu.
A decisão teria sido tomada no domingo pelo comandante militar dos Estados Unidos no Afeganistão, general John Allen, mas só foi revelada hoje. É um problema para a decisão do presidente Barack Obama de tirar as forças americanas de combate em 2013 e sair totalmente do país em 2014, transferindo o controle da segurança ao governo do Afeganistão.
Para isso, as forças internacionais estão treinando 350 mil soldados e policiais afegãos. Sem atuar conjuntamente, essa preparação será prejudicada, observa o jornal The New York Times.
Tanto os EUA quanto o Reino Unido negaram que haja uma mudança política na condução da guerra, mas a milícia fundamentalista dos Talebã já declarou vitória no caso.
A decisão teria sido tomada no domingo pelo comandante militar dos Estados Unidos no Afeganistão, general John Allen, mas só foi revelada hoje. É um problema para a decisão do presidente Barack Obama de tirar as forças americanas de combate em 2013 e sair totalmente do país em 2014, transferindo o controle da segurança ao governo do Afeganistão.
Para isso, as forças internacionais estão treinando 350 mil soldados e policiais afegãos. Sem atuar conjuntamente, essa preparação será prejudicada, observa o jornal The New York Times.
Tanto os EUA quanto o Reino Unido negaram que haja uma mudança política na condução da guerra, mas a milícia fundamentalista dos Talebã já declarou vitória no caso.
Irã acusa AIEA por infiltração de "terroristas"
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi infiltrada por "terroristas e sabotadores", acusou ontem em Viena, na Áustria, o diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Fereydoon Abbasi, que mal escapou de um atentado há dois anos, logo depois de ser nomeado para o cargo.
O mais importante funcionário iraniano para a questão nuclear atribuiu duas grandes explosões que cortaram o suprimento de energia e duas centrais de enriquecimento de urânio a sabotagem. Um porta-voz da AIEA disse que a agência não vai comentar a acusação.
Uma explosão cortou a energia de uma instalação nuclear subterrânea considerada a mais invulnerável a um bombardeio pelos Estados Unidos e Israel, que admitem a possibilidade de uma ação militar para impedir que a república islâmica tenha a bomba atômica.
Em 17 de agosto, declarou Abbasi em discurso numa conferência da AIEA, um dia antes de uma inspeção da agência, os cabos que levam energia elétrica de Kom para Fordow "foram cortados com explosivos". Ele notou que "quedas de energia danificam as centrífugas".
Se foram atos de sabotagem, observa o jornal The New York Times, isso significa que agentes americanos, israelenses ou oposicionistas iranianos foram além dos ataques cibernéticos e agem diretamente no Irã para desligar os sistemas de centrifugação de enriquecimento de urânio.
Abbasi lança as acusações no momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pressiona os EUA a dar um ultimato ao Irã, estabelecendo um prazo-limite para a república dos aiatolás parar de enriquecer urânio, sob pena de ser alvo de um bombardeio contra suas instalações nucleares.
Como o presidente Barack Obama resiste à pressão do governo linha-dura israelense, Netanyahu advertiu que "quem se nega a demarcar uma linha vermelha para o Irã não tem autoridade moral para colocar um sinal vermelho diante de Israel", ou seja, de impedir Israel de bombardear o Irã.
Diante do fracasso da estratégia de negociação de Obama, Netanyahu gostaria de atacar logo, de preferência com os americanos liderando a ação. Um ataque solitário isolaria Israel perigosamente no Oriente Médio. O apoio dos EUA comprometeria os esforços de Washington para manter sua influência no mundo muçulmano depois da chamada Primavera Árabe.
O chefe do governo israelense afirmou que, em seis a sete meses, o Irã terá combustível nuclear suficiente para fazer uma bomba. Falava da atividade na instalação nuclear subterrânea de Fordow, próxima à cidade sagrada de Kom. Terminou perguntando "até quando Israel terá de esperar?" e "esperar o quê?"
O mais importante funcionário iraniano para a questão nuclear atribuiu duas grandes explosões que cortaram o suprimento de energia e duas centrais de enriquecimento de urânio a sabotagem. Um porta-voz da AIEA disse que a agência não vai comentar a acusação.
Uma explosão cortou a energia de uma instalação nuclear subterrânea considerada a mais invulnerável a um bombardeio pelos Estados Unidos e Israel, que admitem a possibilidade de uma ação militar para impedir que a república islâmica tenha a bomba atômica.
Em 17 de agosto, declarou Abbasi em discurso numa conferência da AIEA, um dia antes de uma inspeção da agência, os cabos que levam energia elétrica de Kom para Fordow "foram cortados com explosivos". Ele notou que "quedas de energia danificam as centrífugas".
Se foram atos de sabotagem, observa o jornal The New York Times, isso significa que agentes americanos, israelenses ou oposicionistas iranianos foram além dos ataques cibernéticos e agem diretamente no Irã para desligar os sistemas de centrifugação de enriquecimento de urânio.
Abbasi lança as acusações no momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pressiona os EUA a dar um ultimato ao Irã, estabelecendo um prazo-limite para a república dos aiatolás parar de enriquecer urânio, sob pena de ser alvo de um bombardeio contra suas instalações nucleares.
Como o presidente Barack Obama resiste à pressão do governo linha-dura israelense, Netanyahu advertiu que "quem se nega a demarcar uma linha vermelha para o Irã não tem autoridade moral para colocar um sinal vermelho diante de Israel", ou seja, de impedir Israel de bombardear o Irã.
Diante do fracasso da estratégia de negociação de Obama, Netanyahu gostaria de atacar logo, de preferência com os americanos liderando a ação. Um ataque solitário isolaria Israel perigosamente no Oriente Médio. O apoio dos EUA comprometeria os esforços de Washington para manter sua influência no mundo muçulmano depois da chamada Primavera Árabe.
O chefe do governo israelense afirmou que, em seis a sete meses, o Irã terá combustível nuclear suficiente para fazer uma bomba. Falava da atividade na instalação nuclear subterrânea de Fordow, próxima à cidade sagrada de Kom. Terminou perguntando "até quando Israel terá de esperar?" e "esperar o quê?"
Síria testou sistemas para carregar armas químicas
O Exército da Síria testou maneiras de levar armas químicas até seus alvos no fim do mês passado num "centro de pesquisa científica" em Safira, perto de Alepo, a segunda cidade mais importante do país, revelaram várias testemunhas. Elas teriam visto os restos de cinco a seis bombas disparadas por tanques e aviões.
Assessores do Irã, provavelmente membros da Guarda Revolucionária, a tropa de choque do regime fundamentalista iraniano, participaram da experiência, realizada num dos maiores arsenais de armas químicas do mundo.
Apesar da proscrição internacional desse tipo de arma, acredita-se que a Síria tenha arsenais dos gases mostarda, sarin e tabum, revela a revista alemã Der Spiegel.
Na guerra civil síria, que já dura um ano e meio, é mais um dia de combates violentos. O governo bombardeou um distrito de Homs, a terceira maior cidade do país. Pelo menos 131 pessoas foram mortas ontem e outras 72 hoje, informaram os comitês de coordenação locais dos rebeldes, reporta a TV Al Arabiya.
Os ministros do Exterior de três dos quatro países do Quarteto Islâmico que tenta negociar a paz na Síria ficaram de se reunir em Nova York durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas. A proposta do presidente egípcio Mohamed Mursi foi aceita pelo Egito, o Irã e a Turquia, mas o príncipe saudita Saud al-Faissal não confirmou sua presença. Sua participação é considerada crucial pelo chanceler turco, Ahmet Davutoglu.
Mursi teria oferecido incentivos para o Irã retirar o apoio à ditadura de Bachar Assad em troca do fim do isolamento regional, noticia a Agência de Notícias do Oriente Médio (MENA), citada pelo jornal libanês The Daily Star. Mas a Arábia Saudita, que chegou a pedir aos Estados Unidos que ataquem o programa nuclear iraniano, como revelaram os vazamentos do WikiLeaks, ainda não concordou com a reunião.
Um magnata sírio de oposição ofereceu US$ 25 milhões por informações que levem à captura do ditador Bachar Assad vivo ou morto. É a mesma quantia que os EUA ofereciam por Ossama ben Laden até sua morte, em 1º de maio de 2011.
Assessores do Irã, provavelmente membros da Guarda Revolucionária, a tropa de choque do regime fundamentalista iraniano, participaram da experiência, realizada num dos maiores arsenais de armas químicas do mundo.
Apesar da proscrição internacional desse tipo de arma, acredita-se que a Síria tenha arsenais dos gases mostarda, sarin e tabum, revela a revista alemã Der Spiegel.
Na guerra civil síria, que já dura um ano e meio, é mais um dia de combates violentos. O governo bombardeou um distrito de Homs, a terceira maior cidade do país. Pelo menos 131 pessoas foram mortas ontem e outras 72 hoje, informaram os comitês de coordenação locais dos rebeldes, reporta a TV Al Arabiya.
Os ministros do Exterior de três dos quatro países do Quarteto Islâmico que tenta negociar a paz na Síria ficaram de se reunir em Nova York durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas. A proposta do presidente egípcio Mohamed Mursi foi aceita pelo Egito, o Irã e a Turquia, mas o príncipe saudita Saud al-Faissal não confirmou sua presença. Sua participação é considerada crucial pelo chanceler turco, Ahmet Davutoglu.
Mursi teria oferecido incentivos para o Irã retirar o apoio à ditadura de Bachar Assad em troca do fim do isolamento regional, noticia a Agência de Notícias do Oriente Médio (MENA), citada pelo jornal libanês The Daily Star. Mas a Arábia Saudita, que chegou a pedir aos Estados Unidos que ataquem o programa nuclear iraniano, como revelaram os vazamentos do WikiLeaks, ainda não concordou com a reunião.
Um magnata sírio de oposição ofereceu US$ 25 milhões por informações que levem à captura do ditador Bachar Assad vivo ou morto. É a mesma quantia que os EUA ofereciam por Ossama ben Laden até sua morte, em 1º de maio de 2011.
iPhone 5 bate recorde de vendas
A crítica não gostou. Reclamou da falta de novidades espetaculares no iPhone 5. Já o sucesso junto ao público é estrondoso. Nas primeiras 24 horas, a Apple recebeu mais de 2 milhões de encomendas de seu novo telefone celular inteligente.
Como a demanda está superando a oferta, muita gente só vai receber seu novo aparelho no fim de outubro. As filas e as encomendas do iPhone 5 contrastam com a economia dos Estados Unidos, que ainda luta para sair da crise, com desemprego elevado e crescimento fraco.
Como a demanda está superando a oferta, muita gente só vai receber seu novo aparelho no fim de outubro. As filas e as encomendas do iPhone 5 contrastam com a economia dos Estados Unidos, que ainda luta para sair da crise, com desemprego elevado e crescimento fraco.
Mulher-bomba mata 12 pessoas no Afeganistão
Um atentado terrorista suicida com carro-bomba cometido por uma mulher-bomba matou 12 pessoas, inclusive nove estrangeiros, que viajavam numa caminhonete perto do aeroporto de Cabul, a capital do Afeganistão.
O ataque seria mais uma reação contra o filme Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao islamismo e ao profeta Maomé, declarou em nota o grupo terrorista Hezb-e-Islami (Partido Islâmico), ligado à milícia fundamentalista dos Talebã, informa a agência de notícias Reuters.
O ataque seria mais uma reação contra o filme Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao islamismo e ao profeta Maomé, declarou em nota o grupo terrorista Hezb-e-Islami (Partido Islâmico), ligado à milícia fundamentalista dos Talebã, informa a agência de notícias Reuters.
Chefe de polícia de Bo Xilai vai a julgamento na China
Um dos personagens centrais do maior escândalo político dos últimos 30 anos na China começou a ser julgado hoje. Wang Lijun era vice-governador, vice-prefeito e chefe de polícia de Bo Xilai na cidade-província de Xunquim. Em novembro, conspirou com a mulher do chefe para matar um empresário britânico, mas teve o cuidado de gravar uma confissão.
Três meses depois, Wang abandonou o cargo e se refugiou no Consulado dos Estados Unidos em Chengdu, mas acabou se rendendo às autoridades chinesas, a quem entregou a confissão gravada por Gu Kailai, mulher de Bo. Ela foi condenada à morte num julgamento rápido. A sentença está suspensa e deve ser convertida em prisão perpétua.
Bo Xilai caiu espetacularmente. Em março, foi afastado da liderança do partido em Xunquim por "sérias violações disciplinares". Em abril, perdeu sua posição de membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista. Ele era a maior estrela em ascensão da linha dura. Sonhava em entrar para o Comitê Permanente do Politburo, formado pelos nove imperadores que governam a China.
Três meses depois, Wang abandonou o cargo e se refugiou no Consulado dos Estados Unidos em Chengdu, mas acabou se rendendo às autoridades chinesas, a quem entregou a confissão gravada por Gu Kailai, mulher de Bo. Ela foi condenada à morte num julgamento rápido. A sentença está suspensa e deve ser convertida em prisão perpétua.
Bo Xilai caiu espetacularmente. Em março, foi afastado da liderança do partido em Xunquim por "sérias violações disciplinares". Em abril, perdeu sua posição de membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista. Ele era a maior estrela em ascensão da linha dura. Sonhava em entrar para o Comitê Permanente do Politburo, formado pelos nove imperadores que governam a China.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Romney dá tiro no pé ao criticar eleitores de Obama
O ex-governador Mitt Romney cometeu mais uma gafe capaz de comprometer sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos em 6 de novembro de 2012.
Durante um encontro para arrecadar dinheiro para a campanha, longe de repórteres, no início do ano, Romney menosprezou o eleitorado do presidente Barack Obama dizendo que 47% dos americanos são "dependentes do Estado, que vão votar neste presidente de qualquer jeito".
"Eles se consideram vítimas. Acham que o Estado tem a obrigação de lhes dar saúde, casa e comida. Esse é o pessoal que não paga imposto de renda", acrescentou o candidato republicano. Confrontado com uma gravação divulgada agora, Romney disse que não iria retirar nada do que disse porque é o que realmente pensa.
Confira no jornal The New York Times a última gafe do empresário milionário que não para de dizer bobagens.
Durante um encontro para arrecadar dinheiro para a campanha, longe de repórteres, no início do ano, Romney menosprezou o eleitorado do presidente Barack Obama dizendo que 47% dos americanos são "dependentes do Estado, que vão votar neste presidente de qualquer jeito".
"Eles se consideram vítimas. Acham que o Estado tem a obrigação de lhes dar saúde, casa e comida. Esse é o pessoal que não paga imposto de renda", acrescentou o candidato republicano. Confrontado com uma gravação divulgada agora, Romney disse que não iria retirar nada do que disse porque é o que realmente pensa.
Confira no jornal The New York Times a última gafe do empresário milionário que não para de dizer bobagens.
Obama acusa China de subsídio ilegal na OMC
Falar mal da China é obrigatório na campanha eleitoral nos Estados Unidos. Com o candidato republicano prometendo mais dureza com a superpotência em ascensão, o presidente Barack Obama resolveu acionar a China na Organização Mundial do Comércio (OMC), acusando-a de subsidiar ilegalmente a produção de carros e autopeças.
A denúncia aponta subsídios ilegais no valor de US$ 1 bilhão no período de 2009 a 2011. Obama fez o anúncio durante a visita a Ohio, um dos estados-chaves para sua reeleição, onde responsabilizou o candidato oposicionista Mitt Romney por "exportar fábricas e empregos para a China".
O presidente tenta ganhar votos lembrando seu apoio à General Motors e à Chrysler, duas fabricantes de automóveis dos EUA que estavam falidas com a crise e foram salvas por seu governo, enquanto os republicanos preferiam deixar que quebrassem para não gastar dinheiro público.
Desde o início do ano, o governo Obama examina a possibilidade de iniciar um caso contra a China na OMC. Foi estimulado pelos sindicatos a fazer isso, especialmente os do setor automobilístico, informa o jornal The New York Times.
A denúncia aponta subsídios ilegais no valor de US$ 1 bilhão no período de 2009 a 2011. Obama fez o anúncio durante a visita a Ohio, um dos estados-chaves para sua reeleição, onde responsabilizou o candidato oposicionista Mitt Romney por "exportar fábricas e empregos para a China".
O presidente tenta ganhar votos lembrando seu apoio à General Motors e à Chrysler, duas fabricantes de automóveis dos EUA que estavam falidas com a crise e foram salvas por seu governo, enquanto os republicanos preferiam deixar que quebrassem para não gastar dinheiro público.
Desde o início do ano, o governo Obama examina a possibilidade de iniciar um caso contra a China na OMC. Foi estimulado pelos sindicatos a fazer isso, especialmente os do setor automobilístico, informa o jornal The New York Times.
Companhias japonesas param atividades na China
Diante da onda de protestos contra o Japão e seus empresas por causa da disputa em torno das ilhas Senkaku, que os chineses chama de Diaoyu, empresas japonesas estão suspendendo temporariamente suas atividades na China.
A Canon parou três fábricas, a Panasonic outras duas, enquanto 40 das 151 lojas da rede 7-11 em Beijim foram fechadas. O mesmo fez o grupo Fast Retailing, dono da marca Uniqlo.
Na semana passada, o Japão anunciou a compra de três das oito ilhas de seus proprietários privados. Foi uma jogada do governo japonês para impedir que o prefeito linha-dura de Tóquio as comprasse para construir, o que irritaria ainda mais os chineses.
Depois de enviar duas fragatas de sua Marinha de guerra, a China anunciou hoje que mil barcos pesqueiros seguem rumo às ilhas.
Numa ditadura militar, a possibilidade de protestar contra o vizinho e inimigo histórico serve como válvula de escape, mas o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, pediu "calma e contenção" ao iniciar em Tóquio uma visita ao Leste da Ásia. Nesta segunda-feira à noite ele chegou a Beijim.
Nesta terça-feira, um novo elemento aumenta a tensão bilateral. A China lembra os 81 anos do Incidente da Mandchúria, quando o Exército Imperial do Japão colocou uma bomba numa estrada de ferro e usou o caso como pretexto para invadir o Nordeste da China em 1931, num início antecipado da Segunda Guerra Mundial na Ásia.
São os maiores protestos antijaponeses na China desde 2005, quando pelo menos 10 mil manifestantes marcharam na cidade de Xangai e atacaram restaurantes e carros japoneses diante da complacência da polícia.
Ao mesmo tempo, os dois países aumentaram suas relações econômicas. Em 2011, o comércio bilateral chegou a US$ 347 bilhões.
A Canon parou três fábricas, a Panasonic outras duas, enquanto 40 das 151 lojas da rede 7-11 em Beijim foram fechadas. O mesmo fez o grupo Fast Retailing, dono da marca Uniqlo.
Na semana passada, o Japão anunciou a compra de três das oito ilhas de seus proprietários privados. Foi uma jogada do governo japonês para impedir que o prefeito linha-dura de Tóquio as comprasse para construir, o que irritaria ainda mais os chineses.
Depois de enviar duas fragatas de sua Marinha de guerra, a China anunciou hoje que mil barcos pesqueiros seguem rumo às ilhas.
Numa ditadura militar, a possibilidade de protestar contra o vizinho e inimigo histórico serve como válvula de escape, mas o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, pediu "calma e contenção" ao iniciar em Tóquio uma visita ao Leste da Ásia. Nesta segunda-feira à noite ele chegou a Beijim.
Nesta terça-feira, um novo elemento aumenta a tensão bilateral. A China lembra os 81 anos do Incidente da Mandchúria, quando o Exército Imperial do Japão colocou uma bomba numa estrada de ferro e usou o caso como pretexto para invadir o Nordeste da China em 1931, num início antecipado da Segunda Guerra Mundial na Ásia.
São os maiores protestos antijaponeses na China desde 2005, quando pelo menos 10 mil manifestantes marcharam na cidade de Xangai e atacaram restaurantes e carros japoneses diante da complacência da polícia.
Ao mesmo tempo, os dois países aumentaram suas relações econômicas. Em 2011, o comércio bilateral chegou a US$ 347 bilhões.
Hesbolá pede mais uma semana de protesto contra filme
Se o filme Inocência dos Muçulmanos foi produzido para ridicularizar uma das grandes religiões da humanidade e isolar seus radicais, o efeito foi exatamente o contrário.
Do Líbano, o líder da milícia fundamentalista xiita Hesbolá, xeque Hassan Nasrallah, convocou hoje mais uma semana de manifestações e advertiu que a violência será muito maior se o filme foi apresentado na íntegra. Do Irã, o Supremo Líder Espiritual, aiatolá Ali Khamenei, exigiu dos líderes ocidentais a censura do filme.
Nasrallah descreveu o filme como "a maior ofensa da História contra o Islã" e afirmou que os Estados Unidos precisam ser responsabilizados. O líder do Hesbolá defendeu a criação de uma lei internacional para proteger as grandes religiões da "blasfêmia".
A onda de protestos violentos revigora o extremismo islâmico. Salafistas e xiitas radicais, inimigos mortais, se unem contra os inimigos comuns: o Ocidente e a democracia liberal.
Sem perder de vista o oportunismo histórico das potências ocidentais e suas políticas imperiais no Oriente Médio, onde antes sustentavam ditadores e hoje apoiam a democracia, o movimento de repúdio ao filme anti-islâmico está sendo usado com objetivos políticos maiores.
O ódio ao Ocidente faz parte da disputa para ver quem são os legítimos representantes do Islã. Há um risco de surgimento de novas democracias antiliberais, como aconteceu na antiga Iugoslávia. Mas há grupos islâmicos como a Irmandade Muçulmana que marcham para o centro e estão preocupados em recuperar a economia.
A Primavera Árabe foi uma consequência da crise econômica mundial e os novos líderes eleitos democraticamente precisam apresentar resultados.
Do Líbano, o líder da milícia fundamentalista xiita Hesbolá, xeque Hassan Nasrallah, convocou hoje mais uma semana de manifestações e advertiu que a violência será muito maior se o filme foi apresentado na íntegra. Do Irã, o Supremo Líder Espiritual, aiatolá Ali Khamenei, exigiu dos líderes ocidentais a censura do filme.
Nasrallah descreveu o filme como "a maior ofensa da História contra o Islã" e afirmou que os Estados Unidos precisam ser responsabilizados. O líder do Hesbolá defendeu a criação de uma lei internacional para proteger as grandes religiões da "blasfêmia".
A onda de protestos violentos revigora o extremismo islâmico. Salafistas e xiitas radicais, inimigos mortais, se unem contra os inimigos comuns: o Ocidente e a democracia liberal.
Sem perder de vista o oportunismo histórico das potências ocidentais e suas políticas imperiais no Oriente Médio, onde antes sustentavam ditadores e hoje apoiam a democracia, o movimento de repúdio ao filme anti-islâmico está sendo usado com objetivos políticos maiores.
O ódio ao Ocidente faz parte da disputa para ver quem são os legítimos representantes do Islã. Há um risco de surgimento de novas democracias antiliberais, como aconteceu na antiga Iugoslávia. Mas há grupos islâmicos como a Irmandade Muçulmana que marcham para o centro e estão preocupados em recuperar a economia.
A Primavera Árabe foi uma consequência da crise econômica mundial e os novos líderes eleitos democraticamente precisam apresentar resultados.
Irã admite que tropa de elite luta pelo governo da Síria
Pela primeira em um ano e meio de conflito na Síria, as autoridades do Irã reconheceram pela primeira vez que a Força Quods, braço da Guarda Revolucionária Iraniana para ações no exterior, está lutando ao lado da ditadura da Bachar Assad.
Seu comandante, general Mohamed Ali Jafari, afirmou que o Irã dá apenas "apoio intelectual e assessoria" à ditadura de Assad, mas está pronto para entrar em combate se houver uma intervenção estrangeira na Síria: "Temos orgulho de defender a Síria, que faz resistência à entidade sionista", disse o general, citado pelo jornal The Washington Post, usando a expressão empregada para negar o direito e existência de Israel.
As declarações do chefe da Guarda mostram a regionalização do conflito, já que a Arábia Saudita, o Catar, os Emirados Árabes Unidos e a Turquia apoiam os rebeldes.
Seu comandante, general Mohamed Ali Jafari, afirmou que o Irã dá apenas "apoio intelectual e assessoria" à ditadura de Assad, mas está pronto para entrar em combate se houver uma intervenção estrangeira na Síria: "Temos orgulho de defender a Síria, que faz resistência à entidade sionista", disse o general, citado pelo jornal The Washington Post, usando a expressão empregada para negar o direito e existência de Israel.
As declarações do chefe da Guarda mostram a regionalização do conflito, já que a Arábia Saudita, o Catar, os Emirados Árabes Unidos e a Turquia apoiam os rebeldes.
domingo, 16 de setembro de 2012
Líbia prende 50 suspeitos da morte do embaixador
As autoridades da Líbia prenderam e interrogaram cerca de 50 suspeitos da morte do embaixador americano Christopher Stevens e três assessores num ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Bengázi, segunda maior cidade do país.
Entre os presos, há estrangeiros da Argélia e do Máli, disse Muhamed al-Magariaf, presidente do Congresso Nacional da Líbia, em entrevista ao programa Face the Nation da TV americana CBS. Todos seriam membros ou simpatizantes da rede terrorista Al Caeda, informa a TV americana CNN.
Entre os presos, há estrangeiros da Argélia e do Máli, disse Muhamed al-Magariaf, presidente do Congresso Nacional da Líbia, em entrevista ao programa Face the Nation da TV americana CBS. Todos seriam membros ou simpatizantes da rede terrorista Al Caeda, informa a TV americana CNN.
Medicare dá voto a Obama entre idosos
A proposta do candidato a vice-presidente pelo Partido Republicano, Paul Ryan, para reformar o programa de saúde para idosos do governo dos Estados Unidos, transformando-o num sistema de vouchers, está ajudando a campanha à reeleição do presidente Barack Obama.
Ryan é um falcão fiscal. Sua prioridade máxima é equilibrar o orçamento, hoje com déficit anual de US$ 1,1 trilhão.
Um dos estados-chaves para a vitória em 6 de novembro de 2012 é a Flórida, onde é grande a população de idosos atraídos pelo clima mais ameno. Lá, a questão da saúde pode ser decisiva, informa o jornal The New York Times.
Ryan é um falcão fiscal. Sua prioridade máxima é equilibrar o orçamento, hoje com déficit anual de US$ 1,1 trilhão.
Um dos estados-chaves para a vitória em 6 de novembro de 2012 é a Flórida, onde é grande a população de idosos atraídos pelo clima mais ameno. Lá, a questão da saúde pode ser decisiva, informa o jornal The New York Times.
sábado, 15 de setembro de 2012
Obama consolida vantagem mas ataques preocupam
O presidente Barack Obama ampliou sua vantagem sobre o candidato republicano, Mitt Romney, em três estados-chaves na eleição presidencial de 6 de novembro de 2012 e já é considerado mais confiável para gerir a economia do país, mas a Casa Branca teme o desgaste causado pelos ataques a embaixadas dos Estados Unidos.
Pela primeira vez desde a morte de Ossama ben Laden, em 1º de maio de 2011, a popularidade do presidente americano superou os 50%, chegando a 51% na última pesquisa do jornal The New York Times e da rede de televisão CBS. Com os americanos mais otimistas, Obama foi considerado mais capaz de administrar a crise e gerar empregos.
A suposta superioridade de Romney, um empresário milionário, na gestão da crise é o principal argumento da campanha republicana. Nesta pesquisa, eles estão em empate técnico levando-se em conta a margem de erro. Obama tem 49% e Romney 46%.
Outra pesquisa, do Instituto Marista para o Wall St. Journal e a rede de televisão NBC, também deve preocupar o ex-governador de Massachusetts. Entre os prováveis eleitores, Obama lidera por sete pontos percentuais em Ohio e cinco pontos na Flórida na Virgínia.
Como o apoio ao presidente nestes estados está perto de 50%, Romney tem de roubar candidatos que no momento estão pensando em votar em Obama. Na história recente, nenhum republicano conquistou a Casa Branca sem ganhar em Ohio.
Alguns resultados da pesquisa dão esperança ao oposicionista. Romney está na frente de Obama entre os eleitores independentes em Ohio e na Virgínia, e conquistou uma parcela maior do eleitorado branco do que o senador John McCain em 2008.
Se Obama repetir as vitórias nestes três estados-chaves, onde ganhou há quatro anos, terá uma vantagem insuperável no Colégio Eleitoral que elege o presidente dos EUA. Não precisará vencer no Colorado, em Iowa e no Novo México.
Um problema para Obama é a onda de ataques contra embaixadas e consulados dos EUA deflagrada pela divulgação na Internet de cenas do filme Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao islamismo e ao profeta Maomé. A situação já é comparada à ocupação da embaixada americana em Teerã depois da Revolução Islâmica no Irã.
Em 4 de novembro de 1979, guardas revolucionários tomaram a embaixada e sequestraram 52 pessoas. A ocupação durou 444 dias. Ajudou a derrotar o presidente Jimmy Carter na eleição de 1980. Só acabou com a posse de Ronald Reagan, em 20 de janeiro de 1981.
Esta sensação de impotência diante da crise enfraquece o presidente dos EUA, mas o país não tem alternativa a não ser manter seu engajamento com os países árabes para tentar manter alguma influência, ainda que marginal, nos regimes democráticos nascidos da Primavera Árabe.
Pela primeira vez desde a morte de Ossama ben Laden, em 1º de maio de 2011, a popularidade do presidente americano superou os 50%, chegando a 51% na última pesquisa do jornal The New York Times e da rede de televisão CBS. Com os americanos mais otimistas, Obama foi considerado mais capaz de administrar a crise e gerar empregos.
A suposta superioridade de Romney, um empresário milionário, na gestão da crise é o principal argumento da campanha republicana. Nesta pesquisa, eles estão em empate técnico levando-se em conta a margem de erro. Obama tem 49% e Romney 46%.
Outra pesquisa, do Instituto Marista para o Wall St. Journal e a rede de televisão NBC, também deve preocupar o ex-governador de Massachusetts. Entre os prováveis eleitores, Obama lidera por sete pontos percentuais em Ohio e cinco pontos na Flórida na Virgínia.
Como o apoio ao presidente nestes estados está perto de 50%, Romney tem de roubar candidatos que no momento estão pensando em votar em Obama. Na história recente, nenhum republicano conquistou a Casa Branca sem ganhar em Ohio.
Alguns resultados da pesquisa dão esperança ao oposicionista. Romney está na frente de Obama entre os eleitores independentes em Ohio e na Virgínia, e conquistou uma parcela maior do eleitorado branco do que o senador John McCain em 2008.
Se Obama repetir as vitórias nestes três estados-chaves, onde ganhou há quatro anos, terá uma vantagem insuperável no Colégio Eleitoral que elege o presidente dos EUA. Não precisará vencer no Colorado, em Iowa e no Novo México.
Um problema para Obama é a onda de ataques contra embaixadas e consulados dos EUA deflagrada pela divulgação na Internet de cenas do filme Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao islamismo e ao profeta Maomé. A situação já é comparada à ocupação da embaixada americana em Teerã depois da Revolução Islâmica no Irã.
Em 4 de novembro de 1979, guardas revolucionários tomaram a embaixada e sequestraram 52 pessoas. A ocupação durou 444 dias. Ajudou a derrotar o presidente Jimmy Carter na eleição de 1980. Só acabou com a posse de Ronald Reagan, em 20 de janeiro de 1981.
Esta sensação de impotência diante da crise enfraquece o presidente dos EUA, mas o país não tem alternativa a não ser manter seu engajamento com os países árabes para tentar manter alguma influência, ainda que marginal, nos regimes democráticos nascidos da Primavera Árabe.
Futuro líder chinês reaparece após duas semanas
Depois de um sumiço de duas semanas que gerou uma onda de boatos, o vice-presidente Xi Jinping, apontado como futuro líder do Partido Comunista e próximo presidente da China, reapareceu. Ele não era visto desde 1º de setembro. Hoje foi à Universidade Rural de Beijim para a Jornada Nacional para Popularizar a Ciência.
Os rumores sobre mais um golpe na luta interna pelo poder no regime comunista proliferaram na Internet chinesa quando Xi desmarcou encontros com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a primeira-ministra da Dinamarca.
No 18º Congresso do partido, em outubro de 2012, Xi Jinping deve ser consagrado como secretário-geral do PC, em substituição ao presidente Hu Jintao, numa mudança da liderança do partido e do governo que acontece a cada dez anos. É uma transição que o regime comunista chinês tenta institucionalizar desde 1992 para evitar as violentas lutas pelo poder que marcam a História da China desde o passado imperial.
A luta continua. Em março de 2012, o alto dirigente Bo Xilai, maior expoente em ascensão da linha dura maoísta, caiu em desgraça. Ele era membro do Politburo do Comitê Central do PC, de 25 membros. Sonhava em ser eleito para o Comitê Permanente, que terá sete de seus nove membros mudados no congresso do partido. Sua mulher foi condenada por assassinato, mas ele não foi processado. Foi uma concessão à linha dura.
Os maoístas se sentem como dissidentes do atual regime. Ganharam com a crise mundial do capitalismo inspirado pelos Estados Unidos. Resistem, por exemplo, às privatizações, que podem ser uma opção para revigorar a economia chinesa e reverter o declínio nas taxas de crescimento.
Com a luta do poder em plena marcha longe do público, sem qualquer transparência, o desaparecimento do vice-líder a caminho do poder intrigou meio mundo. Até quando a China vai aguentar isso? Até a primeira crise econômica séria. Aí o monopólio de poder do PC será questionado.
O caminho para uma mudança suave é uma reforma política que o regime se recusa a fazer para não ceder seu poder absoluto. Mais cedo ou mais tarde, terá de fazer.
Os rumores sobre mais um golpe na luta interna pelo poder no regime comunista proliferaram na Internet chinesa quando Xi desmarcou encontros com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a primeira-ministra da Dinamarca.
No 18º Congresso do partido, em outubro de 2012, Xi Jinping deve ser consagrado como secretário-geral do PC, em substituição ao presidente Hu Jintao, numa mudança da liderança do partido e do governo que acontece a cada dez anos. É uma transição que o regime comunista chinês tenta institucionalizar desde 1992 para evitar as violentas lutas pelo poder que marcam a História da China desde o passado imperial.
A luta continua. Em março de 2012, o alto dirigente Bo Xilai, maior expoente em ascensão da linha dura maoísta, caiu em desgraça. Ele era membro do Politburo do Comitê Central do PC, de 25 membros. Sonhava em ser eleito para o Comitê Permanente, que terá sete de seus nove membros mudados no congresso do partido. Sua mulher foi condenada por assassinato, mas ele não foi processado. Foi uma concessão à linha dura.
Os maoístas se sentem como dissidentes do atual regime. Ganharam com a crise mundial do capitalismo inspirado pelos Estados Unidos. Resistem, por exemplo, às privatizações, que podem ser uma opção para revigorar a economia chinesa e reverter o declínio nas taxas de crescimento.
Com a luta do poder em plena marcha longe do público, sem qualquer transparência, o desaparecimento do vice-líder a caminho do poder intrigou meio mundo. Até quando a China vai aguentar isso? Até a primeira crise econômica séria. Aí o monopólio de poder do PC será questionado.
O caminho para uma mudança suave é uma reforma política que o regime se recusa a fazer para não ceder seu poder absoluto. Mais cedo ou mais tarde, terá de fazer.
Dois americanos morrem em ataque ao príncipe Harry
Das orgias num hotel em Las Vegas para a dureza na Guerra do Afeganistão: a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) atacou ontem à noite a base da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Camp Bastian, na província de Helmand, onde serve o príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono do Reino Unido. Dois fuzileiros navais americanos e oito talebã foram mortos.
A milícia extremista muçulmana que governou o Afeganistão de 1996 até outubro de 2001, quando os Estados Unidos e seus aliados invadiram o país para vingar os atentados terroristas de 11 de setembro, descreveu o ataque como uma vingança contra o filme Inocência dos Muçulmanos.
Seu principal alvo era Harry. Quando o príncipe foi enviado para servir pela segunda vez no Afeganistão, Al Caeda jurou-o de morte.
A milícia extremista muçulmana que governou o Afeganistão de 1996 até outubro de 2001, quando os Estados Unidos e seus aliados invadiram o país para vingar os atentados terroristas de 11 de setembro, descreveu o ataque como uma vingança contra o filme Inocência dos Muçulmanos.
Seu principal alvo era Harry. Quando o príncipe foi enviado para servir pela segunda vez no Afeganistão, Al Caeda jurou-o de morte.
Al Caeda reivindica ataque ao consulado dos EUA
Al Caeda na Península Arábica, um dos principais ramos da rede terrorista criada por Ossama ben Laden, reivindicou a responsabilidade pelo ataque contra o Consulado dos Estados Unidos em Bengázi, a segunda maior cidade da Líbia, no dia 11 de setembro de 2012, quando o embaixador Christopher Stevens e três assessores foram mortos.
Em nota, a rede terrorista declarou que foi uma vingança pela morte do subcomandante d'al Caeda, Abu Yahya al-Libi, e pediu aos militantes que continuem os ataques até o fechamento de todas as embaixadas americanas em países muçulmanos.
Uma onda de protestos varre o mundo islâmico por causa da Inocência dos Muçulmanos, um filme de quinta categora produzido nos EUA para ridicularizar o profeta Moamé e sua religião. Hoje a violência chegou ao Reino Unido e à Austrália, dois importantes aliados dos EUA. Mas o ataque ao consulado em Bengázi com metralhadoras e lança-foguetes não parecia uma manifestação espontânea, mas uma ação organizada.
Al-Libi era líbio. Ao reconhecer sua morte, o atual líder da rede terrorista, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri pediu aos líbios que o vingassem. Como o país está cheio de grupos armados desde a revolta que acabou com a ditadura do coronel Muamar Kadafi há um ano, há uma grande quantidade de armas nas mãos da população.
Em entrevista à TV americana CNN, o ex-porta-voz do Departamento de Estado no governo Bill Clinton, James Rubin, observou que a rede terrorista é forte no Iêmen, para onde seus militantes foram para fugir da repressão na Arábia Saudita, e também na Argélia, no Máli e no Níger, mas não na Líbia. Mas admitiu a existência de grupos radicais que seguem a ideologia assassina de Ben Laden.
Em nota, a rede terrorista declarou que foi uma vingança pela morte do subcomandante d'al Caeda, Abu Yahya al-Libi, e pediu aos militantes que continuem os ataques até o fechamento de todas as embaixadas americanas em países muçulmanos.
Uma onda de protestos varre o mundo islâmico por causa da Inocência dos Muçulmanos, um filme de quinta categora produzido nos EUA para ridicularizar o profeta Moamé e sua religião. Hoje a violência chegou ao Reino Unido e à Austrália, dois importantes aliados dos EUA. Mas o ataque ao consulado em Bengázi com metralhadoras e lança-foguetes não parecia uma manifestação espontânea, mas uma ação organizada.
Al-Libi era líbio. Ao reconhecer sua morte, o atual líder da rede terrorista, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri pediu aos líbios que o vingassem. Como o país está cheio de grupos armados desde a revolta que acabou com a ditadura do coronel Muamar Kadafi há um ano, há uma grande quantidade de armas nas mãos da população.
Em entrevista à TV americana CNN, o ex-porta-voz do Departamento de Estado no governo Bill Clinton, James Rubin, observou que a rede terrorista é forte no Iêmen, para onde seus militantes foram para fugir da repressão na Arábia Saudita, e também na Argélia, no Máli e no Níger, mas não na Líbia. Mas admitiu a existência de grupos radicais que seguem a ideologia assassina de Ben Laden.
Marcadores:
Al Caeda,
Al Caeda na Península Arábica,
Al Caeda no Magrebe,
Christopher Stevens,
EUA,
Iêmen,
Inocência dos Muçulmanos,
Líbia,
Terrorismo
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Obama promete não recuar diante de corpos de americanos mortos na Líbia
O presidente Barack Obama afirmou hoje que "os Estados Unidos não vão recuar", ao receber há pouco na Base Aérea de Andrews, no estado de Maryland, perto de Washington, os corpos dos quatro americanos mortos no ataque ao Consulado Americano em Bengázi, na Líbia, em 11 de setembro de 2012, inclusive do embaixador Christopher Stevens.
Primeiro, falou a secretária de Estado, Hillary Clinton, insistindo em que o governo americano não tem nada a ver com o filme maldito pelos muçulmanos por ridicularizar sua religião e o profeta Maomé.Hillary chamou Inocência dos Muçulmanos de uma "provocação cínica para provocar raiva, violência e conflito". Mas nada justifica, acrescentou, atacar representações diplomáticas.
Depois de Hillary, o presidente Barack Obama presta sua homenagem aos mortos, em tom grave e sério: "Steven era tudo o que os EUA queriam ter como embaixador. Visitou a primeira vez a região como um jovem voluntário. (...) Hoje, Steve volta para casa. Eles serviram os EUA.Tinham uma missão. Conheciam os perigos e os abraçaram. Viveram os ideais americanos: coragem, esperança e idealismo. Podemos deixar este mundo um pouco melhor. Hoje queremos realmente honrar a memória deles."
Com as massas de muçulmanos enfurecidos investindo contra representações diplomáticas ocidentais, Obama foi ainda mais sóbrio, mas reafirmou que os EUA não vão recuar: "As perdas e imagens horríveis dos últimos dias mostram que estes são dias difíceis. Tanta raiva e violência, mas entre todas as imagens desta semana lembro dos líbios que saíram para a rua para agradecer ao embaixador por trabalho pela libertação da Líbia com cartazes que diziam: 'Chris Stevens era um amigo do povo líbio'.
"É esta mensagem que mandamos ao mundo", acrescentou Obama. "Nós nos preocupamos com eles e com a liberdade. Os EUA nunca vão recuar. Para vocês, amigos e colegas, e para todos os americanos, o sacrifício deles nunca será esquecido. Levaremos à Justiça os responsáveis. Protegeremos nossos diplomatas. Vamos manter a cooperação, mas os países têm a obrigação de garantir a segurança [de embaixadas e consulados]. Somos americanos. Mantemos nossa cabeça erguida. Por causa de vocês, este país sempre vai brilhar neste mundo. A bandeira que vocês serviram agora os traz para casa."
Todos eram militares. As circunstâncias em que eles morreram ainda não foram explicadas. Podem ter morrido no incêndio causado por um foguete ou ter sido assassinados pelo grupo radical que atacou o consulado em Bengázi com metralhadoras e lança-foguetes.
Os EUA não têm alternativa. Para não perder ainda mais influência na região, precisam manter o engajamento com os novos governos islâmicos surgidos da Primavera Árabe. Como reconheceu o ex-porta-voz do Departamento de Estado no governo Clinton, James Rubin, em entrevista à CNN, "os EUA têm pouca influência no debate político interno destes países, mas podem influenciar na margem, apoiando os grupos que defendam os valores da democracia liberal".
No Egito, a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista do mundo, que ganhou as eleições parlamentares e presidencial com seu Partido da Justiça e Liberdade, convocou dois protestos contra o filme. A princípio, a reação do presidente Mohamed Mursi foi dúbia, a ponto de Obama comentar que "o Egito não é um país amigo, mas também não é inimigo".
Primeiro, falou a secretária de Estado, Hillary Clinton, insistindo em que o governo americano não tem nada a ver com o filme maldito pelos muçulmanos por ridicularizar sua religião e o profeta Maomé.Hillary chamou Inocência dos Muçulmanos de uma "provocação cínica para provocar raiva, violência e conflito". Mas nada justifica, acrescentou, atacar representações diplomáticas.
Depois de Hillary, o presidente Barack Obama presta sua homenagem aos mortos, em tom grave e sério: "Steven era tudo o que os EUA queriam ter como embaixador. Visitou a primeira vez a região como um jovem voluntário. (...) Hoje, Steve volta para casa. Eles serviram os EUA.Tinham uma missão. Conheciam os perigos e os abraçaram. Viveram os ideais americanos: coragem, esperança e idealismo. Podemos deixar este mundo um pouco melhor. Hoje queremos realmente honrar a memória deles."
Com as massas de muçulmanos enfurecidos investindo contra representações diplomáticas ocidentais, Obama foi ainda mais sóbrio, mas reafirmou que os EUA não vão recuar: "As perdas e imagens horríveis dos últimos dias mostram que estes são dias difíceis. Tanta raiva e violência, mas entre todas as imagens desta semana lembro dos líbios que saíram para a rua para agradecer ao embaixador por trabalho pela libertação da Líbia com cartazes que diziam: 'Chris Stevens era um amigo do povo líbio'.
"É esta mensagem que mandamos ao mundo", acrescentou Obama. "Nós nos preocupamos com eles e com a liberdade. Os EUA nunca vão recuar. Para vocês, amigos e colegas, e para todos os americanos, o sacrifício deles nunca será esquecido. Levaremos à Justiça os responsáveis. Protegeremos nossos diplomatas. Vamos manter a cooperação, mas os países têm a obrigação de garantir a segurança [de embaixadas e consulados]. Somos americanos. Mantemos nossa cabeça erguida. Por causa de vocês, este país sempre vai brilhar neste mundo. A bandeira que vocês serviram agora os traz para casa."
Todos eram militares. As circunstâncias em que eles morreram ainda não foram explicadas. Podem ter morrido no incêndio causado por um foguete ou ter sido assassinados pelo grupo radical que atacou o consulado em Bengázi com metralhadoras e lança-foguetes.
Os EUA não têm alternativa. Para não perder ainda mais influência na região, precisam manter o engajamento com os novos governos islâmicos surgidos da Primavera Árabe. Como reconheceu o ex-porta-voz do Departamento de Estado no governo Clinton, James Rubin, em entrevista à CNN, "os EUA têm pouca influência no debate político interno destes países, mas podem influenciar na margem, apoiando os grupos que defendam os valores da democracia liberal".
No Egito, a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista do mundo, que ganhou as eleições parlamentares e presidencial com seu Partido da Justiça e Liberdade, convocou dois protestos contra o filme. A princípio, a reação do presidente Mohamed Mursi foi dúbia, a ponto de Obama comentar que "o Egito não é um país amigo, mas também não é inimigo".
Marcadores:
Barack Obama,
Bengázi,
Christopher Stevens,
EUA,
filme,
Hillary Clinton,
Inocência dos Muçulmanos,
Líbia,
Maomé,
Primavera Árabe,
Protesto,
Violência política
Muçulmanos atacam outras embaixadas ocidentais
A onda de protesto contra o filme repulsivo Inocência dos Muçulmanos chegou hoje à Índia, à Indonésia, à Nigéria e ao Quênia, atingindo um total de 20 países e causando pelo menos 11 mortes nesta sexta-feira, o feriado religioso semanal do islamismo. No Sudão, manifestantes atacaram as embaixadas da Alemanha e do Reino Unido, países que nada têm a ver com a produção do filme.
Isso indica que grupos antiocidentais podem estar aproveitando o momento para tentar reduzir a influência do Ocidente e do liberalismo político nas jovens democracias que brotaram da Primavera Árabe.
No Líbano, uma multidão atacou a lanchonete americana Kentucky Fried Chicken em Trípoli, a segunda maior cidade do país. A polícia reagiu e uma pessoa morreu, no dia em que o papa Bento XVI chega a Beirute para pregar a paz e a tolerância entre cristãos, muçulmanos e judeus.
No Egito, cerca de 500 manifestantes tentaram atacar a Embaixada dos EUA, que fica no Centro do Cairo, num canto da Praça da Libertação, mas foram contidos pela polícia. Um grupo mais radical ainda tenta furar o bloqueio.
Em Saná, no Iêmen, a polícia atirou para o ar para dispersar os manifestantes.
Isso indica que grupos antiocidentais podem estar aproveitando o momento para tentar reduzir a influência do Ocidente e do liberalismo político nas jovens democracias que brotaram da Primavera Árabe.
No Líbano, uma multidão atacou a lanchonete americana Kentucky Fried Chicken em Trípoli, a segunda maior cidade do país. A polícia reagiu e uma pessoa morreu, no dia em que o papa Bento XVI chega a Beirute para pregar a paz e a tolerância entre cristãos, muçulmanos e judeus.
No Egito, cerca de 500 manifestantes tentaram atacar a Embaixada dos EUA, que fica no Centro do Cairo, num canto da Praça da Libertação, mas foram contidos pela polícia. Um grupo mais radical ainda tenta furar o bloqueio.
Em Saná, no Iêmen, a polícia atirou para o ar para dispersar os manifestantes.
Marcadores:
Alemanha,
Barack Obama,
Christopher Stevens,
EUA,
filme,
Hillary Clinton,
Índia,
Indonésia,
Inocência dos Muçulmanos,
Líbia,
Nigéria,
protestos,
Quênia
Japão abandona energia nuclear em 30 anos
O governo do Japão anunciou hoje que vai desativar progressivamente suas usinas atômicas até 2042, quando o pais vai parar de produzir energia nuclear. A decisão é consequência do acidente na central nuclear de Fukushima, resultado do terremoto e do maremoto de 11 de março de 2011.
Naquela data, o abalo sísmico provocou o desligamento automático dos reatores. Pouco depois, ondas gigantes de até dez metros de altura superaram um muro de apenas cinco metros e destruíram o sistema de resfriamento do reator.
Quando a tragédia atingiu a costa Nordeste do Japão, matando cerca de 19 mil pessoas, o país tinha 54 usinas nucleares em atividade, responsáveis por 35% da energia elétrica. Neste verão no Hemisfério Norte, duas foram religadas, sob protesto dos moradores dos arredores.
Depois do acidente de Fukushima, sob pressão da opinião pública, a Alemanha também anunciou que vai abandonar a energia nuclear. Por ordem da primeira-ministra Angela Merkel, a metade dos reatores do país foi desligada e a outra deve ser desativada em 10 anos, 20 anos antes do Japão, apesar da oposição de empresas e dos governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França.
Mas, ao abrir hoje uma conferência sobre o meio ambiente, o presidente francês, François Hollande, anunciou o fechamento da usina nuclear de Fessenheim, a mais antiga da França, até o fim de 2016.
Naquela data, o abalo sísmico provocou o desligamento automático dos reatores. Pouco depois, ondas gigantes de até dez metros de altura superaram um muro de apenas cinco metros e destruíram o sistema de resfriamento do reator.
Quando a tragédia atingiu a costa Nordeste do Japão, matando cerca de 19 mil pessoas, o país tinha 54 usinas nucleares em atividade, responsáveis por 35% da energia elétrica. Neste verão no Hemisfério Norte, duas foram religadas, sob protesto dos moradores dos arredores.
Depois do acidente de Fukushima, sob pressão da opinião pública, a Alemanha também anunciou que vai abandonar a energia nuclear. Por ordem da primeira-ministra Angela Merkel, a metade dos reatores do país foi desligada e a outra deve ser desativada em 10 anos, 20 anos antes do Japão, apesar da oposição de empresas e dos governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França.
Mas, ao abrir hoje uma conferência sobre o meio ambiente, o presidente francês, François Hollande, anunciou o fechamento da usina nuclear de Fessenheim, a mais antiga da França, até o fim de 2016.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Manifestantes atacam mais embaixadas dos EUA
Dois dias depois de um ataque que matou quatro pessoas, inclusive o embaixador Christopher Stevens, durante um protesto na Líbia, centenas de manifestantes atacaram hoje a Embaixada dos Estados Unidos no Iêmen em repúdio a Inocência dos Muçulmanos, um filme de baixo nível que ridiculariza o islamismo e o profesta Maomé.
Também houve ataques no Marrocos, no Sudão e na Tunísia.
No Irã, que não mantém relações diplomáticas com os EUA desde 1979, ano da vitória da Revolução Islâmica, cerca de 500 manifestantes marcharam rumo a Embaixada da Suíça em Teerã, que cuida dos interesses americanos no país.
Também houve ataques no Marrocos, no Sudão e na Tunísia.
No Irã, que não mantém relações diplomáticas com os EUA desde 1979, ano da vitória da Revolução Islâmica, cerca de 500 manifestantes marcharam rumo a Embaixada da Suíça em Teerã, que cuida dos interesses americanos no país.
EUA terão juros básicos perto de zero até 2015
A taxa básica de juros dos Estados Unidos deve ser mantida em praticamente zero até 2015, e a Reserva Federal (Fed), o banco central do país, vai comprar US$ 40 bilhões por mês em títulos da dívida hipotecária até a economia retomar o crescimento sustentado e o mercado de trabalho se normalizar, anunciou hoje o Comitê de Mercado Aberto no fim de uma reunião de dois dias.
"O crescimento do emprego tem sido lento, e as taxas de desemprego continuam elevadas", observa a nota divulgada pelo Fed. "Se a perspectiva para o mercado de trabalho não melhorar substancialmente, o Comitê vai continuar suas compras de títulos da dívida hipotecária, realizar mais compras de ativos e empregar outros instrumentos de política apropriados até que a melhoria seja atingida num contexto de estabilidade de preços", reporta o jornal The Washington Post.
"O crescimento do emprego tem sido lento, e as taxas de desemprego continuam elevadas", observa a nota divulgada pelo Fed. "Se a perspectiva para o mercado de trabalho não melhorar substancialmente, o Comitê vai continuar suas compras de títulos da dívida hipotecária, realizar mais compras de ativos e empregar outros instrumentos de política apropriados até que a melhoria seja atingida num contexto de estabilidade de preços", reporta o jornal The Washington Post.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Apple lança iPhone 5
Com tela maior, mais fino, menos peso e tecnologia 4G para dar maior velocidade na Internet, a Apple, maior empresa privada do mundo, lançou hoje o iPhone 5, que deve estar nas lojas dos EUA e outros países em 21 de setembro de 2012 e chegar ao Brasil em dezembro.
Mas não foi um lançamento surpreendente. Os detalhes do novo celular da Apple já tinham vazado na Internet.
O iPhone 5 tem 12,5 centímetros de altura, 1 cm a mais do que o iPhone 4S. É 0,17 cm mais fino (-18%). Seu peso é de 112 g, 28 g a menos do que o modelo anterior da Apple e 21 g a menos do que o Galaxy S3, da Samsung, o principal concorrente.
A tela do iPhone 5 tem quatro polegadas e resolução de 1.136 x 640 pixels. É melhor do que os 960 x 640 pixels do iPhone 4S, mas inferior à tela de 4,8 polegadas e 1.270 x 720 pixels do Galaxy S3.
O novo sistema operacional, iOS6, vai integrar o Facebook, além do Twitter, que já estava no iOS5. Com o processador Apple6, o iPhone promete dobrar a velocidade de operação. A bateria deve funcionar por oito horas de conversa telefônica ou 225 horas em modo de espera.
Nos EUA, os preços serão US$ 199 (16 Gigabytes), US$ 299 (32 GB) e US$ 399 (64 GB) para quem fizer contratos de dois anos com as empresas de telefonia celular que têm exclusividade de uso naquele país dos telefones inteligentes da Apple, informa o jornal The Washington Post.
A partir de 21 de setembro, o iPhone 5 estará a venda também na Alemanha, no Canadá, em Cingapura, na França, em Hong Kong, no Japão e no Reino Unido, onde é possível comprar aparelhos desbloqueados. Uma semana depois, chega a mais 22 países.
Mas não foi um lançamento surpreendente. Os detalhes do novo celular da Apple já tinham vazado na Internet.
O iPhone 5 tem 12,5 centímetros de altura, 1 cm a mais do que o iPhone 4S. É 0,17 cm mais fino (-18%). Seu peso é de 112 g, 28 g a menos do que o modelo anterior da Apple e 21 g a menos do que o Galaxy S3, da Samsung, o principal concorrente.
A tela do iPhone 5 tem quatro polegadas e resolução de 1.136 x 640 pixels. É melhor do que os 960 x 640 pixels do iPhone 4S, mas inferior à tela de 4,8 polegadas e 1.270 x 720 pixels do Galaxy S3.
O novo sistema operacional, iOS6, vai integrar o Facebook, além do Twitter, que já estava no iOS5. Com o processador Apple6, o iPhone promete dobrar a velocidade de operação. A bateria deve funcionar por oito horas de conversa telefônica ou 225 horas em modo de espera.
Nos EUA, os preços serão US$ 199 (16 Gigabytes), US$ 299 (32 GB) e US$ 399 (64 GB) para quem fizer contratos de dois anos com as empresas de telefonia celular que têm exclusividade de uso naquele país dos telefones inteligentes da Apple, informa o jornal The Washington Post.
A partir de 21 de setembro, o iPhone 5 estará a venda também na Alemanha, no Canadá, em Cingapura, na França, em Hong Kong, no Japão e no Reino Unido, onde é possível comprar aparelhos desbloqueados. Uma semana depois, chega a mais 22 países.
Supremo da Alemanha aprova pacto e fundo europeus
O Tribunal Constitucional da Alemanha decidiu hoje que o país pode participar do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira e do pacto fiscal adotado pela União Europeia para sustentar o euro. Mas exigiu que o Parlamento Federal decida sobre qualquer novo desembolso para o fundo, destinado inicialmente a socorrer a Grécia, a Irlanda, Portugal, a Espanha e a Itália, que enfrentam dificuldades para honrar suas dívidas públicas.
Com a aprovação da Justiça alemã, foi dado o sinal verde para a criação do fundo de 500 bilhões de euros (R$ 1,268 trilhão), sendo 190 bilhões (R$ 482 bilhões) da Alemanha.
A participação alemã tinha sido questionada pelo partido A Esquerda, uma fusão do que restou do partido comunista da extinta Alemanha Oriental com a ala mais esquerdista do Partido Social-Democrata, sob a alegação os acordos tirariam a competência da Câmara Federal para legislar em questões orçamentárias. O tribunal exigiu que todo novo desembolso dependa de autorização dos deputados.
Com a aprovação da Justiça alemã, foi dado o sinal verde para a criação do fundo de 500 bilhões de euros (R$ 1,268 trilhão), sendo 190 bilhões (R$ 482 bilhões) da Alemanha.
A participação alemã tinha sido questionada pelo partido A Esquerda, uma fusão do que restou do partido comunista da extinta Alemanha Oriental com a ala mais esquerdista do Partido Social-Democrata, sob a alegação os acordos tirariam a competência da Câmara Federal para legislar em questões orçamentárias. O tribunal exigiu que todo novo desembolso dependa de autorização dos deputados.
Ataque a consulado mata embaixador dos EUA na Líbia
O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Christopher Stevens, e três funcionários consulares morreram ontem durante um ataque de foguetes ao Consulado Americano em Bengázi, a segunda maior cidade do país. Inicialmente a informação e de que eles teriam sido sufocados por um incêndio causado por manifestantes. Depois, surgiu uma versão de que teriam sido baleados quando saíam do local.
Era supostamente um protesto contra um filme produzido nos EUA e divulgado na Internet considerado ofensivo ao profeta Maomé. Mas o governo americano suspeita que a ação tenha sido planejada, reporta o jornal The New York Times.
A onda de protestos começou no Egito, onde a Embaixada dos EUA foi atacada e sua bandeira queimada depois que trechos do filme foram divulgados na televisão egípcia. Já está sendo comparada às manifestações de massa realizadas no fim de 2005 e início de 2006 contra a publicação de caricaturas de Maomé num jornal dinamarquês de extrema direita.
O blogue The Lede, do NY Times, está acompanhando os protestos no mundo muçulmano.
Inocência dos Muçulmanos, um filme menor ridicularizando o profeta Maomé lançado em julho passado, praticamente não foi notado até uma versão dublada em árabe ser jogada no YouTube. Só idiotas como o pastor Terry Jones, aquele que pretendia queimar cópias do Corão em 11 de setembro, ajudaram a promover a obra, de péssima qualidade.
Agora, o diretor Sam Bacile está escondido e teme por sua vida. Inicialmente foi dito que se tratava de um israelense naturalizado americano. Depois, soube-se que ele é um cristão copta egípcio de nome Nakoula Basseley Nakoula.
O consulado de Bengázi teria sido alvo de uma milícia conservadora em questões sociais, sob o argumento de que, se a liberdade de expressão não tem limites nos EUA, a reação deles também não precisar ter, dizia a primeira versão sobre o motivo do ataque.
Mas o governo provisório da Líbia atribuiu a ação a grupos leais ao ditador Muamar Kadafi, deposto e assassinado no ano passado, que estariam revoltados com a prisão do chefe do serviço secreto do antigo regime.
Para os analistas americanos que examinaram as imagens dos protestos, a manifestação do Cairo parecia uma ação espontânea de uma multidão enfurecida. Algumas pessoas escalaram o muro da embaixada, arrancaram a bandeira e tocaram fogo nela como em tantas manifestações de massa contra os EUA.
Em Bengázi, o ataque ao consulado foi feito com metralhadoras e lançadores de foguetes. Não são armas de uma massa irada, mas de um grupo com alguma organização e muito poder de fogo.
O presidente Barack Obama confirmou as mortes, descreveu o incidente como "um ataque ultrajante" e prometeu levar os responsáveis à Justiça em colaboração com o governo líbio. A oposição republicana aproveitou a oportunidade para acusar o governo de "baixar a guarda" no dia 11 de setembro, décimo-primeiro aniversário dos atentados terroristas contra os EUA.
A reação do candidato Mitt Romney foi considerada exagerada e contraproducente ao culpar o governo por um ataque totalmente inesperado. Quando morrem cidadãos americanos, o luto nacional deve ser coletivo e não partidarizado.
Vinte e quatro horas antes dos ataques, a rede terrorista Al Caeda divulgou declaração via Internet. O líder Ayman al-Zawahiri confirmou a morte de seu subcomandante, o líbio Abu Yahya al-Libi, num ataque com um aparelho não tripulado dos EUA e pediu aos líbios vingança.
Era supostamente um protesto contra um filme produzido nos EUA e divulgado na Internet considerado ofensivo ao profeta Maomé. Mas o governo americano suspeita que a ação tenha sido planejada, reporta o jornal The New York Times.
A onda de protestos começou no Egito, onde a Embaixada dos EUA foi atacada e sua bandeira queimada depois que trechos do filme foram divulgados na televisão egípcia. Já está sendo comparada às manifestações de massa realizadas no fim de 2005 e início de 2006 contra a publicação de caricaturas de Maomé num jornal dinamarquês de extrema direita.
O blogue The Lede, do NY Times, está acompanhando os protestos no mundo muçulmano.
Inocência dos Muçulmanos, um filme menor ridicularizando o profeta Maomé lançado em julho passado, praticamente não foi notado até uma versão dublada em árabe ser jogada no YouTube. Só idiotas como o pastor Terry Jones, aquele que pretendia queimar cópias do Corão em 11 de setembro, ajudaram a promover a obra, de péssima qualidade.
Agora, o diretor Sam Bacile está escondido e teme por sua vida. Inicialmente foi dito que se tratava de um israelense naturalizado americano. Depois, soube-se que ele é um cristão copta egípcio de nome Nakoula Basseley Nakoula.
O consulado de Bengázi teria sido alvo de uma milícia conservadora em questões sociais, sob o argumento de que, se a liberdade de expressão não tem limites nos EUA, a reação deles também não precisar ter, dizia a primeira versão sobre o motivo do ataque.
Mas o governo provisório da Líbia atribuiu a ação a grupos leais ao ditador Muamar Kadafi, deposto e assassinado no ano passado, que estariam revoltados com a prisão do chefe do serviço secreto do antigo regime.
Para os analistas americanos que examinaram as imagens dos protestos, a manifestação do Cairo parecia uma ação espontânea de uma multidão enfurecida. Algumas pessoas escalaram o muro da embaixada, arrancaram a bandeira e tocaram fogo nela como em tantas manifestações de massa contra os EUA.
Em Bengázi, o ataque ao consulado foi feito com metralhadoras e lançadores de foguetes. Não são armas de uma massa irada, mas de um grupo com alguma organização e muito poder de fogo.
O presidente Barack Obama confirmou as mortes, descreveu o incidente como "um ataque ultrajante" e prometeu levar os responsáveis à Justiça em colaboração com o governo líbio. A oposição republicana aproveitou a oportunidade para acusar o governo de "baixar a guarda" no dia 11 de setembro, décimo-primeiro aniversário dos atentados terroristas contra os EUA.
A reação do candidato Mitt Romney foi considerada exagerada e contraproducente ao culpar o governo por um ataque totalmente inesperado. Quando morrem cidadãos americanos, o luto nacional deve ser coletivo e não partidarizado.
Vinte e quatro horas antes dos ataques, a rede terrorista Al Caeda divulgou declaração via Internet. O líder Ayman al-Zawahiri confirmou a morte de seu subcomandante, o líbio Abu Yahya al-Libi, num ataque com um aparelho não tripulado dos EUA e pediu aos líbios vingança.
Marcadores:
Barack Obama,
Bengázi,
Christopher Stevens,
Consulado Americano,
EUA,
filme,
Hollywood,
Líbia,
Nakoula Basseley Nakoula,
Sam Bacile
Justiça do Chile confirma suicídio de Allende
Depois de uma investigação com peritos internacionais, a Justiça do Chile declarou oficialmente que o presidente Salvador Allende se matou, em 11 de setembro de 1973, quando a Força Aérea bombardeava o palácio presidencial de La Moneda durante o golpe militar que levou o general Augusto Pinochet ao poder.
Allende tinha uma metralhadora que ganhara do ditador cubano Fidel Castro. Como não quis se render aos golpistas, optou pelo suicídio. Comunicações entre os golpistas que foram interceptadas indicam que havia uma discussão sobre o que fazer com o presidente, se ele teria direito a um avião para deixar o Chile.
O comentário de um golpistas era que o avião seria derrubado. Quase todos os funcionários que estavam no palácio na hora do golpe foram mortos.
Ao todo, a ditadura do general Pinochet, que durou até 1990, matou 3.105 pessoas e torturou centenas de milhares. O general chegou a ser preso em Londres em 1998 por crimes contra a humanidade, mas nunca reconheceu sua culpa.
Allende tinha uma metralhadora que ganhara do ditador cubano Fidel Castro. Como não quis se render aos golpistas, optou pelo suicídio. Comunicações entre os golpistas que foram interceptadas indicam que havia uma discussão sobre o que fazer com o presidente, se ele teria direito a um avião para deixar o Chile.
O comentário de um golpistas era que o avião seria derrubado. Quase todos os funcionários que estavam no palácio na hora do golpe foram mortos.
Ao todo, a ditadura do general Pinochet, que durou até 1990, matou 3.105 pessoas e torturou centenas de milhares. O general chegou a ser preso em Londres em 1998 por crimes contra a humanidade, mas nunca reconheceu sua culpa.
Barcelona pede independência da Catalunha
Cerca de 1,5 milhão de pessoas saíram hoje às ruas de Barcelona para pedir a independência da Catalunha, que é uma reunião autônoma da Espanha, sob a alegação de que o governo central de Madri, acuado pela crise, está cobrando impostos excessivos.
É a crise abalando os estados nacionais europeus. Os bascos também lutam pela independência. Na Bélgica, os nacionalistas flamengos querem a independência da região de Flandres. Na Escócia, o Partido Nacionalista Escocês quer realizar novo plebiscito para se separar do Reino Unido.
É a crise abalando os estados nacionais europeus. Os bascos também lutam pela independência. Na Bélgica, os nacionalistas flamengos querem a independência da região de Flandres. Na Escócia, o Partido Nacionalista Escocês quer realizar novo plebiscito para se separar do Reino Unido.
China acusa Japão de roubar ilhas em disputa
A China acusou hoje o Japão de roubar um arquipélago disputado entre os dois países depois que o governo japonês comprou as três das oito ilhas Senkaku, que os chineses chamam de Diaoyu, por US$ 30 milhões.
O governo do primeiro-ministro Yoshihiko Noda alega que comprou as ilhas para evitar que o prefeito direitista de Tóquio, Shintaro Ishihara, o fizesse. Isso poderia agravar o conflito com a China. Ishihara planeja explorar as ilhas, o que aparentemente não está nos planos do governo central japonês.
Numa demonstração de força, observa o jornal The New York Times, a China enviou dois navios-patrulha da Marinha para as ilhas, como costuma fazer no Mar da China Meridional, onde têm disputas com o Vietnã, as Filipinas, a Malásia, Brunei e Taiwan, está última considerada pelo regime comunista chinês como uma parte desgarrada do país.
Na recente visita da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a Beijim, na semana passada, a China acusou os Estados Unidos de se meter em suas "disputas territoriais legítimas".
A irresistível ascensão da China já mudou o xadrez político mundial, mas sua postura cada vez mais agressiva na defesa de direitos que considera históricos, de um passado em que era o centro do mundo na Ásia, aumenta a importância da presença militar dos EUA no Leste da Ásia.
Há poucos meses, o presidente Barack Obama anunciou que os EUA concentrarão mais poderio militar no Oceano Pacífico do que no Atlântico. A China não gostou.
"O Pacífico é suficientemente grande para nós todos", respondeu Hillary.
Mais do que disputas territoriais, estes atritos fazem parte da ascensão da China à condição de superpotência e o declínio relativo dos EUA, que devem ser ultrapassados entre 2020 e 2030 como maior economia do mundo, mas devem continuar sendo a maior superpotência militar do planeta.
O governo do primeiro-ministro Yoshihiko Noda alega que comprou as ilhas para evitar que o prefeito direitista de Tóquio, Shintaro Ishihara, o fizesse. Isso poderia agravar o conflito com a China. Ishihara planeja explorar as ilhas, o que aparentemente não está nos planos do governo central japonês.
Numa demonstração de força, observa o jornal The New York Times, a China enviou dois navios-patrulha da Marinha para as ilhas, como costuma fazer no Mar da China Meridional, onde têm disputas com o Vietnã, as Filipinas, a Malásia, Brunei e Taiwan, está última considerada pelo regime comunista chinês como uma parte desgarrada do país.
Na recente visita da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a Beijim, na semana passada, a China acusou os Estados Unidos de se meter em suas "disputas territoriais legítimas".
A irresistível ascensão da China já mudou o xadrez político mundial, mas sua postura cada vez mais agressiva na defesa de direitos que considera históricos, de um passado em que era o centro do mundo na Ásia, aumenta a importância da presença militar dos EUA no Leste da Ásia.
Há poucos meses, o presidente Barack Obama anunciou que os EUA concentrarão mais poderio militar no Oceano Pacífico do que no Atlântico. A China não gostou.
"O Pacífico é suficientemente grande para nós todos", respondeu Hillary.
Mais do que disputas territoriais, estes atritos fazem parte da ascensão da China à condição de superpotência e o declínio relativo dos EUA, que devem ser ultrapassados entre 2020 e 2030 como maior economia do mundo, mas devem continuar sendo a maior superpotência militar do planeta.
Marcadores:
Brunei,
China,
Filipinas,
Hillary Clinton,
Ilhas Diaoyu,
Ilhas Senkaku,
Japão,
Malásia,
Mar da China Meridional,
Vietnã,
Yoshihiko Noda
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Netanyahu desafia Obama e ameaça o Irã
Em mais um lance de seu duelo nuclear com o Irã, o primeiro-ministro linha dura israelense, Benjamin Netanyahu, declarou hoje que "aqueles que se negam a colocar uma linha vermelha para o Irã não tem o direito moral de colocar um sinal vermelho diante de Israel".
Ao mesmo tempo, o chefe de governo de Israel pressiona os Estados Unidos a dar um ultimato ao Irã, fixando um prazo para a república islâmica parar de enriquecer urânio, e ameaça bombardear as instalações nucleares iranianas mesmo sem o aval da Casa Branca.
Uma guerra de Israel para tentar neutralizar o programa nuclear é hoje a maior ameaça à segurança internacional. Como os EUA têm um "compromisso inquebrantável", nas palavras de Obama, com a segurança de Israel, o direitista Netanyahu boicota sistematicamente as políticas do atual presidente americano para a paz no Oriente Médio na certeza de que tem o apoio irrestrito da direita conservadora americana.
A linha dura israelense considera o período pré-eleitoral nos EUA uma oportunidade única para atacar Israel porque nenhum presidente americano teria condições de negar apoio incondicional. Obama é contra um ataque, mas até agora sua estratégia de negociação não deu o menor resultado.
"A comunidade internacional insiste para Israel esperar", afirmou Netanyahu. "Mas esperar o quê? Até quando?", desafiou
O governo Obama rejeitou um pedido de audiência de Netanyahu no fim deste mês, quando ele for aos EUA para participar da reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A situação ficou tão tensa - e está sendo explorada pela candidatura Mitt Romney - que Obama ligou para Netanyahu e falou com o líder israelense durante meia hora, informa o jornal The New York Times.
Na conversa, os dois líderes concordaram em sua determinação de impedir que o Irã tenha a bomba atômica.
O regime teocrático iraniano afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos e visa exclusivamente à produção de energia, mas os EUA, a Europa e Israel temem que esteja desenvolvendo armas atômicas.
Várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas impuseram sanções ao Irã. Nesta semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu mais uma vez acesso irrestrito a instalações militares iranianas.
Ao mesmo tempo, o chefe de governo de Israel pressiona os Estados Unidos a dar um ultimato ao Irã, fixando um prazo para a república islâmica parar de enriquecer urânio, e ameaça bombardear as instalações nucleares iranianas mesmo sem o aval da Casa Branca.
Uma guerra de Israel para tentar neutralizar o programa nuclear é hoje a maior ameaça à segurança internacional. Como os EUA têm um "compromisso inquebrantável", nas palavras de Obama, com a segurança de Israel, o direitista Netanyahu boicota sistematicamente as políticas do atual presidente americano para a paz no Oriente Médio na certeza de que tem o apoio irrestrito da direita conservadora americana.
A linha dura israelense considera o período pré-eleitoral nos EUA uma oportunidade única para atacar Israel porque nenhum presidente americano teria condições de negar apoio incondicional. Obama é contra um ataque, mas até agora sua estratégia de negociação não deu o menor resultado.
"A comunidade internacional insiste para Israel esperar", afirmou Netanyahu. "Mas esperar o quê? Até quando?", desafiou
O governo Obama rejeitou um pedido de audiência de Netanyahu no fim deste mês, quando ele for aos EUA para participar da reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A situação ficou tão tensa - e está sendo explorada pela candidatura Mitt Romney - que Obama ligou para Netanyahu e falou com o líder israelense durante meia hora, informa o jornal The New York Times.
Na conversa, os dois líderes concordaram em sua determinação de impedir que o Irã tenha a bomba atômica.
O regime teocrático iraniano afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos e visa exclusivamente à produção de energia, mas os EUA, a Europa e Israel temem que esteja desenvolvendo armas atômicas.
Várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas impuseram sanções ao Irã. Nesta semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu mais uma vez acesso irrestrito a instalações militares iranianas.
Philips anuncia 2,2 mil demissões
Diante da queda da demanda com a crise financeira da Europa, a companhia holandesa Philips anunciou hoje a demissão de 2,2 mil trabalhadores em suas fábricas no mundo inteiro.
O objetivo é cortar custos no valor de US$ 382,7 milhões.
O objetivo é cortar custos no valor de US$ 382,7 milhões.
Sumiço de Xi Jinping gera boatos na China
O desaparecimento do vice-presidente Xi Jinping, que deveria suceder Hu Jintao no fim deste ano como líder do Partido Comunista e presidente da China, estimula especulações sobre a luta pelo poder dentro o regime depois da queda espetacular de Bo Xilai, que a maior estrela em ascensão da linha dura saudosa da era maoísta.
A explicação oficial é que ele estaria doente, mas essa sempre foi uma desculpa clássica de regimes comunistas para justificar o afastamento inesperado de altos dirigentes.
Na semana passada, Xi faltou a três compromissos oficiais, inclusive encontros com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a primeira-ministra da Dinamarca.
Alguns diplomatas ouviram dizer que ele sofreu uma lesão muscular nadando ou jogando futebol. Uma reportagem que chegou a sair na mídia, mas foi retirada, dizia que ele se feriu num acidente de automóvel em que um militar teria tentado matá-lo em vingança. Outra versão fala de um ataque cardíaco suave, informa o jornal The New York Times.
É mais um problema para uma transição que acontece de dez em dez anos na China, um sistema criado pelo ex-líder Jiang Zemin, que ascendeu depois do Massacre da Paz Celestial. Jiang era líder do PC em Xangai, a maior e mais rica cidade chinesa, onde não houve protestos como em Beijim.
Se o objetivo era passar ao povo chinês e ao resto do mundo uma imagem de estabilidade e segurança, esta transição, que envolve a queda espetacular de Bo Xilai e a condenação de sua mulher por assassinato de um empresário britânico, teve o efeito contrário. Revelou uma ditadura com uma cúpula cercada de privilégios e mistérios.
A explicação oficial é que ele estaria doente, mas essa sempre foi uma desculpa clássica de regimes comunistas para justificar o afastamento inesperado de altos dirigentes.
Na semana passada, Xi faltou a três compromissos oficiais, inclusive encontros com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a primeira-ministra da Dinamarca.
Alguns diplomatas ouviram dizer que ele sofreu uma lesão muscular nadando ou jogando futebol. Uma reportagem que chegou a sair na mídia, mas foi retirada, dizia que ele se feriu num acidente de automóvel em que um militar teria tentado matá-lo em vingança. Outra versão fala de um ataque cardíaco suave, informa o jornal The New York Times.
É mais um problema para uma transição que acontece de dez em dez anos na China, um sistema criado pelo ex-líder Jiang Zemin, que ascendeu depois do Massacre da Paz Celestial. Jiang era líder do PC em Xangai, a maior e mais rica cidade chinesa, onde não houve protestos como em Beijim.
Se o objetivo era passar ao povo chinês e ao resto do mundo uma imagem de estabilidade e segurança, esta transição, que envolve a queda espetacular de Bo Xilai e a condenação de sua mulher por assassinato de um empresário britânico, teve o efeito contrário. Revelou uma ditadura com uma cúpula cercada de privilégios e mistérios.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Obama bate Romney em arrecadação para campanha
Pela primeira vez em três meses, o presidente Barack Obama superou o ex-governador Mitt Romney em arrecadação de fundos para sua campanha à reeleição em 6 de novembro. Obama conseguiu US$ 114 milhões e Romney, US$ 111,6 milhões, informa o jornal The New York Times.
Romney entra na reta final da campanha com US$ 168,5 milhões em caixa.
Em pesquisa divulgada no domingo, Obama teve 50% das preferências contra 45% para Romney. O Partido Republicano está preocupado porque o ex-governador não teve o impulso que os candidatos à Casa Branca normalmente recebem logo depois das convenções nacionais.
Romney entra na reta final da campanha com US$ 168,5 milhões em caixa.
Em pesquisa divulgada no domingo, Obama teve 50% das preferências contra 45% para Romney. O Partido Republicano está preocupado porque o ex-governador não teve o impulso que os candidatos à Casa Branca normalmente recebem logo depois das convenções nacionais.
Israel revela detalhes de ataque a reator sírio em 2007
Cinco anos depois, surgem mais detalhes sobre o bombardeio aéreo de Israel que destruiu, em 6 de setembro de 2007, uma usina nuclear em construção na Síria. O reator de grafite teria tecnologia da Coreia do Norte.
Nesta semana, a revista americana The New Yorker revela detalhes de como Israel atacou e conseguiu manter a situação sob controle. O assunto está sob censura militar em Israel, mas o jornal liberal Haaretz aproveitou para explorar as novas revelações.
Nesta semana, a revista americana The New Yorker revela detalhes de como Israel atacou e conseguiu manter a situação sob controle. O assunto está sob censura militar em Israel, mas o jornal liberal Haaretz aproveitou para explorar as novas revelações.
Homem mais rico da França vai morar na Bélgica
Diante do aumento da alíquota de imposto de renda na França para 75% para quem ganha 1 milhão de euros ou mais por ano, o maior magnata da França está se mudando para a Bélgica.
Bernard Arnault, diretor-presidente do grupo Louis Vuitton Moet Hennessy (LVMH), uma das marcas mais importantes do mercado de alto luxo, está pedindo cidadania à Bélgica. Ele nega qualquer relação de seu pedido com o aumento da carga fiscal na França promete continuar pagando seus impostos.
Mas no momento em que o presidente acabou de reafirmar, no domingo passado, a concretização de sua promessa de campanha de aumentar o imposto dos muito ricos, a decisão do maior magnata de sair da França recoloca em questão a política fiscal de Hollande.
O presidente francês anunciou um plano de ajuste das contas públicas com cortes de 10 bilhões de euros nos gastos públicos e aumentos de impostos de 20 bilhões de euros. É difícil e improvável que consiga o equilíbrio fiscal por esta via em plena crise das dívidas públicas da Zona do Euro.
Bernard Arnault, diretor-presidente do grupo Louis Vuitton Moet Hennessy (LVMH), uma das marcas mais importantes do mercado de alto luxo, está pedindo cidadania à Bélgica. Ele nega qualquer relação de seu pedido com o aumento da carga fiscal na França promete continuar pagando seus impostos.
Mas no momento em que o presidente acabou de reafirmar, no domingo passado, a concretização de sua promessa de campanha de aumentar o imposto dos muito ricos, a decisão do maior magnata de sair da França recoloca em questão a política fiscal de Hollande.
O presidente francês anunciou um plano de ajuste das contas públicas com cortes de 10 bilhões de euros nos gastos públicos e aumentos de impostos de 20 bilhões de euros. É difícil e improvável que consiga o equilíbrio fiscal por esta via em plena crise das dívidas públicas da Zona do Euro.
AIEA pede acesso imediato a instalações do Irã
Depois de se declarar frustrado, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, o japonês Yukiya Amano, exigiu nesta segunda-feira acesso irrestrito de seus inspetores a instalação militar do Irã em Parchin, suspeita de desenvolver armas nucleares.
Amano admitiu que não houve progresso nas negociações iniciadas com o Irã em janeiro para abrir instalações nucleares sensíveis a inspeções da agência da ONU, encarregada de fiscalizar o cumprimento do Tratado de Não Proliferação Nuclear, informa o jornal liberal isralense Haaretz.
O regime fundamentalista iraniano alega estar desenvolvendo energia nuclear para fins pacíficos, mas está submetida a um regime de sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Amano admitiu que não houve progresso nas negociações iniciadas com o Irã em janeiro para abrir instalações nucleares sensíveis a inspeções da agência da ONU, encarregada de fiscalizar o cumprimento do Tratado de Não Proliferação Nuclear, informa o jornal liberal isralense Haaretz.
O regime fundamentalista iraniano alega estar desenvolvendo energia nuclear para fins pacíficos, mas está submetida a um regime de sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
domingo, 9 de setembro de 2012
Vice-presidente sunita do Iraque é condenado à morte
Em um sinal da divisão entre xiitas e sunitas no Iraque, o vice-presidente sunita, Tarik al-Hachimi, foi condenado à morte à revelia por seu suposto envolvimento com grupos armados responsáveis por duas mortes.
Hachimi é acusado de chefiar esquadrões da morte. Está refugiado na Turquia desde que teve sua prisão pedida, em 19 de dezembro de 2011, um dia depois da retirada das forças dos Estados Unidos.
O governo é liderado pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki, um xiita. Hachimi o acusa de estar por trás da condenação para afastar os sunitas dos círculos do poder em Bagdá.
Hachimi é acusado de chefiar esquadrões da morte. Está refugiado na Turquia desde que teve sua prisão pedida, em 19 de dezembro de 2011, um dia depois da retirada das forças dos Estados Unidos.
O governo é liderado pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki, um xiita. Hachimi o acusa de estar por trás da condenação para afastar os sunitas dos círculos do poder em Bagdá.
Obama avança mas vantagem é apertada
Depois da Convenção Nacional do Partido Democrata, o presidente Barack Obama teve 47% das preferências contra 43% para o ex-governador Mitt Romney em pesquisa do instituto Ipsos para a agência de notícias Reuters sobre a eleição presidencial de 6 de novembro de 2012, nos Estados Unidos.
Obama ampliou sua vantagem, que ainda está dentro da margem de erro da pesquisa, mas o fraco desempenho do mercado de trabalho revelado no relatório de emprego sobre o mês passado fortalece o argumento do candidato da oposição.
Obama ampliou sua vantagem, que ainda está dentro da margem de erro da pesquisa, mas o fraco desempenho do mercado de trabalho revelado no relatório de emprego sobre o mês passado fortalece o argumento do candidato da oposição.
sábado, 8 de setembro de 2012
Crise política traz de volta velha guarda na China
A queda espetacular de Bo Xilai e a luta pela sucessão do atual grupo dirigente aumentaram o prestígio e a importância de líderes veteranos que foram convocados unir e pacificar o turbulento Partido Comunista da China.
Dez anos depois de passar o poder pacificamente ao atual presidente, Hu Jintao, na primeira transição tranquila do regime comunista chinês, o ex-líder Jiang Zemin, hoje com 86 anos, foi chamado para dar sua opinião sobre o caso de Bo Xilai, o dirigente do partido que resgatou canções e práticas maoístas do tempo da Revolução Cultural (1966-76).
Bo era visto como o maior expoente em ascensão da linha dura quando foi derrubado, em março e abril de 2011, por "graves violações disciplinares". Sua mulher foi condenada por assassinato, mas ele foi poupado até agora de um processo criminal.
Outro veterano, Qiao Shi, de 87, ex-rival de Jiang, também participou das deliberações sobre o futuro de Bo. Teria defendido uma punição mais severa a Bo Xilai, que sonhava em ascender no fim do ano ao Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central do PC, o órgão máximo do poder na China, formado pelos chamados nove imperadores que governo o país de fato.
Como o partido ainda não anunciou oficialmente o destino de Bo, acredita-se que ele se transformou em mais um peça da luta política interna do PC chinês. Jiang Zemin, que era próximo do pai de Bo, Bo Yibo, quer um tratamento brando.
A reemergência da velha guarda revela um problema adicional para os dirigentes chineses. Desde que a idade de 68 anos foi introduzida informalmente como limite para ocupar cargos na alta direção do PC, há no país uma série de dirigentes aposentados que usam seu tempo, seu poder e seus contatos para manter um papel ativo no jogo político, muitas vezes através de protegidos que ajudaram a promover.
Ao todo, há 12 antigos membros do Comitê Permanente vivos, 12 ex-imperadores, e imperadores não costumam se aposentar. A maioria participou de um encontro anual informal em Beidaihe, a praia onde a cúpula da ditadura chinesa costuma passar as férias de verão. Sete dos nove membros atuais do comitê também participaram.
O futuro de Bo Xilai certamente foi um dos temas centrais das discussões, dividindo o partido entre as facções de Jiang e de Hu. Na semana passada, um aliado de Hu, Ling Jihua, foi rebaixado depois de um acidente de carro com seu filho, que dirigia uma Ferrari onde foram encontradas duas mulheres seminuas, em mais um sinal dos abusos da elite no poder.
Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao gostaria de dar uma punição exemplar em Bo. Teriam recuado porque ele tem amigos poderosos, a começar por Jiang Zemin. Uma investigação mais profunda sobre as atividades de Bo poderia respingar em outros dirigentes do partido.
Dez anos depois de passar o poder pacificamente ao atual presidente, Hu Jintao, na primeira transição tranquila do regime comunista chinês, o ex-líder Jiang Zemin, hoje com 86 anos, foi chamado para dar sua opinião sobre o caso de Bo Xilai, o dirigente do partido que resgatou canções e práticas maoístas do tempo da Revolução Cultural (1966-76).
Bo era visto como o maior expoente em ascensão da linha dura quando foi derrubado, em março e abril de 2011, por "graves violações disciplinares". Sua mulher foi condenada por assassinato, mas ele foi poupado até agora de um processo criminal.
Outro veterano, Qiao Shi, de 87, ex-rival de Jiang, também participou das deliberações sobre o futuro de Bo. Teria defendido uma punição mais severa a Bo Xilai, que sonhava em ascender no fim do ano ao Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central do PC, o órgão máximo do poder na China, formado pelos chamados nove imperadores que governo o país de fato.
Como o partido ainda não anunciou oficialmente o destino de Bo, acredita-se que ele se transformou em mais um peça da luta política interna do PC chinês. Jiang Zemin, que era próximo do pai de Bo, Bo Yibo, quer um tratamento brando.
A reemergência da velha guarda revela um problema adicional para os dirigentes chineses. Desde que a idade de 68 anos foi introduzida informalmente como limite para ocupar cargos na alta direção do PC, há no país uma série de dirigentes aposentados que usam seu tempo, seu poder e seus contatos para manter um papel ativo no jogo político, muitas vezes através de protegidos que ajudaram a promover.
Ao todo, há 12 antigos membros do Comitê Permanente vivos, 12 ex-imperadores, e imperadores não costumam se aposentar. A maioria participou de um encontro anual informal em Beidaihe, a praia onde a cúpula da ditadura chinesa costuma passar as férias de verão. Sete dos nove membros atuais do comitê também participaram.
O futuro de Bo Xilai certamente foi um dos temas centrais das discussões, dividindo o partido entre as facções de Jiang e de Hu. Na semana passada, um aliado de Hu, Ling Jihua, foi rebaixado depois de um acidente de carro com seu filho, que dirigia uma Ferrari onde foram encontradas duas mulheres seminuas, em mais um sinal dos abusos da elite no poder.
Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao gostaria de dar uma punição exemplar em Bo. Teriam recuado porque ele tem amigos poderosos, a começar por Jiang Zemin. Uma investigação mais profunda sobre as atividades de Bo poderia respingar em outros dirigentes do partido.
Assinar:
Postagens (Atom)