sexta-feira, 28 de setembro de 2012

PC chinês inicia congresso da transição no dia 8/11

O Partido Comunista da China convocou para 8 de novembro o congresso que vai eleger os novos dirigentes do regime numa transição que acontece a cada dez anos, desta vez abalada pela queda espetacular de Bo Xilai, o expoente em ascensão da linha dura expurgado hoje. Isso indica que houve um acordo entre as diferentes facções sobre quem será promovido.

Se não houver surpresas, o vice-presidente Xi Jinping será elevado à liderança do PC e, em março de 2013, deverá assumir a Presidência da China, mas acredita-se que o atual presidente, Hu Jintao, quer ficar na presidência da Comissão Militar do Comitê Central para manter sua influência. Esse era o único cargo oficial de Deng Xiaoping nos anos 70 e 80. Xi desapareceu de 1º a 15 de setembro, gerando especulações sobre seu destino.

Bo era um dos 25 membros do Politburo do Comitê Central, de onde foi afastado em abril de 2012, depois de ter perdido um mês antes a chefia do partido e do governo na cidade-província de Xunquim, onde adotara políticas estatizantes e resgatara práticas da era de Mao Tsé-tung e da Revolução Cultural, inclusive a música triunfalista do realismo socialista. Sonhava em ascender para o Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central, os nove dirigentes máximos do regime comunista chinês.

Sua queda é o escândalo político mais espetacular desde 1981, quando os membros Gangue dos Quatro, inclusive a viúva de Mao, Jiang Ching, foram condenados por crimes cometidos durante a Revolução Cultural. A Gangue virou o símbolo máximo dos excessos, abusos de poder e brutalidade daquele período que Bo tentou reviver.

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