O ex-chefe de polícia e ex-vice-prefeito de Bo Xilai na cidade e província de Xunquim, na China, Wang Lijun foi condenado por um tribunal da cidade de Chengdu a 15 anos de prisão por quatro acusações: abuso de poder, corrupção, deserção e conspiração para ocultar o assassinato do empresário britânico Neil Heywood, morto em 13 de novembro do ano passado pela mulher de Bo, Gu Kailai, informou há pouco a agência oficial de notícias Nova China.
Depois do crime, Wang Lijun conseguiu gravar uma confissão da mulher do chefe. Quando Wang comentou o assunto com Bo, no início de fevereiro, diante da reação violenta do então alto dirigente do Partido Comunista, ele se refugiou no Consulado dos Estados Unidos em Chengdu.
Sob pressão das autoridades chinesas, saiu e entregou as provas que tinha à polícia. Isso foi decisivo para a condenação à morte de Gu Kailai, que está com a pena suspensa temporariamente com grande chance de ser convertida em prisão perpétua.
Bo era a grande estrela em ascensão da linha dura maoísta. Como membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista, era um dos 25 homens mais poderosos da China. Sonhava em ser eleito para o Comitê Permanente do Politburo, os nove imperadores que mandam de fato no país.
Em março de 2012, ele perdeu a liderança do partido e, em abril, todos seus outros cargos, no maior escândalo político em mais de 30 anos na China, desde que a viúva de Mao Tsé-tung e os outros membros da Gangue dos Quatro foram condenados, em 1981.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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