Com sua riqueza ostensiva, fruto da pilhagem, as milícias da rede terrorista al Caeda no Magrebe Islâmico que tomaram o Norte do Máli há seis meses estão recrutando jovens, enquanto o país espera a intervenção militar de uma força pan-africana para se reunificar.
Em 22 de março de 2012, um grupo de oficiais do Exército deu um golpe e derrubou o presidente Amadou Traoré, que estava no poder desde 8 de junho de 2002. Com os caos político na capital, Bamako, as milícias extremistas muçulmanas do deserto tomaram Gao, uma das principais cidades do Norte do país.
Logo o Movimento Nacional de Libertação de Azawade desabou. No seu vácuo, entrou o Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO), um grupo salafista que tem se dedicado à destruição de mesquitas e mausoléus sufistas no Norte do Máli.
Hoje o MUJAO, uma dissidência da ACMI, paga um salário-base de 114 euros por mês, entre outras vantagens. "O MUJAO é tão rico", observou um veterano. "Dá comida a seus combatentes, os paga regularmente e financia até mesmo seus casamentos com grandes somas. Os jovens não têm como resistir", reporta o jornal Courrier International.
A vida no Sahel não é nada fácil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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