Ela está presa na chamada Bastilha de Moscou, mas não se rendeu. A líder da banda de rock Pussy Riots, Nadejda Andreievna Tolokonikova, foi condenada há dois anos de cadeia por gravar uma canção de protesto na Catedral do Cristo Salvador pedindo a Nossa Senhora "livrai-nos de Putin", o homem-forte da Rússia.
Atrás das grades do Centro de Detenção Prejulgamento nº 6, o único para mulheres na capital russa, mais conhecido como Bastilha, em referência à prisão tomada pelo povo no início da Revolução Francesa de 1789, a roqueira de 22 anos promete continuar "a luta por nossos ideias e valores". Nadejna desafia o ditador: "Não sou eu, mas as autoridades que devem ter medo".
Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, Nadejna Andreievna considerou "suportável" a Bastilha de Putin: "É uma prisão russa, com todo o seu charme soviético. Houve algum progresso, mas o sistema prisional é um misto de quartel e hospital. Somos acordados às seis da manhã, tomamos café e vamos para o pátio. No resto do dia, eu escrevo ou leio. Hoje, por exemplo, li a Bíblia e o filósofo marxista esloveno Slavoj Zizek. A falta de liberdade de movimento não constrange a liberdade de pensamento."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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