A economia dos Estados Unidos gerou apenas 96 mil empregos a mais do que destruiu em agosto de 2012, um resultado decepcionante, bem abaixo dos 130 mil esperados pelos economistas e dos 201 mil indicados ontem pela consultoria ADP, que faz estimativas sobre o desempenho do mercado de trabalho no setor privado.
Pelo relatório oficial de emprego, divulgado hoje, o setor privado criou apenas 103 mil vagas a mais do que fechou no mês passado. Em julho, o saldo foi de 141 mil empregos, em vez dos 163 mil da estimativa inicial. Em junho, a revisão foi de 64 mil do cálculo inicial para 45 mil na realidade.
O índice de desemprego caiu para 8,1%. É um sinal de que muita gente desistiu de procurar trabalho. Esses números não ajudam a candidatura à reeleição do presidente Barack Obama e dão munição à campanha do republicano Mitt Romney para atacar o atual governo.
No pós-guerra, nenhum presidente dos EUA se reelegeu com taxa de desemprego acima de 7,2%. Ontem à noite, no discurso de aceitação de sua candidatura, Obama alegou que a crise o impediu de fazer um governo melhor.
Ao defender o primeiro governo Obama, na véspera, o ex-presidente Bill Clinton argumentou que nem ele nem qualquer outro presidente conseguiria resolver os problemas herdados do governo George W. Bush, a maior crise econômica dos EUA desde a Grande Depressão (1929-39), e que votar nos republicanos trará de volta as políticas responsáveis pela Grande Recessão (2008-9).
Romney não perdeu tempo em atacar Obama, dizendo que o total de desempregados de longo prazo que desistiram de procurar emprego chegou a 23 milhões, um recorde na História dos EUA. A taxa de desemprego caiu porque há menos gente procurando emprego.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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