terça-feira, 18 de setembro de 2012

Síria testou sistemas para carregar armas químicas

O Exército da Síria testou maneiras de levar armas químicas até seus alvos no fim do mês passado num "centro de pesquisa científica" em Safira, perto de Alepo, a segunda cidade mais importante do país, revelaram várias testemunhas. Elas teriam visto os restos de cinco a seis bombas disparadas por tanques e aviões.

Assessores do Irã, provavelmente membros da Guarda Revolucionária, a tropa de choque do regime fundamentalista iraniano, participaram da experiência, realizada num dos maiores arsenais de armas químicas do mundo.

Apesar da proscrição internacional desse tipo de arma, acredita-se que a Síria tenha arsenais dos gases mostarda, sarin e tabum, revela a revista alemã Der Spiegel.

Na guerra civil síria, que já dura um ano e meio, é mais um dia de combates violentos. O governo bombardeou um distrito de Homs, a terceira maior cidade do país. Pelo menos 131 pessoas foram mortas ontem e outras 72 hoje, informaram os comitês de coordenação locais dos rebeldes, reporta a TV Al Arabiya.

Os ministros do Exterior de três dos quatro países do Quarteto Islâmico que tenta negociar a paz na Síria ficaram de se reunir em Nova York durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas. A proposta do presidente egípcio Mohamed Mursi foi aceita pelo Egito, o Irã e a Turquia, mas o príncipe saudita Saud al-Faissal não confirmou sua presença. Sua participação é considerada crucial pelo chanceler turco, Ahmet Davutoglu.

Mursi teria oferecido incentivos para o Irã retirar o apoio à ditadura de Bachar Assad em troca do fim do isolamento regional, noticia a Agência de Notícias do Oriente Médio (MENA), citada pelo jornal libanês The Daily Star. Mas a Arábia Saudita, que chegou a pedir aos Estados Unidos que ataquem o programa nuclear iraniano, como revelaram os vazamentos do WikiLeaks, ainda não concordou com a reunião.

Um magnata sírio de oposição ofereceu US$ 25 milhões por informações que levem à captura do ditador Bachar Assad vivo ou morto. É a mesma quantia que os EUA ofereciam por Ossama ben Laden até sua morte, em 1º de maio de 2011.

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