Por quase três anos, ele fez o trabalho de reportagem mais arriscado de todos: Witold Pilecki se infiltrou no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial para conter a história do inferno nazista. Sobreviveu. Numa ironia do destino, aquele herói da resistência polonesa foi condenado com base em acusação forjada e executado pelo regime comunista do pós-guerra.
"Ele foi único", celebra a filha Zofia Pilecka Optulowicz, lembrando que o pai se deixou prender num arrastão da polícia da Alemanha nazista para entrar em Auschwitz em 1940. Ele conseguiu contar ao mundo a história das execuções em massa em câmaras de gás e fornos crematórios antes de escapar. "Gostaria de ter um lugar para acender uma vela para ele".
Seis décadas depois, a família tem esperança de que seus restos sejam identificados entre ossadas exumadas de um cemitério clandestino descoberto num canto do cemitério militar de Varsóvia, reporta o jornal liberal israelense Haaretz.
Mais de cem esqueletos, na maioria de homens, foram exumados neste verão no Hemisfério Norte. Os corpos foram jogados ali na calada da noite, ao lado das tumbas das autoridades que executaram suas sentenças a mando de Moscou e do Partido Comunista da União Soviética.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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