O governo do Japão anunciou hoje que vai desativar progressivamente suas usinas atômicas até 2042, quando o pais vai parar de produzir energia nuclear. A decisão é consequência do acidente na central nuclear de Fukushima, resultado do terremoto e do maremoto de 11 de março de 2011.
Naquela data, o abalo sísmico provocou o desligamento automático dos reatores. Pouco depois, ondas gigantes de até dez metros de altura superaram um muro de apenas cinco metros e destruíram o sistema de resfriamento do reator.
Quando a tragédia atingiu a costa Nordeste do Japão, matando cerca de 19 mil pessoas, o país tinha 54 usinas nucleares em atividade, responsáveis por 35% da energia elétrica. Neste verão no Hemisfério Norte, duas foram religadas, sob protesto dos moradores dos arredores.
Depois do acidente de Fukushima, sob pressão da opinião pública, a Alemanha também anunciou que vai abandonar a energia nuclear. Por ordem da primeira-ministra Angela Merkel, a metade dos reatores do país foi desligada e a outra deve ser desativada em 10 anos, 20 anos antes do Japão, apesar da oposição de empresas e dos governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França.
Mas, ao abrir hoje uma conferência sobre o meio ambiente, o presidente francês, François Hollande, anunciou o fechamento da usina nuclear de Fessenheim, a mais antiga da França, até o fim de 2016.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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