Com a derrota na Batalha de Mossul, no Iraque, e a derrota iminente na Batalha de Rakka, na Síria, o califado proclamado há três anos pelo líder Abu Baker al-Baghdadi está extingo na prática. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante volta a ser apenas um grupo terrorista clandestino. Isso não o torna menos perigoso, como o mundo inteiro viu a partir dos atentados que mataram 130 pessoas em Paris em 13 de novembro de 2015.
Nos últimos meses, o Estado Islâmico fez cerca de 1.468 ataques contra 16 cidades do Iraque e da Síria liberadas dos milicianos, adverte um relatório divulgado ontem pelo Centro de Combate do Terrorismo da Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, noticiou hoje o jornal The York Times.
O relatório A Luta Continua adverte que as vitórias militares no campo de batalha precisam ser completadas com esforços para restaurar a segurança, a governabilidade e a economia nos territórios que estavam sob o domínio do Estado Islâmico.
"Tirar o Estado Islâmico da posição de partido governante de um território não é suficiente para acabar com a habilidade do grupo de cometer violências contra indivíduos no Iraque e na Síria", alerta o relatório de 20 páginas.
Daqui para a frente, será um novo desafio: "O EI esperava o fim de seu governo há mais de um ano", observa William McCants, pesquisador da Brookings Institution e autor de O Apocalipse do EIIL: a história, a estrategia e a visão apocalíptica do Estado Islâmico. "Ele está preparado para travar uma guerra nas sombras para ressuscitar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 30 de junho de 2017
Estado Islâmico regride a grupo terrorista sem base territorial
Parlamento da Alemanha aprova o casamento homossexual
Por 393 a 226 votos, a Câmara Federal da Alemanha aprovou hoje a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, depois que a chanceler (primeira-ministra) conservadora abandonou sua oposição diante da pressão da opinião pública a menos de três meses das eleições parlamentares.
A Alemanha é o 14º país europeu a aprovar o casamento gay. O debate na Câmara durou apenas 38 minutos.
O Partido Social-Democratas (SPD), os Verdes e a Esquerda votaram em massa a favor do projeto, enquanto a coalizão conservadora formada pela União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU) se dividiu. A CSU, aliada da Baviera, foi contra, mas apresentou críticas moderadas.
A própria Merkel votou contra usando um argumento jurídico: "O casamento, segundo a Constituição, é a união de um homem e uma mulher." Ela aceitou a mudança para tirar uma bandeira da esquerda nas eleições. Também declarou ser favorável a que casais gays tenham o direito de adotar filhos.
"É um dia histórico para nossa minoria", declarou o deputado verde Volker Beck, aplaudido de pé num de seus últimos discursos na Câmara.
A Alemanha é o 14º país europeu a aprovar o casamento gay. O debate na Câmara durou apenas 38 minutos.
O Partido Social-Democratas (SPD), os Verdes e a Esquerda votaram em massa a favor do projeto, enquanto a coalizão conservadora formada pela União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU) se dividiu. A CSU, aliada da Baviera, foi contra, mas apresentou críticas moderadas.
A própria Merkel votou contra usando um argumento jurídico: "O casamento, segundo a Constituição, é a união de um homem e uma mulher." Ela aceitou a mudança para tirar uma bandeira da esquerda nas eleições. Também declarou ser favorável a que casais gays tenham o direito de adotar filhos.
"É um dia histórico para nossa minoria", declarou o deputado verde Volker Beck, aplaudido de pé num de seus últimos discursos na Câmara.
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Oposição acusa ditadura de Angola de se eleger com dinheiro da Odebrecht
A União Nacional pela Independência Total de Angola (Unita) acusou ontem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência do país, em 1975, de receber US$ 50 milhões de dinheiro sujo da empreiteira brasileira Odebrecht nas eleições de 2012.
O escândalo foi revelado na Operação Lava Jato aqui no Brasil. A denúncia de Raul Danda, vice-presidente da Unita e candidato a vice-presidente nas eleições de agosto, se baseia nas delações premiadas dos marqueteiros do Partido dos Trabalhadores (PT), João Santana e Mônica Moura, indicados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazerem a campanha eleitoral do ditador José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979.
Em 2012, "o ex-presidente brasileiro deslocou-se a Luanda na companhia do então presidente da Odebrecht, Emilio Odebrecht. O presidente José Eduardo dos Santos manifestou-lhes o interesse em contratar o publicitário João Santana e seus interlocutores prontificaram-se em contatar e persuadir o publicitário a fazer a campanha do MPLA", afirmou o líder da Unita.
Com "o custo do serviço no valor de US$ 50 milhões", a contratação só seria possível "se o publicitário aceitasse receber o dinheiro da Odebrecht." Foram fechados dois contratos: "o primeiro, de US$ 30 milhões, com a empresa do publicitário e o segundo, de US$ 20 milhões, entre a mulher do publicitário e o responsável da Odebrecht Angola".
Para Raul Danda, foi "uma ilicitude eleitoral e um atentado à independência, à unidade nacional e à democracia no país."
Depois de 38 anos no poder, Santos não é candidato à reeleição. O candidato governista é o general João Lourenço, atual ministro da Defesa. A Unita também denuncia o utilização abusiva das Forças Armadas na atual campanha.
O escândalo foi revelado na Operação Lava Jato aqui no Brasil. A denúncia de Raul Danda, vice-presidente da Unita e candidato a vice-presidente nas eleições de agosto, se baseia nas delações premiadas dos marqueteiros do Partido dos Trabalhadores (PT), João Santana e Mônica Moura, indicados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazerem a campanha eleitoral do ditador José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979.
Em 2012, "o ex-presidente brasileiro deslocou-se a Luanda na companhia do então presidente da Odebrecht, Emilio Odebrecht. O presidente José Eduardo dos Santos manifestou-lhes o interesse em contratar o publicitário João Santana e seus interlocutores prontificaram-se em contatar e persuadir o publicitário a fazer a campanha do MPLA", afirmou o líder da Unita.
Com "o custo do serviço no valor de US$ 50 milhões", a contratação só seria possível "se o publicitário aceitasse receber o dinheiro da Odebrecht." Foram fechados dois contratos: "o primeiro, de US$ 30 milhões, com a empresa do publicitário e o segundo, de US$ 20 milhões, entre a mulher do publicitário e o responsável da Odebrecht Angola".
Para Raul Danda, foi "uma ilicitude eleitoral e um atentado à independência, à unidade nacional e à democracia no país."
Depois de 38 anos no poder, Santos não é candidato à reeleição. O candidato governista é o general João Lourenço, atual ministro da Defesa. A Unita também denuncia o utilização abusiva das Forças Armadas na atual campanha.
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Maduro ameaça usar a força para conseguir o que não puder pelo voto
Cada vez mais acuado, o ditador Nicolás Maduro ameaçou "ir às armas" para conseguir o que não puder conquistar "com os votos" na Venezuela, caso a revolução chavista seja ameaçada pelo movimento pela democracia, noticiou o boletim de notícias Dolar Today.
"Se a Venezuela naufragasse no caos e na violência, e a revolução bolivarista fosse destruída, nós iríamos para o combate, nós jamais nos renderíamos e o que não se pôde fazer pelo votos faríamos com armas, liberaríamos nossa pátria com armas", afirmou Maduro em discurso para militantes chavistas em Caracas.
Para o advogado constitucionalista José Vicente Haro, o chefe de Estado venezuelano cometeu três crimes previstos no Código Penal venezuelano: incitação à delinquência, apologia do delito e conspiração.
"Se a Venezuela naufragasse no caos e na violência, e a revolução bolivarista fosse destruída, nós iríamos para o combate, nós jamais nos renderíamos e o que não se pôde fazer pelo votos faríamos com armas, liberaríamos nossa pátria com armas", afirmou Maduro em discurso para militantes chavistas em Caracas.
Para o advogado constitucionalista José Vicente Haro, o chefe de Estado venezuelano cometeu três crimes previstos no Código Penal venezuelano: incitação à delinquência, apologia do delito e conspiração.
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quarta-feira, 28 de junho de 2017
Supremo da Venezuela proíbe procuradora-geral de sair do país
Em mais uma medida autoritária e fascista da ditadura de Nicolás Maduro, o Tribunal Supremo de Justiça congelou as contas bancárias da procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, e a proibiu de deixar a Venezuela, informou o boletim de notícias Dolar Today.
O tribunal agiu a pedido do deputado chavista Pedro Carreño e marcou uma audiência com as partes para 4 de julho. Em nota, explicou a decisão: "As medidas cautelares tomadas pelo plenário para garantir o andamento do processo consistem no seguinte: proibição de saída do país da cidadã Luisa Ortega Díaz; proibição de alienar e gravar todos os seus bens; e congelar todas as suas contas bancárias.""
A procuradora-geral virou alvo de Maduro quando contestou a decisão do TSJ de assumir os poderes legislativos da Assembleia Nacional, dominada pela oposição, e limitar a imunidade parlamentar, que considerou uma "ruptura da ordem constitucional".
Luisa Ortega também rejeitou a convocação por Maduro de uma Assembleia Nacional Constituinte eleita indiretamente por entidades, chamando-a de "traição à memória de Hugo Chávez" e de sua Constituição da República Bolivarista da Venezuela.
O tribunal agiu a pedido do deputado chavista Pedro Carreño e marcou uma audiência com as partes para 4 de julho. Em nota, explicou a decisão: "As medidas cautelares tomadas pelo plenário para garantir o andamento do processo consistem no seguinte: proibição de saída do país da cidadã Luisa Ortega Díaz; proibição de alienar e gravar todos os seus bens; e congelar todas as suas contas bancárias.""
A procuradora-geral virou alvo de Maduro quando contestou a decisão do TSJ de assumir os poderes legislativos da Assembleia Nacional, dominada pela oposição, e limitar a imunidade parlamentar, que considerou uma "ruptura da ordem constitucional".
Luisa Ortega também rejeitou a convocação por Maduro de uma Assembleia Nacional Constituinte eleita indiretamente por entidades, chamando-a de "traição à memória de Hugo Chávez" e de sua Constituição da República Bolivarista da Venezuela.
Guarda Nacional da Venezuela agride deputados e jornalistas
Pelo menos três deputados e alguns jornalistas foram agredidos pela Guarda Nacional Bolivarista (GNB) ontem dentro da Assembleia Nacional da Venezuela, que foi cercada das 17h às 22h (18h às 23h em Brasília) por milícias ligadas à ditadura chavista que inferniza o país, reportou o jornal venezuelano El Nacional.
Os deputados Winston Flores, Delsa Solórzano e Olivia Lozano foram atacados quando tentavam impedir a entrada no Parlamento de material do Conselho Nacional Eleitoral para realização das votações manipuladas convocadas pelo ditador Nicolás Maduro para escolher uma Assembleia Nacional Constituinte. A meta do ditador é fazer uma nova Constituição para revogar os poderes do Parlamento, dominado pela oposição.
A agressão começou quando os congressistas quiseram saber qual o conteúdo das caixas do CNE entregues ao posto da GNB na Assembleia Nacional. A sessão foi suspensa e os outros deputados foram pressionar a Guarda a retirar o material suspeito. O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, declarou não ter conseguido saber o que contém as cerca de 30 caixas.
A oposição acusa o coronel Vladimir Lugo Armas de tentar levar armas para dentro do Parlamento. O coronel afirmou que eram instrumentos para validar eleições.
No fim da tarde, a Assembleia Nacional foi cercada por milícias aliadas ao regime chavista, que durante cinco horas impediram a saída dos deputados, jornalistas e trabalhadores do prédio.
Por volta das 20h, um grupo de militares, policiais e funcionários públicos civis se declararam em rebelião para "buscar o equilíbrio e contra este governo transitório e criminoso", informou o boletim de notícias Dolar Today, que monitora o mercado paralelo de moedas fortes.
Em nome dos rebeldes, Oscar Pérez, do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais (CICPC), afirmou que o movimento "não tem tendências político-partidárias. Somos nacionalistas, patriotas e institucionalistas."
Um helicóptero rebelde teria disparado duas granadas e tiros contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça, servil à ditadura chavista, acrescentou o Dolar Today. Uma hora depois, tanques de guerra saíram às ruas de Caracas. Alguns teriam entrado no Palácio de Miraflores, sede do governo, para proteger Maduro.
Hoje, o movimento oposicionista, que protesta diariamente contra o governo Maduro desde o início de abril, pretende parar Caracas, bloqueando o trânsito em vários pontos da capital. Em meio à pior crise econômica de sua história independente, a Venezuela agoniza, mas o ditador se nega a deixar o cargo. Uma manobra salvacionista de última hora pode partir de dentro do próprio regime, que aparentemente ainda controla as Forças Armadas.
A procuradora-geral Luisa Ortega Díaz e outras figuras preeminentes do chavismo acusam Maduro de trair a herança de Chávez ao tentar reescrever a Constituição da República Bolivarista da Venezuela. O atual presidente foi indicado pelo ditador cubano Fidel Castro quando Chávez estava à beira da morte, em 2013.
Sem carisma nem talento, Maduro enterrou o chavismo e governa hoje na base da força e da intimidação, enquanto o país desaba, com inflação de 90% ao ano, queda de mais de 20% do produto interno bruto em dois e escassez de cerca de 80% dos bens de consumo essenciais. Com a população faminta, os saques a armazéns e supermercados se tornaram rotineiros na Venezuela.
Os deputados Winston Flores, Delsa Solórzano e Olivia Lozano foram atacados quando tentavam impedir a entrada no Parlamento de material do Conselho Nacional Eleitoral para realização das votações manipuladas convocadas pelo ditador Nicolás Maduro para escolher uma Assembleia Nacional Constituinte. A meta do ditador é fazer uma nova Constituição para revogar os poderes do Parlamento, dominado pela oposição.
A agressão começou quando os congressistas quiseram saber qual o conteúdo das caixas do CNE entregues ao posto da GNB na Assembleia Nacional. A sessão foi suspensa e os outros deputados foram pressionar a Guarda a retirar o material suspeito. O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, declarou não ter conseguido saber o que contém as cerca de 30 caixas.
A oposição acusa o coronel Vladimir Lugo Armas de tentar levar armas para dentro do Parlamento. O coronel afirmou que eram instrumentos para validar eleições.
No fim da tarde, a Assembleia Nacional foi cercada por milícias aliadas ao regime chavista, que durante cinco horas impediram a saída dos deputados, jornalistas e trabalhadores do prédio.
Por volta das 20h, um grupo de militares, policiais e funcionários públicos civis se declararam em rebelião para "buscar o equilíbrio e contra este governo transitório e criminoso", informou o boletim de notícias Dolar Today, que monitora o mercado paralelo de moedas fortes.
Em nome dos rebeldes, Oscar Pérez, do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais (CICPC), afirmou que o movimento "não tem tendências político-partidárias. Somos nacionalistas, patriotas e institucionalistas."
Um helicóptero rebelde teria disparado duas granadas e tiros contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça, servil à ditadura chavista, acrescentou o Dolar Today. Uma hora depois, tanques de guerra saíram às ruas de Caracas. Alguns teriam entrado no Palácio de Miraflores, sede do governo, para proteger Maduro.
Hoje, o movimento oposicionista, que protesta diariamente contra o governo Maduro desde o início de abril, pretende parar Caracas, bloqueando o trânsito em vários pontos da capital. Em meio à pior crise econômica de sua história independente, a Venezuela agoniza, mas o ditador se nega a deixar o cargo. Uma manobra salvacionista de última hora pode partir de dentro do próprio regime, que aparentemente ainda controla as Forças Armadas.
A procuradora-geral Luisa Ortega Díaz e outras figuras preeminentes do chavismo acusam Maduro de trair a herança de Chávez ao tentar reescrever a Constituição da República Bolivarista da Venezuela. O atual presidente foi indicado pelo ditador cubano Fidel Castro quando Chávez estava à beira da morte, em 2013.
Sem carisma nem talento, Maduro enterrou o chavismo e governa hoje na base da força e da intimidação, enquanto o país desaba, com inflação de 90% ao ano, queda de mais de 20% do produto interno bruto em dois e escassez de cerca de 80% dos bens de consumo essenciais. Com a população faminta, os saques a armazéns e supermercados se tornaram rotineiros na Venezuela.
terça-feira, 27 de junho de 2017
Reforma de Trump tira seguro-saúde de 22 milhões até 2026
O projeto em discussão no Senado para acabar com o programa do governo Barack Obama para garantir cobertura universal de saúde vai deixar mais 22 milhões de americanos sem seguro-saúde até 2026, advertiu hoje o bipartidário Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) dos Estados Unidos.
A previsão aumenta a pressão sobre os senadores do Partido Republicano. Se dois republicanos votarem contra, o projeto está liquidado. Pelo menos duas senadoras alertaram que não vão apoiar a proposta, que corta o financiamento para a Planned Parenthood, uma instituição beneficente dedicada à saúde reprodutiva que entre outras coisas financia aborto.
É mais uma jogada ideológica do governo Trump e da ultradireita republicana. Obama acusou o projeto de não ser um programa de saúde, mas um corte de impostos bilionário para favorecer grandes empresas e grandes fortunas.
Pelos cálculos do CBO, o projeto aprovado no mês passado na Câmara deixaria 23 milhões sem cobertura. A proposta republicana acaba com a obrigatoriedade de ter seguro-saúde e não exige que os planos de saúde não excluam as doenças preexistentes. Assim, o prêmio do seguro deve cair para pessoas saudáveis, mas corre o risco de se tornar impagável para quem já tem doenças graves.
A previsão aumenta a pressão sobre os senadores do Partido Republicano. Se dois republicanos votarem contra, o projeto está liquidado. Pelo menos duas senadoras alertaram que não vão apoiar a proposta, que corta o financiamento para a Planned Parenthood, uma instituição beneficente dedicada à saúde reprodutiva que entre outras coisas financia aborto.
É mais uma jogada ideológica do governo Trump e da ultradireita republicana. Obama acusou o projeto de não ser um programa de saúde, mas um corte de impostos bilionário para favorecer grandes empresas e grandes fortunas.
Pelos cálculos do CBO, o projeto aprovado no mês passado na Câmara deixaria 23 milhões sem cobertura. A proposta republicana acaba com a obrigatoriedade de ter seguro-saúde e não exige que os planos de saúde não excluam as doenças preexistentes. Assim, o prêmio do seguro deve cair para pessoas saudáveis, mas corre o risco de se tornar impagável para quem já tem doenças graves.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Telefonema de Camilla deflagrou divórcio de Charles e Diana
A pedido de amigos preocupados com a saúde mental do príncipe Charles, sua amante de longa data, ligou para o herdeiro do trono do Reino Unido em 1986. O telefonema deflagrou o processo de divórcio de Charles e Diana, alega um novo livro recém publicado sobre Camilla Parker-Bowles, A Duquesa: a história não contada.
No livro, divulgado pouco a pouco pela imprensa britânica, a autora Penny Junor descreve a chamada como "uma ligação fatal": "Camilla estava lisonjeada, como qualquer um estaria, de saber que seria a única pessoa capaz de elevar o espírito do príncipe, mas era verdade", diz a citação publicada pelas Yahoo News.
"O que ele precisava era de alguém que estivesse a seu lado, que o compreendesse, não fizesse exigências nem fosse temperamental, que fosse quente e educada, que o fizesse se sentir seguro, levantasse sua moral, restaurasse sua confiança e o fizesse sorrir de novo", escreveu Penny Junior.
Charles "estava exausto depois de cinco anos tentando lidar com a insatisfação de Diana, triste com o fracasso tão espetacular e perigosamente deprimido", acrescentou a autora.
A ex-amante afirma que não estava interessada na época em restabelecer a relação rompida com o casamento dos príncipes. Depois do passo inicial, os telefonemas entre os dois se tornaram frequentes.
"Camilla trouxe Charles da beira do abismo e lhe deu força para enfrentar o mundo", sempre mais simpático à bela e adorável Diana.
"O que começou como amizade e um ombro amigo para chorar se transformou num poderoso caso de amor. Sim, ele sempre amou Camilla - de uma maneira talvez como se carrega a tocha do primeiro amor, mas levava as juras do casamento a sério e não pretendia reiniciar o caso. E se Camilla não tivesse feito a primeira ligação, talvez ele nunca tivesse feito.""
Penny Junor está sendo acusada de atacar a memória da princesa Diana pouco antes do 20º aniversário de sua morte trágica, em 31 de agosto de 1997.
No livro, divulgado pouco a pouco pela imprensa britânica, a autora Penny Junor descreve a chamada como "uma ligação fatal": "Camilla estava lisonjeada, como qualquer um estaria, de saber que seria a única pessoa capaz de elevar o espírito do príncipe, mas era verdade", diz a citação publicada pelas Yahoo News.
"O que ele precisava era de alguém que estivesse a seu lado, que o compreendesse, não fizesse exigências nem fosse temperamental, que fosse quente e educada, que o fizesse se sentir seguro, levantasse sua moral, restaurasse sua confiança e o fizesse sorrir de novo", escreveu Penny Junior.
Charles "estava exausto depois de cinco anos tentando lidar com a insatisfação de Diana, triste com o fracasso tão espetacular e perigosamente deprimido", acrescentou a autora.
A ex-amante afirma que não estava interessada na época em restabelecer a relação rompida com o casamento dos príncipes. Depois do passo inicial, os telefonemas entre os dois se tornaram frequentes.
"Camilla trouxe Charles da beira do abismo e lhe deu força para enfrentar o mundo", sempre mais simpático à bela e adorável Diana.
"O que começou como amizade e um ombro amigo para chorar se transformou num poderoso caso de amor. Sim, ele sempre amou Camilla - de uma maneira talvez como se carrega a tocha do primeiro amor, mas levava as juras do casamento a sério e não pretendia reiniciar o caso. E se Camilla não tivesse feito a primeira ligação, talvez ele nunca tivesse feito.""
Penny Junor está sendo acusada de atacar a memória da princesa Diana pouco antes do 20º aniversário de sua morte trágica, em 31 de agosto de 1997.
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Suprema Corte aceita parte do veto de Trump a viajantes muçulmanos
O supremo tribunal federal dos Estados Unidos aceitou hoje examinar o decreto do presidente Donald Trump proibindo a entrada no país de cidadãos de seis países muçulmanos, declarada inconstitucional por instâncias inferiores por discriminação religiosa.
Antes da decisão final, o o veto poderá ser aplicado a quem "não tiver estabelecido uma relação de boa fé com uma pessoa ou uma entidade dos EUA."
Pouco depois da possa, em janeiro de 2017, Trump baixou um decreto vetando a entrada no país por 90 dias de cidadãos de sete países muçulmanos: Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália e Sudão. Todos os pedidos de asilo político ficariam suspendos por 120 dias. Um juiz de primeira instância do Havaí e o tribunal federal de recursos de São Francisco, na Califórnia, rejeitaram o decreto.
Sob pressão do governo do Iraque, que luta com o apoio dos EUA contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na Batalha de Mossul, Trump decretou em março uma nova versão do veto sem iraquianos. Casos como o de um tradutor do Exército do Iraque que não pôde entrar nos EUA revoltaram o governo de Bagdá.
Mais uma vez, agora um juiz de primeira instância de Maryland e um tribunal federal de recursos do estado da Virgínia, declararam a inconstitucionalidade da medida. A Emenda nº 1 à Constituição dos EUA garante plena liberdade de imprensa, de religião, de associação para fins pacíficos e para processar o governo americano.
O presidente insiste em que o veto é necessário para garantir a segurança nacional. Festejou a decisão como "uma vitória clara da segurança nacional".
A Suprema Corte marcou para outubro as audiências para ouvir os argumentos das duas partes. Os três ministros mais conservadores do tribunal - Samuel Alito, Neil Gorsuch e Clarence Thomas - foram contra a admissão parcial do veto alegando que sua aplicação será difícil e ameaçar "provocar uma enxurrada de ações até a decisão final sobre o mérito do caso".
Quando a Suprema Corte ouvir as alegações das partes, o prazo de 90 dias previsto no decreto terá acabado
Antes da decisão final, o o veto poderá ser aplicado a quem "não tiver estabelecido uma relação de boa fé com uma pessoa ou uma entidade dos EUA."
Pouco depois da possa, em janeiro de 2017, Trump baixou um decreto vetando a entrada no país por 90 dias de cidadãos de sete países muçulmanos: Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália e Sudão. Todos os pedidos de asilo político ficariam suspendos por 120 dias. Um juiz de primeira instância do Havaí e o tribunal federal de recursos de São Francisco, na Califórnia, rejeitaram o decreto.
Sob pressão do governo do Iraque, que luta com o apoio dos EUA contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na Batalha de Mossul, Trump decretou em março uma nova versão do veto sem iraquianos. Casos como o de um tradutor do Exército do Iraque que não pôde entrar nos EUA revoltaram o governo de Bagdá.
Mais uma vez, agora um juiz de primeira instância de Maryland e um tribunal federal de recursos do estado da Virgínia, declararam a inconstitucionalidade da medida. A Emenda nº 1 à Constituição dos EUA garante plena liberdade de imprensa, de religião, de associação para fins pacíficos e para processar o governo americano.
O presidente insiste em que o veto é necessário para garantir a segurança nacional. Festejou a decisão como "uma vitória clara da segurança nacional".
A Suprema Corte marcou para outubro as audiências para ouvir os argumentos das duas partes. Os três ministros mais conservadores do tribunal - Samuel Alito, Neil Gorsuch e Clarence Thomas - foram contra a admissão parcial do veto alegando que sua aplicação será difícil e ameaçar "provocar uma enxurrada de ações até a decisão final sobre o mérito do caso".
Quando a Suprema Corte ouvir as alegações das partes, o prazo de 90 dias previsto no decreto terá acabado
domingo, 25 de junho de 2017
Marcha gay de Chicago proíbe bandeiras do arco-íris com estrela de Davi
CAMBRIDGE-MA, EUA - A organização da marcha do orgulho gay de Chicago, a terceira maior cidade dos Estados Unidos, excluiu hoje a participação de bandeiras do arco-íris com a estrela de Davi, símbolo de Israel, noticiou o jornal liberal israelense Haaretz.
Um dos membros do coletivo LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros), citado no jornal Windy City Times, alegou que as bandeiras do orgulho gay israelense "faziam as pessoas se sentirem inseguras" e que a passeata é "pró-palestinos" e "antissionista".
No Twitter dos organizadores, a manifestação foi descrita como "uma mobilização e celebração da resistência de sapatonas, bichas e transgêneros antirracista, antiviolência, dirigida por voluntários e pelas bases."
Uma das três pessoas excluídas, Laurel Grauer, da entidade LGBTQ israelense Uma Ponte mais Larga, declarou que é "uma bandeira da minha congregação que celebra minha identidade judaica e gay que eu empunhava na Marcha das Sapatas há mais de uma década. Eles me disseram para sair porque poderia provocar reações de quem a considerasse ofensiva."
Eleanor Shoshany Anderson, também afastada, considerou-se discriminada por ser judia.
Em janeiro de 2016, uma recepção para judeus participantes de uma conferência gay em Chicago foi invadida por manifestantes gritando que "a lavagem rosa tem de acabar". A expressão é usada para criticar quem minimiza a importância do tratamento dispensado por Israel aos palestinos porque o país é uma democracia e defende os direitos humanos dos homossexuais.
Um dos membros do coletivo LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros), citado no jornal Windy City Times, alegou que as bandeiras do orgulho gay israelense "faziam as pessoas se sentirem inseguras" e que a passeata é "pró-palestinos" e "antissionista".
No Twitter dos organizadores, a manifestação foi descrita como "uma mobilização e celebração da resistência de sapatonas, bichas e transgêneros antirracista, antiviolência, dirigida por voluntários e pelas bases."
Uma das três pessoas excluídas, Laurel Grauer, da entidade LGBTQ israelense Uma Ponte mais Larga, declarou que é "uma bandeira da minha congregação que celebra minha identidade judaica e gay que eu empunhava na Marcha das Sapatas há mais de uma década. Eles me disseram para sair porque poderia provocar reações de quem a considerasse ofensiva."
Eleanor Shoshany Anderson, também afastada, considerou-se discriminada por ser judia.
Em janeiro de 2016, uma recepção para judeus participantes de uma conferência gay em Chicago foi invadida por manifestantes gritando que "a lavagem rosa tem de acabar". A expressão é usada para criticar quem minimiza a importância do tratamento dispensado por Israel aos palestinos porque o país é uma democracia e defende os direitos humanos dos homossexuais.
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sábado, 24 de junho de 2017
Israel mata duas pessoas em bombardeio aéreo à Síria
A Força Aérea de Israel atacou hoje tropas e tanques do Exército da Síria nas Colinas do Golã, depois que disparos de artilharia errantes atingiram o território israelense, anunciaram porta-vozes militares de Israel. O regime sírio acusou o ataque de dar cobertura aérea a uma ação de milícias extremistas muçulmanas.
Dois sírios morreram no ataque à cidade de Kuneitra, onde, na versão da ditadura de Bachar Assad, havia uma ação da Frente al-Nusra, ligada à rede terrorista Al Caeda, que mudou de nome para Frente de Luta do Levante, tentando se desvincular d'al Caeda. Foi o primeiro incidente envolvendo Israel na guerra civil da Síria desde abril.
"As Forças de Defesa de Israel não vão permitir nenhuma tentativa de atingir a soberania de Israel e a segurança de seu povo, e vê o regime sírio como responsável pelo que vem de seu território", declarou em nota o comando militar israelense.
Israel ocupou as Colinas do Golã, que pertenciam à Síria, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e as anexou em 1981. Com o desenvolvimento de tecnologia de mísseis, elas perderam importância militar. Antes, poderiam ser usadas como base para ataques de artilharia contra o território israelense.
Dois sírios morreram no ataque à cidade de Kuneitra, onde, na versão da ditadura de Bachar Assad, havia uma ação da Frente al-Nusra, ligada à rede terrorista Al Caeda, que mudou de nome para Frente de Luta do Levante, tentando se desvincular d'al Caeda. Foi o primeiro incidente envolvendo Israel na guerra civil da Síria desde abril.
"As Forças de Defesa de Israel não vão permitir nenhuma tentativa de atingir a soberania de Israel e a segurança de seu povo, e vê o regime sírio como responsável pelo que vem de seu território", declarou em nota o comando militar israelense.
Israel ocupou as Colinas do Golã, que pertenciam à Síria, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e as anexou em 1981. Com o desenvolvimento de tecnologia de mísseis, elas perderam importância militar. Antes, poderiam ser usadas como base para ataques de artilharia contra o território israelense.
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sexta-feira, 23 de junho de 2017
Putin dirigiu pessoalmente ataque à eleição nos EUA, acusa Post
SÃO FRANCISCO-CA, EUA - O presidente Vladimir Putin participou diretamente da campanha de ataques cibernéticos para favorecer a candidatura do magnata imobiliário Donald Trump, visto como mais favorável ao Kremlin, e prejudicar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, denunciou hoje o jornal The Washington Post. A reportagem descreve a ação como o "crime do século" por minar a democracia nos Estados Unidos.
Em agosto do ano passado, afirma o jornal, a CIA (Agência Central de Inteligência) enviou correspondência ultrassecreta ao então presidente Barack Obama com detalhes sobre as medidas tomadas por Putin.
Naquele momento, já era evidente a interferência de ciberpiratas russos no processo eleitoral nos EUA. Há mais de um ano, eles vinham invadindo os sistemas de computação dos partidos Democrata e Republicano. Hoje, sabe-se que entraram também em computadores ligados à eleição em pelo menos 21 estados.
O FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, havia aberto em julho um inquérito sobre a ciberpirataria russa. Em 22 de julho, o sítio WikiLeaks divulgou 22 mil mensagens pirateadas do Comitê Nacional do Partido Democrata.
Ao receber o alerta, Obama ordenou uma investigação sobre as vulnerabilidades do sistema eleitoral e pediu às outras agências de inteligência do governo americano que confirmassem a alegação. Durante meses, o governo Obama debateu em segredo como reagir. Poderia fazer ataques cibernéticos retaliatórios ou divulgar as acusações do memorando da CIA.
Obama teve medo de ser acusado de forjar a história para ajudar Hillary e prejudicar a oposição. Certamente seria alvo das tiradas de Trump. Seu governo chegou a armar "bombas cibernéticas" para retaliar, mas temeu uma escalada na guerra cibernética. Só em 29 de dezembro, depois da vitória do republicano, o governo Obama expulsou 35 diplomatas russos e impôs novas sanções à Rússia.
Os partidários de Trump alegam que a interferência russa não mudou a decisão do eleitor dentro da cabine de votação, mas foi um ataque direto à democracia americana com impacto duradouro. Hoje o presidente Trump está sob ameaça de um processo de impeachment por obstrução de justiça por ter demitido o diretor-geral do FBI James Comey, que presidia o inquérito.
A interferência indevida da Rússia será uma sombra sobre o governo Trump, capaz de destruí-lo. Como observam os repórteres do Post, é uma guerra cibernética da Rússia contra as democracias liberais. Foi tentada contra o atual presidente Emmanuel Macron, na França, e abalou os EUA, que terão de enfrentar o problema nos próximos anos.
Em agosto do ano passado, afirma o jornal, a CIA (Agência Central de Inteligência) enviou correspondência ultrassecreta ao então presidente Barack Obama com detalhes sobre as medidas tomadas por Putin.
Naquele momento, já era evidente a interferência de ciberpiratas russos no processo eleitoral nos EUA. Há mais de um ano, eles vinham invadindo os sistemas de computação dos partidos Democrata e Republicano. Hoje, sabe-se que entraram também em computadores ligados à eleição em pelo menos 21 estados.
O FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, havia aberto em julho um inquérito sobre a ciberpirataria russa. Em 22 de julho, o sítio WikiLeaks divulgou 22 mil mensagens pirateadas do Comitê Nacional do Partido Democrata.
Ao receber o alerta, Obama ordenou uma investigação sobre as vulnerabilidades do sistema eleitoral e pediu às outras agências de inteligência do governo americano que confirmassem a alegação. Durante meses, o governo Obama debateu em segredo como reagir. Poderia fazer ataques cibernéticos retaliatórios ou divulgar as acusações do memorando da CIA.
Obama teve medo de ser acusado de forjar a história para ajudar Hillary e prejudicar a oposição. Certamente seria alvo das tiradas de Trump. Seu governo chegou a armar "bombas cibernéticas" para retaliar, mas temeu uma escalada na guerra cibernética. Só em 29 de dezembro, depois da vitória do republicano, o governo Obama expulsou 35 diplomatas russos e impôs novas sanções à Rússia.
Os partidários de Trump alegam que a interferência russa não mudou a decisão do eleitor dentro da cabine de votação, mas foi um ataque direto à democracia americana com impacto duradouro. Hoje o presidente Trump está sob ameaça de um processo de impeachment por obstrução de justiça por ter demitido o diretor-geral do FBI James Comey, que presidia o inquérito.
A interferência indevida da Rússia será uma sombra sobre o governo Trump, capaz de destruí-lo. Como observam os repórteres do Post, é uma guerra cibernética da Rússia contra as democracias liberais. Foi tentada contra o atual presidente Emmanuel Macron, na França, e abalou os EUA, que terão de enfrentar o problema nos próximos anos.
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quinta-feira, 22 de junho de 2017
Trump nega ter gravado conversas com ex-diretor do FBI
SÃO FRANCISCO, EUA - O presidente Donald Trump negou hoje ter gravado as conversas com o ex-diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, James Comey. Num de seus primeiros ataques depois da demissão de Comey, em 9 de maio, Trump ameaçou o ex-diretor, caso ele houvesse gravado.
"Com todos os relatos recentes de vigilância eletrônica, interceptações e vazamentos ilegais de informação, não tenho ideia se há ou não fitas ou gravações de minhas conversas com James Comey, mas eu não gravei nem tenho gravações", declarou Trump no Twitter, seu meio de comunicação favorito.
O presidente usou um memorando interno do Departamento da Justiça feito pelo subprocurador-geral Rod Rosenstein para demitir Comey alegando incompetência e erros na condução do inquérito sobre o uso de correio eletrônico privado pela então secretária de Estado Hillary Clinton no primeiro governo Barack Obama. Depois, admitiu que mudou o diretor do FBI por causa da investigação sobre um possível conluio de sua campanha com o governo da Rússia.
Dias atrás, quando o jornal The Washington Post revelou que Trump está sendo investigado no caso da Rússia, o presidente se declarou vítima de uma "caça às bruxas" e acusou Rosenstein, "o homem que me aconselhou a demitir Comey" de liderar a caçada.
Com a sucessão de escândalos, vazamentos e a falta de transparência nas relações do presidente com seu grupo empresarial, a popularidade de Trump caiu ao menor nível, 36%, em pesquisa divulgada nesta semana pela rede de televisão americana CBS, mas seu eleitorado continua fiel.
Em 1974, o então presidente Richard Nixon foi forçado a renunciar, em meio ao Escândalo de Watergate, depois que a Suprema Corte o obrigou a entregar as fitas com as gravações de suas reuniões no Salão Oval da Casa Branca e revelavam suas manobras para obstruir a Justiça.
"Com todos os relatos recentes de vigilância eletrônica, interceptações e vazamentos ilegais de informação, não tenho ideia se há ou não fitas ou gravações de minhas conversas com James Comey, mas eu não gravei nem tenho gravações", declarou Trump no Twitter, seu meio de comunicação favorito.
O presidente usou um memorando interno do Departamento da Justiça feito pelo subprocurador-geral Rod Rosenstein para demitir Comey alegando incompetência e erros na condução do inquérito sobre o uso de correio eletrônico privado pela então secretária de Estado Hillary Clinton no primeiro governo Barack Obama. Depois, admitiu que mudou o diretor do FBI por causa da investigação sobre um possível conluio de sua campanha com o governo da Rússia.
Dias atrás, quando o jornal The Washington Post revelou que Trump está sendo investigado no caso da Rússia, o presidente se declarou vítima de uma "caça às bruxas" e acusou Rosenstein, "o homem que me aconselhou a demitir Comey" de liderar a caçada.
Com a sucessão de escândalos, vazamentos e a falta de transparência nas relações do presidente com seu grupo empresarial, a popularidade de Trump caiu ao menor nível, 36%, em pesquisa divulgada nesta semana pela rede de televisão americana CBS, mas seu eleitorado continua fiel.
Em 1974, o então presidente Richard Nixon foi forçado a renunciar, em meio ao Escândalo de Watergate, depois que a Suprema Corte o obrigou a entregar as fitas com as gravações de suas reuniões no Salão Oval da Casa Branca e revelavam suas manobras para obstruir a Justiça.
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quarta-feira, 21 de junho de 2017
Sultão da Arábia Saudita nomeia filho como sucessor
O rei da Arábia Saudita, Salman ben Abdul Aziz al Saud, mudou a linha sucessória, promovendo seu filho Mohamed ben Salman, de 31 anos, de segundo para primeiro príncipe herdeiro. Até hoje, todos os sultões sauditas foram filhos do fundador do país, Abdul Aziz al Saud. O rei Salman vira a linha sucessória para sua descendência.
Até agora, o primeiro na linha de sucessão ao trono era Mohamed ben Nayef, ministro do Interior, responsável pelo combate ao terrorismo. A grande questão é se o resto da família real vai aceitar a manobra do sultão.
O príncipe Mohamed ben Salman é ministro da Defesa e presidente o conselho econômico encarregado de modernizar a economia do país. Para promover o desenvolvimento e reduzir a dependência do petróleo, propôs uma série de reformas liberalizantes que incluem a venda de 5% da companhia estatal de petróleo.
Até o pai ascender ao trono, em janeiro de 2015, o jovem príncipe era praticamente desconhecido do público saudita Seu desafio será modernizar o regime e reduzir a dependência do petróleo sem minar todo o sistema político, se não houver uma revolta dos príncipes caroneados na manobra do rei.
Para o jornal liberal israelense Haaretz, é uma boa notícia para os Estados Unidos e Israel na medida em que fortalece o setor reformista, preocupado em modernizar a economia saudita.
Até agora, o primeiro na linha de sucessão ao trono era Mohamed ben Nayef, ministro do Interior, responsável pelo combate ao terrorismo. A grande questão é se o resto da família real vai aceitar a manobra do sultão.
O príncipe Mohamed ben Salman é ministro da Defesa e presidente o conselho econômico encarregado de modernizar a economia do país. Para promover o desenvolvimento e reduzir a dependência do petróleo, propôs uma série de reformas liberalizantes que incluem a venda de 5% da companhia estatal de petróleo.
Até o pai ascender ao trono, em janeiro de 2015, o jovem príncipe era praticamente desconhecido do público saudita Seu desafio será modernizar o regime e reduzir a dependência do petróleo sem minar todo o sistema político, se não houver uma revolta dos príncipes caroneados na manobra do rei.
Para o jornal liberal israelense Haaretz, é uma boa notícia para os Estados Unidos e Israel na medida em que fortalece o setor reformista, preocupado em modernizar a economia saudita.
terça-feira, 20 de junho de 2017
Estudante americano torturado na Coreia do Norte morre
SÃO FRANCISCO-CA, EUA - O governo Donald Trump cogita proibir viagens à Coreia do Norte depois da morte do estudante Otto Wambier, de 22 anos, preso há um ano e meio e torturado por tentar roubar um cartaz de propaganda do regime stalinista de Pionguiangue.
Na semana passada, o governo norte-coreano devolveu Wambier em estado de coma. Ele estava hospitalizado no Centro Médico da Universidade de Cincinnati, no estado de Ohio.
"Infelizmente, o abominável maltratamento com tortura que nosso filho recebeu das mãos do atual governo norte-coreano garantiu que o resultado só poderia ser a experiência triste que experimentamos hoje", declararam em nota os pais do jovem.
O presidente Trump deplorou a morte e o senador John McCain afirmou que "os Estados Unidos não podem tolerar a morte de seus cidadãos por potências hostis." Tanto a Casa Branca quanto o Congresso podem proibir os americanos a viajar para lá.
Na semana passada, o governo norte-coreano devolveu Wambier em estado de coma. Ele estava hospitalizado no Centro Médico da Universidade de Cincinnati, no estado de Ohio.
"Infelizmente, o abominável maltratamento com tortura que nosso filho recebeu das mãos do atual governo norte-coreano garantiu que o resultado só poderia ser a experiência triste que experimentamos hoje", declararam em nota os pais do jovem.
O presidente Trump deplorou a morte e o senador John McCain afirmou que "os Estados Unidos não podem tolerar a morte de seus cidadãos por potências hostis." Tanto a Casa Branca quanto o Congresso podem proibir os americanos a viajar para lá.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Terror não dá trégua a Londres e Paris
Mais um atropelamento criminoso e terrorista abalou ontem a capital britânica, desta vez em reação ao extremismo muçulmano. Darren Osborne, de 47 anos, morador de Cardiff, no País de Gales, atropelou e matou uma pessoa e feriu outras oito perto da mesquita de Finsbury Park, no Norte de Londres, que já foi um antro de pregação do jihadismo.
Aos gritos de que queria matar muçulmanos, Osborne investiu contra a multidão que saía da mesquita depois de quebrar o jejum que os muçulmanos devem observar durante o dia no mês sagrado do Ramadã. Foi salvo de ser linchado pelo imã da mesquita de uma das áreas mais vibrantes e multiculturais da capital do Reino Unido, noticiou o jornal The Guardian.
O Reino Unido foi alvo de três atentados desde 22 de março, com 35 mortes, menos da metade dos 79 mortos no incêndio de um edifício de habitação popular, a Torre de Grenfell. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante deve explorar o atentado para estimular novos ataques.
Hoje à tarde, um homem jogou seu carro contra uma caminhonete da polícia da França, perto da Praça Marigny, no 8º distrito de Paris. O terrorista foi morto e ninguém mais saiu ferido. Dentro do carro do terrorista, um Renault Mégane branco, os agentes encontraram bombas e um fuzil de guerra.
"Mais uma vez, as forças de segurança foram visadas", declarou o ministro do Interior, Gérard Colomb, um dia depois das eleições parlamentares que garantiram ampla maioria na Assembleia Nacional ao jovem presidente Emmanuel Macron. "Isto mostra mais uma vez que o nível de ameaça continua extremamente elevado.
Desde os atentados contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, o terrorismo matou 239 pessoas na França.
Aos gritos de que queria matar muçulmanos, Osborne investiu contra a multidão que saía da mesquita depois de quebrar o jejum que os muçulmanos devem observar durante o dia no mês sagrado do Ramadã. Foi salvo de ser linchado pelo imã da mesquita de uma das áreas mais vibrantes e multiculturais da capital do Reino Unido, noticiou o jornal The Guardian.
O Reino Unido foi alvo de três atentados desde 22 de março, com 35 mortes, menos da metade dos 79 mortos no incêndio de um edifício de habitação popular, a Torre de Grenfell. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante deve explorar o atentado para estimular novos ataques.
Hoje à tarde, um homem jogou seu carro contra uma caminhonete da polícia da França, perto da Praça Marigny, no 8º distrito de Paris. O terrorista foi morto e ninguém mais saiu ferido. Dentro do carro do terrorista, um Renault Mégane branco, os agentes encontraram bombas e um fuzil de guerra.
"Mais uma vez, as forças de segurança foram visadas", declarou o ministro do Interior, Gérard Colomb, um dia depois das eleições parlamentares que garantiram ampla maioria na Assembleia Nacional ao jovem presidente Emmanuel Macron. "Isto mostra mais uma vez que o nível de ameaça continua extremamente elevado.
Desde os atentados contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, o terrorismo matou 239 pessoas na França.
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domingo, 18 de junho de 2017
Segundo turno confirma maioria de Macron na Assembleia Nacional
Com o fechamento total das urnas no segundo turno das eleições parlamentares na França, a aliança entre a República em Marcha (ReM) e Movimento Democrático (MoDem), liderada pelo presidente Emmanuel Macron, confirma sua maioria absoluta na Assembleia Nacional. Deve eleger 355 dos 577 deputados, indica a pesquisa Ipsos/Sopra Steria.
Sozinha, a ReM deve ter 311 deputados, o que lhe garantiria maioria absoluta sem alianças. A segunda maior bancada será da coalizão entre Os Republicanos, o tradicional partido conservador herdeiro da tradição do general Charles de Gaulle, e a União Democrática Independente (UDI), com cerca de 125 deputados, cem a menos.
A coalizão do Partido Socialista (PS), que estava no poder no governo François Hollande e tinha maioria no Parlamento antes da revolução de Macron, ex-ministro da Economia de Hollande, terá 49 deputados, dos quais 34 do PS.
Em entrevista coletiva neste momento, o primeiro-secretário do PS, Jean Christophe Cambdélis, defendeu a reaglutinação da esquerda em torno de um programa progressista para enfrentar o liberalismo de Macron e o ultranacionalismo da neofascista Frente Nacional (FN).
O PS perdeu votos à direita para a ReM e à esquerda para a aliança de ultraesquerda França Insubmissa, liderada por Jean-Luc Mélenchon, que terá 30 deputados, sendo 11 do Partido Comunista Francês (PCF).
Diante de uma abstenção estimada inicialmente em 56,8%, depois de registrar 52% no primeiro turno, Mélenchon deve insistir em que Macron não tem o apoio da maioria da França para promover as reformas econômicas liberalizantes que promete, por exemplo, na legislação trabalhistas.
Por sua vez, os comunistas terão mais deputados do que a FN, que deve conquistar ao menos oito cadeiras. Para formar um grupo parlamentar, pela lei francesa, são necessários ao menos 15 deputados. Mas, na sua quarta tentativa, sua líder, Marine Le Pen, derrotada por Macron na eleição presidencial, entrou na Assembleia Nacional.
Sozinha, a ReM deve ter 311 deputados, o que lhe garantiria maioria absoluta sem alianças. A segunda maior bancada será da coalizão entre Os Republicanos, o tradicional partido conservador herdeiro da tradição do general Charles de Gaulle, e a União Democrática Independente (UDI), com cerca de 125 deputados, cem a menos.
A coalizão do Partido Socialista (PS), que estava no poder no governo François Hollande e tinha maioria no Parlamento antes da revolução de Macron, ex-ministro da Economia de Hollande, terá 49 deputados, dos quais 34 do PS.
Em entrevista coletiva neste momento, o primeiro-secretário do PS, Jean Christophe Cambdélis, defendeu a reaglutinação da esquerda em torno de um programa progressista para enfrentar o liberalismo de Macron e o ultranacionalismo da neofascista Frente Nacional (FN).
O PS perdeu votos à direita para a ReM e à esquerda para a aliança de ultraesquerda França Insubmissa, liderada por Jean-Luc Mélenchon, que terá 30 deputados, sendo 11 do Partido Comunista Francês (PCF).
Diante de uma abstenção estimada inicialmente em 56,8%, depois de registrar 52% no primeiro turno, Mélenchon deve insistir em que Macron não tem o apoio da maioria da França para promover as reformas econômicas liberalizantes que promete, por exemplo, na legislação trabalhistas.
Por sua vez, os comunistas terão mais deputados do que a FN, que deve conquistar ao menos oito cadeiras. Para formar um grupo parlamentar, pela lei francesa, são necessários ao menos 15 deputados. Mas, na sua quarta tentativa, sua líder, Marine Le Pen, derrotada por Macron na eleição presidencial, entrou na Assembleia Nacional.
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sábado, 17 de junho de 2017
Júri não chega a veredito sobre caso de abuso sexual de Bill Cosby
BOSTON, EUA - Com o júri dividido depois de 52 horas de deliberações, o processo contra o ator americano Bill Cosby, um dos mais populares da televisão dos Estados Unidos, entrou em colapso hoje na cidade de Norristown, no estado da Pensilvânia. A promotoria vai recorrer para pedir um segundo julgamento dentro de 120 dias.
Neste caso, ele fora denunciado por três acusações de agressão sexual agravada contra a treinadora do time de basquete feminino da Universidade de Temple, Andrea Constand.
Nos últimos anos, 60 mulheres acusaram Cosby, hoje com 79 anos, de abusos sexuais, inclusive com uso de droga para impedir a reação das vítimas.
Neste caso, ele fora denunciado por três acusações de agressão sexual agravada contra a treinadora do time de basquete feminino da Universidade de Temple, Andrea Constand.
Nos últimos anos, 60 mulheres acusaram Cosby, hoje com 79 anos, de abusos sexuais, inclusive com uso de droga para impedir a reação das vítimas.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
UE deve multar Google em até US$ 9 bilhões por concorrência desleal
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, deve anunciar nas próximas semanas uma multa recorde de até US$ 9 bilhões contra a empresa de informática Google por manipular seu mecanismo de busca de modo a favorecer seu próprio serviço de comparação de preços do comércio, revelou hoje o jornal americano The Wall Street Journal.
Pelas regras da UE, a multa pode chegar a 10% do faturamento anual da empresa, que foi de US$ 90,27 bilhões. O recorde anterior de multa por práticas monopolistas para prejudicar a concorrência era da fabricante de microchips Intel, de 2009, no valor de 1,06 bilhão (US$ 1,2 bilhão).
Além da multa, o Google pode ser obrigado a se desfazer de seu serviço de compras e ser acionado nas justiças por empresas que se considerem prejudicadas, ou ao menos colocar outros serviços de comparação de preços ao lado do seu.
A companhia jornalística News Corporation, editora dos jornais britânicos The Times e The Sun, reclamou formalmente à Comissão Europeia, alegando que suas notícias são colocadas em segundo plano pelo mecanismo de busca do Google.
Pelas regras da UE, a multa pode chegar a 10% do faturamento anual da empresa, que foi de US$ 90,27 bilhões. O recorde anterior de multa por práticas monopolistas para prejudicar a concorrência era da fabricante de microchips Intel, de 2009, no valor de 1,06 bilhão (US$ 1,2 bilhão).
Além da multa, o Google pode ser obrigado a se desfazer de seu serviço de compras e ser acionado nas justiças por empresas que se considerem prejudicadas, ou ao menos colocar outros serviços de comparação de preços ao lado do seu.
A companhia jornalística News Corporation, editora dos jornais britânicos The Times e The Sun, reclamou formalmente à Comissão Europeia, alegando que suas notícias são colocadas em segundo plano pelo mecanismo de busca do Google.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Trump vai reduzir abertura em relação a Cuba
CAMBRIDGE-MA, EUA - O presidente Donald Trump deve anunciar amanhã sua política para Cuba. Deve restringir o turismo, a remessa de dinheiro e qualquer negócio com empresas ligadas às Forças Armadas, mas não reverter totalmente o reatamento realizado pelo governo Barack Obama, noticiou o boletim de notícias The Hill.
Em discurso em Miami, na Flórida, onde se concentra a maior comunidade cubano-americana, o presidente deve anunciar "marcos de referência" nas relações entre os dois países, exigindo a libertação de todos os presos políticos e a realização de eleições diretas na ilha, governada há 58 anos pela ditadura dos irmãos Fidel e Raúl Castro.
Trump não vai ressuscitar a polícia conhecida como "pé seco, pé molhado", revogada por Obama, pela qual cubanos que colocassem o pé em terra tinham direito de asilo automático nos Estados Unidos. As visitas individuais de americanos serão proibidas. Em grupo, as visitas serão permitidas. Os voos comerciais entre os dois países também serão mantidos.
Em discurso em Miami, na Flórida, onde se concentra a maior comunidade cubano-americana, o presidente deve anunciar "marcos de referência" nas relações entre os dois países, exigindo a libertação de todos os presos políticos e a realização de eleições diretas na ilha, governada há 58 anos pela ditadura dos irmãos Fidel e Raúl Castro.
Trump não vai ressuscitar a polícia conhecida como "pé seco, pé molhado", revogada por Obama, pela qual cubanos que colocassem o pé em terra tinham direito de asilo automático nos Estados Unidos. As visitas individuais de americanos serão proibidas. Em grupo, as visitas serão permitidas. Os voos comerciais entre os dois países também serão mantidos.
Carro-bomba mata 10 pessoas na capital da Somália
Pelo menos dez pessoas morreram e 15 saíram feridas de um atentado terrorista suicida na madrugada de hoje pela hora local em Mogadíscio, a capital da Somália, noticiou a agência espanhola EFE. O ataque é atribuído à milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude), que há cinco anos declarou lealdade à rede terrorista Al Caeda.
Era pouco depois da meia-noite quando o terrorista jogou um carro carregado de explosivos contra um restaurante cheio de pessoas que quebravam o jejum que os muçulmanos são obrigados a respeitar durante o dia no mês sagrado do Ramadã.
Foi o primeiro ataque a civis em Mogadíscio desde o início do Ramadã, em 27 de maio. Em seguida, os terroristas sequestraram pessoas.
Dezenas de pessoas foram mortas nos últimos meses em ataques contra hotéis e restaurantes da capital somaliana. Um ataque anterior a um restaurante, em 8 de maio, matara sete pessoas.
Outros alvos frequentes são os soldados da Missão da União Africana na Somália e do governo provisório que ela sustenta. Na semana passada, Al Chababe alegou ter matado 61 soldados num posto militar da região semiautônoma da Puntlândia, no Nordeste da Somália.
Em abril, o governo provisório somaliano reconhecido internacionalmente declarou "estado de guerra" e prometeu acabar com Al Chababe, que controla grandes regiões do Centro-Sul do país, situado na região do Chifre da África, no Nordeste do continente. Como parte do plano, o governo ofereceu anistia aos milicianos que estiverem prontos a se render e entregar as armas.
Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, no fim da Guerra Fria, em 1991, a Somália vive em estado de anarquia, sem um governo que controle a maior parte do território. As regiões da Somalilândia e da Puntândia são praticamente independentes.
Era pouco depois da meia-noite quando o terrorista jogou um carro carregado de explosivos contra um restaurante cheio de pessoas que quebravam o jejum que os muçulmanos são obrigados a respeitar durante o dia no mês sagrado do Ramadã.
Foi o primeiro ataque a civis em Mogadíscio desde o início do Ramadã, em 27 de maio. Em seguida, os terroristas sequestraram pessoas.
Dezenas de pessoas foram mortas nos últimos meses em ataques contra hotéis e restaurantes da capital somaliana. Um ataque anterior a um restaurante, em 8 de maio, matara sete pessoas.
Outros alvos frequentes são os soldados da Missão da União Africana na Somália e do governo provisório que ela sustenta. Na semana passada, Al Chababe alegou ter matado 61 soldados num posto militar da região semiautônoma da Puntlândia, no Nordeste da Somália.
Em abril, o governo provisório somaliano reconhecido internacionalmente declarou "estado de guerra" e prometeu acabar com Al Chababe, que controla grandes regiões do Centro-Sul do país, situado na região do Chifre da África, no Nordeste do continente. Como parte do plano, o governo ofereceu anistia aos milicianos que estiverem prontos a se render e entregar as armas.
Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, no fim da Guerra Fria, em 1991, a Somália vive em estado de anarquia, sem um governo que controle a maior parte do território. As regiões da Somalilândia e da Puntândia são praticamente independentes.
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Procurador especial investiga Trump por obstrução de justiça, diz Post
CAMBRIDGE-MA, EUA - O procurador independente Robert Mueller, que está investigando a interferência indevida da Rússia na eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos está entrevistando altos funcionários dos serviços secretos para examinar se o presidente Donald Trump tentou obstruir a justiça, noticiou hoje o jornal The Washington Post.
A medida marca uma mudança de orientação do inquérito do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, iniciado em julho do ano passado. Até há pouco, o foco da investigação era um possível conluio entre a campanha de Trump e o governo russo. Os policiais também procuram provas sobre possíveis crimes financeiros cometidos por aliados de Trump.
Em janeiro, o então diretor-geral do FBI James Comey disse a Trump que ele não estava sendo pessoalmente investigado. Depois da posse, de acordo com o relato de Comey, o presidente pediu ao diretor do FBI que acabasse com o inquérito sobre as ligações do ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn.
Sem sucesso, em 9 de maio, Trump demitiu Comey, que vazou para a imprensa memorandos escritos para relatar os encontros com o presidente, deflagrando uma nova crise capaz de levar a um processo de impeachment.
Ao depor no Congresso, Comey acusou o presidente de mentir e admitiu que seu objetivo era provocar a nomeação de um procurador especial. Foi nomeado Robert Mueller, o diretor do FBI antes de Comey.
Agora, cinco pessoas que o jornal não identificou confirmaram que o diretor nacional de Inteligência, Daniel Coats, o diretor da Agência de Segurança Nacional, Mike Rogers, e o ex-subdiretor Richard Ledgett, que deixou o cargo faz pouco, aceitaram ser entrevistados por Mueller.
A medida marca uma mudança de orientação do inquérito do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, iniciado em julho do ano passado. Até há pouco, o foco da investigação era um possível conluio entre a campanha de Trump e o governo russo. Os policiais também procuram provas sobre possíveis crimes financeiros cometidos por aliados de Trump.
Em janeiro, o então diretor-geral do FBI James Comey disse a Trump que ele não estava sendo pessoalmente investigado. Depois da posse, de acordo com o relato de Comey, o presidente pediu ao diretor do FBI que acabasse com o inquérito sobre as ligações do ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn.
Sem sucesso, em 9 de maio, Trump demitiu Comey, que vazou para a imprensa memorandos escritos para relatar os encontros com o presidente, deflagrando uma nova crise capaz de levar a um processo de impeachment.
Ao depor no Congresso, Comey acusou o presidente de mentir e admitiu que seu objetivo era provocar a nomeação de um procurador especial. Foi nomeado Robert Mueller, o diretor do FBI antes de Comey.
Agora, cinco pessoas que o jornal não identificou confirmaram que o diretor nacional de Inteligência, Daniel Coats, o diretor da Agência de Segurança Nacional, Mike Rogers, e o ex-subdiretor Richard Ledgett, que deixou o cargo faz pouco, aceitaram ser entrevistados por Mueller.
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Fed aumenta taxas de juros e anuncia plano para vender ativos
Como era esperado, a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou hoje a taxa básica de juros de curto prazo em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 1%-1,25% ao ano. Também anunciou planos para vender títulos que comprou para estimular a economia durante a crise, quando não tinha mais a opção de baixar os juros.
Em dezembro de 2008, o Fed reduziu sua taxa básica para uma faixa de 0-0,25% ao ano. Depois, adotou a política chamada de alívio quantitativo, comprando papéis no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e estimular a economia. Acumulou assim US$ 4,5 trilhões em ativos.
Os juros só voltaram a subir em dezembro de 2015. No ano passado, houve mais duas altas. Todas foram de 0,25 ponto percentual, como agora. Hoje, no fim de uma reunião de dois dias, o Comitê do Mercado Aberto do Fed indicou que deve haver novo aumento neste ano.
Ao formular a política monetária, o Fed presta atenção em alguns indicadores principais da economia americana, como a inflação, que está abaixo da meta informal de 2% ao ano; o desemprego, que caiu para 4,3%; e o crescimento.
Em entrevista coletiva no fim do encontro, a presidente do Fed, Janet Yellen, declarou que o Fed "estão monitorando de perto o desenvolvimento da inflação" e alertou: "É importante não ter uma reação exagerada. Os dados sobre inflação podem ser ruidosos."
A venda de títulos no mercado financeiro será feita gradualmente para não afetar a estabilidade. O plano inicial é vender US$ 6 bilhões por mês em bônus da dívida pública do Tesouro dos EUA e US$ 4 bilhões em títulos hipotecários.
Esse volume será aumentado gradualmente até um limite de US$ 30 bilhões por mês em bônus da dívida pública e de US$ 20 bilhões de títulos de hipotecas.
Em dezembro de 2008, o Fed reduziu sua taxa básica para uma faixa de 0-0,25% ao ano. Depois, adotou a política chamada de alívio quantitativo, comprando papéis no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e estimular a economia. Acumulou assim US$ 4,5 trilhões em ativos.
Os juros só voltaram a subir em dezembro de 2015. No ano passado, houve mais duas altas. Todas foram de 0,25 ponto percentual, como agora. Hoje, no fim de uma reunião de dois dias, o Comitê do Mercado Aberto do Fed indicou que deve haver novo aumento neste ano.
Ao formular a política monetária, o Fed presta atenção em alguns indicadores principais da economia americana, como a inflação, que está abaixo da meta informal de 2% ao ano; o desemprego, que caiu para 4,3%; e o crescimento.
Em entrevista coletiva no fim do encontro, a presidente do Fed, Janet Yellen, declarou que o Fed "estão monitorando de perto o desenvolvimento da inflação" e alertou: "É importante não ter uma reação exagerada. Os dados sobre inflação podem ser ruidosos."
A venda de títulos no mercado financeiro será feita gradualmente para não afetar a estabilidade. O plano inicial é vender US$ 6 bilhões por mês em bônus da dívida pública do Tesouro dos EUA e US$ 4 bilhões em títulos hipotecários.
Esse volume será aumentado gradualmente até um limite de US$ 30 bilhões por mês em bônus da dívida pública e de US$ 20 bilhões de títulos de hipotecas.
Cameron sugere a May divórcio suave da União Europeia
Desde sua desastrosa vitória sem maioria absoluta nas eleições parlamentares de 8 de junho de 2017 no Reino Unido, a primeira-ministra conservadora Theresa May está sob pressão para negociar uma saída "suave" da União Europeia, mantendo a participação no mercado comum europeu. A última voz a se levantar é de seu antecessor, o primeiro-ministro David Cameron, que convocou e perdeu o plebiscito de 23 de junho do ano passado.
Em seu primeiro comentário público desde que o Partido Conservador perdeu a maioria absoluta na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, Cameron defendeu uma coordenação com outros partidos para adotar uma posição comum nas negociações com a UE.
"Será difícil, não há dúvida, mas talvez seja uma oportunidade para consultar outros partidos", ponderou Cameron, citado pelo jornal Financial Times. "Penso que haverá pressão por uma saída suave."
O debate em si já desnuda a insensatez da decisão de convocar o plebiscito para tentar pacificar a direita eurofóbica do partido. Uma saída suave significa manter a participação no mercado comum. O problema é que o resto da Europa exige respeito à regra fundamental, que é a livre circulação de bens, pessoas e capitais.
Como uma das principais razões da vitória da Brexit (saída britânica) foi a repulsa aos imigrantes, o desejo de controlar a imigração e as fronteiras sem interferência da UE, May entende que não pode ceder neste ponto e admite não fazer nenhum acordo. Seria desastroso para a economia britânica.
Além disso, será um mercado comum onde o Reino Unido não terá voz nas decisões. Os outros líderes da UE deixaram claro que, fora do bloco, o país não vai conseguir negociar condições melhores. Sair do mercado será uma catástrofe. Ficar sem ter qualquer poder de decisão será diminuir a importância do Reino Unido de qualquer maneira.
Sob pressão da bancada reduzida, May tenta evitar um desafio à sua liderança. Nomeou Michael Gove, um dos seus adversários na disputa pela liderança no ano passado, ministro do Meio Ambiente. Mas sua autoridade foi definitivamente abalada pela aposta de convocar eleições antecipadas. Em vez de se fortalecer enfraqueceu.
O único aspecto positivo é que May não terá qualquer condição de jogar duro com os europeus, se realmente ficar no cargo. As negociações começam na próxima semana e a UE não parece disposta a fazer concessões.
Em seu primeiro comentário público desde que o Partido Conservador perdeu a maioria absoluta na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, Cameron defendeu uma coordenação com outros partidos para adotar uma posição comum nas negociações com a UE.
"Será difícil, não há dúvida, mas talvez seja uma oportunidade para consultar outros partidos", ponderou Cameron, citado pelo jornal Financial Times. "Penso que haverá pressão por uma saída suave."
O debate em si já desnuda a insensatez da decisão de convocar o plebiscito para tentar pacificar a direita eurofóbica do partido. Uma saída suave significa manter a participação no mercado comum. O problema é que o resto da Europa exige respeito à regra fundamental, que é a livre circulação de bens, pessoas e capitais.
Como uma das principais razões da vitória da Brexit (saída britânica) foi a repulsa aos imigrantes, o desejo de controlar a imigração e as fronteiras sem interferência da UE, May entende que não pode ceder neste ponto e admite não fazer nenhum acordo. Seria desastroso para a economia britânica.
Além disso, será um mercado comum onde o Reino Unido não terá voz nas decisões. Os outros líderes da UE deixaram claro que, fora do bloco, o país não vai conseguir negociar condições melhores. Sair do mercado será uma catástrofe. Ficar sem ter qualquer poder de decisão será diminuir a importância do Reino Unido de qualquer maneira.
Sob pressão da bancada reduzida, May tenta evitar um desafio à sua liderança. Nomeou Michael Gove, um dos seus adversários na disputa pela liderança no ano passado, ministro do Meio Ambiente. Mas sua autoridade foi definitivamente abalada pela aposta de convocar eleições antecipadas. Em vez de se fortalecer enfraqueceu.
O único aspecto positivo é que May não terá qualquer condição de jogar duro com os europeus, se realmente ficar no cargo. As negociações começam na próxima semana e a UE não parece disposta a fazer concessões.
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terça-feira, 13 de junho de 2017
Forças Democráticas Sírias avançam rumo ao centro de Rakka
As Forças Democráticas da Síria (FDS), uma milícia árabe-curda financiada e armada pelos Estados Unidos, entraram ontem nos distritos de al-Siná, no Leste, e Hattin, no Oeste, e avançam em direção à cidade antiga de Rakka, na Síria, a capital do emirado proclamado há três anos pela organização terrorista Estado Islâmico do Estado e do Levante.
Pelo menos 23 terroristas do Estado Islâmico foram mortos, anunciaram as FDS. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição com sede em Londres que monitora a guerra civil na Síria, declarou que as FDS já controlam 70% de al-Siná, mas o Estado Islâmico domina a área junto ao muro da cidade velha.
Com o apoio da Força Aérea dos EUA e aliados, e de forças de operações especiais americanas em terra, as FDS lançaram o ataque a Rakka. No Iraque, o Exército do Iraque e milícias aliadas, inclusive do Irã, lutam para tomar os últimos redutos do Estado Islâmico em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, que estava em poder dos terroristas há três anos.
Na prática, as quedas de Mossul e Rakka significam o fim do califado proclamado em 29 de junho de 2014 pelo líder do Estado Islâmico, Abu Baker al-Baghdadi, o Califa Ibrahim. O Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e regride para se tornar apenas um grupo terrorista clandestino, o que o torna ainda mais perigoso, principalmente no Oriente Médio, mas também nas grandes cidades da Europa e da América do Norte.
Pelo menos 23 terroristas do Estado Islâmico foram mortos, anunciaram as FDS. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição com sede em Londres que monitora a guerra civil na Síria, declarou que as FDS já controlam 70% de al-Siná, mas o Estado Islâmico domina a área junto ao muro da cidade velha.
Com o apoio da Força Aérea dos EUA e aliados, e de forças de operações especiais americanas em terra, as FDS lançaram o ataque a Rakka. No Iraque, o Exército do Iraque e milícias aliadas, inclusive do Irã, lutam para tomar os últimos redutos do Estado Islâmico em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, que estava em poder dos terroristas há três anos.
Na prática, as quedas de Mossul e Rakka significam o fim do califado proclamado em 29 de junho de 2014 pelo líder do Estado Islâmico, Abu Baker al-Baghdadi, o Califa Ibrahim. O Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e regride para se tornar apenas um grupo terrorista clandestino, o que o torna ainda mais perigoso, principalmente no Oriente Médio, mas também nas grandes cidades da Europa e da América do Norte.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Procuradores-gerais processam Trump por conflito de interesses
CAMBRIDGE-MA, EUA - Os procuradores-gerais do Distrito de Colúmbia, onde fica Washington, a capital dos Estados Unidos, e do estado de Maryland entram hoje na Justiça com uma ação acusando o presidente Donald Trump de violar a Constituição ao permitir que suas empresas aceitem pagamentos de governos estrangeiros, revelou ontem o jornal The Washington Post.
Karl Racine, do DC, e Brian Frosh, de Maryland, ambos democratas, atacam a decisão de Trump de manter o controle de suas empresas depois de assumir a Presidência. Os negócios estão sob a direção de seus dois filhos mais velhos, mas os procuradores argumentam que Trump recebe regularmente boletins financeiros.
"Este caso, no seu cerne, é sobre residentes de Maryland, do DC e todos os americanos terem um governo honesto. As cláusulas exigem que o presidente ponha o país em primeiro lugar e não seus próprios interesses pessoais", declarou Frosh.
Racine alegou ter sido obrigado a agir porque o Congresso, dominado pelo Partido Republicano, não leva a sério os conflitos de interesse do presidente: "Estamos iniciando esta ação porque o presidente não deu os passes necessários para se separar de seus negócios."
Um dos problemas foi a abertura, no ano passado, do Hotel Trump International perto da Casa Branca. A embaixada do Kuwait mudou para lá um evento inicialmente marcado para o Hotel Four Seasons. Em abril, o embaixador da ex-república soviética da Geórgia ficou no hotel e agradeceu pelo Twitter.
Desde que virou presidente, o próprio Trump apareceu várias vezes para saudar seus hóspedes. Assim, o hotel está tirando negócios do Centro de Convenções de Washington, que é público, e de outro em Maryland subsidiado pelos contribuintes.
Karl Racine, do DC, e Brian Frosh, de Maryland, ambos democratas, atacam a decisão de Trump de manter o controle de suas empresas depois de assumir a Presidência. Os negócios estão sob a direção de seus dois filhos mais velhos, mas os procuradores argumentam que Trump recebe regularmente boletins financeiros.
"Este caso, no seu cerne, é sobre residentes de Maryland, do DC e todos os americanos terem um governo honesto. As cláusulas exigem que o presidente ponha o país em primeiro lugar e não seus próprios interesses pessoais", declarou Frosh.
Racine alegou ter sido obrigado a agir porque o Congresso, dominado pelo Partido Republicano, não leva a sério os conflitos de interesse do presidente: "Estamos iniciando esta ação porque o presidente não deu os passes necessários para se separar de seus negócios."
Um dos problemas foi a abertura, no ano passado, do Hotel Trump International perto da Casa Branca. A embaixada do Kuwait mudou para lá um evento inicialmente marcado para o Hotel Four Seasons. Em abril, o embaixador da ex-república soviética da Geórgia ficou no hotel e agradeceu pelo Twitter.
Desde que virou presidente, o próprio Trump apareceu várias vezes para saudar seus hóspedes. Assim, o hotel está tirando negócios do Centro de Convenções de Washington, que é público, e de outro em Maryland subsidiado pelos contribuintes.
domingo, 11 de junho de 2017
Macron terá ampla maioria na Assembleia Nacional na França
Com cerca de 32,2% dos votos no primeiro turno das eleições parlamentares na França, a aliança República em Marcha e Movimento Democrático (REM-MoDem) deve eleger entre 390 e 430 deputados, garantindo ampla maioria ao presidente Emmanuel Macron na Assembleia Nacional, de 577 cadeiras.
A Frente Nacional, de extrema direita, que chegou ao segundo na eleição presidencial, teve apenas 13,9% dos votos. Deve eleger entre 3 e 10 deputados, abaixo do mínimo de 15, necessário para formar um grupo parlamentar.
Em segundo lugar, com 21,5%, ficou o partido conservador Os Republicanos, herdeiro da tradição gaulista, das ideias políticas do general Charles de Gaulle, o grande herói da França na Segunda Guerra Mundial. Devem ter entre 85 e 125 deputados na Assembleia Nacional.
A Frente Nacional, de extrema direita, que chegou ao segundo na eleição presidencial, teve apenas 13,9% dos votos. Deve eleger entre 3 e 10 deputados, abaixo do mínimo de 15, necessário para formar um grupo parlamentar.
Em segundo lugar, com 21,5%, ficou o partido conservador Os Republicanos, herdeiro da tradição gaulista, das ideias políticas do general Charles de Gaulle, o grande herói da França na Segunda Guerra Mundial. Devem ter entre 85 e 125 deputados na Assembleia Nacional.
O grande derrotado foi o Partido Socialista, que estava no poder com o presidente François Hollande, mas foi destroçado pela saída de Macron e o sucesso de sua campanha presidencial. Com 13,3%, o pior resultado de sua história, os socialistas devem eleger de 20 a 35 deputados.
A frente de extrema esquerda França Insubmissa bateu o PS, conquistando 14,2% dos votos. Seu líder, Jean-Luc Mélenchon, tentou desqualificar a vitória de Macron, alegando que a abstenção recorde, estimada em 51,2%, "mostra que ele não tem maioria".
O segundo turno será realizado no próximo domingo, de 18 de junho de 2017.
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sábado, 10 de junho de 2017
Terroristas de Londres tentaram alugar caminhão pesado
Os terroristas que mataram oito pessoas há uma semana em Londres tentaram alugar um caminhão de 7,5 toneladas para cometer o atentado. Não conseguiram porque seu meio de pagamento não foi aceitou, revelou hoje o comandante Dean Haydon, da Scotland Yard, a polícia do Reino Unido.
Na manhã de hoje, a polícia prendeu mais dois suspeitos. Outras cinco pessoas estão detidas na investigação sobre o atentado.
A caminhonete foi aluga por Khuram Butt, , um britânico de origem paquistanesa considerado o líder do grupo. Os investigadores acreditam que ele queria realizar um atentado semelhante ao de 14 de julho do ano passado, em Nice, na França, que comemorava sua data nacional, quando 86 pessoas morreram atropeladas por um caminhão.
Haydon descreveu hoje com detalhes a ação terrorista. Eles chegaram à Ponte de Londres às 21h58 (17h58 em Brasília). Deram duas voltas para reconhecer o terreno antes de partir para o ataque. Depois de atropelar pedestres na ponte, os três terroristas foram até o Mercado de Borough, onde esfaquearam outras vítimas antes de serem mortos pela polícia.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do atentado, mas a polícia ainda investiga se houve alguma relação operacional do grupo com a célula terrorista.
Na manhã de hoje, a polícia prendeu mais dois suspeitos. Outras cinco pessoas estão detidas na investigação sobre o atentado.
A caminhonete foi aluga por Khuram Butt, , um britânico de origem paquistanesa considerado o líder do grupo. Os investigadores acreditam que ele queria realizar um atentado semelhante ao de 14 de julho do ano passado, em Nice, na França, que comemorava sua data nacional, quando 86 pessoas morreram atropeladas por um caminhão.
Haydon descreveu hoje com detalhes a ação terrorista. Eles chegaram à Ponte de Londres às 21h58 (17h58 em Brasília). Deram duas voltas para reconhecer o terreno antes de partir para o ataque. Depois de atropelar pedestres na ponte, os três terroristas foram até o Mercado de Borough, onde esfaquearam outras vítimas antes de serem mortos pela polícia.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do atentado, mas a polícia ainda investiga se houve alguma relação operacional do grupo com a célula terrorista.
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sexta-feira, 9 de junho de 2017
May deve formar governo britânico com unionistas da Irlanda do Norte
Com a perda do deputado do aristocrático bairro londrino de Kensington, considerada uma das cadeiras mais seguras para os conservadores no Reino Unido, o partido perdeu a maioria absoluta na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico.
Serão apenas 318 conservadores entre os 650 deputados eleitos. A primeira-ministra Theresa May deve se aliar ao Partido Unionista Democrático (DUP) da Irlanda do Norte para ter maioria, noticiou a televisão pública britânica BBC.
Os trabalhistas conquistaram 262 cadeiras. Mesmo assim, o resultado é uma derrota para Theresa May. Ela convocou eleições antecipadas para ampliar sua maioria, que era de apenas cinco deputados, e assim ter um mandato forte para negociar a saída do Reino Unido da União Europeia.
Fragilizada, sob pressão para pedir demissão, antes de ir ao Palácio de Buckingham pedir permissão à rainha Elizabeth II para formar um novo governo, May anunciou a recondução aos cargos dos ministros das Finanças, Philip Hammond; do Exterior, Boris Johnson; do Interior, Amber Rudd; das negociações com a UE, David Davis; e da Defesa, Michael Fallon.
As negociações da Brexit (British exit = saída britânica, do inglês) começam daqui a dez dias. May insinuou que o resultado aumenta a responsabilidade dos outros partidos nas negociações. Na prática, complica a estratégia da primeira-ministra de sair do mercado comum europeu.
O líder trabalhista, Jeremy Corbin, também deixou claro que não pretende deixar a liderança do partido: "Qualquer que seja o resultado final, nossa campanha positiva mudou a política para melhor", gabou-se Corbyn. O partido saiu melhor do que esperado. Ganhou 30 cadeiras. A expectativa era de um fracasso total por causa de sua liderança radical.
A terceira força no Palácio de Westminster é o Partido Nacional Escocês, que perdeu 21 deputados, mas manteve 35. Está mais interessado na independência da Escócia, especialmente se o Reino Unido deixar mesmo a UE.
Só um partido defendeu a realização de um novo referendo sobre a Europa. O Partido Liberal-Democrata não conseguiu atrair o voto dos 48% que preferiam ficar na UE. Ganhou quatro cadeiras e terá 12 deputados.
Os unionistas democráticos da Irlanda do Norte, defensores da manutenção da província do Ulster no Reino Unido, elegeram dez deputados. Com os 318 conservadores, tem uma maioria apertada de 328 cadeiras, duas a mais do que a maioria absoluta.
Serão apenas 318 conservadores entre os 650 deputados eleitos. A primeira-ministra Theresa May deve se aliar ao Partido Unionista Democrático (DUP) da Irlanda do Norte para ter maioria, noticiou a televisão pública britânica BBC.
Os trabalhistas conquistaram 262 cadeiras. Mesmo assim, o resultado é uma derrota para Theresa May. Ela convocou eleições antecipadas para ampliar sua maioria, que era de apenas cinco deputados, e assim ter um mandato forte para negociar a saída do Reino Unido da União Europeia.
Fragilizada, sob pressão para pedir demissão, antes de ir ao Palácio de Buckingham pedir permissão à rainha Elizabeth II para formar um novo governo, May anunciou a recondução aos cargos dos ministros das Finanças, Philip Hammond; do Exterior, Boris Johnson; do Interior, Amber Rudd; das negociações com a UE, David Davis; e da Defesa, Michael Fallon.
As negociações da Brexit (British exit = saída britânica, do inglês) começam daqui a dez dias. May insinuou que o resultado aumenta a responsabilidade dos outros partidos nas negociações. Na prática, complica a estratégia da primeira-ministra de sair do mercado comum europeu.
O líder trabalhista, Jeremy Corbin, também deixou claro que não pretende deixar a liderança do partido: "Qualquer que seja o resultado final, nossa campanha positiva mudou a política para melhor", gabou-se Corbyn. O partido saiu melhor do que esperado. Ganhou 30 cadeiras. A expectativa era de um fracasso total por causa de sua liderança radical.
A terceira força no Palácio de Westminster é o Partido Nacional Escocês, que perdeu 21 deputados, mas manteve 35. Está mais interessado na independência da Escócia, especialmente se o Reino Unido deixar mesmo a UE.
Só um partido defendeu a realização de um novo referendo sobre a Europa. O Partido Liberal-Democrata não conseguiu atrair o voto dos 48% que preferiam ficar na UE. Ganhou quatro cadeiras e terá 12 deputados.
Os unionistas democráticos da Irlanda do Norte, defensores da manutenção da província do Ulster no Reino Unido, elegeram dez deputados. Com os 318 conservadores, tem uma maioria apertada de 328 cadeiras, duas a mais do que a maioria absoluta.
Trump admite depor sob juramento para negar pressões sobre Comey
NOVA YORK - Em sua primeira entrevista coletiva depois do depoimento do ex-diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, James Comey, à Comissão de Inteligência do Senado, o presidente Donald Trump declarou hoje estar pronto para depor sob juramento para negar que tenha pedido o fim do inquérito sobre seu ex-assessor de Segurança Nacional, general Michael Flynn.
"Estou 100% querendo depor sob juramento", disparou Trump diante da insistência dos repórteres. "Vou dizer a ele [o procurador especial Robert Mueller] exatamente o que disse a vocês."
Comey afirmou que o presidente lhe pediu várias vezes para "deixar para lá" a investigação sobre Flynn, que Trump chamou de "um bom cara" que "não fez nada errado". Ele acrescentou que o presidente não pediu o fim do inquérito sobre a influência indevida da Rússia na eleição presidencial americana.
"Não houve conluio [com a Rússia] nem obstrução de justiça. Ele é um mentiroso que vazou informações", atacou o presidente.
Trump demitiu Comey em 9 de maio quebrando uma tradição da Casa Branca de manter distância operacional do FBI. Só um diretor-geral do FBI havia sido demitido até hoje, e por corrupção. Ele não revelou se os encontros com Comey na Casa Branca foram gravados.
"Estou 100% querendo depor sob juramento", disparou Trump diante da insistência dos repórteres. "Vou dizer a ele [o procurador especial Robert Mueller] exatamente o que disse a vocês."
Comey afirmou que o presidente lhe pediu várias vezes para "deixar para lá" a investigação sobre Flynn, que Trump chamou de "um bom cara" que "não fez nada errado". Ele acrescentou que o presidente não pediu o fim do inquérito sobre a influência indevida da Rússia na eleição presidencial americana.
"Não houve conluio [com a Rússia] nem obstrução de justiça. Ele é um mentiroso que vazou informações", atacou o presidente.
Trump demitiu Comey em 9 de maio quebrando uma tradição da Casa Branca de manter distância operacional do FBI. Só um diretor-geral do FBI havia sido demitido até hoje, e por corrupção. Ele não revelou se os encontros com Comey na Casa Branca foram gravados.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Conservadores vencem eleição mas podem perder maioria absoluta
O Partido Conservador conquistou a maior parte das cadeiras na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, mas a manobra de primeira-ministra Theresa May fracassou: ao convocar eleições antecipadas, ela pretendia ampliar sua maioria e se fortalecer para as negociações de saída do Reino Unido da União Europeia. Pode perder a maioria absoluta e ser obrigada a fazer uma coligação.
Pelas projeções da pesquisa de boca de urna da televisão pública britânica BBC e dos canais privados ITV e Sky News, os conservadores terão 314 deputados na Câmara dos Comuns, de 650 cadeiras. Os trabalhistas devem ganhar 34 cadeiras, subindo para 266. O Partido Nacional Escocês deve ter 34 deputados, 22 a menos, e o Partido Liberal-Democrata, 14 deputados.
O resultado final deve ser conhecido na madrugada de amanhã pelo horário de Brasília.
Pelas projeções da pesquisa de boca de urna da televisão pública britânica BBC e dos canais privados ITV e Sky News, os conservadores terão 314 deputados na Câmara dos Comuns, de 650 cadeiras. Os trabalhistas devem ganhar 34 cadeiras, subindo para 266. O Partido Nacional Escocês deve ter 34 deputados, 22 a menos, e o Partido Liberal-Democrata, 14 deputados.
O resultado final deve ser conhecido na madrugada de amanhã pelo horário de Brasília.
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Venezuela deu calote de US$ 1 bilhão na Rússia
Enquanto se esforça para cumprir os compromissos com o sistema financeiro internacional, o president Nicolás Maduro dá calote nos aliados. A Venezuela deixou de pagar à Rússia US$ 1 bilhão, forçando o governo Vladimir Putin a revisar o orçamento para 2017, noticiou hoje o jornal Latin American Herald Tribune.
O Comitê de Auditoria da Rússia confirmou o calote a jornalistas russos. A emenda ao orçamento cita a queda de 53,9 bilhões de rublos, cerca de US$ 950 milhões, no ingresso de divisas "associada ao fracasso da República Bolivarista da Venezuela de honrar os termos do protocolo intergovernamental russo-venezuelano nº 23/26, de setembro de 2016."
Por este acordo, a Rússia concordou em renegociar uma dívida de US$ 2,84 bilhões, com o reescalonamento de US$ 530 milhões de 2019 a 2021. Os outros US$ 2,2 bilhões seriam pagos em cinco anos. A primeira parcela, de US$ 362 milhões, era devida em 31 de março de 2017. Não foi paga.
O empréstimo original, de US$ 4 bilhões, foi concedido pela Rússia ao então presidente Hugo Chávez, em 2011, principalmente para a compra de armas e equipamentos militares. O governo russo aceitar renegociar em setembro do ano passado por causa de uma "crise de liquidez" na Venezuela e das "relações de amizade" entre os dois países.
A Venezuela vive a pior crise de sua história independente, com inflação de 900% ao ano, queda de mais de 20% no produto interno bruto nos últimos dois anos e desabastecimento de 80% dos produtos básicos, inclusive remédios e alimentos.
O Comitê de Auditoria da Rússia confirmou o calote a jornalistas russos. A emenda ao orçamento cita a queda de 53,9 bilhões de rublos, cerca de US$ 950 milhões, no ingresso de divisas "associada ao fracasso da República Bolivarista da Venezuela de honrar os termos do protocolo intergovernamental russo-venezuelano nº 23/26, de setembro de 2016."
Por este acordo, a Rússia concordou em renegociar uma dívida de US$ 2,84 bilhões, com o reescalonamento de US$ 530 milhões de 2019 a 2021. Os outros US$ 2,2 bilhões seriam pagos em cinco anos. A primeira parcela, de US$ 362 milhões, era devida em 31 de março de 2017. Não foi paga.
O empréstimo original, de US$ 4 bilhões, foi concedido pela Rússia ao então presidente Hugo Chávez, em 2011, principalmente para a compra de armas e equipamentos militares. O governo russo aceitar renegociar em setembro do ano passado por causa de uma "crise de liquidez" na Venezuela e das "relações de amizade" entre os dois países.
A Venezuela vive a pior crise de sua história independente, com inflação de 900% ao ano, queda de mais de 20% no produto interno bruto nos últimos dois anos e desabastecimento de 80% dos produtos básicos, inclusive remédios e alimentos.
Comey acusa Casa Branca de mentir para difamá-lo e ao FBI
No início de seu depoimento à Comissão de Inteligência do Senado, o ex-diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, James Comey acusou a Casa Branca de mentir para "difamar a mim e, mais importante, o FBI". Em defesa própria e da agência, chamada de "bagunça", decidiu então revelar os memorandos sobre seus encontros com o presidente Donald Trump.
"O governo escolheu difamar a mim e, mais importante, ao FBI, dizendo que a organização tinha virado uma bagunça e que era mal administrada", declarou o ex-diretor. "Essas são mentiras pura e simplesmente."
Comey negou que o presidente o tenha pressionado a encerrar a investigação sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial americana de 2016, mas confirmou que Trump pediu o fim do inquérito sobre as relações do ex-assessor de Segurança Nacional de Trump, general Michael Flynn, com os russos. Isso pode caracterizar obstrução de justiça, um crime capaz de levar ao impeachment do presidente.
No primeiro momento, a Casa Branca justificou a demissão de Comey, em 9 de maio, alegando problemas na investigação do uso de correio eletrônico privado pela então secretária de Estado Hillary Clinton, adversária de Trump na eleição do ano passado.
O próprio presidente desmentiu seu governo ao admitir em entrevista à rede de televisão NBC que afastou Comey por causa da investigação sobre a Rússia. Trump acrescentou que o diretor-geral "não estava fazendo um bom trabalho" e que teria perdido a confiança dos funcionários do FBI.
Foi um golpe na autoestima de Comey: "Ele me disse repetidamente que tinha falado com muita gente sobre mim, inclusive com o procurador-geral, e que tinha ouvido que eu estava fazendo um grande trabalho e era muito apreciado pela força de trabalho do FBI."
Calmo a princípio, o ex-diretor se exaltou em defesa do seu trabalho e da instituição que dirigia: "Lamento muito que a força de trabalho do FBI tenha de ouvir isso. Queria que o povo americano soubesse esta verdade: o FBI é honesto. O FBI é forte e o FBI é e sempre será independente."
Em depoimento à Comissão de Justiça da Câmara, em setembro de 2016, o então diretor do FBI afirmou: "Você pode dizer que erramos, mas não nos chamar de sorrateiros. Não somos sorrateiros."
Ele admitiu que divulgou os memorandos sobre os encontros com Trump para pressionar o governo a nomear um procurador independente para chefiar o inquérito sobre a influência russa na eleição. Foi indicado o ex-diretor-geral do FBI que o antecedeu, Robert Mueller.
"O governo escolheu difamar a mim e, mais importante, ao FBI, dizendo que a organização tinha virado uma bagunça e que era mal administrada", declarou o ex-diretor. "Essas são mentiras pura e simplesmente."
Comey negou que o presidente o tenha pressionado a encerrar a investigação sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial americana de 2016, mas confirmou que Trump pediu o fim do inquérito sobre as relações do ex-assessor de Segurança Nacional de Trump, general Michael Flynn, com os russos. Isso pode caracterizar obstrução de justiça, um crime capaz de levar ao impeachment do presidente.
No primeiro momento, a Casa Branca justificou a demissão de Comey, em 9 de maio, alegando problemas na investigação do uso de correio eletrônico privado pela então secretária de Estado Hillary Clinton, adversária de Trump na eleição do ano passado.
O próprio presidente desmentiu seu governo ao admitir em entrevista à rede de televisão NBC que afastou Comey por causa da investigação sobre a Rússia. Trump acrescentou que o diretor-geral "não estava fazendo um bom trabalho" e que teria perdido a confiança dos funcionários do FBI.
Foi um golpe na autoestima de Comey: "Ele me disse repetidamente que tinha falado com muita gente sobre mim, inclusive com o procurador-geral, e que tinha ouvido que eu estava fazendo um grande trabalho e era muito apreciado pela força de trabalho do FBI."
Calmo a princípio, o ex-diretor se exaltou em defesa do seu trabalho e da instituição que dirigia: "Lamento muito que a força de trabalho do FBI tenha de ouvir isso. Queria que o povo americano soubesse esta verdade: o FBI é honesto. O FBI é forte e o FBI é e sempre será independente."
Em depoimento à Comissão de Justiça da Câmara, em setembro de 2016, o então diretor do FBI afirmou: "Você pode dizer que erramos, mas não nos chamar de sorrateiros. Não somos sorrateiros."
Ele admitiu que divulgou os memorandos sobre os encontros com Trump para pressionar o governo a nomear um procurador independente para chefiar o inquérito sobre a influência russa na eleição. Foi indicado o ex-diretor-geral do FBI que o antecedeu, Robert Mueller.
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quarta-feira, 7 de junho de 2017
Ex-diretor-geral do FBI acusa Trump de exigir fim de inquérito
Em um relato de sete páginas divulgado hoje, o ex-diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, James Comey antecipou o depoimento de amanhã à Comissão de Inteligência do Senado.
Comey vai acusar o presidente Donald Trump de uma série de pressões para influenciar o inquérito sobre a interferência da Rússia nas últimas eleições presidenciais americanas.
As pressões incluíram pedidos de lealdade pessoal, para Comey declarar publicamente que Trump não está sendo investigado e para encerrar o inquérito sobre o ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Michael Flynn. Podem caracterizar obstrução de justiça, um crime de responsabilidade, capaz de levar ao impeachment do presidente.
Insatisfeito com a resistência de Comey diante das pressões, Trump demitiu o diretor-geral do FBI em 9 de maio de 2017 no quarto ano de um mandato de dez. Só um diretor-geral do FBI havia sido demitido antes pelo presidente, William Sessions, no governo Bill Clinton, em 1993.
O caso foi mais comparado ao Massacre de Sábado à Noite, em 19 de outubro de 1973, quando o presidente Richard Nixon demitiu o procurador especial Archibald Fox, que o investigava no Escândalo de Watergate. Nixon renunciou em 9 de agosto de 1974 para escapar de um processo de impeachment.
Em telefonema não divulgado anteriormente, em 30 de março, Trump pediu a Comey que poderia ser feito para "dissipar a nuvem" de uma investigação sobre ele. Isso estaria prejudicando sua capacidade de governar.
Pelo menos uma vez, em janeiro, Comey disse ao presidente que ele não estava sendo investigado, mas não quis fazer declarações públicas "por inúmeras razões, a mostra importante porque criaria o dever de corrigir, se a situação mudasse", se Trump passasse a ser alvo do inquérito.
O primeiro memorando de Comey sobre os encontros com Trump é sobre o encontro de 6 de janeiro, duas semanas antes da posse. "Para garantir a fidelidade, comecei a escrever num computador portáil dentro de um carro do FBI no momento em que saí do encontro na Trump Tower."
A partir daquele momento, Comey passou a registrar por escrito detalhes de seus encontros com o presidente. Ele não escreveu este tipo de memorando depois dos dois encontros privados que teve com o presidente Barack Obama no governo anterior.
Semanas depois, durante um jantar na Casa Branca, o presidente quis saber de um dossiê atribuído aos russos que revelaria encontros de Trump com prostitutas na Rússia, "expressou seu desgosto com as alegações e as negou fortemente", escreveu o ex-diretor do FBI.
Trump rejeitou a acusação alegando que não esteve com prostitutas e sempre partiu do princípio de que estava sendo vigiado e gravado na Rússia. Na última vez em que os dois se falaram, em 11 de abril, pelo telefone, o presidente pediu mais uma vez uma manifestação pública do diretor-geral do FBI reiterando que ele não está sob investigação.
Comey afirmou ter repassado o pedido a seus superiores no Departamento da Justiça. Aí Trump veio com a tal "nuvem" de suspeita pairando sobre seu governo, declarou lealdade ao diretor do FBI e pediu a solução "daquela coisa".
Comey vai acusar o presidente Donald Trump de uma série de pressões para influenciar o inquérito sobre a interferência da Rússia nas últimas eleições presidenciais americanas.
As pressões incluíram pedidos de lealdade pessoal, para Comey declarar publicamente que Trump não está sendo investigado e para encerrar o inquérito sobre o ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Michael Flynn. Podem caracterizar obstrução de justiça, um crime de responsabilidade, capaz de levar ao impeachment do presidente.
Insatisfeito com a resistência de Comey diante das pressões, Trump demitiu o diretor-geral do FBI em 9 de maio de 2017 no quarto ano de um mandato de dez. Só um diretor-geral do FBI havia sido demitido antes pelo presidente, William Sessions, no governo Bill Clinton, em 1993.
O caso foi mais comparado ao Massacre de Sábado à Noite, em 19 de outubro de 1973, quando o presidente Richard Nixon demitiu o procurador especial Archibald Fox, que o investigava no Escândalo de Watergate. Nixon renunciou em 9 de agosto de 1974 para escapar de um processo de impeachment.
Em telefonema não divulgado anteriormente, em 30 de março, Trump pediu a Comey que poderia ser feito para "dissipar a nuvem" de uma investigação sobre ele. Isso estaria prejudicando sua capacidade de governar.
Pelo menos uma vez, em janeiro, Comey disse ao presidente que ele não estava sendo investigado, mas não quis fazer declarações públicas "por inúmeras razões, a mostra importante porque criaria o dever de corrigir, se a situação mudasse", se Trump passasse a ser alvo do inquérito.
O primeiro memorando de Comey sobre os encontros com Trump é sobre o encontro de 6 de janeiro, duas semanas antes da posse. "Para garantir a fidelidade, comecei a escrever num computador portáil dentro de um carro do FBI no momento em que saí do encontro na Trump Tower."
A partir daquele momento, Comey passou a registrar por escrito detalhes de seus encontros com o presidente. Ele não escreveu este tipo de memorando depois dos dois encontros privados que teve com o presidente Barack Obama no governo anterior.
Semanas depois, durante um jantar na Casa Branca, o presidente quis saber de um dossiê atribuído aos russos que revelaria encontros de Trump com prostitutas na Rússia, "expressou seu desgosto com as alegações e as negou fortemente", escreveu o ex-diretor do FBI.
Trump rejeitou a acusação alegando que não esteve com prostitutas e sempre partiu do princípio de que estava sendo vigiado e gravado na Rússia. Na última vez em que os dois se falaram, em 11 de abril, pelo telefone, o presidente pediu mais uma vez uma manifestação pública do diretor-geral do FBI reiterando que ele não está sob investigação.
Comey afirmou ter repassado o pedido a seus superiores no Departamento da Justiça. Aí Trump veio com a tal "nuvem" de suspeita pairando sobre seu governo, declarou lealdade ao diretor do FBI e pediu a solução "daquela coisa".
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Estado Islâmico ataca Parlamento do Irã e túmulo de Khomeini
Quatro homens armados vestidos de mulher invadiram hoje a sede do Majlis (Parlamento) do Irã com bombas e metralhadoras e atacaram indiscriminadamente. Meia hora depois, houve um ataque ao mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini, o líder espiritual da Revolução Islâmica de 1979.
Pelo menos 17 pessoas morreram e mais de 40 saíram feridas. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelos ataques. A Guarda Revolucionária Iraniana acusou os Estados Unidos e a Arábia Saudita.
Através de sua agência de propaganda na Internet Amaq, o Estado Islâmico divulgou um vídeo do ataque feito dentro do Parlamento para comprovar sua autoria. No vídeo, vozes louvam a Alá e dizem em árabe: "Vocês acham que vamos embora? Vamos ficar, se Deus quiser."
O ataque começou no meio da manhã, quando os terroristas entraram no Majlis, vestidos de mulher, de acordo com um funcionário do Ministério do Interior iraniano. No primeiro momento, mataram um guarda de segurança e outra pessoa, disse a agência de propaganda do Estado Islâmico. Um homem-bomba se detonou no quarto andar da sede do Parlamento, que estava em sessão e foi cercado por populares que acompanharam a batalha.
Depois de quatro horas de combate, as forças de segurança mataram três terroristas, o outro se detonou. O regime dos aiatolás retomou o controle do Majlis por volta das 15h em Teerã (7h30 em Brasília). No ataque ao mausoléu de Khomeini, dois terroristas suicidas, sendo uma mulher, se detonaram matando um jardineiro e ferindo outra pessoa.
O presidente do Majlis, Ari Larijani, considerou o atentado um "incidente menor" e descreveu o Irã como "um centro ativo e efetivo no combate ao terrorismo. O serviço secreto iraniano revelou ter desmantelado uma conspiração para realização de um ataque múltiplo em Teerã e outras cidades.
Num raro vídeo divulgado em persa, a língua do Irã, em março, o Estado Islâmico advertiu: "Vamos conquistar o Irã e restaurar a nação muçulmana como era antes."
O Estado Islâmico segue a corrente sunita, salafista e jihadista do islamismo. Considera os xiitas infiéis e traidores, o que justifica seu assassinato. O Irã é predominantemente xiita.
A ação contra o Irã acontece no momento em que o Estado Islâmico está prestes a perder o controle de suas duas maiores cidades. A Batalha de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, está no fim.
Ontem, as Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda apoiada pelos EUA, invadiram Rakka, na Síria, a capital do califado proclamado pelo líder Abu Baker al Baghdadi, o Califa Ibrahim, em 29 de junho de 2014, depois da conquista de Mossul.
Sem Mossul e Rakka, será o fim do califado. O Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e regride a grupo terrorista, o que não o torna menos perigoso, como mostram os recentes atentados na Europa.
Pelo menos 17 pessoas morreram e mais de 40 saíram feridas. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelos ataques. A Guarda Revolucionária Iraniana acusou os Estados Unidos e a Arábia Saudita.
Através de sua agência de propaganda na Internet Amaq, o Estado Islâmico divulgou um vídeo do ataque feito dentro do Parlamento para comprovar sua autoria. No vídeo, vozes louvam a Alá e dizem em árabe: "Vocês acham que vamos embora? Vamos ficar, se Deus quiser."
O ataque começou no meio da manhã, quando os terroristas entraram no Majlis, vestidos de mulher, de acordo com um funcionário do Ministério do Interior iraniano. No primeiro momento, mataram um guarda de segurança e outra pessoa, disse a agência de propaganda do Estado Islâmico. Um homem-bomba se detonou no quarto andar da sede do Parlamento, que estava em sessão e foi cercado por populares que acompanharam a batalha.
Depois de quatro horas de combate, as forças de segurança mataram três terroristas, o outro se detonou. O regime dos aiatolás retomou o controle do Majlis por volta das 15h em Teerã (7h30 em Brasília). No ataque ao mausoléu de Khomeini, dois terroristas suicidas, sendo uma mulher, se detonaram matando um jardineiro e ferindo outra pessoa.
O presidente do Majlis, Ari Larijani, considerou o atentado um "incidente menor" e descreveu o Irã como "um centro ativo e efetivo no combate ao terrorismo. O serviço secreto iraniano revelou ter desmantelado uma conspiração para realização de um ataque múltiplo em Teerã e outras cidades.
Num raro vídeo divulgado em persa, a língua do Irã, em março, o Estado Islâmico advertiu: "Vamos conquistar o Irã e restaurar a nação muçulmana como era antes."
O Estado Islâmico segue a corrente sunita, salafista e jihadista do islamismo. Considera os xiitas infiéis e traidores, o que justifica seu assassinato. O Irã é predominantemente xiita.
A ação contra o Irã acontece no momento em que o Estado Islâmico está prestes a perder o controle de suas duas maiores cidades. A Batalha de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, está no fim.
Ontem, as Forças Democráticas Sírias, uma milícia árabe-curda apoiada pelos EUA, invadiram Rakka, na Síria, a capital do califado proclamado pelo líder Abu Baker al Baghdadi, o Califa Ibrahim, em 29 de junho de 2014, depois da conquista de Mossul.
Sem Mossul e Rakka, será o fim do califado. O Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e regride a grupo terrorista, o que não o torna menos perigoso, como mostram os recentes atentados na Europa.
terça-feira, 6 de junho de 2017
Macron terá ampla maioria na Assembleia Nacional, prevê pesquisa
O novo partido Revolução em Marcha (ReM), criado há pouco mais de um ano pelo presidente Emmanuel Macron, pode ter uma ampla maioria na Assembleia Nacional da França, indicou uma pesquisa do instituto Ipsos/Sofra.
A aliança do ReM com o Movimento Democrático (MoDem) deve obter 29,5% dos votos no primeiro turno das eleições parlamentares, no domingo, e pode eleger uma bancada de 385 a 415 deputados na Assembleia Nacional, de 577 cadeiras.
Na mesma pesquisa, a coalizão do partido conservador Os Republicanos com a centrista União Democrática Independente (UDI) teve 23% das preferências Elegeria entre 105 e 125 deputados. Na atual legislatura, os gaulistas tem 199 deputados e a UDI, 27 cadeiras.
Em terceiro, ficou a ultradireitista Frente Nacional (17%). Como no segundo turno os outros partidos costumam se aliar contra a extrema direita, a expectativa é que a FN tenha de 5 a 15 cadeiras. De acordo com o regimento interno da Assembleia Nacional, são necessários pelo menos 15 deputados para formar um grupo parlamentar.
Com 12,5% das preferências, a frente de esquerda França Insubmissa (12,5%) deve eleger de 12 a 22 deputados. A aliança do Partido Socialista com o Partido Radical de Esquerda ficou em quinto lugar em intenções de voto, com 8,5%, mas deve eleger a terceira maior bancada, de 25 a 35 deputados.
A cinco dias do primeiro turno, cerca de 60% dos eleitores inscritos pretendem votar. O segundo turno será realizado em 18 de junho de 2017.
A aliança do ReM com o Movimento Democrático (MoDem) deve obter 29,5% dos votos no primeiro turno das eleições parlamentares, no domingo, e pode eleger uma bancada de 385 a 415 deputados na Assembleia Nacional, de 577 cadeiras.
Na mesma pesquisa, a coalizão do partido conservador Os Republicanos com a centrista União Democrática Independente (UDI) teve 23% das preferências Elegeria entre 105 e 125 deputados. Na atual legislatura, os gaulistas tem 199 deputados e a UDI, 27 cadeiras.
Em terceiro, ficou a ultradireitista Frente Nacional (17%). Como no segundo turno os outros partidos costumam se aliar contra a extrema direita, a expectativa é que a FN tenha de 5 a 15 cadeiras. De acordo com o regimento interno da Assembleia Nacional, são necessários pelo menos 15 deputados para formar um grupo parlamentar.
Com 12,5% das preferências, a frente de esquerda França Insubmissa (12,5%) deve eleger de 12 a 22 deputados. A aliança do Partido Socialista com o Partido Radical de Esquerda ficou em quinto lugar em intenções de voto, com 8,5%, mas deve eleger a terceira maior bancada, de 25 a 35 deputados.
A cinco dias do primeiro turno, cerca de 60% dos eleitores inscritos pretendem votar. O segundo turno será realizado em 18 de junho de 2017.
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Milícia árabe-curda apoiada pelos EUA invade capital do Estado Islâmico
As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia formada por combatentes árabes e curdos com apoio financeiro, armas e cobertura aérea dos Estados Unidos, invadiram hoje a cidade de Rakka, na Síria, declarada capital do califado proclamado há três anos pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
"Nossas forças entraram no bairro de Mechlebe, no Leste da cidade", declarou a comandante curda Rojda Felat à Agência France Presse (AFP). O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição que monitora a guerra civil na Síria, confirmou a invasão.
A Batalha de Rakka começa enquanto o Estado Islâmico ainda resiste em algumas áreas de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, cenário de uma batalha sangrenta há nove meses. Com a queda destas duas cidades, o califado proclamado em 29 de junho de 2014 pelo líder supremo Abu Baker al-Baghdadi, o Califa Ibrahim.
Sem um protoestado para chamar de seu no Oriente Médio, o Estado Islâmico regride a um movimento clandestino que tem no terrorismo seu principal instrumento de propaganda e ação. Os órfãos do califado são homens-bomba em potencial.
"Nossas forças entraram no bairro de Mechlebe, no Leste da cidade", declarou a comandante curda Rojda Felat à Agência France Presse (AFP). O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição que monitora a guerra civil na Síria, confirmou a invasão.
A Batalha de Rakka começa enquanto o Estado Islâmico ainda resiste em algumas áreas de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, cenário de uma batalha sangrenta há nove meses. Com a queda destas duas cidades, o califado proclamado em 29 de junho de 2014 pelo líder supremo Abu Baker al-Baghdadi, o Califa Ibrahim.
Sem um protoestado para chamar de seu no Oriente Médio, o Estado Islâmico regride a um movimento clandestino que tem no terrorismo seu principal instrumento de propaganda e ação. Os órfãos do califado são homens-bomba em potencial.
Pesquisa reduz vantagem conservadora a um ponto no Reino Unido
A vantagem do Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, sobre o Partido Trabalhista caiu para apenas um ponto percentual em pesquisa divulgada hoje, dois dias antes das eleições parlamentares de 8 de junho de 2017 no Reino Unido.
A sondagem foi feita na sexta-feira e no sábado, antes do último atentado terrorista em Londres, que matou sete pessoas e deixou outras 48 feridas.
Na pesquisa do instituto Survation, os conservadores tiveram a preferência de 41,5% dos entrevistados contra 40,4% para os trabalhistas, 6% para o Partido Liberal-Democrata e 3% para o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP). Outra sondagem do mesmo instituto publicada no domingo no jornal Mail on Sunday chegou praticamente à mesma diferença: 40% a 39%.
O instituto YouGov registrou em 1º e 2 de junho 42% a 38% para os conservadores. Assim, May perderia a maioria absoluta na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico. Sairia enfraquecida. Outras pesquisas recentes dão vantagens de até 11 e 12 pontos percentuais aos conservadores. Isso garantiria ampla maioria à primeira-ministra.
Uma das possíveis explicações para a divergências entre é que o crescimento dos trabalhistas se deu entre o eleitorado jovem, que tem menos tendência de votar num país onde o voto não é obrigatório. Por isso, algumas pesquisas dão peso menor aos jovens, que podem se sentir incentivados a participar como reação aos atentados terroristas.
Quando May convocou eleições gerais antecipadas, há um mês e meio, tinha uma vantagem de 20 pontos. Esperava obter ampliar sua escassa maioria de 17 cadeiras na Câmara dos Comuns. Na lógica da primeira-ministra, isto lhe daria mais força nas negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Sob a liderança radical de Jeremy Corbyn, o Partido Trabalhista deu uma forte guinada à esquerda, prometendo universidade gratuita e reestatizar os correios, o sistema ferroviário e as companhias de água e de energia elétrica.
As negociações da Brexit (saída britânica, do inglês) ficaram em segundo plano na campanha eleitoral. Quem mais defendeu a permanência no mercado comum europeu foram os liberais-democratas, que não se recuperaram da aliança com os conservadores no primeiro governo David Cameron (2010-15) e caíram ainda mais.
Em princípio, o atentado terrorista deveria ajudar os conservadores, tradicionalmente mais duros em questões de segurança e defesa. Mas May era ministra do Interior, responsável pela polícia, durante o governo Cameron, quando um programa rígido de austeridade fiscal para equilibrar as contas públicas causou a demissão de dezenas de milhares de policias.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, trabalhista e muçulmano, criticou a primeira-ministra por reduzir o contingente de policiais nas ruas.
A sondagem foi feita na sexta-feira e no sábado, antes do último atentado terrorista em Londres, que matou sete pessoas e deixou outras 48 feridas.
Na pesquisa do instituto Survation, os conservadores tiveram a preferência de 41,5% dos entrevistados contra 40,4% para os trabalhistas, 6% para o Partido Liberal-Democrata e 3% para o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP). Outra sondagem do mesmo instituto publicada no domingo no jornal Mail on Sunday chegou praticamente à mesma diferença: 40% a 39%.
O instituto YouGov registrou em 1º e 2 de junho 42% a 38% para os conservadores. Assim, May perderia a maioria absoluta na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico. Sairia enfraquecida. Outras pesquisas recentes dão vantagens de até 11 e 12 pontos percentuais aos conservadores. Isso garantiria ampla maioria à primeira-ministra.
Uma das possíveis explicações para a divergências entre é que o crescimento dos trabalhistas se deu entre o eleitorado jovem, que tem menos tendência de votar num país onde o voto não é obrigatório. Por isso, algumas pesquisas dão peso menor aos jovens, que podem se sentir incentivados a participar como reação aos atentados terroristas.
Quando May convocou eleições gerais antecipadas, há um mês e meio, tinha uma vantagem de 20 pontos. Esperava obter ampliar sua escassa maioria de 17 cadeiras na Câmara dos Comuns. Na lógica da primeira-ministra, isto lhe daria mais força nas negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Sob a liderança radical de Jeremy Corbyn, o Partido Trabalhista deu uma forte guinada à esquerda, prometendo universidade gratuita e reestatizar os correios, o sistema ferroviário e as companhias de água e de energia elétrica.
As negociações da Brexit (saída britânica, do inglês) ficaram em segundo plano na campanha eleitoral. Quem mais defendeu a permanência no mercado comum europeu foram os liberais-democratas, que não se recuperaram da aliança com os conservadores no primeiro governo David Cameron (2010-15) e caíram ainda mais.
Em princípio, o atentado terrorista deveria ajudar os conservadores, tradicionalmente mais duros em questões de segurança e defesa. Mas May era ministra do Interior, responsável pela polícia, durante o governo Cameron, quando um programa rígido de austeridade fiscal para equilibrar as contas públicas causou a demissão de dezenas de milhares de policias.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, trabalhista e muçulmano, criticou a primeira-ministra por reduzir o contingente de policiais nas ruas.
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Terrorista ataca policial com martelo no Centro de Paris
Um homem atacou um policial pelas costas às 16h30 (11h30 em Brasília) de hoje diante da Catedral de Notre Dame, um local muito frequentado por turistas e franceses no Centro de Paris, aos gritos de "isto é pela Síria". Ele foi baleado e está hospitalizado em estado grave. Também levava duas facas de cozinha, noticiou a televisão francesa.
De acordo com o ministro do Interior da França, Gérard Collomb, "ele se apresentou como um estudante argeliano munido de uma carta cuja autenticidade ele queria verificar. Estava munido com um martelo. Também foram encontradas com ele duas facas de cozinha. Foi com esses instrumentos muito rudimentares que atacou as forças da ordem".
A procuradoria antiterrorismo abriu inquérito. Todos os visitantes que estavam dentro da Notre Dame ficaram confinados por algum tempo. A polícia isolou a área e pediu que ninguém fosse para lá.
A França foi alvo de grandes atentados terroristas desde o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, que publicara caricaturas do profeta Maomé, em 7 de janeiro de 2015, quando 12 pessoas foram assassinadas. Em 13 de novembro do mesmo ano, uma série de ataques coordenados deixou 130 mortos em Paris.
Em 14 de julho do ano passado, um caminhão atropelou e matou 86 pessoas durante a festa de aniversário do início da Revolução Francesa de 1789 em Nice, no Sul do país. Desde os atentados de Paris, a França vive sob estado de emergência.
De acordo com o ministro do Interior da França, Gérard Collomb, "ele se apresentou como um estudante argeliano munido de uma carta cuja autenticidade ele queria verificar. Estava munido com um martelo. Também foram encontradas com ele duas facas de cozinha. Foi com esses instrumentos muito rudimentares que atacou as forças da ordem".
A procuradoria antiterrorismo abriu inquérito. Todos os visitantes que estavam dentro da Notre Dame ficaram confinados por algum tempo. A polícia isolou a área e pediu que ninguém fosse para lá.
A França foi alvo de grandes atentados terroristas desde o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, que publicara caricaturas do profeta Maomé, em 7 de janeiro de 2015, quando 12 pessoas foram assassinadas. Em 13 de novembro do mesmo ano, uma série de ataques coordenados deixou 130 mortos em Paris.
Em 14 de julho do ano passado, um caminhão atropelou e matou 86 pessoas durante a festa de aniversário do início da Revolução Francesa de 1789 em Nice, no Sul do país. Desde os atentados de Paris, a França vive sob estado de emergência.
Terceiro terrorista de Londres era italiano de origem marroquina
A polícia do Reino Unido, a Scotland Yard, revelou hoje a identidade do terceiro terrorista do grupo que atacou na Ponte de Londres e no Mercado de Borough sábado à noite em Londres, matando sete pessoas e ferindo outras 48. Era Youssef Zaghba, de 22 anos, nascido no Marrocos e naturalizado italiano. Não estava na lista de suspeitos.
Na Itália, ele já era conhecido. No ano passado, Zaghba foi impedido de viajar para a Síria, onde provavelmente lutaria ao lado da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Ontem, os serviços secretos italianos confirmaram sua identidade às autoridades britânicas.
Os outros dois terroristas foram identificados como Khuram Shazad Butt, de 27 anos, um paquistanês naturalizado britânico que estava na lista de suspeitos, e Rachid Redouane, de 30 anos, com origem líbia e marroquina.
No domingo, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. As autoridades britânicos investigam se haveria uma ligação operacional entre a milícia extremista muçulmana e a célula terrorista, ou se houve apenas inspiração por causa da propaganda jihadista.
Foi o terceiro atentado terrorista no Reino Unido em menos de três meses. Em 22 de março, Khalid Masood, de 52 anos, um britânico de origem jamaicana, atropelou e matou quatro pessoas na Ponte de Westminster e esfaqueou e matou um guarda do Parlamento Britânico antes de ser morto pela polícia.
Dois meses depois, Salman Abedi, de 22 anos, britânico de origem líbia, se detonou num atentado terrorista suicida na saída de um show da cantora pop americana Ariana Grande, matando 22 pessoas.
A primeira-ministra conservadora Theresa May prometeu linha dura contra o terrorismo, mas manteve as eleições parlamentares convocadas para quinta-feira, 8 de junho de 2017.
Na Itália, ele já era conhecido. No ano passado, Zaghba foi impedido de viajar para a Síria, onde provavelmente lutaria ao lado da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Ontem, os serviços secretos italianos confirmaram sua identidade às autoridades britânicas.
Os outros dois terroristas foram identificados como Khuram Shazad Butt, de 27 anos, um paquistanês naturalizado britânico que estava na lista de suspeitos, e Rachid Redouane, de 30 anos, com origem líbia e marroquina.
No domingo, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. As autoridades britânicos investigam se haveria uma ligação operacional entre a milícia extremista muçulmana e a célula terrorista, ou se houve apenas inspiração por causa da propaganda jihadista.
Foi o terceiro atentado terrorista no Reino Unido em menos de três meses. Em 22 de março, Khalid Masood, de 52 anos, um britânico de origem jamaicana, atropelou e matou quatro pessoas na Ponte de Westminster e esfaqueou e matou um guarda do Parlamento Britânico antes de ser morto pela polícia.
Dois meses depois, Salman Abedi, de 22 anos, britânico de origem líbia, se detonou num atentado terrorista suicida na saída de um show da cantora pop americana Ariana Grande, matando 22 pessoas.
A primeira-ministra conservadora Theresa May prometeu linha dura contra o terrorismo, mas manteve as eleições parlamentares convocadas para quinta-feira, 8 de junho de 2017.
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Resgate de US$ 1 bilhão levou vizinhos árabes a isolar o Catar
O pagamento de um resgate de US$ 1 bilhão pela libertação de 26 membros da família real catarina e de 50 milicianos tomados como reféns levou ao rompimento de relações diplomáticas da Arábia Saudita, do Bahrein, dos Emirados Árabes Unidos (EAU), do Egito e do Iêmen com o Catar, informou hoje o jornal britânico Financial Times. A fortuna foi paga a um braço da rede terrorista Al Caeda na guerra civil da Síria, a altos funcionários iranianos e a milícias xiitas ligadas ao Irã.
Para seus vizinhos árabes, ao pagar tamanha fortuna como resgate, a monarquia catarina está financiando o extremismo muçulmano e o terrorismo. Os reféns eram membros da família real sequestrados durante uma expedição de caça no Iraque em dezembro de 2015 e 50 milicianos de grupos financiados pelo Catar na guerra civil síria. O pagamento foi acertado em abril.
"O resgate foi a palha que quebrou a espinha do camelo", comentou um analista político da região do Golfo Pérsico usando a frase dos árabes do deserto equivalente à gota d'água que transbordou o copo.
Maior exportador de gás natural liquefeito do mundo, o Catar é um pequeno país de 11,6 mil quilômetros quadrados, uma península do Golfo Pérsico com 2,7 milhões de habitantes. Tem a maior base militar dos EUA no Oriente Médio.
A principal televisão árabe especializada em notícias, Al Jazira, é do Catar e incomoda as ditaduras do mundo árabe. A Arábia Saudita, o Bahrein e os EAU fecharam os escritórios d'al Jazira.
Rica e independente, a monarquia catarina financia grupos como a Irmandade Muçulmana, o mais antigo movimento fundamentalista islâmico, fundado em 1928 pelo egípcio Hassan al-Bana, considerado terrorista pela ditadura militar do Egito e pela Arábia Saudita, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), maior grupo fundamentalista palestino, e grupos extremistas na guerra civil síria. Já financiou a milícia dos Talebã, no Afeganistão, e agora ajudou o Irã e milícias iranianas.
"Se quiser saber como o Catar financia grupos jihadistas, basta olhar o acordo sobre os reféns", declarou um oposicionista sírio que participou de negociações de sequestro, libertação e troca de reféns com Al Caeda. "Essa não foi a primeira vez. É mais uma de uma série que vem desde o início da guerra", há 6 anos e 3 meses.
Cerca de US$ 700 milhões foram pagos a altos funcionários iranianos e a milícias xiitas apoiadas pelo Irã, os maiores inimigos do grupo de monarquias petroleiras de maioria sunita liderado pela Arábia Saudita (o Bahrein tem maioria xiita e elite dominante sunita, fonte de conflito permanente). Os reféns da família real teriam sido levados para o Irã.
A libertação de reféns, na visão de um diplomata ocidental, criou "a cobertura que o Irã e o Catar vinham procurando há muito tempo para realizar esta transação".
"Os iranianos levaram a maior parte", reclamou um miliciano xiita iraquiano. "Ficamos frustrados. Não era esse o acerto."
O resto do dinheiro, cerca de US$ 300 milhões, foi para grupos extremistas muçulmanos sunitas na Síria, especialmente Tahrir al-Sham (Liberdade no Levante), ligado à rede terrorista Al Caeda, e Ahrar al-Sham (Movimento dos Homens Livres do Levante), parte do Exército da Conquista, uma aliança de grupos salafistas jihadistas que lutam contra a ditadura de Bachar Assad, apoiada pelo Irã.
"Isso significa que o Catar gastou US$ 1 bilhão neste negócio maluco", desabafou um comandante rebelde no conflito sírio. Ao financiar os dois lados, o Catar alimenta a guerra civil num país arrasado.
Em abril, o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi anunciou a apreensão de centenas de milhões de dólares que entraram ilegalmente no país dentro de malas em aviões vindos do Catar. Não se sabe se faziam parte da mesma negociata.
Para seus vizinhos árabes, ao pagar tamanha fortuna como resgate, a monarquia catarina está financiando o extremismo muçulmano e o terrorismo. Os reféns eram membros da família real sequestrados durante uma expedição de caça no Iraque em dezembro de 2015 e 50 milicianos de grupos financiados pelo Catar na guerra civil síria. O pagamento foi acertado em abril.
"O resgate foi a palha que quebrou a espinha do camelo", comentou um analista político da região do Golfo Pérsico usando a frase dos árabes do deserto equivalente à gota d'água que transbordou o copo.
Maior exportador de gás natural liquefeito do mundo, o Catar é um pequeno país de 11,6 mil quilômetros quadrados, uma península do Golfo Pérsico com 2,7 milhões de habitantes. Tem a maior base militar dos EUA no Oriente Médio.
A principal televisão árabe especializada em notícias, Al Jazira, é do Catar e incomoda as ditaduras do mundo árabe. A Arábia Saudita, o Bahrein e os EAU fecharam os escritórios d'al Jazira.
Rica e independente, a monarquia catarina financia grupos como a Irmandade Muçulmana, o mais antigo movimento fundamentalista islâmico, fundado em 1928 pelo egípcio Hassan al-Bana, considerado terrorista pela ditadura militar do Egito e pela Arábia Saudita, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), maior grupo fundamentalista palestino, e grupos extremistas na guerra civil síria. Já financiou a milícia dos Talebã, no Afeganistão, e agora ajudou o Irã e milícias iranianas.
"Se quiser saber como o Catar financia grupos jihadistas, basta olhar o acordo sobre os reféns", declarou um oposicionista sírio que participou de negociações de sequestro, libertação e troca de reféns com Al Caeda. "Essa não foi a primeira vez. É mais uma de uma série que vem desde o início da guerra", há 6 anos e 3 meses.
Cerca de US$ 700 milhões foram pagos a altos funcionários iranianos e a milícias xiitas apoiadas pelo Irã, os maiores inimigos do grupo de monarquias petroleiras de maioria sunita liderado pela Arábia Saudita (o Bahrein tem maioria xiita e elite dominante sunita, fonte de conflito permanente). Os reféns da família real teriam sido levados para o Irã.
A libertação de reféns, na visão de um diplomata ocidental, criou "a cobertura que o Irã e o Catar vinham procurando há muito tempo para realizar esta transação".
"Os iranianos levaram a maior parte", reclamou um miliciano xiita iraquiano. "Ficamos frustrados. Não era esse o acerto."
O resto do dinheiro, cerca de US$ 300 milhões, foi para grupos extremistas muçulmanos sunitas na Síria, especialmente Tahrir al-Sham (Liberdade no Levante), ligado à rede terrorista Al Caeda, e Ahrar al-Sham (Movimento dos Homens Livres do Levante), parte do Exército da Conquista, uma aliança de grupos salafistas jihadistas que lutam contra a ditadura de Bachar Assad, apoiada pelo Irã.
"Isso significa que o Catar gastou US$ 1 bilhão neste negócio maluco", desabafou um comandante rebelde no conflito sírio. Ao financiar os dois lados, o Catar alimenta a guerra civil num país arrasado.
Em abril, o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi anunciou a apreensão de centenas de milhões de dólares que entraram ilegalmente no país dentro de malas em aviões vindos do Catar. Não se sabe se faziam parte da mesma negociata.
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segunda-feira, 5 de junho de 2017
Israel cogitou explodir bomba atômica na guerra de 1967
A Guerra dos Seis Dias, que hoje completa 50 anos, é o conflito que definiu as relações árabe-israelenses nas últimas décadas. A mais espetacular vitória militar israelense, de 5 a 10 de junho de 1967, é uma guerra que não terminou até hoje. A última revelação é que Israel pretendia fazer um teste nuclear no Deserto do Sinai para intimidar os árabes e evitar uma possível derrota, noticia o jornal liberal israelense Haaretz.
No 50º aniversário da guerra, Centro Woodrow Wilson, de Washington, está liberando uma série de documentos e testemunhos sobre a dimensão nuclear, o último segredo do conflito. Em 1999, o hoje falecido general Yitzhak Yaakov revelou o esforço dramático da Operação Shimshon.
A maioria dos ministros do governo Levi Eshkol não sabia de nada Há poucos documentos e nenhum foi desclassificado. Assim, o jornal desconsidera a opinião do historiador Michael Oren, que não dá importância alegando nunca ter encontrado nenhum documento a respeito.
Em entrevista ao Centro da Memória Yitzhak Rabin em 2001, Zvi Tzur, braço direito do então ministro da Defesa de Israel, Moshe Dayan, admitiu que em 5 de junho de 1967, o primeiro dia da guerra, ele nomeou um comitê de dois membros, Yaakov e Israel Dostrovsky, o chefe do programa nuclear, para examinar se "algo poderia ser feito, mas não para fazer". Não foi necessário.
A Guerra dos Seis Dias ou Guerra de Junho, como a chamam os árabes para esconder a humilhante derrota, foi a terceira guerra árabe israelense, depois da Guerra de Independência de Israel (1948-49) e da Guerra do Suez (1956), quando o ditador Gamal Abdel Nasser nacionalizou o canal. A paz não veio até hoje.
Em abril de 1967, a Força Aérea de Israel derrubou seis aviões de caça da Síria numa batalha aérea atribuída a intrigas da União Soviética. Quando o serviço secreto soviético acusou Israel de concentrar tropas na fronteira para atacar a Síria, em maio, a tensão cresceu em todo o Oriente Médio.
Nasser, líder do nacionalismo pan-árabe, logo mobilizou as Forças Armadas do Egito, as maiores do mundo árabe, em apoio à Síria. Em 18 de maio, o Egito pediu às Nações Unidas que retirassem a força de paz estacionada na Península do Sinai desde o fim da Guerra do Sul, com participação de brasileiros.
Israel viu nisso quase uma declaração de guerra. Nasser queria o caminho livre para suas tropas e tanques avançaram pelo deserto. Em 22 de maio, o ditador egípcio bloqueou a navegação israelense no Golfo de Ácaba, isolando na prática o porto de Eilat.
Em 30 de maio, Nasser recebeu no Cairo o rei Hussein, da Jordânia, e unificou as forças dos dois países sob comando egípcio. O Iraque também aderiu à aliança.
Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, declarou que o bloqueio à navegação era motivo para a guerra. Em 1957, Israel havia ameaçado ir à guerra se isso acontecesse. Tinha chegado a hora.
Em 1º de junho, Israel formou um governo da união nacional. Em 4 de junho, decidiu ir à guerra. Na madrugada do dia seguinte, a Força Aérea de Israel destruiu as aviações inimigas no solo, antes que pudessem decolar para o combate aéreo.
Com superioridade aérea, o Exército de Israel tomou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, do Egito; a Cisjordânia, inclusive o setor árabe de Jerusalém, da Jordânia; e as Colinas do Golã, da Síria. Os territórios árabes ocupados são até hoje o motivo do interminável conflito entre palestinos e israelenses.
Os grandes derrotados foram os palestinos, que vivem até hoje sob ocupação, mas o sentimento nacionalista do povo palestino nasceu dessa trágica derrota.
Depois de tomar a iniciativa em 1967, Israel foi alvo de seu próprio veneno em 6 de outubro de 1973, quando a maior empreitada militar árabe da era moderna tentou mais uma vez aniquilar o Estado judaico. O Egito chegou a recuperou o Sinai, mas, na maior ponte aérea militar da história, os EUA entregaram milhares de toneladas de equipamento ao Exército de Israel.
Quando Israel cercou o 3º Exército no Sinai, a União Soviética ameaçou entrar na guerra. Três anos depois, o presidente egípcio Anuar Sadat abandonou a URSS e se aliou aos EUA para fazer a paz com Israel, em 1979, a recuperar o Sinai. Só agora, com a intervenção militar na Síria, a Rússia, herdeira da URSS, voltou a ser uma grande potência no Oriente Médio.
Nos anos 1990s, os acordos de paz negociados em Oslo, na Noruega, deram a esperança de que afinal a Guerra de 1967 pudesse chegar ao fim. Sem avanço além das etapas iniciais, especialmente após o assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, em 1995, e da volta da direita ao poder em Israel, o processo de paz se deteriorou.
O conflito permanente com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), grupo fundamentalista muçulmano que desde 2007 domina a Faixa de Gaza, e os sucessivos ataques terroristas, recentemente com veículos e facas, fortaleceram a direita israelense. Hoje o governo do primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu depende do apoio de partidos de colonos que rejeitam a criação de um Estado palestino.
A solução de dois países, um árabe e outro judaico, convivendo em paz no território histórico da Palestina parece cada vez mais distante da realidade. As colônias, ilegais à luz do direito internacional, que veda a guerra de conquista, se expandem. Têm mais de meio milhão de habitantes.
As questões centrais de um possível acordo de paz definitivo estão diretamente ligadas à Guerra dos Seis Dias: a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, a situação de Jerusalém, o futuro das colônias nos territórios árabes ocupados e o direito de retorno dos palestinos expulsos de suas casa desde a criação de Israel, em 1948.
Até hoje, os palestinos nunca tiveram força para impor suas reivindicações. Em larga medida, foram abandonados pelos países árabes. Agora, o presidente Donald Trump está decidido a dar novo ímpeto ao processo de paz, mas as partes estão entrincheiradas em suas barreiras históricas.
A Guerra dos Seis Dias foi militarmente a mais rápida das guerras árabe-israelenses. Política e diplomaticamente, está sendo travada até hoje. Não basta ganhar a guerra. É preciso conquistar a paz. Este ainda é um sonho distante para israelenses e palestinos.
No 50º aniversário da guerra, Centro Woodrow Wilson, de Washington, está liberando uma série de documentos e testemunhos sobre a dimensão nuclear, o último segredo do conflito. Em 1999, o hoje falecido general Yitzhak Yaakov revelou o esforço dramático da Operação Shimshon.
A maioria dos ministros do governo Levi Eshkol não sabia de nada Há poucos documentos e nenhum foi desclassificado. Assim, o jornal desconsidera a opinião do historiador Michael Oren, que não dá importância alegando nunca ter encontrado nenhum documento a respeito.
Em entrevista ao Centro da Memória Yitzhak Rabin em 2001, Zvi Tzur, braço direito do então ministro da Defesa de Israel, Moshe Dayan, admitiu que em 5 de junho de 1967, o primeiro dia da guerra, ele nomeou um comitê de dois membros, Yaakov e Israel Dostrovsky, o chefe do programa nuclear, para examinar se "algo poderia ser feito, mas não para fazer". Não foi necessário.
A Guerra dos Seis Dias ou Guerra de Junho, como a chamam os árabes para esconder a humilhante derrota, foi a terceira guerra árabe israelense, depois da Guerra de Independência de Israel (1948-49) e da Guerra do Suez (1956), quando o ditador Gamal Abdel Nasser nacionalizou o canal. A paz não veio até hoje.
Em abril de 1967, a Força Aérea de Israel derrubou seis aviões de caça da Síria numa batalha aérea atribuída a intrigas da União Soviética. Quando o serviço secreto soviético acusou Israel de concentrar tropas na fronteira para atacar a Síria, em maio, a tensão cresceu em todo o Oriente Médio.
Nasser, líder do nacionalismo pan-árabe, logo mobilizou as Forças Armadas do Egito, as maiores do mundo árabe, em apoio à Síria. Em 18 de maio, o Egito pediu às Nações Unidas que retirassem a força de paz estacionada na Península do Sinai desde o fim da Guerra do Sul, com participação de brasileiros.
Israel viu nisso quase uma declaração de guerra. Nasser queria o caminho livre para suas tropas e tanques avançaram pelo deserto. Em 22 de maio, o ditador egípcio bloqueou a navegação israelense no Golfo de Ácaba, isolando na prática o porto de Eilat.
Em 30 de maio, Nasser recebeu no Cairo o rei Hussein, da Jordânia, e unificou as forças dos dois países sob comando egípcio. O Iraque também aderiu à aliança.
Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, declarou que o bloqueio à navegação era motivo para a guerra. Em 1957, Israel havia ameaçado ir à guerra se isso acontecesse. Tinha chegado a hora.
Em 1º de junho, Israel formou um governo da união nacional. Em 4 de junho, decidiu ir à guerra. Na madrugada do dia seguinte, a Força Aérea de Israel destruiu as aviações inimigas no solo, antes que pudessem decolar para o combate aéreo.
Com superioridade aérea, o Exército de Israel tomou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, do Egito; a Cisjordânia, inclusive o setor árabe de Jerusalém, da Jordânia; e as Colinas do Golã, da Síria. Os territórios árabes ocupados são até hoje o motivo do interminável conflito entre palestinos e israelenses.
Os grandes derrotados foram os palestinos, que vivem até hoje sob ocupação, mas o sentimento nacionalista do povo palestino nasceu dessa trágica derrota.
Depois de tomar a iniciativa em 1967, Israel foi alvo de seu próprio veneno em 6 de outubro de 1973, quando a maior empreitada militar árabe da era moderna tentou mais uma vez aniquilar o Estado judaico. O Egito chegou a recuperou o Sinai, mas, na maior ponte aérea militar da história, os EUA entregaram milhares de toneladas de equipamento ao Exército de Israel.
Quando Israel cercou o 3º Exército no Sinai, a União Soviética ameaçou entrar na guerra. Três anos depois, o presidente egípcio Anuar Sadat abandonou a URSS e se aliou aos EUA para fazer a paz com Israel, em 1979, a recuperar o Sinai. Só agora, com a intervenção militar na Síria, a Rússia, herdeira da URSS, voltou a ser uma grande potência no Oriente Médio.
Nos anos 1990s, os acordos de paz negociados em Oslo, na Noruega, deram a esperança de que afinal a Guerra de 1967 pudesse chegar ao fim. Sem avanço além das etapas iniciais, especialmente após o assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, em 1995, e da volta da direita ao poder em Israel, o processo de paz se deteriorou.
O conflito permanente com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), grupo fundamentalista muçulmano que desde 2007 domina a Faixa de Gaza, e os sucessivos ataques terroristas, recentemente com veículos e facas, fortaleceram a direita israelense. Hoje o governo do primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu depende do apoio de partidos de colonos que rejeitam a criação de um Estado palestino.
A solução de dois países, um árabe e outro judaico, convivendo em paz no território histórico da Palestina parece cada vez mais distante da realidade. As colônias, ilegais à luz do direito internacional, que veda a guerra de conquista, se expandem. Têm mais de meio milhão de habitantes.
As questões centrais de um possível acordo de paz definitivo estão diretamente ligadas à Guerra dos Seis Dias: a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, a situação de Jerusalém, o futuro das colônias nos territórios árabes ocupados e o direito de retorno dos palestinos expulsos de suas casa desde a criação de Israel, em 1948.
Até hoje, os palestinos nunca tiveram força para impor suas reivindicações. Em larga medida, foram abandonados pelos países árabes. Agora, o presidente Donald Trump está decidido a dar novo ímpeto ao processo de paz, mas as partes estão entrincheiradas em suas barreiras históricas.
A Guerra dos Seis Dias foi militarmente a mais rápida das guerras árabe-israelenses. Política e diplomaticamente, está sendo travada até hoje. Não basta ganhar a guerra. É preciso conquistar a paz. Este ainda é um sonho distante para israelenses e palestinos.
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Londres identifica dois terroristas, um era notório extremista muçulmano
A polícia do Reino Unido, a Scotland Yard, divulgou hoje as identidades e as fotos de dois dos três terroristas que atacaram na Ponte de Londres e no Mercado de Borough no sábado à noite, matando sete pessoas e ferindo outras 48, 21 em estado grave.
Khuram Shazad Butt, de 27 anos, britânico nascido no Paquistão, era conhecido dos serviços secretos. Há dois anos, foi filmado rezando diante de uma bandeira negra no Regent's Park, em Londres.
O segundo terrorista identificado, Rachid Redouane, de 30 anos, declarava origem líbia e marroquina. Não estava nas listas de suspeitos. Butt estava. No filme, um documentário exibido no Canal 4 da televisão britânica, estava em companhia de líderes do movimento salafista jihadista Al-Mujahiron (Os Imigrantes), um dos mais extremistas do Reino Unido.
"Apelo a quem tiver informações sobre esses homens, seus movimentos nos dias e horas antes do ataque e os lugares que frequentavam" a entrar em contato com a polícia, pediu o chefe de Política Nacional Antiterrorismo da Scotland Yard, Mark Rowley.
Os três estavam numa caminhonete jogada contra pedestres na Torre de Londres às 22h08 de sábado (18h08 em Brasília). Em seguida, eles desceram do veículo e atacaram a faca pessoas na área do Mercado de Borough, nas proximidades.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou ontem a autoria do atentado. A polícia britânica tenta descobrir se há uma ligação operacional dos terroristas com o grupo ou se foi apenas uma jogada oportunista do Estado Islâmico para fazer propaganda.
Khuram Shazad Butt, de 27 anos, britânico nascido no Paquistão, era conhecido dos serviços secretos. Há dois anos, foi filmado rezando diante de uma bandeira negra no Regent's Park, em Londres.
O segundo terrorista identificado, Rachid Redouane, de 30 anos, declarava origem líbia e marroquina. Não estava nas listas de suspeitos. Butt estava. No filme, um documentário exibido no Canal 4 da televisão britânica, estava em companhia de líderes do movimento salafista jihadista Al-Mujahiron (Os Imigrantes), um dos mais extremistas do Reino Unido.
"Apelo a quem tiver informações sobre esses homens, seus movimentos nos dias e horas antes do ataque e os lugares que frequentavam" a entrar em contato com a polícia, pediu o chefe de Política Nacional Antiterrorismo da Scotland Yard, Mark Rowley.
Os três estavam numa caminhonete jogada contra pedestres na Torre de Londres às 22h08 de sábado (18h08 em Brasília). Em seguida, eles desceram do veículo e atacaram a faca pessoas na área do Mercado de Borough, nas proximidades.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou ontem a autoria do atentado. A polícia britânica tenta descobrir se há uma ligação operacional dos terroristas com o grupo ou se foi apenas uma jogada oportunista do Estado Islâmico para fazer propaganda.
Quatro países árabes rompem com Catar acusando-o de terrorismo
A Arábia Saudita, o Bahrein, o Egito e os Emirados Árabes Unidos (EAU) romperam relações diplomáticas com o emirado do Catar, sob a alegação de que mina a segurança regional ao financiar o terrorismo. O governo saudita cortou os contatos por terra, mar e ar.
Em nota no Twitter, o Ministério do Exterior declarou que, num esforço para proteger a "segurança nacional das ameaças do terrorismo e do extremismo, a Arábia Saudita decidiu cortar as relações diplomáticas e consulares com o Catar."
O Catar admite apoiar movimentos islâmicos como a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano, fundado em 1928 no Egito por Hassan al-Bana. Depois de breve passagem pelo poder durante a Primavera Árabe, no Egito, a Irmandade Muçulmana foi derrubada num golpe militar chefiado pelo atual ditador, marechal Abdel Fattah al-Sissi.
Além do apoio à Irmandade Muçulmana, o Catar é dono da televisão árabe Al Jazira, especializada em notícias, que incomoda as ditaduras do mundo árabe e foi proibida na Arábia Saudita, no Bahrein e nos EAU.
Mesmo assim, a agência de notícias oficial do Bahrein acusou a Al Jazira na Internet de "minar a segurança e a estabilidade do Reino do Bahrein e interferir nos seus assuntos internos", de apoiar "atos de terror" e de financiar "grupos armados associados ao Irã para realizar ataques subversivos e semear o caos no Reino."
O Bahrein deu 48 horas para os diplomatas catarinos deixarem o país.
Com a notícia do rompimento entre grandes produtores de petróleo, o barril do tipo Brent, padrão da Bolsa de Mercadorias de Londres, subiu 0,5% para US$ 50,28.
Em nota no Twitter, o Ministério do Exterior declarou que, num esforço para proteger a "segurança nacional das ameaças do terrorismo e do extremismo, a Arábia Saudita decidiu cortar as relações diplomáticas e consulares com o Catar."
O Catar admite apoiar movimentos islâmicos como a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano, fundado em 1928 no Egito por Hassan al-Bana. Depois de breve passagem pelo poder durante a Primavera Árabe, no Egito, a Irmandade Muçulmana foi derrubada num golpe militar chefiado pelo atual ditador, marechal Abdel Fattah al-Sissi.
Além do apoio à Irmandade Muçulmana, o Catar é dono da televisão árabe Al Jazira, especializada em notícias, que incomoda as ditaduras do mundo árabe e foi proibida na Arábia Saudita, no Bahrein e nos EAU.
Mesmo assim, a agência de notícias oficial do Bahrein acusou a Al Jazira na Internet de "minar a segurança e a estabilidade do Reino do Bahrein e interferir nos seus assuntos internos", de apoiar "atos de terror" e de financiar "grupos armados associados ao Irã para realizar ataques subversivos e semear o caos no Reino."
O Bahrein deu 48 horas para os diplomatas catarinos deixarem o país.
Com a notícia do rompimento entre grandes produtores de petróleo, o barril do tipo Brent, padrão da Bolsa de Mercadorias de Londres, subiu 0,5% para US$ 50,28.
domingo, 4 de junho de 2017
Estado Islâmico reivindica autoria do ataque terrorista em Londres
Nesta noite de domingo, através de sua agência de propaganda virtual Amaq, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelo ataque de sábado à noite em Londres, quando uma caminhonete foi jogada contra os pedestres na Ponte de Londres e três jihadistas saíram esfaqueando pessoas no Mercado de Borough. Sete pessoas morreram e outras 48 saíram feridas; 21 estão hospitalizadas em estado grave.
Doze pessoas foram presas pela polícia sob suspeita de envolvimento no atentado. Os três terroristas foram mortos por oito policiais, que dispararam 50 tiros no Mercado de Borough. A polícia britânica, a Scotland Yard, descobriu suas identidades, mas ainda não revelou publicamente. Dois seriam britânicos de origem paquistanesa.
O Estado Islâmico tenta assumir a autoria de todos os ataques que possam ser atribuídos a extremistas muçulmanos. Na sexta-feira, um homem armado com um fuzil de guerra invadiu o cassino do Resorts World Manila, um grande hotel da capital das Filipinas, tentou roubar fichas de aposta e tocou fogo nas mesas de jogo. Pelo menos 38 pessoas morreram, a maioria sufocada pela fumaça.
A polícia filipina negou que o atirador tivesse ligação com grupos terroristas muçulmanos. No Sul das Filipinas, onde há décadas há uma revolta da minoria muçulmana, que é maioria na região, o grupo guerrilheiro Abu Sayyaf (Portador da Espada), conhecido pela extrema violência, aderiu ao Estado Islâmico. Agora, se apresenta como a Província das Filipinas do Estado Islâmico. Mas não teria relação com o ataque.
Da mesma forma, as autoridades britânicas duvidam da reivindicação de autoria do Estado Islâmico. Em 22 de março, Khalid Masood, um britânico de origem jamaicana de 52 anos, atropelou e matou quatro pessoas na Ponte de Westminster, em Londres, e esfaqueou mortalmente um policial no Parlamento Britânico antes de ser morto pela guarda. A polícia acredita que tenha agido sozinho, sob a inspiração da ideologia assassina pregada pelos jihadistas nas mesquitas radicais e nas redes sociais.
Salman Abedi, o homem-bomba de 22 anos responsável pelo ataque na Arena de Manchester em 22 de maio, tinha voltado da Líbia. A sofisticação da bomba utilizada levou a polícia a suspeitar que ele tivesse uma rede de apoio.
Agora, o Estado Islâmico alega que uma célula clandestina do grupo está por trás das atrocidades do sábado à noite. Além da identidade dos terroristas, a Scotland Yard procura descobrir que tipo de ligação havia entre eles. Eram parentes, amigos, se conheciam há muito tempo ou estranhos designados para a operação suicida por algum superior hierárquico dentro da organização?
Doze pessoas foram presas pela polícia sob suspeita de envolvimento no atentado. Os três terroristas foram mortos por oito policiais, que dispararam 50 tiros no Mercado de Borough. A polícia britânica, a Scotland Yard, descobriu suas identidades, mas ainda não revelou publicamente. Dois seriam britânicos de origem paquistanesa.
O Estado Islâmico tenta assumir a autoria de todos os ataques que possam ser atribuídos a extremistas muçulmanos. Na sexta-feira, um homem armado com um fuzil de guerra invadiu o cassino do Resorts World Manila, um grande hotel da capital das Filipinas, tentou roubar fichas de aposta e tocou fogo nas mesas de jogo. Pelo menos 38 pessoas morreram, a maioria sufocada pela fumaça.
A polícia filipina negou que o atirador tivesse ligação com grupos terroristas muçulmanos. No Sul das Filipinas, onde há décadas há uma revolta da minoria muçulmana, que é maioria na região, o grupo guerrilheiro Abu Sayyaf (Portador da Espada), conhecido pela extrema violência, aderiu ao Estado Islâmico. Agora, se apresenta como a Província das Filipinas do Estado Islâmico. Mas não teria relação com o ataque.
Da mesma forma, as autoridades britânicas duvidam da reivindicação de autoria do Estado Islâmico. Em 22 de março, Khalid Masood, um britânico de origem jamaicana de 52 anos, atropelou e matou quatro pessoas na Ponte de Westminster, em Londres, e esfaqueou mortalmente um policial no Parlamento Britânico antes de ser morto pela guarda. A polícia acredita que tenha agido sozinho, sob a inspiração da ideologia assassina pregada pelos jihadistas nas mesquitas radicais e nas redes sociais.
Salman Abedi, o homem-bomba de 22 anos responsável pelo ataque na Arena de Manchester em 22 de maio, tinha voltado da Líbia. A sofisticação da bomba utilizada levou a polícia a suspeitar que ele tivesse uma rede de apoio.
Agora, o Estado Islâmico alega que uma célula clandestina do grupo está por trás das atrocidades do sábado à noite. Além da identidade dos terroristas, a Scotland Yard procura descobrir que tipo de ligação havia entre eles. Eram parentes, amigos, se conheciam há muito tempo ou estranhos designados para a operação suicida por algum superior hierárquico dentro da organização?
Primeira-ministra britânica promete linha dura contra o terrorismo
No fim de uma reunião de emergência do gabinete de segurança, a primeira-ministra Theresa May anunciou hoje a intensificação do combate ao extremismo muçulmano depois de dois atentados terroristas em duas semanas no Reino Unido. O total de mortos no ataque de sábado à noite em Londres subiu hoje para sete, enquanto 21 pessoas estão hospitalizadas em estado grave.
"Para ser franca, há muita tolerância com o extremismo em nosso país", declarou May do lado de fora da residência oficial da 10 Downing Street. "É hora de dizer basta. Não podemos fingir que as coisas podem continuar como estão." Ela está especialmente preocupada com a disseminação de propaganda terrorista via Internet.
A Scotland Yard, a polícia britânica, revelou que oito agentes deram 50 tiros para matar os três terroristas que atropelaram pedestres na Ponte de Londres e esfaquearam pessoas em bares e restaurantes do Mercado de Borough, nas proximidades no sábado.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que é hora de "abandonar o politicamente correto" e defendeu seus decretos proibindo a entrada no país de cidadãos de vários países muçulmanos, derrubado por dois tribunais federais de recursos diferentes, à espera do recurso final à Suprema Corte.
Em Manchester, já começou o concerto para homenagear as 22 vítimas fatais de atentado de 22 de maio na saída de um show do cantora pop americana Ariana Grande na Arena de Manchester e arrecadar dinheiro para os sobreviventes. No momento, está no palco o Take That. Ariana Grande e Justin Bieber vão participar. O canal Multishow e o YouTube transmitem ao vivo.
A primeira-ministra anunciou que retoma amanhã sua campanha eleitoral. As eleições parlamentares da quinta-feira, 8 de junho, estão mantidas, apesar do estado de alerta máximo contra o terrorismo.
"Para ser franca, há muita tolerância com o extremismo em nosso país", declarou May do lado de fora da residência oficial da 10 Downing Street. "É hora de dizer basta. Não podemos fingir que as coisas podem continuar como estão." Ela está especialmente preocupada com a disseminação de propaganda terrorista via Internet.
A Scotland Yard, a polícia britânica, revelou que oito agentes deram 50 tiros para matar os três terroristas que atropelaram pedestres na Ponte de Londres e esfaquearam pessoas em bares e restaurantes do Mercado de Borough, nas proximidades no sábado.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que é hora de "abandonar o politicamente correto" e defendeu seus decretos proibindo a entrada no país de cidadãos de vários países muçulmanos, derrubado por dois tribunais federais de recursos diferentes, à espera do recurso final à Suprema Corte.
Em Manchester, já começou o concerto para homenagear as 22 vítimas fatais de atentado de 22 de maio na saída de um show do cantora pop americana Ariana Grande na Arena de Manchester e arrecadar dinheiro para os sobreviventes. No momento, está no palco o Take That. Ariana Grande e Justin Bieber vão participar. O canal Multishow e o YouTube transmitem ao vivo.
A primeira-ministra anunciou que retoma amanhã sua campanha eleitoral. As eleições parlamentares da quinta-feira, 8 de junho, estão mantidas, apesar do estado de alerta máximo contra o terrorismo.
sábado, 3 de junho de 2017
Ataque terrorista em Londres deixa 7 mortos e 48 feridos
A Polícia Metropolitana da capital do Reino Unido fechou hoje à noite a Ponte de Londres e arredores, depois que uma caminhonete subiu a calçada quando ia no sentido Norte-Sul a cerca de 80 quilômetros por hora e atropelou vários pedestres às 22h08 (18h08 em Brasília), noticiou a televisão pública britânica BBC.
É mais um caso de terrorismo com várias mortes, informou o jornal londrino Evening Standard. A polícia britânica, a Scotland Yard, confirmou há pouco as mortes de seis vítimas e três terroristas. Outras 48 pessoas saíram feridas. Pelo menos 30 foram hospitalizadas. Outra morte foi confirmada no domingo.
Depois do atropelamento, três terroristas saíram da caminhonete e esfaquearam várias pessoas, entre elas um garçon, num restaurante próximo, no mercado de Borough. É um lugar de bares, restaurantes e bancas de venda de comida muito frequentado num sábado à noite, especialmente por jovens.
A polícia respondeu ao ataque, matou os três terroristas e isolou a área. Está desviando o trânsito e pediu aos motoristas que evitem passar por ali. A importante estação de trem e de metrô de London Bridge foi fechada. No início da madrugada pela hora local, a polícia fez duas explosões controladas.
Outro incidente foi reportado em Vauxhall, a uns 4 km de distância. A polícia investiga se há ligação entre os terroristas da ponte e do mercado e este terceiro incidente. Horas depois, concluiu que não.
O Reino Unido está em estado de alerta contra o terrorismo desde 22 de maio de 2017, quando um homem-bomba britânico de origem líbia se explodiu na saída de um show da cantora americana Ariana Grande na Arena de Manchester, matando 22 pessoas e ferindo outras 116. Foi o pior atentado terrorista no país desde as explosões que mataram 52 pessoas no sistema de transportes de Londres, em 7 de julho de 2005.
Um ataque semelhante ao de hoje aconteceu em 22 de março deste ano, quando um cidadão britânico de origem jamaicana atropelou e matou quatro pessoas e feriu outras 50 na Ponte de Westminster, no Centro de Londres. O terrorista ainda matou um guarda do Parlamento Britânico antes de ser morto pela polícia.
A primeira-ministra Theresa May convocou uma reunião de emergência do gabinete de segurança para amanhã de manhã. À noite, Ariana Grande faz um concerto beneficente em Manchester em homenagem às vítimas do ataque ao show anterior com convidados como Cold Play, Justin Bieber e Take That.
É mais um caso de terrorismo com várias mortes, informou o jornal londrino Evening Standard. A polícia britânica, a Scotland Yard, confirmou há pouco as mortes de seis vítimas e três terroristas. Outras 48 pessoas saíram feridas. Pelo menos 30 foram hospitalizadas. Outra morte foi confirmada no domingo.
Depois do atropelamento, três terroristas saíram da caminhonete e esfaquearam várias pessoas, entre elas um garçon, num restaurante próximo, no mercado de Borough. É um lugar de bares, restaurantes e bancas de venda de comida muito frequentado num sábado à noite, especialmente por jovens.
A polícia respondeu ao ataque, matou os três terroristas e isolou a área. Está desviando o trânsito e pediu aos motoristas que evitem passar por ali. A importante estação de trem e de metrô de London Bridge foi fechada. No início da madrugada pela hora local, a polícia fez duas explosões controladas.
Outro incidente foi reportado em Vauxhall, a uns 4 km de distância. A polícia investiga se há ligação entre os terroristas da ponte e do mercado e este terceiro incidente. Horas depois, concluiu que não.
O Reino Unido está em estado de alerta contra o terrorismo desde 22 de maio de 2017, quando um homem-bomba britânico de origem líbia se explodiu na saída de um show da cantora americana Ariana Grande na Arena de Manchester, matando 22 pessoas e ferindo outras 116. Foi o pior atentado terrorista no país desde as explosões que mataram 52 pessoas no sistema de transportes de Londres, em 7 de julho de 2005.
Um ataque semelhante ao de hoje aconteceu em 22 de março deste ano, quando um cidadão britânico de origem jamaicana atropelou e matou quatro pessoas e feriu outras 50 na Ponte de Westminster, no Centro de Londres. O terrorista ainda matou um guarda do Parlamento Britânico antes de ser morto pela polícia.
A primeira-ministra Theresa May convocou uma reunião de emergência do gabinete de segurança para amanhã de manhã. À noite, Ariana Grande faz um concerto beneficente em Manchester em homenagem às vítimas do ataque ao show anterior com convidados como Cold Play, Justin Bieber e Take That.
Macron enfrenta primeiro escândalo
A República em Marcha (ReM), partido do presidente Emmanuel Macron lidera as pesquisas sobre o primeiro turno das eleições parlamentares na França com cerca de 30% das preferências, mas 54% dos franceses entendem que ele errou ao manter o ministro Richard Ferrand, acusado de beneficiar parentes quando dirigia uma sociedade não lucrativa do sistema habitacional.
Ontem, a promotoria da cidade de Brest abriu inquérito sobre o ministro da Coesão dos Territórios e secretário-geral do partido de Macron com base nas revelações feitas em 24 de maio pelo jornal satírico Canard Enchaîné.
Quando dirigia a sociedade de poupança e empréstimo Mutuelles de Bretagne, alugou imóveis em Brest para sua mulher instalar um centro de saúde. A entidade pagou reformas para modernizar os prédios, elevando seu valor em 3 mil vezes.
Sob pressão, Macron passou o problema para o primeiro-ministro Édouard Philippe. Este repetiu que qualquer ministro que seja denunciado terá de deixar o governo. A opinião pública queria que já tivesse deixado.
O ministro da Justiça, François Bayrou, prepara um projeto de lei para combater a corrupção e o nepotismo na política francesa.
Ontem, a promotoria da cidade de Brest abriu inquérito sobre o ministro da Coesão dos Territórios e secretário-geral do partido de Macron com base nas revelações feitas em 24 de maio pelo jornal satírico Canard Enchaîné.
Quando dirigia a sociedade de poupança e empréstimo Mutuelles de Bretagne, alugou imóveis em Brest para sua mulher instalar um centro de saúde. A entidade pagou reformas para modernizar os prédios, elevando seu valor em 3 mil vezes.
Sob pressão, Macron passou o problema para o primeiro-ministro Édouard Philippe. Este repetiu que qualquer ministro que seja denunciado terá de deixar o governo. A opinião pública queria que já tivesse deixado.
O ministro da Justiça, François Bayrou, prepara um projeto de lei para combater a corrupção e o nepotismo na política francesa.
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Relatório oficial de emprego decepciona nos EUA
O ritmo de contratações diminuiu em maio de 2017 nos Estados Unidos, com saldo de 138 mil vagas, mas o número de pessoas procurando trabalho diminuiu, revelou hoje o relatório oficial de emprego do Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu para 4,3%. É a menor em 16 anos.
Em média, os economistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal esperavam 184 mil novas vagas de emprego. "Como a abertura de empregos está perto do recorde, o relatório sugere que as empresas estão encontrando dificuldade para preencher estas vagas num mercado cada vez mais apertado", comentou a economista Beth Ann Bovino, da empresa S&P Global Ratings.
A escassez de mão de obra pressiona os salários para cima. Nos últimos 12 meses, os salários subiram em média 2,5% para US$ 26,22 (R$ 85) por hora.
A participação da população em idade de trabalho no mercado de trabalho caiu de 62,9% em abril para 62,7% em maio. Isso explica a queda na taxa de desemprego, medida em outra pesquisa.
Neste ano, em média, foram abertas 162 mil vagas de emprego por mês a mais do que foram fechadas, em contraste com 187 mil por mês em 2016.
O índice de emprego amplo, incluindo desempregados e empregados em meio turno em busca de trabalho por tempo integral, caiu de 8,6% para 8,4% em maio.
Em média, os economistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal esperavam 184 mil novas vagas de emprego. "Como a abertura de empregos está perto do recorde, o relatório sugere que as empresas estão encontrando dificuldade para preencher estas vagas num mercado cada vez mais apertado", comentou a economista Beth Ann Bovino, da empresa S&P Global Ratings.
A escassez de mão de obra pressiona os salários para cima. Nos últimos 12 meses, os salários subiram em média 2,5% para US$ 26,22 (R$ 85) por hora.
A participação da população em idade de trabalho no mercado de trabalho caiu de 62,9% em abril para 62,7% em maio. Isso explica a queda na taxa de desemprego, medida em outra pesquisa.
Neste ano, em média, foram abertas 162 mil vagas de emprego por mês a mais do que foram fechadas, em contraste com 187 mil por mês em 2016.
O índice de emprego amplo, incluindo desempregados e empregados em meio turno em busca de trabalho por tempo integral, caiu de 8,6% para 8,4% em maio.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Obama: "Trump rejeita o futuro"
Logo depois do anúncio do presidente Donald Trump retirando os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, o ex-presidente Barack Obama, que negociou o acordo, reagiu, criticando o sucessor por "rejeitar o futuro".
"As nações que ficarem no Acordo de Paris serão as nações que vão colher os benefícios em empresas e empregos. Eu acredito que os EUA deveriam estar à frente desde grupo", declarou o ex-presidente nas redes sociais.
"Mas mesmo na ausência de liderança americana, mesmo que este governo se junte a um pequeno grupo de nações que rejeitam o futuro, tenho confiança de que os estados, as cidades e as empresas vão se erguer e fazer ainda mais para liderar e ajudar a proteger as futuras gerações do único planeta que temos", acrescentou Obama.
Ao tirar os EUA do Acordo de Paris, assinado por 195 países e só rejeitado até hoje pela Nicarágua e pela Síria, Trump rompe mais uma vez com as políticas ambientais adotadas por Obama, prometendo, por exemplo, revigorar a indústria do carvão. Ninguém considera isso viável economicamente hoje, com o desenvolvimento de fontes renováveis como energia do sol e do vento.
"As nações que ficarem no Acordo de Paris serão as nações que vão colher os benefícios em empresas e empregos. Eu acredito que os EUA deveriam estar à frente desde grupo", declarou o ex-presidente nas redes sociais.
"Mas mesmo na ausência de liderança americana, mesmo que este governo se junte a um pequeno grupo de nações que rejeitam o futuro, tenho confiança de que os estados, as cidades e as empresas vão se erguer e fazer ainda mais para liderar e ajudar a proteger as futuras gerações do único planeta que temos", acrescentou Obama.
Ao tirar os EUA do Acordo de Paris, assinado por 195 países e só rejeitado até hoje pela Nicarágua e pela Síria, Trump rompe mais uma vez com as políticas ambientais adotadas por Obama, prometendo, por exemplo, revigorar a indústria do carvão. Ninguém considera isso viável economicamente hoje, com o desenvolvimento de fontes renováveis como energia do sol e do vento.
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Trump rompe com o Acordo de Paris
O presidente Donald Trump vai retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, assinado em 2015 por 195 países e ratificado por 147, cumprindo uma promessa de campanha, afirmou há pouco o jornal The Washington Post. A Casa Branca já avisou o Congresso, informou a televisão CNN.
Durante a campanha eleitoral, Trump seguiu o discurso da maioria do Partido Republicano sobre mudança do clima. Ele negou que a atividade industrial humana seja responsável pelo aquecimento global, prometeu eliminar regulamentações ambientais do governo Barack Obama e reativar a indústria do carvão, a mais poluente.
Desde que chegou à Casa Branca, o presidente estava sob pressão do secretário de Estado, Rex Tillerson, ex-diretor presidente da companhia de petróleo Exxon, de vários setores empresariais, da filha e assessora Ivanka Trump, do genro e assessor Jared Kushner e de vários países, especialmente dos aliados europeus, para não abandonar o combate à mudança do clima.
Por outro lado, o assessor e estrategista Steve Bannon e o diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, cobravam o cumprimento da promessa. O anúncio oficial de Trump sai em minutos.
No Acordo de Paris, pela primeira vez, todos os países do mundo, menos a Nicarágua, a Síria e agora os EUA, se comprometeram a reduzir as emissões de gases que agravam o efeito estufa e aumentam a temperatura média do planeta, com consequências ambientais imprevisíveis. Cada país prometeu adotar medidas voluntárias e apresentar relatórios às Nações Unidas a cada cinco anos.
Para o comentarista Fareed Zakaria, da CNN, "Trump está abdicando da liderança do mundo livre". A China e a União Europeia fazem uma reunião de cúpula hoje e devem se comprometer a manter o processo de combate ao aquecimento global da ONU.
Trump apresentou a decisão como uma defesa da economia e da independência dos EUA: "Fui eleito para representar os cidadãos de Pittsburgh, não de Paris", declarou o presidente no jardim da Casa Branca, descrevendo o Acordo de Paris como lesivo ao país e responsável pela perda de milhões de empregos.
A meta do Acordo de Paris é conter o aumento da temperatura média em dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
Se nada for feito, as temperaturas podem subir 4º C até o fim do século, provocando o derretimento das calotas polares e a elevação do nível dos oceanos, alagando zonas costeiras onde vive grande parte da humanidade. As fenômenos meteorológicos, como secas e enchentes, tendem a se tornar mais violentos, com impacto sobre a produção agrícola e o acesso a água potável.
Durante a campanha eleitoral, Trump seguiu o discurso da maioria do Partido Republicano sobre mudança do clima. Ele negou que a atividade industrial humana seja responsável pelo aquecimento global, prometeu eliminar regulamentações ambientais do governo Barack Obama e reativar a indústria do carvão, a mais poluente.
Desde que chegou à Casa Branca, o presidente estava sob pressão do secretário de Estado, Rex Tillerson, ex-diretor presidente da companhia de petróleo Exxon, de vários setores empresariais, da filha e assessora Ivanka Trump, do genro e assessor Jared Kushner e de vários países, especialmente dos aliados europeus, para não abandonar o combate à mudança do clima.
Por outro lado, o assessor e estrategista Steve Bannon e o diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, cobravam o cumprimento da promessa. O anúncio oficial de Trump sai em minutos.
No Acordo de Paris, pela primeira vez, todos os países do mundo, menos a Nicarágua, a Síria e agora os EUA, se comprometeram a reduzir as emissões de gases que agravam o efeito estufa e aumentam a temperatura média do planeta, com consequências ambientais imprevisíveis. Cada país prometeu adotar medidas voluntárias e apresentar relatórios às Nações Unidas a cada cinco anos.
Para o comentarista Fareed Zakaria, da CNN, "Trump está abdicando da liderança do mundo livre". A China e a União Europeia fazem uma reunião de cúpula hoje e devem se comprometer a manter o processo de combate ao aquecimento global da ONU.
Trump apresentou a decisão como uma defesa da economia e da independência dos EUA: "Fui eleito para representar os cidadãos de Pittsburgh, não de Paris", declarou o presidente no jardim da Casa Branca, descrevendo o Acordo de Paris como lesivo ao país e responsável pela perda de milhões de empregos.
A meta do Acordo de Paris é conter o aumento da temperatura média em dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
Se nada for feito, as temperaturas podem subir 4º C até o fim do século, provocando o derretimento das calotas polares e a elevação do nível dos oceanos, alagando zonas costeiras onde vive grande parte da humanidade. As fenômenos meteorológicos, como secas e enchentes, tendem a se tornar mais violentos, com impacto sobre a produção agrícola e o acesso a água potável.
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