Por 393 a 226 votos, a Câmara Federal da Alemanha aprovou hoje a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, depois que a chanceler (primeira-ministra) conservadora abandonou sua oposição diante da pressão da opinião pública a menos de três meses das eleições parlamentares.
A Alemanha é o 14º país europeu a aprovar o casamento gay. O debate na Câmara durou apenas 38 minutos.
O Partido Social-Democratas (SPD), os Verdes e a Esquerda votaram em massa a favor do projeto, enquanto a coalizão conservadora formada pela União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU) se dividiu. A CSU, aliada da Baviera, foi contra, mas apresentou críticas moderadas.
A própria Merkel votou contra usando um argumento jurídico: "O casamento, segundo a Constituição, é a união de um homem e uma mulher." Ela aceitou a mudança para tirar uma bandeira da esquerda nas eleições. Também declarou ser favorável a que casais gays tenham o direito de adotar filhos.
"É um dia histórico para nossa minoria", declarou o deputado verde Volker Beck, aplaudido de pé num de seus últimos discursos na Câmara.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
Ahhhh Deus fez apenas dois sexos! Homem e mulher! Onde se enquadram estes? A lei e a Constituição como a Merkel diz rezam que o casamento "O casamento, segundo a Constituição, é a união de um homem e uma mulher."
Sinceramente, não sei o que pensar e nem como pensar! Não sou contra, nem a favor, muito antes pelo contrário!
É uma questão de direitos individuais. Qualquer um faz o que quiser do seu corpo. O Estado é laico. A lei e a Constituição não rezam.
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