segunda-feira, 5 de junho de 2017

Quatro países árabes rompem com Catar acusando-o de terrorismo

A Arábia Saudita, o Bahrein, o Egito e os Emirados Árabes Unidos (EAU) romperam relações diplomáticas com o emirado do Catar, sob a alegação de que mina a segurança regional ao financiar o terrorismo. O governo saudita cortou os contatos por terra, mar e ar.

Em nota no Twitter, o Ministério do Exterior declarou que, num esforço para proteger a "segurança nacional das ameaças do terrorismo e do extremismo, a Arábia Saudita decidiu cortar as relações diplomáticas e consulares com o Catar."

O Catar admite apoiar movimentos islâmicos como a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano, fundado em 1928 no Egito por Hassan al-Bana. Depois de breve passagem pelo poder durante a Primavera Árabe, no Egito, a Irmandade Muçulmana foi derrubada num golpe militar chefiado pelo atual ditador, marechal Abdel Fattah al-Sissi.

Além do apoio à Irmandade Muçulmana, o Catar é dono da televisão árabe Al Jazira, especializada em notícias, que incomoda as ditaduras do mundo árabe e foi proibida na Arábia Saudita, no Bahrein e nos EAU.

Mesmo assim, a agência de notícias oficial do Bahrein acusou a Al Jazira na Internet de "minar a segurança e a estabilidade do Reino do Bahrein e interferir nos seus assuntos internos", de apoiar "atos de terror" e de financiar "grupos armados associados ao Irã para realizar ataques subversivos e semear o caos no Reino."

O Bahrein deu 48 horas para os diplomatas catarinos deixarem o país.

Com a notícia do rompimento entre grandes produtores de petróleo, o barril do tipo Brent, padrão da Bolsa de Mercadorias de Londres, subiu 0,5% para US$ 50,28.

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