Com o fechamento total das urnas no segundo turno das eleições parlamentares na França, a aliança entre a República em Marcha (ReM) e Movimento Democrático (MoDem), liderada pelo presidente Emmanuel Macron, confirma sua maioria absoluta na Assembleia Nacional. Deve eleger 355 dos 577 deputados, indica a pesquisa Ipsos/Sopra Steria.
Sozinha, a ReM deve ter 311 deputados, o que lhe garantiria maioria absoluta sem alianças. A segunda maior bancada será da coalizão entre Os Republicanos, o tradicional partido conservador herdeiro da tradição do general Charles de Gaulle, e a União Democrática Independente (UDI), com cerca de 125 deputados, cem a menos.
A coalizão do Partido Socialista (PS), que estava no poder no governo François Hollande e tinha maioria no Parlamento antes da revolução de Macron, ex-ministro da Economia de Hollande, terá 49 deputados, dos quais 34 do PS.
Em entrevista coletiva neste momento, o primeiro-secretário do PS, Jean Christophe Cambdélis, defendeu a reaglutinação da esquerda em torno de um programa progressista para enfrentar o liberalismo de Macron e o ultranacionalismo da neofascista Frente Nacional (FN).
O PS perdeu votos à direita para a ReM e à esquerda para a aliança de ultraesquerda França Insubmissa, liderada por Jean-Luc Mélenchon, que terá 30 deputados, sendo 11 do Partido Comunista Francês (PCF).
Diante de uma abstenção estimada inicialmente em 56,8%, depois de registrar 52% no primeiro turno, Mélenchon deve insistir em que Macron não tem o apoio da maioria da França para promover as reformas econômicas liberalizantes que promete, por exemplo, na legislação trabalhistas.
Por sua vez, os comunistas terão mais deputados do que a FN, que deve conquistar ao menos oito cadeiras. Para formar um grupo parlamentar, pela lei francesa, são necessários ao menos 15 deputados. Mas, na sua quarta tentativa, sua líder, Marine Le Pen, derrotada por Macron na eleição presidencial, entrou na Assembleia Nacional.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 18 de junho de 2017
Segundo turno confirma maioria de Macron na Assembleia Nacional
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Um comentário:
Nelson qual a sua opinião sobre esta vitória esmagadora do Macron?
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