No fim de uma reunião de emergência do gabinete de segurança, a primeira-ministra Theresa May anunciou hoje a intensificação do combate ao extremismo muçulmano depois de dois atentados terroristas em duas semanas no Reino Unido. O total de mortos no ataque de sábado à noite em Londres subiu hoje para sete, enquanto 21 pessoas estão hospitalizadas em estado grave.
"Para ser franca, há muita tolerância com o extremismo em nosso país", declarou May do lado de fora da residência oficial da 10 Downing Street. "É hora de dizer basta. Não podemos fingir que as coisas podem continuar como estão." Ela está especialmente preocupada com a disseminação de propaganda terrorista via Internet.
A Scotland Yard, a polícia britânica, revelou que oito agentes deram 50 tiros para matar os três terroristas que atropelaram pedestres na Ponte de Londres e esfaquearam pessoas em bares e restaurantes do Mercado de Borough, nas proximidades no sábado.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que é hora de "abandonar o politicamente correto" e defendeu seus decretos proibindo a entrada no país de cidadãos de vários países muçulmanos, derrubado por dois tribunais federais de recursos diferentes, à espera do recurso final à Suprema Corte.
Em Manchester, já começou o concerto para homenagear as 22 vítimas fatais de atentado de 22 de maio na saída de um show do cantora pop americana Ariana Grande na Arena de Manchester e arrecadar dinheiro para os sobreviventes. No momento, está no palco o Take That. Ariana Grande e Justin Bieber vão participar. O canal Multishow e o YouTube transmitem ao vivo.
A primeira-ministra anunciou que retoma amanhã sua campanha eleitoral. As eleições parlamentares da quinta-feira, 8 de junho, estão mantidas, apesar do estado de alerta máximo contra o terrorismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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