A polícia do Reino Unido, a Scotland Yard, revelou hoje a identidade do terceiro terrorista do grupo que atacou na Ponte de Londres e no Mercado de Borough sábado à noite em Londres, matando sete pessoas e ferindo outras 48. Era Youssef Zaghba, de 22 anos, nascido no Marrocos e naturalizado italiano. Não estava na lista de suspeitos.
Na Itália, ele já era conhecido. No ano passado, Zaghba foi impedido de viajar para a Síria, onde provavelmente lutaria ao lado da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Ontem, os serviços secretos italianos confirmaram sua identidade às autoridades britânicas.
Os outros dois terroristas foram identificados como Khuram Shazad Butt, de 27 anos, um paquistanês naturalizado britânico que estava na lista de suspeitos, e Rachid Redouane, de 30 anos, com origem líbia e marroquina.
No domingo, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. As autoridades britânicos investigam se haveria uma ligação operacional entre a milícia extremista muçulmana e a célula terrorista, ou se houve apenas inspiração por causa da propaganda jihadista.
Foi o terceiro atentado terrorista no Reino Unido em menos de três meses. Em 22 de março, Khalid Masood, de 52 anos, um britânico de origem jamaicana, atropelou e matou quatro pessoas na Ponte de Westminster e esfaqueou e matou um guarda do Parlamento Britânico antes de ser morto pela polícia.
Dois meses depois, Salman Abedi, de 22 anos, britânico de origem líbia, se detonou num atentado terrorista suicida na saída de um show da cantora pop americana Ariana Grande, matando 22 pessoas.
A primeira-ministra conservadora Theresa May prometeu linha dura contra o terrorismo, mas manteve as eleições parlamentares convocadas para quinta-feira, 8 de junho de 2017.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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